Sofrendo de deficiências crónicas que lhe retiram credibilidade, como por exemplo não atinar em que categorias se devem incluir os livros, ou excluir categorias mais credíveis como Melhor Fanzine, por exemplo, em vez de Melhor Publicação Independente, para não dar azo a trapalhadas como a de
incluir livros como A Fórmula da Felicidade vol 2, da Kingpin Books, Março Anormal, da El Pep, Hans o Cavalo Inteligente, das Edições Polvo ou O Amor Infinito que te Tenho e Outras Histórias, das Edições Polvo, na categoria Melhor Publicação Independente, e não na Melhor Publicação Nacional. Porque são coisas que não fazem qualquer sentido, uma vez que uma categoria como Melhor Publicação Independente pressupõe a inclusão nela de edições de autor (logo Fanzines, que podem ser colectivos ou não) e não de editoras, por muito pequenas que elas sejam.
Depois, o que faz um livro como Cid, uma monografia de João Paulo Cotrim sobre aquele autor, o Catálogo da Word Press Cartoon, ou As Caricaturas da Primeira República, ou mesmo Massive, da Chili Com Carne que é uma antologia internacional de desenhadores, na categoria Melhor Publicação Técnica? Mesmo a categoria Melhor Autor tem que se lhe diga, ao eleger uma dupla (Filipe Melo e Juan Cavia - argumentista e desenhador) como Melhor Autor???
Não sabemos se os Troféus Central Comics são para continuar (dado o anunciado encerramento para breve da loja física O Lobo Mau, que pode ser lido AQUI), mas se sim, as coisas terão que ser todas revistas, se querem tornar os Troféus Central Comics numa coisa credível. Falaremos nestas questões dos Prémios "Nacionais" de BD, ou dos Troféus CC, quando abordarmos esta matéria, em breve aqui no Kuentro.
Para já, sublinhemos o Troféu atribuído ao Dicionário Universal da Banda Desenhada - pequeno léxico disléxico, de Leonardo De Sá, na categoria Melhor Publicação Técnica.
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OS VENCEDORES
IX TROFÉUS CENTRAL COMICS
Já são sabidos os resultados dos IX Troféus Central Comics. Após a revelação de hoje no Hard Club (Porto), são aqui revelados os vencederes de cada categoria. Dentro de dias faremos um artigo mais extenso e com fotografias sobre a cerimónia de entrega. Ficam então aqui os
resultados:
Melhor Publicação Nacional (TCCN)
As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy – Volume 1 (Tinta da China Edições) – 71.62%
Destruição! (Associação Chili com Carne) – 10.47%
Sai do meu Filme (Calendário de Letras/Ao Norte) – 6.42%
New Born – 10 Dias em Kosovo (Edições Asa) – 6.08%
Eternus 9 – A Cidade dos Espelhos (Gradiva Editorial) – 5.41%
Melhor Publicação Estrangeira (TCCE)
Scott Pilgrim 1 – Na Boa Vida (Booksmile) – 29.21%
Sin City 5 – Valores Familiares (Devir Edições) – 24.74%
Blacksad 4 – O Silêncio, o Inferno (Edições Asa) – 15.81%
As Cidades Obscuras 11: A Teoria do Grão de Areia – tomo 2 (Edições Asa) – 12.71%
Os Passageiros do Vento 7: A Menina Bois Caïman – Livro 2 (Edições Asa) – 10.31%
Bórgia 3 – As Chamas da Pira (Edições Asa) – 7.22%
Melhor Publicação Clássica (TCCC)
Dragon Ball 1 – Son Goku (Edições Asa) – 31.16%
Peanuts – Obra Completa 6: 1961–1962 (Afrontamento) – 30.07%
Astroboy 1 (Edições Asa) – 13.41%
Quim e Manecas: 1915–1918 (Tinta da China Edições) – 12.68%
Dot & Dash (Libri Impressi) – 8.33%
Os Meninos Kin-Der (Libri Impressi) – 4.35%
Melhor Publicação Independente (TCCI)
