quarta-feira, 24 de julho de 2013

XVIII SALÃO INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DE VISEU – O PROGRAMA

XVIII SALÃO INTERNACIONAL
DE BANDA DESENHADA DE VISEU
De 9 de Agosto a 22 de Setembro
Organização GICAV/Expovis

TEXTOS DA RESPONSABILIDADE DA ORGANIZAÇÃO

O PROGRAMA

Ano sim, ano não, fruto das contingências orçamentais e estruturais, realiza-se a festa da banda desenhada em Viseu, pela mão do colectivo GICAV, um projecto sem fins lucrativos e independente. A norte de Lisboa, parece-nos ser este Salão presentemente o único evento de envergadura no panorama da divulgação e promoção da nossa banda desenhada. Em parceria com a Expovis e o Salão de Moura, o Gicav assume a integração do XVIII Salão internacional de Banda Desenhada na programação da Feira de São Mateus, procurando desta forma alcançar outros públicos e dimensionando o Salão ao modelo de exposição bienal.

A compreensão da arte implica o seu usufruto com espírito crítico, numa dialéctica permanente com os agentes criativos. O Salão de Viseu insere-se na política de intervenção cultural do Gicav, procurando numa perspectiva de serviço comunitário estabelecer pontes de diálogo entre os criadores e o público amante da BD, dignificando este género artístico tantas vezes mal amado.

Sem apresentar uma temática fechada, o XVIII Salão pretende destacar o “Universo dos Fanzines de BD” em Portugal, apresentando exposições e autores/editores representativos deste fenómeno editorial, tantas vezes sobrevivendo à margem dos circuitos comerciais livreiros. Geraldes Lino (crítico, editor, coleccionador) é o anfitrião deste Salão no que aos Fanzines diz respeito, distinguido com o Prémio Animarte BD pelo trabalho incessante na divulgação e promoção dos artistas, muito em particular dos jovens artistas. Apresenta em Viseu um estudo de opinião sobre o mundo dos fanzines em Portugal, uma exposição de fanzines da sua colecção particular e a exposição “Corto Maltese no século XXI”, a partir do Fanzine Efeméride, do qual é editor.

João Amaral, artista multifacetado ligado a Viseu desde longa data, é distinguido com outroPrémio Animarte BD pelo conjunto da sua obra artística. O Salão revela em exposição individual alguns dos seus trabalhos mais representativos (A Voz dos Deuses; A História de Manteigas; História de Fornos de Algodres; Vidas; O Fim da Linha; Cinzas da Revolta).

Para além das exposições que derivam da atribuição dos Prémios Animarte BD, outras mostras integram este Salão Internacional:

A Obra de Eça de Queiroz na BD (com Moura)
Homenagem à obra de Will Wandersteen (“)
Humor no Jornal do Exército
Homenagem Póstuma a Sergio Bonelli (TEX)
Nos 50 anos do Spider Man
Grande Plano (sobre alguns álbuns estrangeiros)
Jovens Valores (Joana Afonso – “O Baile”; Pedro Emanuel- Viseu; Dani-Viseu)
Álvaro
Miguel Rebelo (Cartoons)
Rui Lacas – Asteroid Fighters
Corto Maltese no século XXI (Geraldes Lino)
Santos Costa (O Bandarra e outras histórias)
Comés - Homenagem póstuma
Andrea Venturi

A internacionalização do Salão ficou a cargo do José Carlos Francisco (Tex Willer Blog), mais uma vez , no âmbito da apresentação em Viseu de um conjunto de trabalhos originais de artistas de diversos países, em homenagem ao editor italiano do TEX, Sergio Bonelli (falecido recentemente). Andrea Venturi é o artista italiano presente no Salão, no dia 10 de Agosto, para uma sessão de autógrafos onde estarão outros artistas convidados (Santos Costa, Miguel Rebelo, João Amaral, Pedro Emanuel), a partir das 17 horas.

O Gicav e a Expovis agradecem a todos quantos possibilitaram a concretização deste evento em prol da Banda Desenhada.

PRÉMIO ANIMARTE BD 2012 – EXPOSIÇÃO
RETROSPECTIVA – JOÃO AMARAL


Biografia:

João Amaral nasce em Lisboa, em 1966 e publica em 1994, em parceria com Rui Carlos Cunha, uma adaptação de A Voz dos Deuses, o célebre romance de João Aguiar, sob a chancela da Asa.

