sábado, 28 de novembro de 2015

378º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA – ANO XXX – 1 DE DEZEMBRO DE 2015


378º ENCONTRO 
DA TERTÚLIA BD DE LISBOA
ANO XXX
1 DE DEZEMBRO DE 2015 

Este mês temos na Tertúlia a apresentação de dois livros.
Psicopatos: Volume 2, de Miguel Montenegro, que será apresentado por Maria José Pereira, editora, e pelo próprio autor.
E a História Universal da Pulhice Humana de José Vilhena. Este será apresentado por Hugo Xavier, editor, e por Luís Vilhena, sobrinho do autor, de quem era próximo.
Apareçam. Contamos ter uma conversa agradável e interessante sobre as duas obras e respectivos autores.
Haverá também exemplares à venda. E descontos.



PSICOPATATOS: PSICOPATATOLOGIA PARA TODOS (volume 2)
Miguel Montenegro

Miguel Montenegro

“Será que a paixão pode ser considerada uma doença mental? Se assim for, viva a loucura!”
Com humor e inteligência, os PSICOPATOS questionam alguns dos dogmas e evidenciam algumas das contradições das “ciências” psicológicas. Parece que, afinal, patos somos todos nós!
Ed. Arcádia

HISTÓRIA UNIVERSAL DA PULHICE HUMANA
José Vilhena


José Vilhena na Tertúlia BD de Lisboa, de 5 de Setembro de 2006

Neste encontro da Tertúlia de BD de Lisboa venha conversar com Luís Vilhena e Hugo Xavier sobre a obra e a pessoa de José Vilhena. Um dos melhores cartoonistas e certamente o melhor escritor cómico do século XX português.
Muitos têm histórias em torno do personagem que foi Vilhena mas, acima de tudo, da sua obra, lida, antes do 25 de Abril, à socapa e com grandes riscos e após o 25 de Abril também à socapa e com grandes riscos para quem o lesse em público. Venha contar-nos a sua história ou ouvir as nossas.
E-primatur

PSICOPATOS: PSICOPATOLOGIA PARA TODOS VOL. 2
Miguel Montenegro
O primeiro livro de PSICOPATOS foi um sucesso de vendas inesperado na Feira do Livro de Lisboa. Suspeita-se mesmo que tenha sido a obra mais vendida em toda a feira (infelizmente, não há dados oficiais das restantes editoras que o possam confirmar).
Fazia por isso sentido publicar um segundo volume o quanto antes, dado o interesse do público nos PSICOPATOS. Eis a sua história breve:
As tiras aqui reunidas são as primeiras realizadas na minha fase pós-académica. Concluído o mestrado em Psicologia Clínica, pude dedicar-me em exclusividade aos PSICOPATOS. Comecei a publicar uma tira por dia, com temáticas um pouco mais generalistas – mantendo sempre a psicologia como tema basilar. O número de seguidores dos PSICOPATOS aumentou consideravelmente, graças a esta entrega mais constante e estável de tiras e à universalização dos temas.
Outra novidade importante nesta altura foi o lançamento do website internacional. Os PSICOPATOS expandiram-se para além do Facebook através de um website próprio (www.psicopatos.com) traduzido em cinco línguas – português, inglês, francês, espanhol e italiano –, de modo a poderem chegar a todo o mundo.
Graças a este website e ao esforço de divulgação desenvolvido pelo meu amigo e colega de PSICOPATO-logia Franz Marco, cuja função era precisamente ajudar a expandir os PSICOPATOS para além fronteiras, conseguimos chamar a atenção e ganhar o interesse de vários agentes e editores estrangeiros, estando a publicação dos PSICOPATOS já planeada para vários países. Outros projetos parecem seguir-se.
Alguns agradecimentos estão em ordem: ao reitor do ISPA, Professor Doutor Rui Oliveira, pelo excelente prefácio e por ter sido o grande impulsionador dos PSICOPATOS – o primeiro a acreditar neles; Ao meu amigo e colega Franz Marco, o melhor braço direito que se pode ter; à diretora editorial Maria José Pereira, pelos excelentes comentários e revisões que ajudaram a melhorar as tiras finais; ao Grupo Babel, pela dedicação e carinho com que têm tratado os PSICOPATOS; e a todos os fãs que compraram o primeiro e agora o segundo volume: é graças a vós que existem PSICOPATOS.
Miguel Montenegro
Lisboa, 06 de Outubro de 2015