O Amor Infinito que te Tenho (Polvo Edições) – 26.39%
Zona Negra 2 (Colectivo Zona) – 24.65%
O Pénis Assassino (Associação Chili com Carne) – 17.36%
A Fórmula da Felicidade – Volume 2 (Kingpin Books) – 14.24%
Março Anormal (El Pep Edições) – 10.07%
Hans, o Cavalo Inteligente (Polvo Edições) – 7.29%
Melhor Publicação Humor (TCCH)
Cartoons do Ano 2010 (Assírio & Alvim) – 19.48%
O Gato do Simon 2 – Pula a Cerca (Objectiva) – 19.48%
Zits 15 – Paixão e outros usos para Hormonas em Excesso (Editorial Gradiva) – 18.35%
Happy Sex (Edições Asa) – 17.60%
Pérolas a Porcos 8 – Pérolas de Sábado à Noite (Editorial Bizâncio) – 13.48%
Dilbert – Atitude Positiva (Edições Asa) – 11.61%
Melhor Publicação Técnica (TCCT)
Dicionário Universal da BD – Pequeno Léxico Disléxico (Pedranocharco) – 23.16%
As Caricaturas da Primeira República (Tinta da China Edições) – 20.59%
Catálogo World Press Cartoon 2010 (WPC/C.M.Sinta) – 15.07%
Cid (Assírio & Alvim/El Corte Inglês) – 15.07%
Como Desenhar Manga Passo a Passo: Chibis (Booksmile) – 14.34%
Massive (Associação Chili com Carne) – 11.76%
Melhor Obra Curta (TCCO)
Empregado precisa-se, de J.B. Martins & Carla Rodrigues (in Zona Negra 2) – 35.74%
Lágrimas de Elefante, de Ricardo Cabral (in City Stories, Lodz v6) – 16.15%
Porque este é o meu Oficio, de Paulo Monteiro (in O Amor infinito que te Tenho) – 14.78%
O Passeio da Sombra, de Sónia Oliveira (in Venham +5 #7) – 13.75%
Aula de Educação Sexual, de Álvaro Santos (in Gambuzine #2) – 12.37%
Espaço/Tempo, de David Campos (in Destruição!) – 7.22%
Melhor Autor (TCCA)
Filipe Melo & Juan Cavia (As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy – Volume 1) – 65.99%
Paulo Monteiro (O Amor Infinito que te Tenho) – 12.79%
Tiago Manuel (Saí do meu Filme) – 6.73%
Ricardo Cabral (New Born – 10 Dias no Kosovo) – 6.06%
Miguel Rocha (Hans, o Cavalo Inteligente) – 5.72%
Vitor Mesquita (Eternus 9 – A Cidade dos Espelhos) – 2.69%
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Olá Machado. Um dia hás de ser tu a criar um evento de banda desenhada e um evento de entrega de prémios, para finalmente termos eventos perfeitos em Portugal.
ResponderEliminarEntretanto aconselho-te a ler os estatutos do evento: https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0BwK442-NxpaJNzI4MjU3ZDYtMmRlZS00ZDYwLWI5NTAtNjg5MWEyYWMwNzMy&hl=en_US
Caríssimo, não tenho culpa que os estatutos do evento estejam errados!!! Um EDIÇÃO INDEPENDENTE não é edição de editora, em lado nenhum do mundo. Aliás esta nossa discussão já vem de longe e continuo a encontrar a trapalhada do costume.
ResponderEliminarCaro Machado, mas é que nem passa já por aí.
ResponderEliminarEste ano fizemos uma remodelação completa nas categorias, por isso a comparação com os anos anteriores não se pode pôr. E segundo, deixas passar o anúncio da renovação dos TCC a 1 de Outubro, deixas passar a divulgação dos nomeados a 7 de Outubro e deixas passar o anúncio dos novos estatutos a 15 de Outubro, para depois críticares, após anúncio dos vencedores onde inclusive um livro da tua editora ganhou um troféu. Havia mesmo necessidade?
Machado... mas quantos fanzines temos que justifiquem um troféu????
ResponderEliminarClaro que os poucos que foram editados o ano passado acabaram por entrar em TCCI, mas os TCCI não foram criados para os fanzines. Saberás isso se leres os estatutos.
