domingo, 30 de setembro de 2012

23° CONCURSO NACIONAL DE BANDA DESENHADA E CARTOON AMADORA 2012


 

CONCURSOS DE BD E CARTOON 
NORMAS DE PARTICIPAÇÃO 

23° CONCURSO NACIONAL DE BANDA DESENHADA AMADORA 2012

1) ENTIDADE PROMOTORA

a) — Em busca de novos valores, incentivando a produção da Banda Desenhada e propor­cionando a sua apresentação pública, a Câmara Municipal da Amadora, (CMA) promove o presente concurso de Banda Desenhada, inserido no 23° Amadora BD - Festival Interna­cional de Banda Desenhada '2012, a decorrer nesta cidade entre os dias 26 de Outubro e 11 de Novembro.

2) TEMA DO CONCURSO

a) — Na edição de 2012, o tema do concurso é " Tema Livre".

3) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

a) — Podem concorrer todos os autores que tenham mais de 12 anos.
b) — Os concorrentes podem apresentar bandas desenhadas realizadas individualmente ou em equipa, com texto em língua portuguesa.
c) — Cada concorrente, ou equipa, pode participar com uma banda desenhada.
d) — Os concorrentes são divididos em três escalões etários, conforme as idades, consideradas à data marcada como dia limite para receção das bandas desenhadas.
e) — Os escalões são ordenados dentro dos seguintes limites:

ESCALÃO A - dos 17 aos 30 anos ESCALÃO A+ - a partir dos 31 anos (sem BDs publicadas em álbum e que nunca tenham sido premiados pelo Amadora BD).

ESCALÃO B - dos 12 aos 16 anos

f) — Caso haja prorrogação de prazo, é considerada a nova data para efeitos de cumpri­mento dos limites etários estabelecidos.
g) — Em relação às equipas, a colocação no respetivo escalão é feita atendendo à idade do mais velho dos seus elementos.

4) ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

a) — Cada banda desenhada é constituída por 4 pranchas originais inéditas, produzidas nos últimos dois anos, e que podem ser a preto e branco ou a cores.
b) — O formato das pranchas a concurso deve ser A4 (210x297mm) ou A3 (420x297mm).
c) — As quatro pranchas têm de estar numeradas.
d) — A primeira e a última prancha, sendo o princípio e fim da narrativa, deverão apresen­tar caraterísticas próprias da linguagem da 9a arte, nomeadamente: esclarecer graficamente o início da história da primeira página com cabeçalho e título ou outra forma que o autor julgue mais adequada; o final da narrativa na última página deverá ser claro.
e) —Os concorrentes devem ter a noção que, em caso de publicação, as legendas, textos de balões e restante letragem terão de ser legíveis no formato A4, em particular os que originalmente são feitos em A3 que terão de ser reduzidos para metade, pelo que o júri tomará em conta este fator na seleção dos trabalhos;
f) — Os textos, quando os houver, devem ser apresentados, quer pelos concorrentes portu­gueses quer pelos estrangeiros, em português (exceção para expressões avulso, onomato-peias ou estrangeirismos). A legendagem tem que ser facilmente legível por todas as pessoas.
g) — Os erros ortográficos e gramaticais pesarão nas decisões do júri, especialmente em caso de empate entre dois ou mais concorrentes.
h) — Os autores devem fazer duas fotocópias de cada prancha, ficando uma em seu poder e enviando a outra juntamente com o original.
i) — As pranchas não podem estar assinadas. Os concorrentes devem deixar um pequeno espaço em branco em cada uma delas a fim de posteriormente as assinarem, para efeitos de exposição ou publicação.
j) — No caso de se tratarem de pranchas feitas anteriormente e já assinadas, a assinatura deve ser coberta por uma tira de papel opaco ou por um guache branco. k) — Todas as pranchas e respetivas cópias devem estar numeradas legivelmente e identifi­cadas com o pseudónimo e escalão no verso.
l) — O pseudónimo deve ser totalmente original, não podendo ter sido utilizado anterior­mente pelo(s) autor(es).

5) CALENDÁRIO

a) — A data limite para entrega dos trabalhos na CMA - CNBDI é o dia 8 de Outubro de 2012 até às 17:00 horas.
b) — No caso das bandas desenhadas serem enviadas pelo correio, independentemente da data constante no carimbo dos correios, os participantes / autores nacionais e do estran­geiro terão de se assegurar que a BD concorrente chegará à organização sedeada no CNBDI da Amadora até 8 de Outubro de 2012, independentemente da data do selo de correio nacio­nal ou internacional.
c) — Os trabalhos que cheguem depois desta data, não serão considerados pelo júri, sendo devolvidos ao(s) concorrente(s).
d) — A CMA - CNBDI não se responsabiliza por qualquer trabalho que chegue após o dia da reunião de Júri, independentemente da data de carimbo dos correios.
e) — Os trabalhos que não forem premiados serão devolvidos pela CMA por correio registado aos concorrentes.
f) — A CMA não se responsabiliza pelos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.
g) — A partir do dia 14 de Dezembro a CMA / Amadora BD não se responsabiliza pelo estado de conservação e pela devolução dos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.

6) INSCRIÇÃO

a) — Para efeitos de participação, os concorrentes devem recortar ou fotocopiar o cupão publicado nestas normas, preenchê-lo e enviá-lo juntamente com uma fotocópia legível do Cartão de Cidadão [ou Bilhete de Identidade (BI) + cartão de Número de Identificação Fiscal, (NIF, vulgo Cartão de Contribuinte)].
b) — Os concorrentes deverão acompanhar obrigatoriamente os trabalhos de uma biografia e foto do(s) respetivo(s) autor(es).
c) — As inscrições apenas se consideram válidas após a receção da obra concorrente e de todos os documentos solicitados, não sendo suficiente o envio do cupão.
d) — Os trabalhos concorrentes, devem ser enviados ou entregues diretamente até 8 de Outubro de 2012 (dias úteis, entre as 10:00 e as 17:00 horas), a:

23° Concurso de BD 
Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada 
CMA/CNBDI - Av. do Brasil, 52-A 
2700-134 AMADORA/PORTUGAL 

7) EXPOSIÇÃO DE OBRAS

a) — Todos os trabalhos inscritos para o concurso estão sujeitos a pré-seleção do júri em função do espaço disponível para exposição.
b) — A montagem e desmontagem da exposição com os trabalhos que participam no concurso e selecionados pelo júri é da exclusiva responsabilidade da CMA.
c) — A exposição estará patente durante o 23° Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada.
d) — A organização faz o seguro de todas as obras presentes. E também da sua responsabi­lidade instalar no recinto da exposição um sistema de vigilância.

8) JÚRI

a) — O júri deste concurso é constituído pelo diretor do Amadora BD que o preside, um autor de BD, um autor do Cartoon, um argumentista, um crítico e estudioso de BD, um crítico e estudioso do Cartoon/Caricatura, um representante da imprensa, um criador e investigador de fanzines, o comissário da exposição central do Amadora BD e um profes­sor de uma escola secundária da Amadora.
b) — Ao júri cabe realizar a pré-seleção para exposição, decidir e ordenar os trabalhos premiados.
c) — Ao júri reserva-se o direito de não atribuir qualquer ou algum dos prémios se o mérito dos trabalhos não o justificar.
d) — O júri reúne em Outubro de 2012.
e) — Das decisões do júri não haverá recurso.