HISTÓRIA UNIVERSAL DA PULHICE HUMANA
José Vilhena
Vilhena nasceu em 1927, teve sarampo e todas as outras doenças peculiares nas crianças a quem a providência divina não ligou grande importância. No liceu foi perseguido pelos professores que o chumbaram sempre que puderam. Na Escola de Belas Artes foi um incompreendido. Tragédias sobre tragédias vão-se acumulando como nuvens no céu da sua vida. Aos 20 anos teve uma pneumonia. Aos 21 uma loira. Aos 23 foi chamado a cumprir o serviço militar. Aos 24 conhece uma daquelas mulheres que põem o juízo em água ao mais «sabido». Aos 25 é obrigado a trabalhar numa casa que traficava vinhos. Aí adquiriu uma inclinação muito acentuada para a bebida. Aos 26 vários dramas sentimentais (a carne entra também no sentimentalismo dele) tornam-no um descrente na humanidade, principalmente na parte feminina da humanidade. Aos 27 publica o seu primeiro livro (Este mundo e outro) e é apedrejado pela crítica de alguns jornais. Aos 28 tem uma paixão dupla (fenómeno raríssimo) isto é: apaixona-se por duas mulheres simultaneamente. Aos 29 publica o seu 2.º livro (Pascoal). Aos 30 conhece uma morena. Esta última tragédia assume proporções tão catastróficas que alguns amigos admitem ser o ponto final de uma vida inteiramente dedicada às artes e à contemplação da natureza (ou melhor – de certos espécimes da natureza).
José Vilhena, 1958.

“(...) Poucos dias após a revolução dos cravos, Vilhena lançava a mítica revista «Gaiola Aberta» que prosseguia a sua crítica de forma inabalável, agora, contudo, do outro lado da cerca. Houve muito pouca gente com coragem para ser do contra numa qualquer dessas épocas, quanto mais em ambas.
Mas a mensagem que Vilhena queria passar era uma mensagem de imutabilidade: Vilhena quis sempre provar
que os nossos defeitos, os nossos problemas, as nossas preocupações são nossos de base e não se prendem com políticas, regimes, épocas ou outras questões. Foi também por esse motivo que começou esta sua «História Universal da Pulhice Humana», traçando os paralelos entre povos mais ou menos eleitos e projectando-os no hoje da sua publicação.
Consideramos que o hoje de Vilhena (1960 para «Pré-História; 1961 para «O Egipto» e 1965 para «Os Judeus») está muito próximo do nosso hoje. Isso certamente o sentiu também o autor que abandonou o projecto apesar dos anunciados volumes sobre «Roma» e a «Grécia»: dizer mais era chover no molhado. Da sua actualidade dirão os que o lerem hoje.”
Os Editores
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ÚLTIMAS FOTOS DO 26º AMADORA BD 2015 – PARTE 1


ÚLTIMAS FOTOS 
DO 26º AMADORA BD 2015
PARTE 1

Excerto do texto a ser publicado na Gazeta da BD #51, na Gazeta das Caldas:

A edição do 26º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora de 2015 apresentou aquele que penso ter sido o pior cartaz de sempre do Festival. Mostrou cerca de 25 exposições, repartidas entre o Fórum Luís de Camões na Brandoa – 14 exposições – e por diversos núcleos na cidade da Amadora e “Grande Lisboa”. O Festival contou com as habituais enchentes de público no núcleo central do Fórum, se calhar por não terem mais sítio nenhum onde ir. Dos outros núcleos sei pouco – só visitei as exposições da Bedeteca e da Galeria Municipal Artur Bual, que estavam sem gente alguma. Na primeira visita que fiz ao Fórum Luís de Camões, no primeiro fim-de-semana do Festival, a exposição central, dedicada “à criança na banda desenhada” só estava montada apenas numa sala (1/4 da extensão do que vi no fim-de-semana seguinte), com legendas trocadas e outras coisas incompatíveis para um Festival desta natureza. Contudo as desilusões (que já não serão muitas para mim, que visito este Festival desde 1994) devem-se muitas vezes ao facto de serem apresentadas cópias (por vezes fotocópias, ou reproduções fotográficas de originais) daquilo que deveriam ser os originais, em algumas das exposições. A exposição de Quim & Manecas (1915-1918), de Stuart de Carvalhais, na Bedeteca da Amadora, foi de bradar aos céus. Tendo a obra sido reeditada (reimpressa) em 2010, e não sendo possível porventura encontrar os originais, deveria ter-se apresentado uma exposição, no mínimo com páginas impressas (não em fotocópias) do álbum da Tinta da China, ou de colectâneas de impressões originais que devem existir na Biblioteca Nacional ou em alfarrabistas e não fotocópias como as que se mostraram. Relembre-se que Quim & Manecas foi também republicado no suplemento humorístico do jornal O Século até 1953. Quanto à exposição de Putain de Guerre, de Jacques Tardi, ainda se compreendam (embora mal) as reproduções fotográficas mostradas, porque, segundo me parece, estando o autor vivo, não seria talvez difícil que cedesse os originais. Destaco, contudo a exposição sobre o trabalho de Pedro Massano, em A Batalha – 14 de Agosto de 1385, com os originais fabulosos em formato gigante: cada conjunto de duas páginas foi desenhado em pranchas A1 (54,9 cm x 84,1cm) ao baixo - um espectáculo visual.
