Quando houver fanzines em quantidade que justifique um troféu próprio, o TCCF será aberto com certeza! E o TCCI ficará como está, porque a criação dele não teve nada a ver com fanzines!
E sim, o Hugo tem razão, fizeste divulgação quase nula do evento, apenas um post no dia 7 deste mês a anunciar a entrega dos prémios no dia 11. E agora no dia 12 dizes mal!
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Abraço
Bem, para informação do Hugo e do Bongop, devo dizer que não me recordo ter recebido qualquer notificação sobre a renovação dos TCC, nem sobre os nomeados, nem sequer sobre os estatutos - senão, sobretudo a estes teria reagido, mesmo estando atafulhado em trabalho como estava nessa altura. Só fiz a divulgação no dia 11 porque, ou recebi atempadamente uma notificação de que ia acontecer (embora tenha estado a verificar e não encontrei qualquer email do Hugo ou da CC), ou encontrei algo que me chamou a atenção para os TCC, já não me recordo como foi.
ResponderEliminarE quando saquei a lista de nomeados não sei de onde, reparei logo nas enormes trapalhadas que iam por ali, mas não quis “estragar a festa” nessa altura.
Depois, não é o facto de receber um prémio que me impede de criticar as coisas que, em meu entender, estão erradas.
Quanto aos estatutos, já referi que não tenho a culpa de estarem baseados em permissas erradas. Não fui sequer consultado sobre o assunto e de certeza que arranjaria disponibilidade para dar uma ajuda, se o tivessem feito.
Quanto aos fanzines se quiserem uma lista, posso fornecê-la, com o à vontade de quem este ano organizou um Mercado de Fanzines no FIBDA, com grande profusão de títulos.
Quanto ao “dizer mal” do Bongop, continuo a não entender a confusão que a maioria dos portugueses fazem entre “dizer mal” e criticar. Deve ter a ver, se calhar, com as “cantigas de maldizer” do senhor dom Dinis, encascadas na memória colectiva há mais de seiscentos anos. A crítica é um exercício filosófico que leva ao entendimento do qe está mal conseguido e a sua discussão leva a corrigir as coisas. Mas parece-me que neste país, as pessoas não têm qualquer espírito crítico, de tão habituadas que estão a “dizer mal”. E dizer mal é um problema de incultura geral. Por isso é que este país é o que é e está como está.
Mas, como disse, estou a escrever sobre Prémios de BD em Portugal, nessa altura falaremos melhor, para perceberm o que estou a dizer.
Vou reformular, e em vez de "dizes mal" altero para "criticas".
ResponderEliminarNão foi dito com a conotação que entendeste.
;)
Os fanzines que falas... eram relativos ao ano passado? E qual o nível da sua qualidade?
É que eu andei a pesquisar na net, e inclusivamente folheei alguns no Amadora BD e não me pareceram grande coisa!
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Abraço
Caríssimo Bongop, a tua pergunta acerca dos fanzines na Amadora, levou-me a ter que fazer uma introdução que se impõe, no meio da confusão actual sobre o que é um Fanzine e o que é uma Revista. Daí que a resposta, incluindo a listagem que anexo, seja um bocadinho longa e tenha dado algum trabalho.
ResponderEliminarAí vai:
Quando falamos de fanzines, actualmente, temos que ter o cuidado de definir o que são fanzines, uma vez que, com a tecnologia da impressão digital, se conseguem resultados muito superiores aos da fotocópia (mesmo assim já muito melhores do que à 10 ou 20 anos), com custos aproximados e muitas vezes, perante os resultados, os editores designem as suas produções, taxativamente como revistas. Daí que, após algumas discussões e semi conclusões do que diferencia um fanzine duma revista (por exemplo) e partindo da permissa que o fanzine é uma edição amadora e uma revista uma edição profissional, temos que diferenciar o que distingue as duas coisas, pelos aspectos legais, digamos assim.