9) PRÉMIOS

a) — Porque a BD é antes de mais uma arte para ser fruída através da sua publicação,
a organização, realizará todos os esforços com o objetivo de editar os trabalhos premiados.
b) — Os prémios pecuniários são distribuídos da seguinte forma:

ESCALÃO A — ESCALÃO A+  — ESCALÃO B

1° Prémio — € 1.000,00 
Prémio Único — € 1.000,00 
1° Prémio — € 750,00 
2° Prémio — € 750,00 
2° Prémio — € 600,00
3° Prémio — € 600,00 
3° Prémio — € 500,00

c) — Será evitado pelo júri a atribuição de mais que um prémio para o mesmo lugar.
d) — Caso se justifique, o júri poderá distinguir alguns trabalhos com a designação de Menção Honrosa, sem a atribuição de prémios ou troféus.

10) NOTAS FINAIS

a) — Os originais das bandas desenhadas premiadas são propriedade da entidade promotora.
b) — Todos os concorrentes têm direito a catálogo do Festival e entrada livre em todas as iniciativas do Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada, devendo para tal identificar-se e solicitá-lo na recepção do evento.
c) — Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela entidade organiza­dora, não havendo recurso das decisões do Júri.
d) — A apresentação dos trabalhos representa a aceitação plena das presentes normas regulamentares por parte dos concorrentes a este concurso.

21° CONCURSO DE CARTOON AMADORA 2012 

1) ENTIDADE PROMOTORA

a) — Em busca de novos valores, incentivando a produção de cartoon e proporcionando a sua apresentação pública, a Câmara Municipal da Amadora (CMA) promove o presente concurso de Cartoon, inserido no 23° Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada '2012, a decorrer nesta cidade entre os dias 26 de Outubro e 11 de Novembro.

2) TEMA DO CONCURSO

a) — Na edição de 2012, o tema do concurso é " Tema Livre".

3) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

a) — Podem concorrer todos os autores que tenham mais de 16 anos de idade considerada à data marcada como o dia limite para a receção dos cartoons.
b) — Os concorrentes podem apresentar trabalhos realizados individualmente ou em equipa.
c) — Os concorrentes são divididos em dois escalões etários, conforme as idades, consi­deradas à data marcada como dia limite para receção das bandas desenhadas.
d) — Os escalões são ordenados dentro dos seguintes limites:

ESCALÃO C — dos 16 aos 30 anos

ESCALÃO C+ — a partir dos 31 anos (sem Cartoons publicados na imprensa e que nunca tenham sido premiados pelo Amadora BD).

e) — Cada concorrente, ou equipa, pode participar com o máximo de 2 trabalhos utilizando um pseudónimo diferente para cada trabalho.
f) — Caso haja prorrogação de prazo, é considerada a nova data para efeitos de cumpri­mento dos limites etários estabelecidos.
g) — Em relação às equipas, a colocação no respetivo escalão é feita atendendo à idade do mais velho dos seus elementos.

4) ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

a) — Só são aceites trabalhos originais inéditos, produzidos no ano corrente que podem ser a preto e branco ou a cores.
b) — O formato dos trabalhos admitidos é o A4 (210X297mm).
c) — Os autores devem fazer duas fotocópias de cada trabalho, ficando uma em seu poder e enviando a outra juntamente com o original.
d) — Os trabalhos não podem estar assinados. Os concorrentes devem deixar um pequeno espaço em branco em cada uma delas a fim de posteriormente as assinarem, para efeitos de exposição ou publicação.
e) — No caso de se tratarem de cartoons já assinados, a assinatura deve ser coberta por uma tira de papel opaco ou por um guache branco.
f) — Todos os cartoons e respetivas cópias devem estar legivelmente identificados com o pseudónimo no verso.
g) — O pseudónimo deve ser totalmente original, não podendo ter sido utilizado anteriormente pelo(s) autor(es).
h) — Os textos, quando os houver, devem ser apresentados, quer pelos concorrentes portugueses quer pelos estrangeiros, em português (exceção para expressões avulso ou estrangeirismos). A legendagem tem que ser legível.
i) — Os erros ortográficos pesarão nas decisões do júri, especialmente em caso de empate entre dois ou mais concorrentes.

5) CALENDÁRIO

a) — A data limite para entrega dos trabalhos na CMA - CNBDI é o dia 8 de Outubro de 2012 até às 17:00 horas.
b) — No caso dos Cartoons serem enviados pelo correio, independentemente da data constante no carimbo dos correios, os participantes / autores nacionais e do estrangeiro terão de se assegurar que o Cartoon concorrente chegará à organização sedeada no CNBDI da Amadora até 8 de Outubro de 2012, independentemente da data do selo de correio nacional ou internacional.
c) — Os trabalhos que cheguem depois desta data, não serão considerados pelo júri, sendo de imediato devolvidos ao(s) concorrente(s).
d) — A CMA - CNBDI não se responsabiliza por qualquer trabalho que chegue após o dia da reunião de Júri, independentemente da data de carimbo dos correios.
e) — Os trabalhos que não forem premiados serão devolvidos pela CMA por correio registado aos concorrentes.
f) — A CMA não se responsabiliza pelos trabalhos que não forem levantados nas respecti­vas estações dos correios.
g) — A partir do dia 14 de Dezembro a CMA / Amadora BD não se responsabiliza pelo estado de conservação e pela devolução dos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.

6) INSCRIÇÃO

a) — Para efeitos de participação, por cada Cartoon enviado, os concorrentes devem recortar ou fotocopiar o cupão publicado nestas normas, preenchê-lo e enviá-lo juntamente com uma fotocópia legível do Cartão de Cidadão [ou Bilhete de Identidade (BI) + cartão de Número de Identificação Fiscal, (NIF, vulgo Cartão de Contribuinte)].
b) — Os concorrentes deverão acompanhar obrigatoriamente os trabalhos de uma biografia e foto do(s) respectivo(s) autor(es).
c) — As inscrições apenas se consideram válidas após a receção da obra concorrente e de todos os documentos solicitados, não sendo suficiente o envio do cupão.
d) — Os trabalhos concorrentes devem ser enviados ou entregues diretamente até 8 de Outubro de 2012 (dias úteis, entre as 10:00 e as 17:00 horas) a: 

21° Concurso de Cartoon 
Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada 
CMA/CNBDI - Av. do Brasil, 52-A 
2700-134 AMADORA/PORTUGAL 

7) EXPOSIÇÃO DE OBRAS

a) — Todos os trabalhos inscritos para o concurso estão sujeitos a pré-selecção do júri, em função do espaço disponível para exposição.
b) — A montagem e desmontagem dos trabalhos que participam no concurso é da exclusiva responsabilidade da CMA.
c) — A exposição estará patente durante o 23° Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada.
d) — A organização faz o seguro de todas as obras presentes. É também da sua responsabi­lidade instalar no recinto da exposição um sistema de vigilância.

8) JURI

a) — O júri deste concurso é constituído pelo diretor do Amadora BD que o preside, um autor de BD, um autor do Cartoon, um argumentista, um crítico e estudioso de BD, um crítico e estudioso do Cartoon/Caricatura, um representante da imprensa, um criador e investigador de fanzines, o comissário da exposição central do Amadora BD e um profes­sor de uma escola secundária da Amadora.
b) — Ao júri cabe realizar a pré-seleção para exposição, decidir e ordenar os trabalhos premiados.
c) — Ao júri reserva-se o direito de não atribuir qualquer ou algum dos prémios se o mérito dos trabalhos não o justificar.
d) — O júri reúne em Outubro de 2012.
e) — Das decisões do júri não haverá recurso.