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domingo, 15 de novembro de 2015

EDIÇÃO ACTUALIZADA DE “OS DOZE DE INGLATERRA” DE EDUARDO TEIXEIRA COELHO – GRADIVA 2015

EDIÇÃO ACTUALIZADA DE 
“OS DOZE DE INGLATERRA” 
DE EDUARDO TEIXEIRA COELHO
GRADIVA 2015

 Capa de O Mosquito, de 22 de Setembro de 1951

Capa da edição da Gradiva, 2015

Aqui fica o texto de José Ruy:

Os Doze de Inglaterra em quadrinhos

A grande novidade deste final de ano e início de 2016 é a brilhante iniciativa da editora Gradiva ao publicar uma obra notável, Os Doze de Inglaterra, adaptada por Eduardo Teixeira Coelho em quadrinhos a partir de um opúsculo atribuído a Campos Júnior. A história, com 112 páginas primorosamente desenhadas e inicialmente publicada n’ O Mosquito entre 1950 e 1951, foi agora recuperada numa edição de luxo e insere-se na comemoração dos 80 anos da saída do primeiro número deste mítico jornal, a 14 de Janeiro de 1936.

Aquando da primeira publicação no jornal O Mosquito, devido ao texto excessivo, embora muito bem escrito, de Raul Correia, partes importantes dos desenhos foram lamentavelmente amputadas e a sua composição gráfica alterada devido a esse facto.

Apresenta-se-nos agora a ocasião única de podermos pela primeira vez observar os desenhos completos do grande ilustrador E. T. Coelho.

O aspecto de cada página, embora muito melhorado pelas novas tecnologias ao nosso alcance, mantém as características da publicação no jornal O Mosquito, com a sua textura peculiar.

É uma edição a não perder, por todos os que mantêm a recordação desse tempo, e pelos que tomem agora contacto pela primeira vez com a obra, descobrindo a mestria deste exímio e consagrado autor de histórias em quadrinhos, reconhecido não só em toda a Europa como além dela.

Deixo aqui um conselho, se me permitem: façam já a sua reserva de um exemplar na editora (www.gradiva.pt), pois a edição será limitada.

O editor da Gradiva, Guilherme Valente, está por isso de parabéns, por esta preciosa edição.

Destaco a dedicação dos técnicos especializados da casa impressora, a Multitipo, e do arranjo da capa sobre um desenho de E. T. Coelho, pelo gráfico Armando Lopes, ele também autor de histórias em quadrinhos.

Compete-nos a todos, admiradores da Arte de Teixeira Coelho, acarinhar esta heróica iniciativa, adquirindo exemplares e divulgando-a como merece.

Se um livro é sempre uma boa prenda para alguém que estimamos, este fará sem dúvida a felicidade de quem gosta de ler e que aprecie as histórias em quadrinhos de qualidade.

José Ruy



À esquerda, página de O Mosquito, à direita a mesma página na edição da Gradiva.

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domingo, 8 de novembro de 2015

INAUGURADA A NOVA SEDE DO CLUBE PORTUGUÊS DE BANDA DESENHADA – NAS INSTALAÇÕES DO EXTINTO CNBDI NA AMADORA


INAUGURADA A NOVA SEDE 
DO CLUBE PORTUGUÊS DE BANDA DESENHADA

NAS ANTIGAS INSTALAÇÕES DO EXTINTO CNBDI 
NA AMADORA 


Foram inauguradas na passada sexta-feira – dia 6 de Novembro – as novas instalações do Clube Português de Banda Desenhada, onde funcionou o extinto Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI), na Amadora. Fiquemos com as fotos, de Carlos Gonçalves e Dâmaso Afonso, reservando-me para mais tarde uma apreciação crítica à exposição que o CPBD apresenta na nova sede, ao modo de funcionamento do Clube e a certos vícios passadistas que, em meu entender não o levarão à captação de sócios jovens. Não quero dizer com isto que a História do CPBD não deva ser preservada e divulgada, claro que deve, até porque o seu passado é rico em iniciativas. Mas será necessário encontrar novos caminhos e pautadas por iniciativas destinadas aos públicos mais jovens.

Fotos de Carlos Gonçalves

Dâmaso Afonso à porta...





Fotos de Dâmaso Afonso





 O Vereador da Cultura da CMA, a Presidente da CMA e Pedro Mota, o novo presidente do CPBD

 Curiosamente (ou não) não se vê qualquer jovem entre o público... 



Logotipo actual do CPBD e... a bandeira da Fórmula Um

A minha proposta para um eventual novo logotipo:


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