Precisamos de ter em conta que actualmente qualquer pessoa pode facilmente obter um número de ISSN, o qual há cinco anos só era fornecido a editores profissionais, embora estes continuem a ser obrigados a ter os títulos devidamente registados no Instituto Português da Comunicação Social (actual Gabinete para os Meios de Comunicação Social) e para chegar aí, é preciso que o título da revista esteja também matriculado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Sendo que todos estes registos (e pesquisas referentes à proporiedade dos títulos) resultam demasiado caros para um editor de fanzines. Mas portanto o número de ISSN não serve já para balizar as coisas, só se conseguindo delimitar uma fronteira entre as duas espécies, estabelecendo que Revistas são editadas por editores profissionais (com registo no Ministério das Finanças) com títulos matriculados no ICS/GMCS e no INPI e Fanzines, são editados por editores Amadores, que não necessitam de quaisquer dos aspectos legais referidos atrás.
Convém também esclarecer que nem as Câmaras Municipais nem as Associações (que não possuam as condições legais acima descritas), podem ser consideradas Editores Profissionais. Daí que o material específico que nos interessa, tenha de ser considerado na categoria de Fanzines.
FANZINES EDITADOS EM 2010/2011 À VENDA NO FIBDA 2011
VITOR PÉON E O WESTERN, Jorge Magalhães – ED. Salão MouraBD (2011)
MOBY DICK A BALEIA BRANCA, Fernando Bento – Cadernos Moura BD – Ed. Salão Moura BD (2010)
UM CAMPEÃO CHAMADO JOAQUIM AGOSTINHO, Fernando Bento – Ed. Salão de BD de Viseu (2010)
FERNANDO BENTO... – Cadernos da Sobreda BD – Ed. Grupo Bedéfilo Sobredense (2010)
VOYAGER VOL. 1 – Ed. R’Lyeh Dreams (2011)
ZONA GRÁFICA 2 – Ed. Associação Tentáculo (2011)
ZONA MONSTRA – Ed. Associação Tentáculo (2011)
ZONA GRÁFICA Volume 2 – Ed. Associação Tentáculo (2010)
ZONA FANTÁSTICA – Ed. Associação Tentáculo (2010)
ZONA GRÁFICA Volume 1 – Ed. Associação Tentáculo (2010)
ZONA NEGRA 2 – Ed. Associação Tentáculo (2010)
GAMBUZINE #2 – Ed. Teresa Câmara Pestana (2010)
O CÉU É MEU O MAR É MEU, Tó Pedro e Stefana – Ed. Autor (António Ribeiro – 2011)
MORES ET AL – Tó Pedro Ed. Autor (António Ribeiro – 2010)
VENHAM + 5 #8 – Ed. Bedeteca de Beja (2011)
VENHAM + 5 #7 – Ed. Bedeteca de Beja (2010)
BDLP #1 – Ed. Grupo Extractus (2011)
[R]EJECT #4 – Ed. Andreia Rechena (2010)
OS ÓRFÃOS DO MAR – FANDAVENTURAS ESPECIAL – Ed. José Pires (2011)
A PESTE #7 – Ed. Eduardo D’Orey (2010)
HÁ SEMPRE UM ELÉCTRICO QIE ESPERA POR MIM, André Oliveira e Mª João Careto Ed. Bedeteca de Beja (2010)
Boas, Machado. Junto-me aos colegas e deixo aqui comentários:
ResponderEliminar- Agradeço(cemos) as críticas; nunca escondemos estarmos abertos a elas e a renovação no TCC visou precisamente ir ao encontro de apontamentos que têm feito, bem como corrigir aspectos que nós achámos necessários. Não mencionaste, mas terás notado que alterámos a categ. Cartoon para Humor, como vinhas desde há muito a referir fazer mais sentido, por exemplo. Por isso, já agora pergunto: não houve nada na renovação que te tenha agradado? Nem mesmo o mero facto de estarmos atentos e abertos a renovar?
- Não me aflige não teres noticiado as renovações ou votação – de que efectivamente te notificámos – pq cada qual é senhor e dono de frisar o que quiser na sua “casa” e bem sei que o tempo não estica, mas poupa-me o paternalismo disso de “estragar a festa”; não seria um argumento válido nem então nem agora. As coisas são feitas, são públicas, por isso expostas a criticismo, e no nosso caso até desafiadas a tal, portanto não há que fazer cerimónias… Em todo o caso, ainda que algo falhasse em comunicações, não seria a 1a vez que terias destacado notícias indirectamente, por via de terceiros, certo?
