sábado, 31 de maio de 2014

TERTÚLIA BE DE LISBOA (ENCONTRO 360º) DE 3 DE JUNHO – O 29º ANIVERSÁRIO + O LANÇAMENTO DA CHILI COM CARNE (HOJE) NO FESTIVAL DE BEJA.

TERTÚLIA BE DE LISBOA 
(ENCONTRO 360º) DE 3 DE JUNHO
O 29º ANIVERSÁRIO 



_____________________________________________________________________


TERMINAL TOWER
de André Coelho e Manuel João Neto
O LANÇAMENTO DA CHILI COM CARNE 
(HOJE) NO FESTIVAL DE BEJA

Com este 16º volume da Colecção CCC dá-se uma transformação na própria colecção. Se entremeávamos um livro de literatura por um gráfico logo a seguir, durante 14 anos, com quase sempre com os livros do Rafael Dionísio e quase sempre com as antologias de BD, a natureza da obra deste novo livro Terminal Tower de André Coelho e Manuel João Neto, deixa de fazer sentido a nossa lógica editorial ou até a distinção dos formatos dos livros literários dos gráficos.

Terminal Tower teve um processo criativo entre o artista e o escritor fora da lógica da banda desenhada - em que há um argumento para ser adaptado para desenho em sequência. Assim sendo, as ideias do livro foram sendo construídas em simultâneo pelos dois autores, tendo como premissa a de um homem isolado numa torre em estado de alerta.

Partindo dessa torre, Coelho foi criando alguns desenhos que despoletaram ideias narrativas e que potenciaram outros desenhos que por sua vez geriam as indefinições das narrativas que rodeiam esse contexto, numa espiral criativa.

A ideia central do livro é o delírio engatilhado pela paranóia, sem que se perceba se o despertar dos mecanismos da torre é real ou se existe apenas na cabeça do homem isolado na torre, pois nada parece funcionar, tudo parece uma ruína do futuro em que se cruzam referências decadentes aos universos de Enki Bilal, J.G. Ballard (1930-2009) e da música Industrial - não tivessem os dois autores ligados a esse tipo de música através do projecto Sektor 304.

LANÇAMENTO 
no Festival Internacional de BD de Beja - com exposição dos originais desta obra
31 Maio 2014
15h45
...

ISBN: 987-989-8363-27-5
144p. p/b + cores, 16,5x23
...

PVP : 15 euros (50% desconto para sócios CCC, lojas e jornalistas) à venda na loja online da CCC e em breve na Mundo Fantasma, Matéria Prima, El Pep, FNAC,... 

Exemplos de páginas: 

___________________________________________________________

sexta-feira, 30 de maio de 2014

GAZETA DA BD (25) NA GAZETA DAS CALDAS – COMEÇA NO DIA 31 DE MAIO O X FESTIVAL INTERNACIONAL DE BD DE BEJA


Gazeta das Caldas, 23 Maio 2014

GAZETA DA BD (25)


COMEÇA NO DIA 31 DE MAIO 
O X FESTIVAL INTERNACIONAL DE BD DE BEJA

Jorge Machado-Dias

Desde que se iniciou em Abril de 2005, o Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja tem atraído, em média cerca de 8.000 visitantes anualmente, durante os 15 dias da sua duração.

Além da formação de autores no Atelier Toupeira – são já 23 autores lançados no activo da BD portuguesa desde que se formou este atelier, em 1996 –, foi criada em 2005 (pouco antes da primeira edição do Festival) a Bedeteca de Beja, com uma actividade única no país, com base numa programação mensal contínua. Tudo isto acontece na Casa da Cultura de Beja, construida em 1976 segundo projecto do arquitecto Raul Hestnes Ferreira. É aí também o núcleo central do Festival de BD, embora nesta fase as exposições se espalhem já por toda a cidade, levando os visitantes aos principais edifícios históricos de Beja, o que é uma excelente forma de divulgar (a par da Banda Desenhada) uma das mais antigas cidades do país.

Ao longo das anteriores 9 edições do Festival realizaram-se 147 exposições e expuseram em Beja (individual ou colectivamente), mais de 400 autores de 24 países (Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Canadá, Chile, China, Croácia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Itália, Japão, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Sérvia, Suécia e Uruguai). Têm passado por Beja muitos dos grandes nomes da banda desenhada mundial, como Craig Thompson, Dave McKean, David B., Fábio Moon e Gabriel Bá, George Pratt, Gipi, Hermann, Jean-Claude Mézières, Lorenzo Mattotti, Lourenço Mutarelli, Loustal, Max, Miguelanxo Prado, etc., etc. (para além dos nomes mais relevantes a nível nacional, como José Carlos Fernandes, Filipe Abranches ou Miguel Rocha).