De lá para cá. Surge nas Selecções BD – 2ª Série, em 1999 com dois episódios de O Que Há de Novo no Império?. Já em 2000, publica na mesma revista O Fim da Linha, um remake do célebre filme O Comboio Apitou Três Vezes. Ganha uma menção na categoria de Novos Valores, no Festival da Sobreda, em 2002, para o qual apresenta uma história de duas páginas, intitulada Game Over. É também um dos autores que participa, em 2003, no álbum Vasco Granja – Uma Vida, 1000 Imagens, com Missão Quase Impossível, uma história feita em parceria com Jorge Magalhães. A mesma dupla elaborou também uma outra curta, intitulada Ok Corral, que é por um lado uma homenagem ao clássico filme de John Sturges e, por outro, uma história de ficção científica (assinando os autores com os pseudónimos de Jhion e Zhion).

Elabora também três álbuns, intitulados: História de Manteigas – No Coração da Estrela, Bernardo Santareno – Fragmentos de uma Vida Breve e História de Fornos de Algodres – Da Memória das Pedras Ao Coração dos Homens, publicados pela Âncora Editores. Mantém, durante dois anos uma colaboração com o jornal Cruz Alta, para onde cria com Isabel Afonso, O Gui, a Nô… E Os Outros, sob o pseudónimo de Joca.

Já em 2012, novamente pelas edições Asa e sob o pseudónimo de Jhion, lança em parceria com Miguel Peres, o álbum Cinzas da Revolta, uma história passada em plena guerra colonial.

Paralelamente foi, ao longo dos anos, desenhador de acções publicitárias, colaborou com a revista A Rua Sésamo, fez vários postais de felicitações e ilustrações para livros.

No seu blogue, entre outros trabalhos que mostra, entre os quais alguns inéditos, publica desde 2010, como Joca, uma tira humorística, intitulada Fred & Companhia.

Blogue: http://joaocamaral.blogspot.pt

PRÉMIO ANIMARTE ESPECIAL BD 2012
GERALDES LINO


Português, natural de Lisboa, tem desenvolvido vasta actividade no seu país no âmbito da banda desenhada.

DIVULGADOR DA BD (Blogue divulgandobd.blogspot.com), INVESTIGADOR E CRÍTICO, COLECCIONADOR, EDITOR …

Autor de textos englobando críticas, entrevistas, actualidades, biografias de autores e personagens.

Colaborador esporádico em diversos jornais: semanário O País, Correio da Manhã, Diário Popular, JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias.

Colaborador eventual em revistas e boletins de Bibliotecas.

Colaborador de revistas de BD: Mundo de Aventuras, Jornal da BD, Selecções BD – 1ª série, Heróis Inesquecíveis, Seleções BD – 2ª série, entre outras publicações.

Comissário de exposições: A História na Banda Desenhada (Museu de Arqueologia, Lisboa); A II Guerra Mundial na Banda Desenhada (Biblioteca-Museu da República e Resistência, Lisboa); Lisboa na Banda Desenhada (Museu da Cidade, Lisboa).

Sócio fundador do Clube Português de Banda Desenhada, em Junho de 1976.

Fundador da Tertúlia BD de Lisboa em Junho de 1985. Mantém-se como dinamizador desta iniciativa bedéfila mensal, que tem por finalidade efetuar atos de homenagem a autores consagrados e outras individualidades ligadas à BD, e atos de incentivo aos novos autores da BD portuguesa.

Editor de fanzines de banda desenhada. : Eros, Tertúlia BDzine, Folha Volante, Autobiografias Ilustradas, Ad Hoc; Preciosidades da BD; Efeméride.

Personagem de várias bandas desenhadas, entre as quais Abdalino do álbum Menatek Hara, de Luís Louro e Tozé Simões e também Capitão Ardina Mango, do álbum As Aventuras de Herb Krox – O Homem de Neandertal de Luís Filipe Diferr.

Co-autor (em parceria com Leonardo De Sá) do livro Dédalo dos Fanzines (1987).

Colaborador dos vários salões e festivais de BD em Portugal; colaborador do Gicav em vários Salões de Banda Desenhada de Viseu. As presentes exposições são apenas uma singela amostra do trabalho desenvolvido por Geraldes Lino enquanto colecionador, crítico e editor de BD (Fanzine Efeméride Corto Maltese no século XXI; O Mundo dos Fanzines).

ARTISTA ESTRANGEIRO CONVIDADO
ANDREA VENTURI


O italiano Andrea Venturi começou a desenhar histórias do Tex no início dos anos 90 (“Almannaco del West “ 1996). Com um estilo muito realista, de desenhos recheados de sombras cheias e perfeição anatómica das figuras, este artista trouxe uma nova frescura ao mundo do Ranger, nomeadamente através do recurso a ambientes circenses, como em “O matador de índios”, onde Venturi desenha um assassino mascarado, e em “Missão em Sierra Vista”, onde nos oferece um desfile de personagens estranhas, ou em “Ópio”, onde evolui uma trupe de actores que se embrenham em relações de ódio e paixão, ganância e crime.