Saliento isto porque divulgámos a renovação algum tempo antes das nomeações precisamente para dar margem para corrigir algo que acaso tivéssemos desconsiderado – como fizemos por ressalvar e incentivar, tendo até aberto um tópico no fórum para o efeito. Ou seja, era na altura que as apreciações sobre a “trapalhada” teriam sido pertinentes, não agora, após a festarola.
- No texto sobre a renovação fizemos questão de expor o que nos levou a proceder às ditas mudanças; muitas das tuas perplexidades têm resposta ali. Assim como os estatutos que disponibilizamos têm descriminado que géneros de obras são englobadas em que categs e porquê, sendo esses critérios auto-explicativos, pelo que pessoalmente não acho válidos muitos dos comentários que fizeste. Como disse o Hugo, se acaso fizesses os teus próprios prémios, decerto também iriamos ter senãos a lhes apontar, mas não é por aí que a coisa deve ser feita.
- Discordo também da posição face a editoras independentes. É, também, algo que está descriminado nos nossos estatutos, como poderás confirmar, pelo que acho isso de alguma demagogia… Uma edição independente pode efectivamente ser publicada por uma editora, se A) esta se assumir como independente e B) publicar de um modo mais contido, em tiragem, distribuição etc; como ocorre p.e. com chancelas e selos editoriais tipo a Zona, El Pep, Kingpin etc. Mas não são só esse tipo de editores que estão considerados na categ, mas também os auto-editores e fanzinistas que atinjam os critérios mín. que achámos justos impôr; se consultares os estatutos, vais confirmar.
Porém, não me vais dizer que o nosso conceito (mesmo que descriminado e explicado) do que é “independente” tem de estar alinhado com o teu entendimento pessoal dele, para poder estar correcto, certo?...
- A única coisa com que concordo, a título pessoal, prende-se com suspensão dos Fanzines. Mas pela razão antes abordada, era uma categ que não merecia manter-se pela expressiva falta de participações que vinha a ter desde há uns anos. Seja porque o público (geral) pouco conhece ou não tem acesso a estes, ou pq leitor (especializado) pouco se importa com eles(?), deixaram de ter a expressão que há 10 anos tinham, infelizmente… O facto de nos facultares uma lista, como nós mesmo podíamos arranjar, em nada muda esta maré, se os votantes não votarem.
E como o Pedro V. Moura diz, porque estes prémios visam reflectir a realidade existente (daí os renovarmos) não criá-la, achámos preferível abrir portas a um novo segmento em expansão – as obras independentes.
Os prémios vão continuar no próximo ano, já que o encerramento da loja do Hugo em nada compromete a acção do portal, donde derivaram os troféus.
Abr. DM.
Ora bem, assim já temos matéria para discutir concretamente. Vou apenas deixar aqui dois ou três apontamentos como resposta ao Daniel Maia (com quem sempre tive discussões profícuas sobre esta matéria) e deixo o grosso da questão para o texto a publicar na página principal do blogue e onde vou tomar como referência este mesmo comentário do Daniel Maia.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, reafirmo que não fui mesmo notificado, embora o Daniel afirme o contrário. Não fui mesmo!!! Ainda hoje gastei um tempo dos diabos a verificar todo, mas todo o arquivo do bdjornal@gmail.com e, de facto, não tenho lá notificação nenhuma sobre os TCC – nem no lixo. Algum problema houve com as vossas notificações.
Segunda questão: uma coisa um bocadinho irritante porque deslocada destas coisas, é a designação de “estatutos” para o simples regulamento de um concurso. Vamos lá ver:
A expressão “estatutos” aplica-se a uma variedade de normas jurídicas cuja característica comum é a de regular as relações de certas pessoas, que têm em comum pertencerem a um território ou sociedade. Normalmente, os estatutos são uma forma de Direito Privado. Conheço estatutos de Sociedades, de Comunidades, de Sindicatos, etc... sendo mais comum aplicar-se a todo o tipo de órgãos colegiados, incluindo entidades sem personalidade jurídica. Chamar “estatutos” ao regulamento dos TCC é uma boutade de quem não conhece lá muito bem os termos da língua portuguesa.
