quarta-feira, 30 de março de 2011

NOVA COLECÇÃO DA CHILI COM CARNE - PRIMEIRO VOLUME


PRIMEIRO VOLUME
NOVA COLECÇÃO - LOWCCCOST DA CHILI COM CARNE 

BORING EUROPA

Colecção dedicada a livros de viagens

De Ana Ribeiro, Joana Pires, Marcos Farrajota, Ricardo Martins e Sílvia Rodrigues em Espanha, Itália, Eslovénia, Sérvia, Áustria, Alemanha e França 8000 km / 15 dias sobre a tour europeia da Chili Com Carne realizada entre 1 e 15 de Setembro 2010 nas cidades de Valência, Bolonha, Ljubjana, Pancevo, Graz, Berlim, Poitiers e Vigo.

Participações especiais de Karol Pyrcik, Jorge Parras, Martin López Lam, Jakob Klemencic, Aleksandar Zograf, Simon Vuckovic, Vuk Palibrk, Christina Casnellie, Andrea Bruno, Igor Hofbauer, Edda Strobl, Helmut Kaplan, Pilas versus Nanvaz, e ainda com participações de Gasper Rus, David Krancan, Matej de Cecco, Matej Lavrencic, Katie Woznicki, Letac, Boris Stanic e Johana Marcade nas comic jams feitas em Ljubljana e Pancevo.

Banda sonora em linha: "A Grande Explosão" de Ghuna X via Phonotactics

128 p. 23 x 16,5 cm impressas a azul escuro
capa impressa a branco sobre cartolina Dali bluemarine 285 gr com badanas
ISBN: 978-989-8363-11-4

PVP: 10 euros
50% para sócios, lojas e jornalistas
(aceitam-se encomendas)

Sobre o livro: a tournê europeia Spreading Chili Com Carne Sauce in Boring Europa tinha como objectivo principal divulgar o trabalho da Associação e dos seus artistas. Até pode parecer um acto desesperado de querer mostrar "à força" o nosso trabalho mas, desde sempre, a CCC trabalhou com projectos e autores estrangeiros – Mutate & Survive, Mike Diana, Greetings from Cartoonia, MASSIVE, Festival Crack, etc... O problema é que quase nunca vemos estes nossos amigos, dada a solidão imposta pela nossa posição periférica.

Fomos dizer "olá" ao pessoal amigo! E aos que só comunicávamos por correio! E, claro, conhecer malta nova! Fomos percorrer 8000 Km de Europa em 15 dias oferecendo um pacote completo de cultura underground portuguesa a quem nos recebesse: concertos de R- e Ghuna X, festa animada com o um DJ MMMNNNRRRG, exposição de impressões e serigrafias, e, claro, uma enorme selecção de zines, livros e discos independentes. Em troca queríamos apenas simples alojamento, comida (se fosse possível à organização) e dinheiro das entradas para os espectáculos. Se os punks e metaleiros fazem isto porque não podemos fazer a mesma coisa com livros? Get in the van!

Decidimos chamar a coisa de boring, pelo sim pelo não, porque vivemos numa uniformização cultural capitalista à escala global - como tão bem ironiza Jakob Klemencic algures no livro - em que as identidades nacionais ficaram reduzidas a meia dúzia de artefactos rurais e rituais anacrónicos prontos para serem vampirizados pelos comportamentos fotográficos dos “turistas terroristas”.

Desde o início pensámos que só podia ser bom editar um livro com os desenhos dos viajantes - um relato on the road das pessoas com quem nos cruzámos, das cidades e dos países que visitámos, etc... Era impossível de falhar: seis pessoas a desenhar, seis livros de esboços fundidos num livro "oficial". Pura ingenuidade! A excitação de conduzir, o esforço físico de alguns trajectos, a desistência da Sílvia Rodrigues, logo ao terceiro dia, e a falta de confiança em desenhar da maior parte dos participantes deixou-nos apenas com UM caderno de esboços da Ana Ribeiro. Todas as outras participações tiveram de ser feitas à posteriori, complicando com os prazos pessoais e profissionais de quem gozou estas férias diferentes.