Em certos momentos da sua obra, a arte de A. Venturi faz lembrar alguns dos mestres como John Buscema, Ross Andru ou Jack Kirby.

A. Venturi representa neste salão de Viseu o grupo de artistas que produziram trabalhos propositadamente para a homenagem póstuma a Sergio Bonelli, numa iniciativa do José Carlos Francisco (Tex Willer Blog), dos quais se apresenta em Viseu a esmagadora maioria dos trabalhos oferecidos ao José C. Francisco.

Andrea Venturi apresenta em Viseu um poster original, gentilmente oferecido aos fãs texianos e a todos os amantes da banda desenhada, visitantes do salão de Viseu em dia de inauguração.

O nosso agradecimento ao José Carlos Francisco (que capitaneia o fiel grupo de fãs de Tex Willer em Portugal) e ao Andrea Venturi por esta possibilidade, engrandecendo o Salão de Viseu e o panorama da nossa Banda Desenhada.

EXPOSIÇÃO DE HOMENAGEM A SERGIO BONELLI
Recolha de originais: José Carlos Francisco – Blog TEX WILLER 
Selecção e montagem: GICAV


Sergio Bonelli (Milão, 2 de Dezembro de 1932 – Monza, 26 de Setembro de 2011) também conhecido como Guido Nolitta (seu pseudónimo como escritor de banda desenhada), foi um autor e editor italiano. Filho de Gian Luigi Bonelli (criador de Tex e fundador da editora Audace), e de Tea Bonelli, que desde 1946 tomou as rédeas da editora do ex-marido, entra muito jovem no mundo da banda desenhada, fazendo de tudo na empresa da família: de moço de recados a fiel de armazém, até responder às cartas dos leitores.

Em 1957 assume a editora Cepim, a futura Sergio Bonelli Editore, uma das mais importantes editoras de banda desenhada no panorama italiano, sucedendo na direcção à sua mãe Tea.

Empreende também a faceta de argumentista sob o pseudónimo de Guido Nolitta, escolhido para evitar ser confundido com o seu pai. Em 1961 cria um dos maiores sucessos da editora: Zagor, personagem “híbrida” entre Tarzan e o western, com fortes incursões no fantástico. Catorze anos mais tarde, em 1975, dará vida àquele que sempre considerará o seu filho predilecto: Mister No, um descontraído ex-soldado americano que vive na Manaus (Brasil) dos anos cinquenta.

Em Janeiro de 2007, tomou o lugar de Decio Canzio na direcção geral da Sergio Bonelli Editore e em 2008 o município de Milão galardoou-o com o prestigioso prémio Ambrogino d’Oro. Em Agosto de 2011, quando estava de férias em Provence (França), é acometido por problemas de saúde. Morre em 26 de Setembro de 2011 com a idade de 78 anos na clínica San Gerardo em Monza, poucos dias após ter sido hospitalizado devido a doença.

Sergio Bonelli, o Homem que fez sonhar gerações de leitores de banda desenhada um pouco por todo o mundo, foi o principal artificie da passagem da banda desenhada como simples instrumento de entretenimento popular a produto de dignidade cultural, criando, ao longo da sua carreira de cinquenta anos, uma das mais importantes editoras de banda desenhada no contexto italiano.

Sergio Bonelli fez sonhar gerações de italianos mas também de leitores de muitos outros países, como por exemplo Portugal, por isso nada mais justo que o Salão de Viseu lhe dedique a exposição de homenagem que Sergio Bonelli merece!

EXPOSIÇÕES


A OBRA DE EÇA NA BANDA DESENHADA
ÁLVARO, PAREDE, 1970
HOMEM-ARANHA: 50 ANOS DE AVENTURAS
CORTO MALTESE NO SÉCULO XXI
DIDIER COMÉS
O HUMOR NO JORNAL DO EXÉRCITO
WILLEBRORD JAN FRANS MARIA VANDERSTEEN
GRANDE PLANO
“SANG ROYAL”, DE JODOROWSKY
LA DOUCE – F. SCHUITEN – CASTERMAN
MURENA – DUFAUX e DELABY – DARGAUD
FERNANDO JORGE DOS SANTOS COSTA
EXPOSIÇÃO JOVENS VALORES
MIGUEL REBELO – UM CARTOONISTA DE VISEU
ASTEROID FIGHTERS
A “CRIADA MALCRIADA”

Podem ler-se a totalidade dos textos do programa deste 
XVIII SALÃO INTERNACIONAL DE BD DE VISEU – AQUI

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