No entanto, embora a “cobertura mediática” do evento assente em grande parte nestes nomes, uma das particularidades deste Festival reside no facto de se juntarem autores consagrados, portugueses e estrangeiros, com autores que começam agora o seu percurso na banda desenhada, conferindo uma atmosfera muito especial ao evento.

Este ano, na sua décima edição, o Festival inaugura dia às 14h30, na casa da Cultura, e estende-se um pouco por todo o centro histórico: Castelo – Casa do Governador, Conservatório Regional do Baixo Alentejo, Museu Jorge Vieira – Casa da Artes e Museu Regional de Beja (Convento da Conceição, Igreja de Santo Amaro e Núcleo Expositivo da Rua dos Infantes). Tem ainda um núcleo no Instituto Politécnico de Beja.

São 21 exposições, com autores de 23 países (do Brasil ao Quénia, passando pelo México ou pela Finlândia), e uma programação paralela muito variada, abrangendo todos os gostos e idades (apresentação de projectos, conversas, lançamento de livros, sessões de autógrafos, sessões de desenho ao vivo, workshops, etc., etc.).

Como já é costume acontecer, no primeiro fim-de-semana do Festival (31 de Maio e 1 de Junho) estarão em Beja alguns dos mais importantes autores do país e do Mundo, bem como muitos autores que iniciam agora o seu percurso na banda desenhada.

Alguns Autores Presentes em Beja nos dias 31 de maio e 1 de junho, representados nas Exposições Individuais, ou em duplas: Ana Biscaia – Portugal, André Diniz e Laudo Ferreira – Brasil, Étienne Davodeau – França, Fabio Pochet – Itália, José Aguiar – Brasil, José Smith Vargas – Portugal, Klévisson Viana – Brasil, Laerte Coutinho – Brasil, Manuel Neto e André Coelho – Portugal, Miguel Mendonça – Portugal, Nuno Amado e Jo Bonito – Portugal, Pedro Leitão – Portugal, Penim Loureiro – Portugal, Tommi Musturi – Finlândia, Tony Sandoval – México.

Para a Programação Paralela estarão presentes: Antonio Crepax e Caterina Crepax – Itália, em Representação da obra de Guido Crepax; David Lloyd – Reino Unido, o Autor da célebre máscara de V For Vendetta – em representação da Aces Weekly e Paul Gravett – Reino Unido, jornalista, editor, e um dos maiores investigadores de Banda Desenhada a nível mundial.

O Mercado do Livro voltará ser um dos pontos fortes do Festival, com cerca de 70 editores e 10 lojas de banda desenhada presentes.

Normalmente a maioria dos visitantes não residentes em Beja, arredores ou concelhos limítrofes (incluindo Sevilha), visita o Festival no primeiro fim-de-semana, podendo usufruir do ambiente único que é criado para os receber. É uma excursão anual das tribos bedéfilas do país que se desloca à capital da planície alentejana, podendo usufruir, além do convívio proporcionado entre pares deste meio de expressão, da típica e carinhosa arte de bem receber dos alentejanos. Bedéfilos caldenses, vamos ao Alentejo, no dia 31 de Maio?


__________________________________________________________


quinta-feira, 22 de maio de 2014

BDpress 416: QUINO, O CRIADOR DE MAFALDA, VENCE PRÉMIO PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS



QUINO, O CRIADOR DE MAFALDA, VENCE O
PRÉMIO PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS
2014 

Público, 21/05/2014 

Mafalda foi criada em 1962 para uma campanha publicitária de electrodomésticos.

Mafalda nasceu por duas vezes – a primeira a 15 de Março de 1962 para uma campanha publicitária que acabou por não sair à rua, a segunda (a oficial) dois anos depois, a 29 de Setembro de 1964, quando foi publicada a sua primeira tira no semanário Primera Plana, em Buenos Aires. Desde então, Quino, o autor, abandonou a sua mais conhecida personagem – deixou-a passados dez anos, em 1973. Já a personagem, como sabemos todos, é tenaz, e insiste em não o abandonar a ele: tornou-o esta quarta-feira vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias na categoria de Comunicação e Humanidades.

O prémio de 50 mil euros – e que teve ao lado de Quino, como finalistas, o jornalista mexicano Jacobo Zabludovsky e o filósofo Emilio Lledó – coincide com o cinquentenário da criação menina filósofa de seis anos.

Quino, de verdadeiro nome Joaquín Salvador Lavado, filho de imigrantes andaluzes, nasceu em 1932, em Mendoza, na Argentina. Descobriu o desenho com um tio, Joaquín Tejón, pintor e artista gráfico, e publicou a sua primeira tira em 1954, tinha 22 anos. Hoje, aos 81 anos, já não desenha.