Juntámos textos, BDs, desenhos “acabados” bem como “esboços” da Ana Ribeiro, Joana Pires, Marcos Farrajota, Ricardo Martins e Sílvia Rodrigues; e bds de autores estrangeiros que relatam a recepção da nossa “caravana” - Jorge Parras, Martin López Lam, Jakob Klemencic, Aleksandar Zograf, Vuk Palibrk e Christina Casnellie. Outros cederam-nos desenhos ou bds sobre viagens para enriquecer esta edição - Andrea Bruno, Igor Hofbauer, Edda Strobl, Helmut Kaplan, Pilas versus Nanvaz. Compilámos as melhores BDs-cadáver-esquisitos ou comic jams feitas em Ljubljana e Pancevo - são bds feitas numa sessão com várias pessoas em que cada um desenha uma vinheta continuando o trabalho dos anteriores perdendo-se sempre o controlo do avanço da “estória”.

Em "Lissabon", a Karol Pyrcik ficou a tomar conta das gatas do Marcos e da Joana, e a fazer um diário gráfico sobre a sua estadia, contrapondo as nossas visões, mas fez batota e produziu umas divertidas ilustrações sobre futilidades lisboetas e quotidianas.

Criámos um inovador “Frankenstein comix” ou uma Babel impressa? Em breve teremos reacções a este livro. Esperamos ter surpresas exteriores tão agradáveis como as que tivemos quando chegávamos aos sítios durante a digressão.

Apoios (tour e livro): GRRR Program + Centro Cultural de Pancevo, IPJ, MMMNNNRRRG e Neurotitan

Historial: Realização da tour Spreading Chili Sauce around Boring Europa (1-15 Set) ... Lançamento 27 de Março na MapDesign (Lisboa) e 2 de Abril na Feira do Jeco (10 anos dos Maus Hábitos) ... Cabaz Underground (sorteio dia 3 de Abril) ...

Mais informações AQUI

Algumas páginas:

Andrea Bruno

Edda e Pilas

Ricardo Martins e Silvia Rodrigues

Karoline

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terça-feira, 29 de março de 2011

BDpress #248: “O BUDA AZUL”, DE COSEY - NOVO ÁLBUM DA COLECÇÃO OS INCONTORNÁVEIS DA BD – COM O JORNAL PÚBLICO

Público, 26 Março 2011

Uma aventura inédita de Cosey no quinto álbum da colecção Os Incontornáveis da BD

PELAS BRANCAS MONTANHAS DA AVENTURA HUMANA

Carlos Pessoa

A beleza dos grandes espaços e o espírito de aventura. A tradição da clareza e a arte do silêncio. Talento raro para pintar as montanhas e declinar as cores. Uma história de amor "demasiado perfeita" que emana deste conto de fadas tibetano.

Foi nestes termos que a crítica de lingua francesa acolheu a publicação de O Buda Azul, a última criação do autor das aventuras de Jonathan. Tendo como fundo a ocupação chinesa do Tibete, o espírito de aventura e a demanda que animam os protagonistas das suas bandas desenhadas, o criador suíço realizou uma história excepcional, simultaneamente contemplativa e animada por um agudo sentido da acção. É um díptico em que Cosey dá total liberdade ao seu propósito de experimentação formal permanente, sem nunca esquecer os leitores das suas histórias. Falando sobre esta banda desenhada ao site francês ActuaBD, o autor disse que "desejava escrever para prazer dos leitores, tentando nunca os perder de vista": "É um pouco como uma vereda na montanha, na qual tenho o meu objectivo na mira. O caminho é íngreme e a marcha dificil. Mudo de direcção continuando a subir para alcançar o meu objectivo. Para poder eventualmente dar prazer, é preciso que eu próprio o encontre."

Tal como o seu criador, também as personagens de Cosey são animadas por desejos, aspirações e desígnios que procuram realizar com tenacidade. Não surpreende, por isso, que a obra do artista seja atravessada permanentemente por uma tensão extrema entre pólos complementares de experiência - sonho e realidade, sofrimento e prazer, voz e silêncio, sombra e luz, morte e vida, inacção e acção -, numa procura intencional da unidade última de todas as coisas e seres que toma inteligível o mundo em volta e permite a plena auto-realização.

Entre a dor causada pela perda, nos primeiros passos do périplo de Jonathan, e o júbilo do reencontro do jovem Gifford com a sua musa Lhahl, em O Buda Azul, não há diferenças essenciais. Tudo faz parte da mesma aventura travada pelo homem em todos os tempos para se subtrair ao destino que a natureza teceu para ele.


