NOVOS ÁLBUNS DE JOSÉ RUY
HISTÓRIAS DE VALDEVEZ
e
A ILHA DO CORVO QUE VENCEU OS PIRATAS
José Ruy, com oitenta e seis anos, continua a trabalhar intensamente na Banda Desenhada. Prepara mais dois álbuns – Histórias de Valdevez e A Ilha do Corvo, que venceu os Piratas. Deixamos aqui um seu depoimento sobre estes álbuns e algumas pranchas ainda inéditas:
Os títulos: «Histórias de Valdevez». «A Ilha do Corvo, que venceu os Piratas».
Junto para seu conhecimento três pranchas da primeira parte de «Arcos de Valdevez», que é dedicada ao bafordo acontecido entre Afonso Henriques e Afonso Raimundes no século XII. Aqui procurei o mais possível afastar-me dos ângulos criados por ETCoelho nas suas belas recriações de torneios medievais.
Conforme o prometido, aqui vai a prancha acabada ontem. De vez em quando faço umas gracinhas, incluindo mesmo documentos verdadeiros, e neste caso, a escultura do José Rodrigues. Ainda vai ser retocada quando meter cor na página.
Junto também uma prancha do Corvo, que fiz à cabeça, para que a população que colaborou comigo quando lá estive em janeiro passado, não pensasse que eu me tinha esquecido deles, para sentirem que o trabalho está vivo, e também para verem a diferença entre os rudimentares esboços que faço previamente de toda a história e os originais finais.
As personagens (menos o vigário) são modelos que desenhei no Corvo, pois a população aderiu à ideia e voluntariamente deixou-se desenhar para a história. Também foi em «assembleia» que escolheram os nomes para essas personagens.
Tenho um arqueólogo, um historiador e um linguístico, todos da Universidade dos Açores, a colaborarem comigo, fornecendo-me material e acompanhando o que vou fazendo.
Só por isso merece a pena fazer a história, pois quanto ao rendimento só começarei a ter resultados um ano após a publicação, e apenas dos exemplares vendidos (e recebidos das livrarias). Só por-amor-à-arte. Mas sinto-me vivo e a respirar, em vez de embalsamado como vejo colegas meus. Mas há quem lute e se mantenha teimosamente no ativo, como o José Pires”.
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Já agora, recordo que perfazem, por esta altura, trinta anos desde que conheci José Ruy numa exposição da Galeria da Livraria Barata, na Avenida de Roma em Lisboa – 1986. Na foto: José Garcez, Baptista Mendes, José Ruy, Augusto Trigo, Victor Mesquita, Eugénio Silva e eu.
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