Se desenhasse, no entanto, faria uma Mafalda diferente, explicou no ano passado numa entrevista citada pelo El País, que avançou a notícia do prémio. Segundo o diário espanhol, Mafalda teria hoje uma nova família – a mãe, por exemplo, que se apresenta como uma cozinheira de sopa, teria hoje um perfil diferente, acompanhando o percurso traçado pelas mulheres na sociedade. Mafalda, porém, na sua demanda por uma sociedade mais justa e digna, continuaria provavelmente a dizer exactamente as mesmas coisas. Por exemplo: “Parem o mundo, quero sair!”

A viver entre Madrid e Buenos Aires desde que adoptou nacionalidade espanhola em 1990, depois de se exilar em Milão em 1976, após o golpe militar no seu país, Quino tem um trabalho de “enorme valor educacional”, escreveu em acta o júri do prémio, sublinhando a “universalidade” de uma obra traduzida em todo o mundo e “transcendendo todos os contextos geográficos, idades e condições sociais”.


____________________________________________________

quarta-feira, 21 de maio de 2014

A GÉNESE DO BDjornal – RECUPERADO O BDinFólio #2 (Junho de 2000)


A GÉNESE DO BDjornal
RECUPERADO O BDinFólio #2 (Junho de 2000)

O BDjornal completará em Abril de 2015 dez anos de edição, que serão comemorados com a edição do BDjornal #31 a ser lançado no XI Festival de BD de Beja – de 2015 (em que o próprio Festival comemorará o seu 10º aniversário) e onde eventualmente será objecto de uma exposição alusiva.

Este texto vem a propósito de ter encontrado um exemplar do BDinFólio #2, que pensava perdido. Aliás já nem me recordava que a capa (ou 1ª página) que tenho mostrado como sendo a desse #2 não foi afinal a publicada. Tem a data de Julho de 1999, mas o #2 foi publicado apenas em Junho de 2000, com outra capa, mantendo apenas o mesmo cabeçalho. Trata-se de um caderno em formato A4, de 24 páginas, editado em fotocópias a preto e branco – 40 exemplares. Diferente, portanto dos #0 e #1 do BDinFólio, impressos em offset e que tinham formato tabloide (29,5 x 38 cm) – 1.000 exemplares cada um.

Acrescento também aqui uma participação minha no jornal Sul Expresso, de Almada, entre 1994 e 1996, de que já não me recordava de todo e que foi encontrada na internet por Leonardo De Sá no ano passado. Tratou-se de uma página quinzenal sobre banda desenhada, mais ou menos ao estilo das que realizei para o jornal Outra Banda do Seixal em 1992.

Assim, os ensaios que fui realizando ao longo do tempo para encontrar um modelo de publicação de um jornal sobre banda desenhada – e não de banda desenhada – iniciaram-se em 1993, com a folha Pedra nocharco (onde surge pela primeira vez a designação que iria, em 1995, ser o nome da Pedranocharco Publicações, Lda.). Tudo isto para os leitores perceberem que o BDjornal que conhecem hoje, foi produto de um estudo que durou aproximadamente dez anos e continuou mesmo durante a sua publicação - basta ver até, as quatro fases distintas de edição efectiva (entre o jornal dos 12 primeiros números e a revista actual), para se compreender que a coisa não nasceu de criação expontânea....

Aqui ficam as imagens da “génese do BDjornal”, com destaque para o BDinFólio #2 agora recuperado.

Duas das páginas das nove rubricas Outra Banda Desenhada (no jornal Outra Banda - 1992), onde começaram a ser publicadas "As Aventuras de Paio Peres"...

A folha "Pedra no charco" - em formato A3, número único - 29 de Fevereiro de 1993

Capa da maqueta do fanzine "Pedra Pomes" (1 de Julho de 1993)

Duas das primeiras páginas da rubrica sobre banda desenhada no jornal Sul Expresso, de Almada - Fevereiro e Março de 1994

As páginas do Sul Expresso que davam conta da criação da Pedranocharco Publicações (Abril de 1996)

Os BDinFólio #0 e #1 (Novembro de 1996 e Janeiro de 1998)

Primeira página (capa) do BDinFólio #2 - Julho de 1999 - que não chegou a ser editado na altura.

Todo o BDinFólio #2 agora recuperado, editado em Junho de 2000:



  

  
Capas do BDpress - fanzine em 15 edições mensais, de recortes de imprensa sobre banda desenhada -  editados em 2004 e 2005. Serviu para perceber a quantidade de informação sobre BD que era publicada em toda a imprensa portuguesa.

FINALMENTE AS PRIMEIRAS PÁGINAS 
DO BDjornal - #0 e #1

 BDjornal #0 - Dezembro de 2004 - Março de 2005 - não publicado...

BDjornal #1 - Abril de 2005

Capa do BDjornal #30

______________________________________________________________

 
Locations of visitors to this page