O Buda Azul (Tomo 1 e 2)
Álbum 5
Quarta-feira – 30 de Março
Por + € 7,40




Bernard Cosandey, aliás Cosey, numa exposição em Basileia.
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Imagens da responsabilidade do Kuentro
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segunda-feira, 28 de março de 2011

BDpress #247: OUTRO TEXTO SOBRE O FILME ADÈLE BLANC-SEC – João Miguel Lameiras no Diário “As Beiras”


Diário “As Beiras”, 28 Março, 2011

BD: ADÈLE BLANC-SEC NO CINEMA

João Miguel Lameiras

Depois da estreia no último FantasPorto, onde arrebatou o Prémio do Público, já chegou às salas de cinema nacionais a adaptação cinematográfica feita por Luc Besson da série “Adèle Blanc-Sec”, de Jacques Tardi. Rebaptizada (vá lá saber-se porquê) “A Maldição do Faraó” no mercado português, o filme adapta elementos dos dois primeiros e do 4.º álbum da série, numa história original, que bebe tanto da obra de Tardi, como da série “Indiana Jones”.
Um dos mais populares cineastas franceses da actualidade, responsável por grandes sucessos como “Leon, O Profissional” (que lançou Natalie Portman) e “O Quinto Elemento”, obras que em termos de meios, filosofia e linguagem, estão mais próximas dos filmes de Hollywood do que do cinema europeu, Besson estreia-se aqui na adaptação de uma Banda Desenhada, mesmo que “O Quinto Elemento”, em que trabalharam autores como Jean-Claude Mèzieres e Moebius, vá beber muito à série “Incal” de Moebius e Jodorowsky.

Filme movimentado e divertido, “As Aventuras de Adèle Blanc-Sec” tem o seu ponto mais forte no trabalho de produção, dos efeitos especiais à maquilhagem, havendo uma grande preocupação de dar aos actores um aspecto que os aproxime o mais possível dos desenhos de Tardi. E, com a excepção da própria Adèle (Louise Bourgoin é bastante mais bonita do que a heroína desenhada por Tardi) a caracterização dos actores que interpretam os papeis de Dieuleveult, Saint-Hubert, Esperandieu e do Inspector Caponi, faz deles cópias vivas das personagens desenhadas por Tardi, que têm uma pequena participação no final do filme, ao lado da sua mulher, a cantora Dominique Granje, como um casal que embarca no Titanic à frente de Adèle.

Carregando mais no humor do que a Banda Desenhada que lhe deu origem, o filme vive muito do excelente desempenho de Louise Bourgoin, que revela um excelente timing para comédia. Veja-se a delirante sequência (que não vem nos livros e mais parece tirada de um desenho animado dos Looney Toons) em que Adèle usa vários disfarces para ajudar Esperandieu a escapar da prisão da Santé.

Mesmo sem ter sido um sucesso estrondoso, o filme vendeu suficientemente bem para que se fale numa trilogia. Com nove álbuns de Adèle Blanc-Sec publicados em França, não falta material para adaptar e, tendo em conta que estes filmes ajudam sempre a puxar as vendas dos livros que lhe servem de inspiração, pode ser que a Asa, que acabou de lançar o 3º volume da série com o jornal “Público”, se lembre de lançar os álbuns que faltam em português.

(“A Maldição do Faráo: As Aventuras de Adèle Blanc-Sec”, de Luc Besson, com Louise Bourgoin e Mathieu Almaric, Europa Corp, 2010. Em exibição em Coimbra nos cinemas Zon /Lusomundo Fórum Coimbra).

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Imagens da responsabilidade do Kuentro
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domingo, 27 de março de 2011

BDpress #246: FESTIVAL DE “ARTE SEQUENCIAL” NA MADEIRA TERMINOU HOJE


Centro das Artes - Casa das Mudas, na Calheta

Jornal da Madeira / Cultura / 2011-03-26

FESTIVAL “ARTE SEQUENCIAL” NA CASA DAS MUDAS

Élia Freitas

O vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva presidiu, ontem, à inauguração de quatro exposições, no Centro das Artes - Casa das Mudas, na Calheta, no âmbito do 1.º Festival de Arte Sequencial, que decorre até amanhã, dia 27, naquele espaço. São elas A Arte de “V For Vendetta”, por David Lloyd; "De BRK a Marvel Comics", por Filipe Andrade; "José Mendes Cabeçadas Júnior: Um espírito indomável", por Roberto Gomes e "Made in Madeira", por vários autores. Nesta visita, o governante fez-se acompanhar pelo secretário regional da Educação e Cultura, Francisco Fernandes e demais entidades. No fim da visita, e em declarações prestadas ao JORNAL da MADEIRA, o “vice” do Governo mostrou-se satisfeito com o que viu: “Eu estou particularmente impressionado, pela positiva, pela quantidade de gente que vim a saber, que é aqui da Madeira e que faz banda desenhada a nível internacional, inclusive, conheci um madeirense que desenha para a Marvel e eu tendo em casa fãs aficcionados da banda desenhada, em particular, da Marvel, fico muito satisfeito por saber que já há gente abalançada nesta arte e fora de Portugal”.