9) PRÉMIOS

a) — Porque o cartoon é antes de mais uma arte para ser fruída através da sua publicação, a organização realizará todos os esforços com o objectivo de editar os trabalhos premiados.
b) — Os prémios pecuniários são distribuídos da seguinte forma:

ESCALÃO C ESCALÃO C+

1° Prémio — € 600,00 
Prémio Único — € 600,00

2° Prémio — € 450,00 
3° Prémio — € 350,00

c) — Será evitado pelo júri a atribuição de mais que um prémio para o mesmo lugar.
d) — Caso se justifique, o júri poderá distinguir alguns trabalhos com a designação de Menção Honrosa, sem a atribuição de prémios ou troféus.
e) — No caso de ser uma equipa a vencer um dos prémios, este será entregue ao elemento mais velho da equipa.

10) NOTAS FINAIS

a) — Os originais dos Cartoons premiados são propriedade da entidade promotora.
e) — Todos os concorrentes têm direito a catálogo do Festival e entrada livre em todas as iniciativas do 23° Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada, devendo para tal identificar-se e solicitá-lo na recepção do evento.
b) — Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela entidade organiza­dora, não havendo recurso das decisões do Júri.
c) — A apresentação dos trabalhos representa a aceitação plena das presentes normas regulamentares por parte dos concorrentes a este concurso.

Publicado a 26/09/2012 / CNBDI



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sábado, 29 de setembro de 2012

XIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE BD DA AMADORA 2012 – NORMAS DE PARTICIPAÇÃO NOS PRÉMIOS DE BD



XIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE BD DA AMADORA 2012

NORMAS DE PARTICIPAÇÃO
NOS PRÉMIOS NACIONAIS DE BANDA DESENHADA 

No âmbito do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, a Câmara Municipal da Amadora atribui desde 1990 os Troféus Zé Pacóvio e Grilinho (TZPG) em homenagem a António Cardoso Lopes Júnior, ou, simplesmente, Tiotónio. Nascido na Amadora em 1907, Tiotónio foi diretor d’O Mosquito, entre outras publicações, e foi o autor das personagens Zé Pacóvio e Grilinho, as quais emprestaram o nome nos últimos anos aqueles que se assumiam como os PRÉMIOS NA­CIONAIS DE BANDA DESENHADA.

Neste contexto, a Câmara Municipal da Amadora coloca a concurso a atribuição dos Prémios Na­cionais de Banda Desenhada 2012, distinguindo e consagrando edições e personalidades nacionais e estrangeiras cuja atividade se desenvolve no circuito da 9a arte.

A atribuição dos PNBD é feita em três fases: Candidatura, Nomeação e Votação.

Considera-se como CANDIDATURA, a fase em que as editoras e autores nacionais enviam uma relação de livros a concurso com identificação das categorias a que concorrem, acompanhada de 6 exemplares de cada álbum/livro para serem distribuídos pelos elementos do júri.

A fase de NOMEAÇÃO e VOTAÇÃO, tem como propósito a seleção pelo Júri de 5 álbuns fina­listas, dos quais um será o vencedor.

CANDIDATURA

Podem concorrer aos Prémios Nacionais de Banda Desenhada, todos os álbuns / livros de BD pu­blicados em português por uma editora portuguesa entre Agosto de 2011 e Julho de 2012 (inclusi­ve).

Serão consideradas as datas de depósito legal, sendo desejável que os livros já se encontrem distri­buídos no mercado livreiro.

Cabe às editoras e/ou autores o envio de todos os álbuns, livros e fanzines (seis exemplares de cada que serão distribuídos pelo Júri), devidamente acompanhados por uma listagem que defina a que prémios cada publicação concorre e se são novidades ou reedições.

Os concorrentes deverão acompanhar obrigatoriamente os álbuns/livros de uma biografia e foto do(s) respectivo(s) autor(es). A não entrega desta informação exclui automaticamente os livros do concurso.

Os álbuns entregues pelas editoras/autores ficarão na posse dos elementos do Júri, caso assim o en­tendam, com exceção das do diretor do FIBDA, cujos álbuns integrarão a biblioteca do CNBDI. O sexto exemplar será para exposição e consulta pelo público no FIBD'A.

A entrega/envio das candidaturas (listagens e 6 exemplares de cada livro) devem ser feitas para:

FESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA
CMA/CNBDI — AV. DO BRASIL N°52A — 2700-134 AMADORA - PORTUGAL
TEL (+351) 214 998 910

NOMEAÇÃO / VOTAÇÃO

Tendo em conta a grande quantidade e qualidade das publicações apresentadas a concurso é determinante que todos os membros do Júri conheçam os álbuns.

Cabe ao Júri convidado pela CMA analisar e pré-selecionar as obras a concurso. Esse júri será constituído pelo diretor do FIBDA, o autor de BD premiado FIBDA'2011, um jornalis­ta/especialista bedéfilo; o comissário da exposição central do FIBDA'2012 e um colecciona­dor/amante da 9a arte.

A organização entregará a cada elemento do Júri um exemplar das publicações a concurso que cheguem atempadamente ao FIBD'A.

Cada elemento do júri poderá pré-selecionar até 10 álbuns para cada categoria que apresentará na Reunião de Júri.

BD PORTUGUESA

MELHOR ÁLBUM

Atribuído ao melhor álbum de autor(es) portugues(es) editado em Portugal.

MELHOR ARGUMENTO

Atribuído ao melhor argumento de autor português editado num livro de BD em Portugal.

MELHOR DESENHO

Atribuído ao melhor desenhador português editado num livro de BD em Portugal.

MELHOR ÁLBUM PORTUGUÊS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

Atribuído ao melhor álbum inédito de BD de autor português editado em língua estrangeira.

MELHOR ÁLBUM ESTRANGEIRO DE AUTOR PORTUGUÊS

Atribuído ao melhor álbum de BD de autor e/ou edição lusófona não portuguesa.

MELHOR ÁLBUM ESTRANGEIRO

Atribuído ao melhor álbum de BD de autor estrangeiro editado num livro de BD em Portugal.

MELHOR ÁLBUM DE TIRAS HUMORÍSTICAS

Atribuído ao melhor álbum de tiras humorísticas editado em Portugal.

MELHOR ILUSTRAÇÃO DE LIVRO INFANTIL

Atribuído ao melhor ilustrador de um livro dedicada à infância editado em Portugal.

MELHOR ILUSTRAÇÃO ESTRANGEIRA E LIVRO INFANTIL

Atribuído ao melhor ilustrador estrangeiro de um livro dedicada à infância editado em Portugal.

PRÉMIO CLÁSSICOS DA 9a ARTE

Dado que têm sido editados muitos autores e séries antigas, classificados como "clássicos da 9a arte" e que os mesmos não deverão rivalizar com as novas produções bedéfilas, este prémio é atribuído à editora que tenha publicado, como novidade uma tradução ou recolha em álbum e da melhor forma, o melhor clássico, entendido como uma banda desenhada que tenha sido ori­ginalmente editada há mais de 10 anos. Este troféu só será atribuído se o júri considerar que o mesmo se justifica.