E dizerem-me, por exemplo, que algo como “editoras independentes” está discriminado nos “estatutos”, para mim não tem qualquer relevância, porque o que lá se decrimina não está correcto.
Última questão neste comentário: como pode verificar-se pela resposta a uma pergunta do Bongop nestes comentários, expliquei o mais corretamente possível o que é um fanzine ou uma revista profissional, listando depois todos os fanzines que estiveram à venda no stand do Mercado dos Fanzines no FIBDA 2011 pelo qual fui responsável. E não são poucos! E acrescento desde já, que vendi tantos fanzines como livros dos vários editores profissionais que tive no stand Pedranocharco.
Já agora remato isto, dizendo que só foi possível voltarmos a ter um espaço de fanzines no FIBDA, porque me bati por ele afincadamente, tanto para o conseguir junto da organização como para arregimentar e gerir todo o manancial de publicações amadoras que lá surgiu para venda. Tudo porque considero o fanzine a pedra matriz desta Indústria da Cultura Popular que é a Banda Desenhada (que não é uma Arte, como se diz por aí e um dia falaremos sobre isso).
Mas, como disse, tudo isto será abordado no texto sobre Prémios da BD em Portugal, a que me refiro acima.
E, já me esquecia, de facto a alteração da categoria de Cartoon para Humor foi positiva, concordo. Mas existe muita coisa má no Regulamento...
ResponderEliminarMachado
ResponderEliminarNão respondeste à minha pergunta. Eu queria uma lista de fanzines de 2010, não de 2010/2011.
Para além disso tens livros naquela lista QUE NÃO SÃO fanzines.
Descobre quais são, retira os de 2011 e diz-me quantos ficam.
Não te esqueças que os últimos Zonas já não são fanzines, se não acreditares, verifica.
;)
Abraço
De momento, com as mudanças que a minha vida está a ter, e não é apenas o fecho da loja, não sei se vou poder perder muito tempo com esta discussão, espero no entanto ir lendo e, se prevcisar, que o Daniel me ajude.
ResponderEliminar1. Só colocas aqui artigos de notificações que te chegam? Não fazes investigação e pesquisas na net sobre o que se vai passando no pequeno mundo da BD em Portugal? Se só esperas que as noticias te venham parar à mão, acho mal.
2. Já definiste o que para ti são fanzines. Mas achei o texto bem confuso com tantas siglas e burocracias. Afinal quais as diferenças entre as edições da Zona ou da Kingpin?
3. Disseste várias vezes que as nossas definições de editora independente estão erradas. Bom, então agradeço que nos possas alucidar.
4. E vais por aquilo que está mal no regulamento dos TCC quando? É para breve ou quando sair os nomeados dos X TCC? Se puderes manda um e-mail para nós com a tua opinião o quanto antes, pois dentro de dias o juri vai começar a tratar dos próximos troféus e agora é que vamos a tempo de corrigir.
Ao Bongop: tudo o que está na lista são FANZINES!!! Quanto ao ano é só separá-los, que diabo!
ResponderEliminarNão é pelo facto de as Zonas terem passado a ser editadas por uma Associação, que deixam de ser fanzines. A menos que essa Associação esteja inscrita no Ministério das Finanças tendo como Actividade Principal (na declaração de Início de Actividade) a edição de livros, revistas, etc... Já pedi os Estatutos (aqui sim, são Estatutos de uma Associação) ao Fil para verificar – acrescento que quaisquer Estatutos têm que ser públicos, ou seja, publicados no Diário da República, aquando da constituição das Associações.
Ao Hugo: Por vezes não tenho tempo para procurar as coisas (portanto é sempre útil receber uma notificação para que não me esqueça) e, já agora acrescento, se os TCC tivessem uma data fixa de atribuição, ajudava a que não se deixassem esquecer. Mas os Troféus têm andado de data em data, como se sabe. Fixem uma data!!