Cunha e Silva salientou, também, o facto do artista internacional, David Lloyd ter exposto o seu trabalho na Madeira: “É um marco importante para o Centro das Artes -Casa das Mudas, mostrando a diversificação nas apostas que faz aqui e a grande motivação que este centro está ganhando, com muitas actividades e nota-se com a quantidade de gente que está aqui, o que prova bem que a descentralização cultural começa a ser efectiva e foi uma aposta conseguida”, sublinhou.

Roberto Macedo Alves, responsável pela organização do festival explicou que este festival procura mostrar que “a Arte Sequencial vai muito além do Tio Patinhas e da Literatura Infantil” tendo reiterado que “podem se fazer trabalhos muito sérios e profundos”. É o caso do trabalho de David Lloyd, do livro “V For Vendetta”, um dos primeiros livros de banda desenhada que entrou na lista de best-sellers de livros de prosa, que acabou por ser adaptado ao cinema com bastante sucesso.

Quanto à exposição “Made in Madeira mostra trabalhos de autores madeirenses que já publicaram no estrangeiro. As outras duas exposições são de autores nacionais. Filipe Andrade desenha para a Marbel Comics, uma editora americana de super-heróis, responsável por figuras como Homem de Ferro, o Capitão América e o X-Men. Roberto Gomes mostra os trabalhos do último livro que fez, a biografia de uma figura histórica de Loulé criado com o recurso ao computador.

Até amanhã (dia 27), estão previstas diversas actividades, com destaque para a projecção de vários filmes, uma mini-maratona de BD e sessões de autógrafos com os três autores.


Para ver o vídeo, clicar em cima da imagem

Na imagem, Roberto Macedo Alves, proprietário da loja Sétima Dimensão, no Funchal 
e organizador deste Festival.
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sábado, 26 de março de 2011

BDpress #245: UM TRIBUTO A ELIZABETH TAYLOR (NOS QUADRADINHOS) – Pedro Cleto no Jornal de Notícias


Jornal de Notícias, 24 de Março de 2011

ELIZABETH TAYLOR NOS QUADRADINHOS

F. Cleto e Pina

Diva do cinema, Elizabeth Taylor teve passagem fugaz pela banda desenhada, incluindo uma biografia na colecção “Mujeres Celebres”, embora tenha ficado imortalizada como uma das mais conhecidas personagens femininas de Astérix, a rainha Cleópatra, a quem serviu – involuntariamente – de modelo. Aliás, mais tarde, Goscinny et Uderzo revelaram que a ideia para o livro, cuja capa original de 1965 é decalcada do cartaz do filme de Mankiewicz, surgiu exactamente após o visionamento da película, durante o qual se fartaram de rir. De Elizabeth Taylor, a Cleópatra de Astérix não herdou apenas o visual (incluindo “o nariz muito bonito”!), mas também os modos da actriz.

O sucesso da Cleópatra do celulóide deu origem a uma adaptação do filme aos quadradinhos, feita na Argentina por autores desconhecidos, e a colagens ao tema mais ou menos evidentes, nos meses seguintes, em histórias aos quadradinhos como “Archie’s girl Betty and Veronica”, “Iron man”, “Superman” ou “Wonder Woman”.

Curiosamente, seria na BD que Elizabeth Taylor, casada sete vezes, encontraria o homem dos seus sonhos, Herbie Popnecker, uma criação de Shane O’Shea e Ogden Whitney, em 1958, que foi estrela da revista “Forbidden Worlds”. Feio, baixo e gordo, Herbie, que podia voar, tornar-se invisível ou falar com animais, entre muitos outros poderes que obtinha lambendo um chupa-chupa mágico, conquistou o coração da actriz na edição #116, mas deixou-a a suspirar, como ela fez a muitos homens ao longo da vida.