PRÉMIO FANZINE

Atribuído ao melhor Fanzine português editado em Portugal.

PRÉMIO JUVENTUDE

Atribuído ao autor do melhor álbum BD juvenil editado em Portugal. A avaliação destes traba­lhos é feita por um grupo de alunos do agrupamento de artes de uma escola da Amadora, com idades entre os 16 e os 18 anos.

NOTAS FINAIS

A apresentação de listagens e de publicações representa a aceitação plena das presentes normas de participação por parte dos candidatos a este concurso.

Os casos omissos nas presentes normas serão de resolução por parte da entidade organizadora.

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Nota do Kuentro: Comparar as premiações do FIBDA com os Troféus Central Comics seria o exercício que se impunha nesta altura, depois de todo o material crítico em relação aos TCC que produzi aqui e a posterior apresentação de uma proposta de regulamentos, tecnicamente o mais apurada possível. 

No entanto, deixarei essa crítica para quando forem conhecidos os premiados deste ano.

Já agora, ainda não respondi ao último comentário da organização dos TCC colocado neste blogue, por manifesta falta de tempo.

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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

2as CONFERÊNCIAS DE BD EM PORTUGAL – AMANHÃ NA BIBLIOTECA ORLANDO RIBEIRO - PROGRAMA




2as CONFERÊNCIAS DE BD EM PORTUGAL
AMANHÃ NA BIBLIOTECA ORLANDO RIBEIRO

PROGRAMA DAS CONFERÊNCIAS 

Tendo sido já seleccionados os trabalhos a apresentar, informamos todos os interessados que as Conferências terão lugar no dia 29 deste mês na Orlando Ribeiro.

Este ano, infelizmente, não haverá nem convidados internacionais nem acções complementares, mas concentram-se temas interessantes e produtivos. A divulgação deste evento é fundamental para que possa crescer ou integrar-se noutras acções e áreas que lhe sejam contíguas. Estas conferências têm um carácter académico, mas servem uma comunidade bastante alargada, ou que desejamos ver alargada.

A entrada é totalmente livre e a participação do público nas discussões é estimulada.

Desde já gostaríamos de deixar os nossos agradecimentos a todas as pessoas que nos ajudaram na organização e preparações destes eventos. João Maio Pinto, pelo incansável trabalho com a comunicação e o cartaz, e a Ana Branco e Cláudia Dias, pelo apoio nesse campo igualmente. Cláudia Dias, em particular, e Rafael Martins, têm feito um trabalho de bastidores, e merecem ser mencionados vivamente. O apoio da Dra.Isabel Gaspar, da Divisão de Rede de Bibliotecas da CML, e da Dra. Anabela Carvalho, Directora da Biblioteca Orlando Ribeiro, foram fundamentais para que a Conferência tivesse lugar, literalmente. Queríamos ainda agradecer a Frederico Duarte, da Nouvelle Libraire Française, pelo apoio decidido; se os contornos do evento acabaram por não se verificar como planeado, isso é da nossa responsabilidade.

Um obrigado igualmente a todos os participantes, quer aqueles cujas propostas foram aceites quer aqueles cujas propostas foram convidadas a serem reenquadradas ou a procurarem desenvolvimento complementar para serem apresentados numa ocasião futura. A Comissão de Apreciação foi igualmente incansável, não apenas na leitura das propostas, mas em muitas das ideias que consolidam o encontro. Os amigos de sempre sabem quem são, pois nada nasce na solidão.

Para aguçar o apetite, fica aqui a organização das apresentações.

10h Abertura

10h20 Sessão 1, INTERTEXTUALIDADES, TRANSMEDIALIDADE, DIÁLOGOS

10h20 Cristina Álvares, "Um caso de migração intermedial de personagens. Bécassine e Corto Maltese em três micro-novelas de Chantal Thomas"

10h40 Renatta Pascoal, "Archi-comics. Partilhas projectuais entre a Banda Desenhada e a Arquitectura "

11h00 Conceição Pereira, "As falhas fundamentais de Glen Baxter"

11h40 Intervalo

11h50 Sessão 2, PÓSCOLONIALISMO

11h50 Isabel Correia, " Indígenas em Nova Iorque [Chloé Cruchaudet]"

12h10 Sandra Silva, "Uma mulher à conquista dos trópicos[Chloé Cruchaudet]"

12h30 Luís Cunha, "Quando a Branca de Neve é negra: caricatura, estereótipo e linguagem"

12h50 Marie M. Silva, "Memória, história e subjectividades: a história oficial francesa revista e corrigida pela banda desenhada"

13h30 Intervalo (almoço)

14h30 Sessão 3, AFECTOS

14h30 Alexandra Dias, "As Pombinhas do Sr. Leitão – ficção narrativa em BD"

14h50 Ana Matilde Sousa, "Moe e manga yonkoma: cuteness “estuplime” na banda desenhada de 4 vinhetas japonesa"

15h10 Pedro Moura, "Fotografias e sonhos em Alison Bechdel: Espaços heterotópicos de representação do eu relacional"

16h Encerramento

Ilustração de Luís Henriques

Biblioteca Orlando Ribeiro

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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

2ªs CONFERÊNCIAS DE BD - ENTREVISTA COM PEDRO VIEIRA MOURA



2ªs CONFERÊNCIAS DE BD
ENTREVISTA COM PEDRO VIEIRA MOURA

Do Blogue Ave-Rara, 17, Setembro, 2012

Entrevista conduzida por André Oliveira

Se o cartaz é da autoria do ilustrador João Maio Pinto, a iniciativa de promover umas conferências em Portugal totalmente dedicadas à banda desenhada é, pela segunda vez já, do crítico e pedagogo de BD Pedro Moura

Para quem ainda não conhece, em que consistem exactamente as Conferências de BD?

Estas conferências são um encontro de natureza académica, no qual vários investigadores, que têm a banda desenhada ou territórios que lhe são próximos (o cartoon, a ilustração, etc.) como seu objecto de estudo, apresentam e discutem trabalhos de investigação, reflexões ou até somente ideias a explorar. Esse espaço de diálogo permite, ou assim esperamos, novos esenvolvimentos e novos desafios, multiplicando esse saber e incentivando outros a dar-lhe continuidade.

Existem muitas disciplinas que podem ser empregues, deste os estudos literários à história da arte, mas também tivemos pessoas com formação em antropologia, estudos feministas, semiótica, jornalismo, arquitectura, etc. As CBDPT também contam com a participação de autores que tem uma considerável capacidade de reflexão crítica sobre esta área ou que têm uma visão particularmente interessante a partilhar com este público especializado.

Elas estão abertas a todas as pessoas, sobretudo enquanto público, mas há uma insistência em termos apresentações capazes de uma qualquer visão crítica, informada disciplinarmente, com conhecimento da história e as especificidades mediáticas, artísticas e expressivas da banda desenhada. Esta área já conta com uma bibliografia especializada com mais de vinte anos, nalguns casos com um grande rigor intelectual, portanto as Conferências também servem de divulgação e re-distribuição desse pensamento, precisamente para multiplicar esses gestos. Já não faz sentido nenhum fazer abordagens superficiais, de listas ou meras impressões, mas antes tecer discursos com alguma complexidade, capazes de ombrear com o tipo de conversas que ocorrem noutras áreas artísticas, digamos, com mais "prestígio intelectual", como o cinema, as artes visuais, etc. A banda desenhada é um território extremamente vasto e produtivo, mas penso que em Portugal ainda está presa sobretudo a visões de fãs, as mais das vezes (mas nem sempre) pouco informados sobre o que se passa na área.