Quanto à pergunta sobre a diferença entre a Zona e a Kingpin, a resposta é de caras: a Zona é editada por uma Associação que não sei – já o disse na resposta ao Bongop – se está inscrita ou não como editora nas Finanças (só isso é que define um editor profissional de um editor amador) e o Mário de Freitas é um editor profissional inscrito nas Finanças como tal. Daí que a Zona não me passe Facturas (ou recibos) processadas por programa informático certificado e a Kingpin sim. Portanto a diferença é esta.
Depois, não sei o que é uma editora Independente. Independente de quê ou de quem? Acho que no momento de distribuir o material editado pelas categorias, esta designação de “Independente”, leva a grandes trapalhadas. É sempre preciso utilizar as palavras de modo conciso, especiamente em regulamentos deste género para não haver quaisquer dúvidas.
E já elaborei uma proposta de alterações mais ou menos profundas ao Regulamento, onde inscrevo um preambulo que defina, de uma vez por todas quais os requisitos para sabermos do que estamos a falar quando falamos de editores profissionais ou não, ou de fanzines, edições de autor, etc.... Neste momento estou apenas à espera que um advogado amigo me diga se as coisas que alterei estão correctas do ponto de vista legal, ou o que será preciso modificar. Amanhã terei a resposta dele.
Começarei por publicar ainda hoje os “Estatutos” que deram azo a esta discução, amanhã publicarei as propostas críticas de correcção e na sexta feira, a minha proposta (redacção final) definitiva para o Regulamento dos TCC.
Já agora, Bongop: cada título dos fanzines, na lista que aqui coloquei, tem a data de edição!
ResponderEliminarPortanto - 13 fanzines foram editados em 2010!
ResponderEliminarO sistema de facturas que nós usamos está certificado pelas finanças, as facturas que passamos são válidas.
ResponderEliminar(apenas achei importante que isto fique esclarecido já que foi posto em causa...)
Cumprimentos
Fil
Acho que toda a gente já percebeu que este inguiço 'TCC vs Kingpin Books' se deve à incapacidade que as duas 'organizações' tem em se entender, muito por culpa de cada um representar uma 'loja'.
ResponderEliminarNa minha perspectiva as duas 'casas' são dois lados da mesma moeda que tardam em compreender que esta 'guerrinha de infantário' é inútil quando os dois já fizeram/fazem muito pelo panorama nacional da B.D..
Isto é como no nosso futebol, as duas lojas, quando começaram tinham um inimigo comum (tal e qual como o Benfica e o Sporting), como o 'Peixe Grande' do nosso panorama nunca lhes ligou, viraram-se um contra o outro como velhas comadres, como todos sabemos, por um assundo deverás rídiculo (Eu gosto do Punisher, porque ele não tem namorada. in Comix..2004). Enfim..que se faça a festarola, que essas sim são precisas e os senhores em guerra que sigam cada um o seu caminho.
A que propósito vem este comentário? O que é que tem a Kingpin a ver com esta discussão? Só editei estas palavras para percebermos todos o grau de iliteracia que por aí anda.
ResponderEliminar"Na minha perspectiva as duas 'casas' são dois lados da mesma moeda que tardam em compreender que esta 'guerrinha de infantário' é inútil quando os dois já fizeram/fazem muito pelo panorama nacional da B.D.."
ResponderEliminarTotalmente de acordo,as vezes faz falta poder de encaixe coisa que nem todos os users de foruns tem.
Não vejo nada de tão estranho venceram os mais populares nas diversas categorias (Scott Pilgrim,Dragon Ball e Dog Mendonça)Parabens já agora,quanto ao leram ou não a bd fb não sei mas é obvio que o elitismo é um factor contra a popularidade talvez só as ediçoes Asa/Publico sejam igualmente populares.
Quando refere várias vezes nos seus posts a colocação de obras publicadas pela Kingpin Books nas categorias erradas, penso que o meu comentário terá tudo a ver.
ResponderEliminarIsto é, quando a vontade não é muita em respeitar todos os concorrentes da mesma forma, as negligências aparecem.
Mas isto sou eu a 'delirar', pois acompanho esta 'guerra de bastidores' desde 1999.