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UMA PEQUENA HOMENAGEM DO KUENTRO À MULHER DOS OLHOS VIOLETA
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Clicar em cima da imagem para ver o excerto do filme

Elizabeth Taylor, Richard Burton, George Segal  e Sandy Dennis
Em Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (Who's Afraid of Virginia Woolf?)
1966

Elizabeth "Liz" Rosemond Taylor 
(Londres27 de fevereiro de 1932 — Los Angeles23 de março de 2011)

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sexta-feira, 25 de março de 2011

LANÇAMENTO DA "ZONA MONSTRA" (7º volume Zona) AMANHÃ NO CINEMA S.JORGE

É lançado amanhã, 26 de Março, às 18h45 no cinema São Jorge, o 7º volume do projecto Zona: Zona Monstra, evento integrado no Programa do Festival de Animação de Lisboa Monstra 2011, que encerra domingo.


A Zona Monstra é composta por trabalhos com um denominador comum: a presença de Monstros... Monstros de todas as formas e feitios.

Este número será lançado na Monstra, festival internacional de cinema de animação, com o qual o nosso projecto encontra muitos pontos de contacto, mais não seja, com o tipo de temática e conteúdos.

São, desta vez, 92 páginas a cores.

Com capa da autoria de Filipe Andrade, a Zona Monstra conta com a colaboração de mais de 30 artistas, e apesar dos muitos autores nacionais “repetentes”, continua a apresentar o trabalho de novos valores.


AUTORES PARTICIPANTES NA ZONA MONSTRA

Diana David, Joana Afonso, Filipe Andrade, João Amaral, João Raz, Fil, Hugo Teixeira, Gabriel Martins, André Caetano, André Oliveira, JCoelho, Filipe Duarte, César Évora, Manuel Alves, João Sousa, J. B. Martins, Carla Rodrigues, Rui Ferreira, Pedro Carvalho, Ricardo Correia, André Lima Araújo, Daniel “Pez!” Lopez, Luís Lourenço Lopes, Rui Alex, Ricardo Reis, Tiago Pimentel, Locato e Rodolfo Buscaglia, Miguel Santos, Bruno Bispo e Victor Freundt

FICHA TÉCNICA
Zona Monstra, 27 x 19 cm;
capa a cores, com badanas;
92 pág. impressas Cor;
Março 2011; PVP: 13€.

CONTACTOS
www.atentaculo.blogspot.com
atentaculo@gmail.com

O PROJECTO ZONA

O projecto Zona foi fundado em 2009 e tem como objectivo principal o desenvolvimento e divulgação de banda desenhada e ilustração em Portugal. O projecto encontra-se no entanto aberto a participações de outras expressões artísticas, tais como fotografia ou prosa, por exemplo.

Este projecto tem contado com um amplo leque de colaborações de autores Portugueses e também com participações internacionais oriundas do Brasil, Argentina, Estados Unidos e Espanha. Um dos objectivos principais é dar a conhecer novos autores, disponibilizando uma plataforma que permita dar maior visibilidade ao seu trabalho.

A Zona é actualmente editada por André Oliveira e Fil, através da Associação Tentáculo, uma associação cultural com o objectivo de apoiar este e outros projectos, oficializando assim um caso de sucesso de colaboração entre autores.

ASSOCIAÇÃO TENTÁCULO

Inaugurada em Julho de 2010, a Associação Tentáculo, de cariz artístico e cultural, tem vindo a albergar e motivar o plano de jovens criadores de banda desenhada e ilustração na criação de novos suportes e desafios de exposição comercial. Impulsionado pelo Projecto Zona, uma revista de banda desenhada e ilustração participante em variadas exposições nacionais, reuniu uma bolsa de artistas nacionais e internacionais que têm vindo a fundamentar um avanço criativo e de colaboração entre amigos e desconhecidos movidos pela mesma missão: criar até cair.





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O BLOGUE DA "ZONA"
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quinta-feira, 24 de março de 2011

BDpress #244: O REGRESSO DO GAMBUZINE (João Miguel Lameiras) + BATALHA DO BUÇACO EM BANDA DESENHADA


Diário “As Beiras”, 21 Março 2011

O REGRESSO DO GAMBUZINE

João Miguel Lameiras

Prova viva de que há edição independente de autores portugueses, fora do círculo de influência da distribuidora Chili com Carne, o fanzine/revista “Gambuzine” regressou com o número dois desta segunda série, distribuído em finais de 2010.

Articulando os autores portugueses, com uma forte presença de autores do norte da Europa, fruto dos contactos que a editora Teresa Câmara Pestana criou durante o tempo que viveu na Alemanha, este novo “Gambuzine” tem como destaque principal o alemão Wittek, objecto de uma entrevista e da publicação de cinco histórias, que mostram bem a grande versatilidade do seu traço, tão à vontade no realismo, como na caricatura. Na 1.ª história, “A Ilha da Cura”, um conto fantástico na linha das histórias da E.C: Comics, ambientado no Japão medieval, Wittek vai beber à gravura japonesa, com excelente resultados, enquanto que nas histórias de temática autobiográfica, opta por um registo mais caricatural, muito expressivo e divertido.