Como ocorre neste tipo de acções, é feito um "call for papers", ou seja, um convite a quem estiver interessado a fazer uma proposta de comunicação, explicando qual o tema que desejam debater, qual a bibliografia que vão usar, que instrumentos empregarão, etc. Depois uma comissão de apreciação lê, aceitando ou rejeitando as propostas, e quase sempre propondo alguns desenvolvimentos, alertando para uma bibliografia específica, etc. Sempre com o intuito de termos as apresentações o mais equilibradas possíveis e contribuir de forma decisiva para a "massa crítica" sobre a banda desenhada em Portugal, ainda algo deficitária, a meu ver (falta de espaço na imprensa generalista, nas universidades, na web, etc.).

Dado que esta é a segunda edição, quais as principais novidades relativamente ao ano anterior?

Não temos novidades propriamente ditas e até por várias razões (orçamentais, de comunicação, etc.) será mais reduzida. Não teremos convidados internacionais - o que era desejável, até para confrontar os investigadores portugueses com nomes influentes nesta área de estudos - e temos menos apresentações. Espero que a terceira edição já possa "crescer" em várias direcções. Como é um evento organizado independentemente de instituições e quase a custo zero, mudamos de espaço. O ano passado foi no Instituto França em Portugal, este ano na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro (sempre em Lisboa). Temos, portanto, o apoio logístico dessas instituições.

Já que falamos das primeiras Conferências, na tua opinião, qual foi o balanço? Esperas ainda maior adesão este ano?

Sinceramente, foi muito positivo. Para começo de conversa, tivemos dezasseis apresentações, todas muito diferentes entre si, mas todas elas com qualidades e perspectivas muito produtivas, penso. O programa pode ser consultado no blog, e está para breve (mas já digo isto há um ano!) o lançamento do site (www.reirubro.org) onde estarão as actas completas.

Além disso, tivemos dois convidados internacionais, absolutamente indispensáveis nesta área de estudos, o David Kunzle, de certa forma o fundador dos Comic Studies e historiador comme il faut da banda desenhada, e Thierry Groensteen, cuja obra, sobretudo marcada pelo pós-estruturalismo e a semiologia, é um ponto de partida fulcral (ainda que, como tudo, aberto a discussões e desenvolvimentos) para o seu estudo.

Houve ainda oportunidade para momentos de convívio muito descontraídos entre toda esta gente, discussões vivas e o lançamento de várias ideias (a formação de grupos de estudo, etc.) que espero virem a tomar forma num futuro próximo. E houve também algum público, algumas caras conhecidas da nossa praça, mas muitas pessoas novas também, que se integraram nas discussões, na partilha de informação e na vontade de lançar novos desafios mútuos. O cômputo final foi muito estimulante, espero eu para todos os envolvidos.

Quais são os verdadeiros objectivos de umas Conferências de BD em Portugal? Para quem achas que pode ser mais benéfico?

Penso ter respondido já no início, em parte, a esta pergunta. A resposta que desejava dar era "toda a gente que se interessar por banda desenhada". No entanto, estou bastante ciente que muitas vezes há uma atitude generalista anti-intelectual que desconfia sempre do tipo de discursos que são produzidos por este tipo de encontros. Convenhamos, não é preciso saber nada destas coisas para ler banda desenhada, e muito menos para criá-la. Mas se se pretende discutir aspectos em torno da banda desenhada, seja criar um discurso verdadeiramente crítico, e não meramente informativo, divulgador e jornalístico (e todos esses discursos podem ser mais ou menos esvaziados de pensamento como informados de modo original, e tem igualmente o seu papel fulcral na circulação de informação e saber), então tem que se ter não só um ponto de vista mais ou menos constituído como acompanhar o que se anda a discutir, produzir, estudar, etc. E é esse público que a CBDPT pode servir particularmente. Dito isto, penso que é algo que interessará a investigadores dosmass media, da cultura popular, das interacções artísticas, a estudantes, a jornalistas, e até, porque não?, a leitores ditos convencionais (a palavra é horrível, mas enfim; e atenção!, são os leitores as criaturas mais importantes depois dos autores, neste campo).

Quais são as ideias que tens e que ainda não pudeste concretizar? Quais seriam para ti as Conferências de BD ideais?

A resposta óbvia a isto é a que todos esperam: "com mais dinheiro"! Dinheiro não para pagar às pessoas, isso é menos importante (excepto nalguns casos particulares - e devo dizer que há pessoas que têm trabalhado incansavelmente ou contribuído para estas conferências e de borla: Cláudia Dias, Rafael Martins, Ricardo Cabral, João Maio Pinto...), e penso que concordarão todos aqueles envolvidos, mas que nos permitisse várias coisas.

Para mim é fundamental que tenhamos a oportunidade de termos convidados. Apenas ao ouvirmos, falarmos e discutirmos directamente com pessoas que vêm de locais onde as condições de estudo desta área são melhores dos que a que existem em Portugal (praticamente nenhumas) é que aprenderemos melhor sobre o que há a fazer, como fazê-lo, pensarmos nas especificidades do nosso panorama, e por aí fora. Mas convidados significa passagens aéreas, estadias, alimentação...

Por outro lado, gostava eventualmente de poder também ter uma dimensão de divulgação de documentários ou séries (tenho uma mala cheia dessas coisas) que poderiam ser úteis ao público. Ou até demasterclass/exposições com um autor.

A associação ao Laboratório de Estudos de Banda Desenhada - o nome informal que dou ao meu "escritório" e à rede de apoio aos estudos que ele pode providenciar, também pretende apontar a um possível crescimento. Faria todo o sentido aliar os seus objectivos às várias instituições que existem dedicadas à banda desenhada em Portugal (Bedeteca de Lisboa, CNBDI, Bedeteca de Beja), mas não podemos ficar à espera ad aeternum. Espero não haver aqui nenhum mal-entendido, uma vez que todas estas instituições apoiaram as CBDPT no que puderam. O que quero dizer é que esta dimensão da banda desenhada raras vezes foi coberta, ou de forma pontual e logo descontinuada, e espero que as CBDPT possam contribuir nesse sentido.

Queres deixar alguma mensagem ao público potencialmente interessado em atender ao evento?

Venham. E nem precisam de fazer cosplay.

As 2ªs Conferências de BD, decorrerão no dia 29 de Setembro, no auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro em Telheiras. 

Para saber mais, consultar o blog oficial em http://cbdpt.blogspot.pt/


Pedro Moura, durante a apresentação da exposição "Tinta nos nervos - Banda Desenhada Portuguesa", de que foi comissário, no Museu Colecção Berardo,  em Janeiro de 2011.

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Amanhã postamos aqui o Programa das 2ªs Conferências de BD

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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

BDpress #374: FESTIVAL AMADORA BD 2012 DEDICADO À AUTOBIOGRAFIA - Agência Lusa



FESTIVAL AMADORA BD 2012
DEDICADO À AUTOBIOGRAFIA

Diário Digital com Lusa, 26 Setembro de 2012

O Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, que começa a 26 de outubro, é dedicado à autobiografia e estende-se, pela primeira vez, a vários espaços em Lisboa, disse à agência Lusa o diretor, Nelson Dona.

