Jornal “i”, 10 Janeiro 2010
por Marta Cerqueira
BANDA DESENHADA REÚNE AUTORES COM "TINTA NOS NERVOS"
por Marta Cerqueira
Não está organizada por ordem cronológica ou alfabética, mas é uma exposição que propõe um retrato da banda desenhada contemporânea portuguesa. A "Tinta nos nervos - Banda Desenhada Portuguesa", reúne originais e alguns inéditos de 41 autores, dos mais experimentais aos mais convencionais.
Do total dos autores em exposição, apenas Rafael Bordalo Pinheiro e Carlos Botelho são considerados históricos, "mas com um trabalho essencial para perceber um pouco das influências e trabalhos experimentais dos autores mais contemporâneos", explicou Pedro Vieira de Moura, comissário da exposição, que está até dia 27 de Março no Museu Colecção Berardo.
Apesar de o foco da exposição ser a banda desenhada de autor, está presente uma extensão dos trabalhos gráficos dos autores pelo espaço, através de pinturas na parede, objectos e filmes de animação.
"Depois de uma visita à exposição, espero que cada pessoa fique com uma visão mais ampla da BD portuguesa e descubra uma autor que goste realmente", acrescentou Pedro Moura. A escolha é variada, com a exposição de trabalhos de Richard Câmara, Pedro Zamith, Eduardo Batarda, Jucifer, Mauro Cerqueira, entre muitos outros. Pedro Moura confessa que a escolha dos autores para a exposição não foi difícil, "o difícil foi parar de colocar nomes na lista", acrescentando que todos os trabalhos foram escolhidos depois de uma discussão com os autores.
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Destak, 10 Janeiro 2010
EXPOSIÇÃO "TINTA NOS NERVOS"
Conheça BD em português
Hoje pelas 19h30, o Museu Colecção Berardo inaugura 'Tinta nos Nervos', patente no piso -1.
Filipa Estrela
Comissariada por Pedro Vieira de Moura, a exposição empresta o título a uma citação de Raul Brandão. A mostra dedica-se à banda desenhada nacional e faz um cruzamento de cerca de 600 trabalhos de 41 autores de várias gerações.
Em comum têm o objectivo de utilizar a BD como um meio de expressão pessoal, ou uma disciplina artística aberta a experimentações várias, informadas.
O mercado de banda desenhada em Portugal, não sendo propriamente forte nem muito diverso, é contraposto por experiências em círculos da edição independente ou de projectos alternativos inovadores.
A exposição foca sobretudo autores contemporâneos - com um desvio por Rafael Bordalo Pinheiro e Carlos Botelho - que procuram elevar a banda desenhada a uma linguagem adulta artisticamente. A entrada é gratuita.
Tome nota
Local Museu Colecção Berardo (Praça do Império)
Horário de 10 Jan. a 27 Março, durante a semana, 10h-19h (última entrada 18h30), ao sáb., 10h-22h (última entrada 21h30).
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SIC, 10Janeiro2010
Exposição de BD mostra em Lisboa artistas com "tinta nos nervos"
"Tinta nos nervos" reúne originais de 41 autores portugueses, que expandem o que habitualmente se entende por banda desenhada, a das narrativas convencionais e com objetivos comerciais.
"É um retrato, e não o retrato, do que se faz na banda desenhada com uma perspetiva informada. Não é uma exposição de entretenimento nem para crianças", explicou o comissário da exposição, Pedro Moura, à agência Lusa.
A ideia é "mostrar uma panorâmica de alguma da banda desenhada portuguesa a partir de um foco estético, ou de banda desenhada de autor. Uma BD que está preocupada com uma expressão pessoal, uma experimentação formal", referiu.
Na exposição, que ficará patente até 27 de março, poderão ver-se trabalhos de autores mais conhecidos, como Miguel Rocha, José Carlos Fernandes, António Jorge Gonçalves, Richard Câmara e Nuno Saraiva, mas também de nomas recentes, como Cátia Serrão, Miguel Carneiro e Bruno Borges.
A estes juntam-se artistas plásticos que também deixaram produção na banda desenhada, como Isabel Barahona e Eduardo Batarda, e autores de gerações mais velhas, como Carlos Zíngaro e Victor Mesquita.
Apesar de ser uma exposição dedicada à banda desenhada contemporânea, há dois nomes históricos, que o comissário Pedro Moura considera essenciais para entender a experimentação na banda desenhada: Rafael Bordalo Pinheiro e Carlos Botelho.
"Espero que se perceba que a banda desenhada é muito mais ampla do que a perceção social normal e que descubram os seus autores, novos autores que passem a procurar e a ler. Para descobrirem que há banda desenhada talhada para cada tipo de público", defendeu Pedro Moura.
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E MAIS ALGUMAS FOTOS DA INAUGURAÇÃO:
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