Dos mais de 20 artistas cujos trabalhos enchem as 100 páginas deste “Gambuzine”, um pouco menos de metade são portugueses, com destaque para Teresa Câmara Pestana, que assina 4 histórias (uma delas a partir de um texto do seu primo, Vasco Câmara Pestana) e parece ter criado escola, a avaliar pela influência do seu traço, detectável nos trabalhos de Fruzzie e Schmicko.

Além desse núcleo duro que colabora habitualmente com Teresa Câmara Pestana, há também autores nacionais vindos de outros lados, como Pedro Rocha Nogueira, que já tem trabalhos editados pelas Bedetecas de Lisboa e Beja, e Álvaro, presença habitual no catálogo da Pedranocharco, que se estreia no “Gambuzine” com “Aula de Educação Sexual”, uma divertida história protagonizada por uma professora, cujas semelhanças fisionómicas com a anterior Ministra da Educação, devem ser mais do que mera coincidência…

Para além de dar a conhecer autores alemães e austríacos pouco conhecidos em Portugal, como Ulli Lust, vencedora de um dos Prémios do último Festival de Angoulême, que foi publicada em Portugal pela primeira vez no “Gambuzine”, o fanzine de Teresa Câmara Pestana é também um espaço de liberdade para os autores portugueses, que é importante manter.

Cabe aos leitores, através da compra do “Gambuzine”, que em Coimbra se encontra à venda na Livraria Dr. Kartoon, contribuir para a sobrevivência deste belo projecto, só possível graças ao grande dinamismo da sua responsável.

(“Gambuzine” nº 2, Vários Autores, ed. Teresa Câmara Pestana, 100 pags, 10,0 €. Mais informações aqui)




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Diário “As Beiras”, 20 de Março de 2011

BATALHA DO BUÇACO EM BANDA DESENHADA

Está cada vez mais próxima a recriação histórica da Batalha do Buçaco, que se realiza nos dias 25 e 26, e as cerimónias militares e protocolares do Exército Português, na manhã do dia 27. Esta recriação insere-se nas comemorações dos 200 anos da Batalha do Buçaco, uma vez que é o mês em que decorreu a histórica batalha.

Contudo, o programa prevê já para dia 11 a apresentação de um álbum de banda desenhada sobre o tema, da autoria de José Pires e edição da Câmara da Mealhada, e a inauguração da exposição de fotografia “O(s) Rosto(s) da Batalha”, do coronel Ribeiro de Faria.

A mostra, que conta com mais de 30 fotografias, vai permanecer nas instalações do Convento de Santa Cruz do Buçaco até ao dia 23 de Setembro. No dia 25 de Setembro, a exposição passa para o Casino do Luso, onde poderá ser vista até finais de Outubro.

Sábado, às 16H00, no Convento de Santa Cruz do Buçaco, que vai ser dado a conhecer o álbum de banda desenhada “A Batalha do Buçaco – A Derrota Final dos Marechais de Napoelão Bonaparte”. O livro, que é assinado por José Pires (reformado da publicidade e agora dedicado ao que sempre gostou de fazer: banda desenhada) e editado pela Câmara Municipal da Mealhada, vai ser apresentado ao público pelo Coronel José Geraldo, director do Jornal do Exército. A entrada é gratuita e o álbum poderá ser adquirido no local.

No que à recriação da célebre batalha diz respeito, esta será realizada por cerca de 200 participantes, oriundos de associações napoleónicas de vários países europeus. Uma reprodução a preceito, com uniformes e armamento da época, que procura reproduzir, tão fielmente quanto possível, as batalhas e os combates que se realizaram. A iniciativa começa no sábado, pelas 15H00, com um desfile pela avenida central do Luso, ao qual se seguirá uma escaramuça no Buçaco, junto ao monumento da batalha, pelas 18H00. No dia seguinte, pelas 11H00, as portas de Sula vão servir de cenário à reconstituição da Batalha do Buçaco.

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Imagens da responsabilidade do Kuentro
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Já agora vão ao blogue Leituras de BD, do Bongop onde, a propósito do post do autor,  A Banda Desenhada e a Crise,  está acontecer uma conversa interessante sobre o mercado da banda desenhada neste país



 
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