A 23.ª edição do Amadora BD decorrerá de 26 de outubro a 11 de novembro, no Fórum Luís de Camões, onde estará concentrada a maioria das exposições.

A mostra central será dedicada ao tema da autobiografia, não na perspetiva do autor a "olhar para o umbigo", mas como "testemunho da vida real das pessoas", referiu Nelson Dona.

Comissariada pelo investigador Pedro Moura, esta exposição incluirá obras de autores que exemplificam essa apropriação da banda desenhada como relato social, como os norte-americanos Robert Crumb e Justin Green e os portugueses Marco Mendes e Paulo Monteiro.

Justin Green, considerado um dos nomes de relevo da banda desennhada autobiográfica norte-americana, que influenciou, por exemplo, Art Spiegelman, será um dos autores a marcar presença na Amadora.

O festival irá ainda associar-se aos 50 anos da criação do super-herói Homem-Aranha acolhendo uma exposição, em parceria com Milão, com pranchas de vários autores que desenharam a personagem da Marvel.

A exposição terá obras do brasileiro Mike Deodato, que estará no festival, e dos portugueses Nuno Plati e Ricardo Tércio, que colaboram com a editora norte-americana, entre outros.

No Fórum Luís de Camões haverá ainda exposições individuais de Ricardo Cabral, Ana Afonso e Paulo Monteiro, que assina este ano a imagem gráfica do festival.

O autor francês de ascendência portuguesa Cyril Pedrosa estará na Amadora para apresentar a edição portuguesa do livro "Portugal", distinguido, em janeiro, no festival de Angoulême, em França.

Cyril Pedrosa, neto de portugueses, terá também uma exposição no festival, revelando o processo criativo e originais do livro, uma vez que a ideia de "Portugal" nasceu numa série de viagens e pesquisas feitas no país.

O autor Victor Mesquita, conhecido como Vicaro, terá duas exposições no festival: uma de pintura e outra de BD, que compara o processo criativo dos dois volumes da história "Eternus 9", editados com 30 anos de intervalo.

Pela primeira vez, o festival alarga as suas atividades para lá do concelho da Amadora e incluirá atividades em Lisboa, em parceria com os institutos Goethe e Franco-Português.

"Tínhamos muitas solicitações e vontade de galerias em querer associar-se ao festival, por isso decidimos envolver pelo menos estes dois institutos com programação", disse Nelson Dona.

No Instituto Goethe estará uma mostra de Ricardo Cabral e Till Laßmann, intitulada "Urbansketches", enquanto no Franco-Português estarão os autores Cyril Pedrosa e Mathieu Sapin para falar de biografias em banda desenhada.

Mathieu Sapin, o desenhador francês que fez a cobertura das presidenciais do candidato François Hollande, em França, estará em Portugal para uma residência artística que resultará na edição de uma história passada entre a Amadora e Lisboa.

Entre as exposições espalhadas pela Amadora, destaque para a da ilustradora Maria João Worm, Prémio Nacional de Ilustração 2011, na Casa Roque Gameiro.

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

XXIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DA AMADORA - 2012



A FESTA DA BD EM PORTUGAL

Entre os dias 26 de Outubro e 11 de Novembro, o Fórum Luís de Camões, na Amadora, é o ponto de encontro internacional da Banda Desenhada.

FÓRUM LUÍS DE CAMÕES
NÚCLEO CENTRAL DE EXPOSIÇÕES

Rua Luís Vaz de Camões - Brandoa — T (+351) 214 948 642 Coord GPS: LAT 38°45'52.84"N / LONG 9°12'49.60"O Seg a Qui, Dom e Feriado — 10:00h-20:00 Sex e Sab — 10:00-23:00

Autores Nacionais e Estrangeiros Sessões de Autógrafos Exposições Debates e Colóquios Feira do Livro Novidades Editoriais Espectáculos Musicais Animação Infantil

DESTAQUES

A AUTOBIOGRAFIA
NA BANDA DESENHADA

Exposição central dedicada às várias e fantásticas dimensões de cada autor e das suas histórias em banda desenhada. A reflexão individual como reflexão social na BD contemporânea.

SPIDERMAN
O Homem Aranha faz 50 Anos e a capital da Banda Desenhada recebe mais um super-herói e seus amigos.
Uma exposição que não vai querer perder.
Co-produção: Marvel, Fundação Franco Fossati e Museo del Fumetto, dell'illustrazione e dell'immagine animata, Milão.

PAULO MONTEIRO,
RICARDO CABRAL E ANA AFONSO
Uma nova geração de autores portugueses, com trabalhos publicados em Portugal e no Estrangeiro, espera por si no Fórum Luís de Camões.

CYRIL PEDROSA
O álbum Portugal deste autor com ascendência portuguesa foi prémio FNAC em França. O lançamento da obra em português, com a chancela das Edições ASA/Leya terá lugar no AmadoraBD.

AMADORABD JUNIOR
Sábados e Domingos de manhã, no Fórum Luís de Camões.

OFICINAS

PINTURAS FACIAIS
 É só escolher a pintura que mais gostas e o resto fica por nossa conta. Todos os produtos são adequados e anti-alérgicos.

MODELAGEM DE BALÕES
De todos os tamanhos e feitios em forma de flores, espadas, cães, chapéus, corações...
para distribuir às crianças.

CINEMA DE ANIMAÇÃO
Vem conhecer e experimentar os jogos ópticos e as técnicas do cinema de animação.
Vais ver como é divertido fazer um filme.

MUSICA DIGITAL
Para criar os sons dos filmes de animação.
Com recurso a um computador e aparelhos electrónicos, os mais novos podem compor a música que dará vida aos filmes.

OFICINA DE ORIGAMI
A partir de uma folha de papel podes criar as figuras que quiseres.
Vem conhecer o origami, uma arte ancestral japonesa.

O FESTIVAL PELA CIDADE

Para além do núcleo central do AmadoraBD, no Fórum Luís de Camões, existem outros espaços expositivos na Amadora e que são de acesso gratuito.

Na Amadora

MARIA JOÃO WORM
Prémio Nacional de Ilustração 2011

CONSTELATIONS
Os dez anos da Maison des Auteurs, em Angoulême

CASA ROQUE GAMEIRO

Largo 1° de Dezembro 54 — Venteira — T (+351) 214 369 058 Seg a Sab 10:00-12:30 e 14:00-17:30 / Encerrado Dom e Feriados.

A PEREGRINAÇÃO Fernão Mendes Pinto

CENTRO NACIONAL DE BANDA DESENHADA E IMAGEM
Av. do Brasil 52 A — Falagueira — T (+351) 214 369 057
Seg a Sex — 9:30-12:30 e 14:00-18:00 / Sab e Dom — 14:00-19:00

A PINTURA DE VITOR MESQUITA
GALERIA MUNICIPAL ARTUR BUAL

Av. MFA - Edifício dos Paços do Concelho — Mina — T (+351) 214 369 059 Ter a Sex — 10:00-12:30 e 14:00-18:00 / Sab, Dom e Feriados 15:00-18:00

AMADORA CARTOON
RECREIOS DA AMADORA

Av. Santos Matos 2 — Venteira — T (+351) 214 927 315 Ter a Dom — 14:00-17:30 / Encerrado Seg

Em Lisboa

COMIC-TRANSFER

UrbanSketches
Till Laßmann e Ricardo Cabral

ORG: GOETHE INSTITUTE
Campo dos Mártires da Pátria 37 — 1169-016 Lisboa — T (+ 351) 218 824 510

BDS AUTOBIOGRÁFICAS FRANCESAS Cyril Pedrosa e Mathieu Sapin

INSTITUTO FRANCÊS EM PORTUGAL

Avenida Luís Bívar 91 — 1050-143 Lisboa — T (+ 351) 213 111 400

INTERVENÇÕES DE GRAFITERS E ARTISTAS DE BD

Amadora e Lisboa

GALERIA DE ARTE URBANA DA C. M. LISBOA

Publicado a 25/09/2012 / CNBDI

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JOBAT NO LOULETANO — 9ª ARTE — MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA (LXXII e LXXIII) — A PAIXÃO DE ROUSSADO PINTO (4 e 5 - conclusão) — TEXTO DE MANUEL CALDAS



NONA ARTE 
MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA 
(LXXII — LXXIII) 

O Louletano, 20, Setembro, 2005 

A PAIXÃO de ROUSSADO PINTO (4) 

por: Manuel Caldas 

De qualquer modo, a verdade é que o Jornal do Cuto deixava de se publicar, o que era uma perda irreparável. Para trás haviam ficado páginas de excelentes bandas desenhadas, em especial três episódios do Rip Kirby de Alex Raymond, dois do Buz Sawyerà de Roy Crane notavelmente reproduzidos, um do Garth de Steve Dowling e outro de Prank Bellamy, a série Moira, a Escrava de Roma, de Alberto Salinas, A Casa da Azenha, de Vitor Peon e Raul Correia, uma enorme parte do Cisco Kid, vári­as histórias de­senhadas origi­nalmente para O Mosquito por Eduardo Tei­xeira Coelho (em especial A Lei da Selva, O Tesouro, Lobo Cinzento e o iní­cio de O Cami­nho do Oriente) e várias dese­nhadas por Jesus Blasco (os seus clássicos Anita Diminuta, Cuto nos Domínios dos Sioux e Tragédia no Oriente, de que foi também o argumentista, repro­duziram-se a partir dos originais do artista no primeiro caso e de excelentes provas no segundo e terceiro, infelizmente comple­tamente remontadas), assim como um episódio do extraordiná­rio "western" Matt Marriott. E para além disso, destaque espe­cial para o facto de ter sido no Jornal do Cuto que pela primeira vez em Portu­gal se publi­cou o início de Prince Valiant e de Mandrake, as pranchas do­minicais do Tarzan de Russ Manning e (numa reprodução perfeita) o Flash Cordon de Alex Raymond; e que tiveram estreia mundial as primeiras vinte e seis pranchas do episódio de Cuto Crime Mundial Inc (que, de resto, o autor não chegaria a concluir). Estas pranchas de um espanhol e seis do português José Batista no número 49, sob o título de Trinca-Fortes, foram as únicas absolutamente inéditas que o Jornal do Cuto publicou.

O REGRESSO

Poucos meses depois da interrupção da sua publicação, a ausên­cia do Jornal do Cuto seria em grande parte colmatada pelo Mundo de Aventuras, ao entrar, sob coordenação de um certo Jorge Maga­lhães, na melhor fase da sua já longa existência. Mas, ainda que o novo Mundo de Aventuras se apresentasse também com a tal capacidade de surpreender que era uma das características do Jornal do Cuto, a revista de Roussado Pinto continuava a fazer falta devido às outras características muito próprias.



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O Louletano, 27, Setembro, 2005

A PAIXÃO de ROUSSADO PINTO (5) 

por: Manuel Caldas 

O primeiro número da nova fase não era, no entanto, o número um de uma nova série. Antes se retomava a numeração, o que foi pena porque a revista tinha características que a distinguiam enormemente do que tinha sido e teria sido muito mais correcto o início de uma nova série. E os números seguintes permitiram bem depressa ver o quanto era diferente: apesar de se publicar semanalmente — com trinta e seis páginas, a primeira e a última a cores, e custando 10$00 —, já não retoma a fórmula das séries cm continuação, antes prefere as histórias comple­tas, ignora as que haviam ficado por concluir, recorre a coisas antigas apenas excepcionalmente, não mais volta a publicar Eduardo Teixeira Coelho nem destacáveis ou separatas, os artigos sobre autores de banda desenhada deixam de ser de Roussado Pinto, o correio dos leitores não regressa e... nunca recupera a capacidade para surpreender. É mesmo assim uma revista bastante interessante, agora com um aspecto gráfico bom (apesar de se manter a abundância de gralhas), algumas histórias já legendadas manualmente, as indispensáveis me­mórias do seu director (lamentavelmente tendo durado pouco) e em todos os números uma prancha de Prince Valiant dos anos 50 muito bem reproduzida.

Nesta nova fase, o Jornal do Cuto também não chega nunca a melhorar, mas sofre mesmo assim várias transformações: primeiro torna-se quinzenal, depois reduz para vinte o número de páginas e para vermelho (mais tarde substituído por verde) apenas as cores da pri­meira e da última páginas, e por fim passa a mensal, retomando as co­res perdidas e as trinta e seis pági­nas. Era evidente o esforço de Roussado Pinto para que, acima de tudo, a revista em que punha toda a sua paixão pela banda desenhada sobrevivesse. De referir que ele, ao mesmo tempo e desde sempre, foi publicando outras revistas de BD de vida mais ou menos curta e de qualidade entre o muito mau e o bom, sendo de destacar, porque verdadeiros complementos do Jornal do Cuto, a Enciclopédia 'O Mosquito', a Colecção Jaguar e O Grilo.

O FIM

Apesar dos muitos esforços, com o número 174, datado de 1 de Julho de 1978, o Jornal do Cuto suspende pela segunda vez a sua publica­ção. As razões agora apresentadas eram ainda mais negras do que aquando da primeira. Rous­sado Pinto queixava-se da falta de papel e do aumento do seu custo em mais de 300 % (mais uma vez, o Mundo de Aventuras e o Tintin continuaram a publicar-se durante meses sem aumento de preço - concluindo-se que os núme­ros apresentados por Roussado Pinto tinham zeros a mais), de outros aumentos e de um fantasma que o perseguiria nos últimos anos: o da televisão. Escreveria ele que os revendedores só se interessavam por aquilo que vinha da televisão e "tudo se encaminha para o está­dio perfeito da sociedade de consumo, isto é, só é exposto e vendido aquilo para o qual as 'massas' são manipuladas através dos grandes meios de comunicação social."

E despedia-se com um "até breve - até à normalização da nossa vida económica".

Sabe-se que manteve sempre a vontade de retomar a sua revista, a sua paixão, que falou várias vezes de que estaria para breve, mas os sucessivos adiamentos e a sua morte inesperada em 1985, com 58 anos, impedi­ram-no definitivamente. Não tenho dúvi­das de que se tivesse vivido ainda o tempo que lhe era legítimo esperar viver, nos anos seguintes, de enorme pobreza no que res­peita a publicações periódicas de banda desenhada, teria campeado heróica e nota­velmente com uma nova fase do Jornal do Cuto. E como o seu pessimismo sempre foi passageiro, nem a proliferação de canais televisivos o teria impedido!





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PERRO NEGRO em A MORTE DA ÁGUIA
(2 e 3)
Benoit Despas (arg), José Pires (des)



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terça-feira, 18 de setembro de 2012

JOBAT NO LOULETANO – 9ª ARTE – MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA (LXXI e LXXI-A) – A PAIXÃO DE ROUSSADO PINTO (2 e 3) – TEXTO DE MANUEL CALDAS




NONA ARTE 
MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA 
(LXXI – LXXI-A) 

O Louletano, 6 de Setembro de 2005 

A PAIXÃO DE ROUSSADO PINTO (2) 

Por Manuel Caldas 

A evolução da revista seria grande, mas esse primeiro número apresentava já todas as características, boas e más, que a marcariam até ao último da primeira fase: histórias aos quadradinhos antigas e modernas, de vários países, reedição de material já publicado em Portugal, a presença de Eduardo Teixeira Coelho e de Jesus Blasco, a referência destacada aos nomes dos autores das histórias (a partir do número 5, duas páginas passariam mesmo a ser preenchidas com uma rúbrica, a 9ª Arte, destinada a dar a conhecer os autores de banda desenhada, preocupando-se em especial com mostrar as fotografias deles), a ausência de material realizado exclusivamente para as suas páginas, espaço para novelas ilustradas e mesmo para a poesia (de Raul Correia), um colorido fraco, uma legendagem mecânica, muitas gralhas e, coisa banal na época, um considerável desrespeito pela forma original das pranchas publicadas (geralmente acrescentando-se-lhes espaço na parte de cima das vinhetas, o que permitia intro­duzir texto, naturalmente redundante). E havia, claro, o contacto com o leitor, a preocupação de lhe falar dos projectos, de lhe chamar a atenção para a qualidade do que se publicava, de o entusiasmar.

No começo a revista era ainda pequena, de facto, mas logo no número 5 passou a ter mais oito pági­nas, no número 44 a separata de­dicada ao futebol foi substituída por um suple­mento de banda desenhada "para as meninas", A Formiga, de quatro pequenas páginas, e a par­tir do número 50 passou a incluir um poster do ta­manho de quatro páginas dedica­do ao mundo do desporto e do es­pectáculo.

Claro, a certa altura a revista já era grande demais para continuar a custar os mesmos 5$00 e foi necessário subir de preço. Assim, com o número 64, o Jornal do Cuto passou a custar 7$50, mas o seu director aproveitou para o tornar maior: mais oito páginas, que, destacadas, formariam o volume "Selecções Jornal do Cuto".

Foi por esta altura, no final de 1972 ou início de 73, que a revista chegou mesmo a ter publicidade na televisão.

E o director quem era?

UM DIRECTOR APAIXONADO

Não é possível falar com profundidade do Jornal do Cuto sem falar do seu fundador, director e único responsável. E que o nome de Roussado Pinto, que foi trabalhar para O Mosquito ainda menor de idade, está associado a imensas publicações periódicas de inúmeros géneros, do final dos anos 40 ao início dos 80, distinguindo-se por um trabalho intensíssimo e um talento que se apercebe grande mas que quase sempre sacrificou à quantida­de do que fazia. A "mão" de Roussado Pinto reconhecia-se em tudo em que pousava, mas no Jornal do Cuto mais do que em qualquer outra publicação. E que a revista era publicada pela editora que ele fundara havia pouco, a Portugal Press, e era feita como ele queria, sem ter de prestar contas a ninguém a não ser ao leitores. Como tal, nela se reflectiram as suas virtudes e defeitos, o seu carácter e a sua formação: uma inquietação e alguma insatisfação, que levariam às várias mudanças físicas da revista; um entu­siasmo desmedi­do pelo que fazia, que se espelhava na forma como anunciava as coi­sas; uma grande generosidade, que o obrigava a querer dar sem­pre mais pelo preço que custa­va a revista e até a prometer mais do que o que de­pois conseguia concretizar; uma sensibilidade ar­tística e um gos­to ambíguos, que o impeliam tanto a glorificar o ta­lento dos autores que publicava – e mesmo de outros que não publicava – e a chamar a atenção para os seus defeitos, como a alterar a forma original dos seus trabalhos.

(Continua...) 


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O Louletano, 13 de Setembro de 2005 

A PAIXÃO DE ROUSSADO PINTO (3) 

Por Manuel Caldas  

TRANSFORMAÇÕES 

A certa altura, com problemas de distribuição, Roussado Pinto resolveu que seria a sua própria editora a fazer aquele trabalho. Como uma tal actividade seria semanalmente empreendimento exagerado para uma editora pequena como a Portugal Press, o Jornal do Cuto tornou-se mensal a partir do número 94, de 1 de Maio de 1973, com 68 páginas, mais as destacáveis com A Formiga e o quadro da His­tória de Portugal, além do poster, agora dedicado às capas dos núme­ros 1 de publica­ções de banda de­senhada. O pre­ço passava a ser de 15$00 e a re­vista a incluir principalmente, para insatisfação de Roussado Pinto mas para agradar aos leito­res, histórias completas. De qualquer modo, o material escolhi­do por ele conti­nuou a ser do mes­mo género e a re­vista manteve-se igualmente interessante, apesar de perder o suspense que providen­ciavam as numerosas histórias em continuação.

A experiência de distribuição própria não resultou e em 1 de Abril de 1974, com o número 105, o Jornal do Cuto voltou a ser distribuído, como o fora no primeiro ano e meio da sua vida, pela Agência Portu­guesa de Revistas. E voltou também a sofrer transformações, passan­do o leitor a lucrar: tornou-se quinzenal, ainda que reduzindo em dezasseis o núme­ro de páginas. Nesse número o habitual poster foi substituído pelo fac-símile do pri­meiro número d'O Mosquito (vindo a ser incluído no número 108 o fac-símile do segundo número), por ini­ciativa do ilustra­dor José Batista, chefe de redacção do jornal desde 1972. A publica­ção de tais separa­tas são uma prova perfeita não só da paixão de Roussado Pinto por aquele célebre jornal infantil como da sua generosidade.

A 25 Abril de 1974 deu-se a revolução, mas os novos tempos cheios de promessas não foram bons para o Jornal do Cuto, pois com o número 109, de 1 de Julho desse mesmo ano, a revista suspendeu a publicação (apesar de no número anterior anunciar para o próximo "uma surpresa que iria deixar todos os leitores varados"). O seu director despedia-se falando de grandes prejuízos, de aumentos do custo de papel e oficinais superiores a 120 % (pelo que, para continuar a publicar-se, o Jor­nal do Cuto teria de passar de 15S00 para 33$00). Lembro-me perfeitamente da impressão de desgraça que aquilo provocou em mim, ao an­tever já o fim cer­tíssimo das duas outras revistas que então acom­panhava, o Tintin e o Mundo de Aventuras. Mas, estranha­mente, e feliz­mente, ambas continuaram a sair, e com o mesmo preço durante meses. E o aumento que acabaram por ter não foi de modo algum superior aos que, regularmente, sempre haviam tido.

(Continua...)

 


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PERRO NEGRO em A MORTE DA ÁGUIA
(2 e 3)
Benoit Despas (arg), José Pires (des)


 

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