terça-feira, 24 de março de 2020

COMUNICADO - TERTÚLIA BD DE LISBOA SUSPENSA DEVIDO À EPIDEMIA EM VIGOR!!!



TERTÚLIA BD DE LISBOA SUSPENSA
DEVIDO À EPIDEMIA EM VIGOR!!! 

COMUNICADO 

Por razões óbvias os encontros mensais da Tertúlia BD de Lisboa estão suspensos por tempo indeterminado. O número de contágios confirmados em Portugal por Covid 19 cresce ao dia a um ritmo de aproximadamente 30%. Dentro de poucas semanas teremos dezenas de milhares de infectados. Desses algumas centenas necessitarão de ser internados nos cuidados intensivos. Não há camas para todos. Como já acontece em Itália, os médicos terão de escolher quem sobreviverá. Mesmo se as pessoas mais novas, se contagiadas, manifestem poucos sintomas, transmitem o vírus e são um risco grave para os mais velhos.

Não há ainda cura. Há tratamentos. Há casos de reinfecção em pessoas curadas. Com sorte haverá uma vacina eficaz daqui a um ano.

O sabão ou o sabonete destrói o vírus. Lavem as mãos recorrentemente. Protejam-se.
E protejam os outros.

CUIDEM-SE !!!!

quarta-feira, 18 de março de 2020

O HOMEM QUE MATOU LUCKY LUKE Argumento e Desenhos de Matthieu Bonhomme DESTRUÍ A LENDA! MATEI LUCKY LUKE!

O HOMEM QUE MATOU LUCKY LUKE 
Argumento e Desenhos de Matthieu Bonhomme 
DESTRUÍ A LENDA! 
MATEI LUCKY LUKE! 


Ao chegar a Frog Town numa noite de tempestade, Lucky Luke, além de ter de enfrentar o bando dos irmãos Bones, não imaginava que estava prestes a encontrar o homem que o iria matar.

Mathieu Bonhomme criou esta maravilhosa homenagem ao cowboy de Morris por ocasião do 70º aniversário da personagem, num álbum vencedor do prémio do público em Angoulême, reinventando o célebre cowboy solitário numa magnífica história que, entre outras revelações, explica o motivo por que Lucky Luke deixou de fumar!

A estreia d’A Seita na BD franco-belga, numa edição que conta com duas capas diferentes, uma delas exclusiva das lojas FNAC, e um extenso caderno de extras sobre o desenvolvimento do álbum.

Nascido em Paris, em 1973, Matthieu Bonhomme formou-se em Artes Aplicadas e iniciou-se na BD como assistente de Christian Rossi, o extraordinário desenhador que substituiu Jean Moebius Giraud como desenhador da série Jim Cutlass - o “outro” western a que o desenhador do Tenente Blueberry esteve ligado. Grande fã do western, Bonhomme confessa que “aprendi a desenhar com Lucky Luke, série que foi um dos pilares da minha formação como leitor,” e, logo no início da sua carreira, abordou o género. Mas a verdade é que os seus anteriores trabalhos em BD, desde L’Age de la Raison, até às séries Marquis d’Anaon, Le Voyage d’Esteban e Messire Guillaume, abordavam outras épocas e outros temas.

A ideia de escrever e desenhar uma aventura de Lucky Luke não veio só do aniversário da personagem, pois o autor é o primeiro a afirmar que “há mais de dez anos que pedia às edições Dupuis que me dessem uma oportunidade de o fazer. (...) não sabia que eles já estavam a reflectir na preparação dos 70 anos da personagem em 2016”. Respeitando o passado de Lucky Luke, aproveitou como ponto de partida da história, a única limitação que a editora lhe impôs: a de não poder mostrar o cowboy solitário com um cigarro na boca. Como o próprio referiu: “quis assim descobrir o que levou Lucky Luke a deixar de fumar”. Vencedor de vários prémios em Angoulême ao longo da sua carreira, Bonhomme regressou recentemente ao período do western com a sua série Charlotte Impératrice, sobre a princesa belga que se tornou Imperatriz do México em 1864.

Prémio Saint-Michel para Melhor Álbum, prémio Escolha dos Jovens e prémio do Público no Festival de BD de Angoulême.

72 páginas, formato 23 x 32 cm, cores, capa dura
ISBN 978-989-54574-6-5
ISBN 978-989-54574-7-2 (capa exclusiva FNAC)
PVP: 16,95€
Link para baixar capa e imagens do interior:
https://iiihdg.s.cld.pt

Capa alternativa FNAC

Depois da sua apresentação no último fim-de-semana no Coimbra BD, chega às livrarias a primeira aventura franco-belga da editora A SEITA. A escolha editorial recaiu sobre o Lucky Luke de Matthieu Bonhomme na história «O Homem que matou Lucky Luke» onde o autor presta uma singela homenagem à imortal personagem criada por Morris. Esta edição apresenta a particularidade de sair para o mercado nacional com duas capas diferentes, sendo que a segunda (a de capa amarela) é de venda exclusiva da cadeia de lojas FNAC, que repete assim uma experiência que tem vindo a fazer nos últimos anos a cada novo lançamento da série Blake & Mortimer.

Matthieu Bonhomme 

Partindo da única limitação que a editora lhe impôs: a de não poder mostrar o cowboy solitário com um cigarro na boca, Bonhomme aproveitou para contar a história do motivo por que Lucky Luke deixou de fumar. Esta edição apresenta ainda um extenso caderno de extras sobre o desenvolvimento do álbum.

Pode ler-se aqui também: O HOMEM QUE MATOU LUCKY LUKE – na Gazeta das Caldas, em 29 de Maio 2016: http://kuentro.blogspot.com/2016/05/gazeta-da-bd-58-na-gazeta-das-caldas.html







segunda-feira, 16 de março de 2020

CONTINUA - BANDA DESENHADA -Texto de João Ramalho Santos

CONTINUA 
BANDA DESENHADA 



Texto de João Ramalho Santos 

BDpress #540 – recorte do artigo de João Ramalho Santos no JL de 11/03/2020

Várias séries clássicas europeias continuam hoje após a retirada dos criadores originais, como "Blake & Mortimer", "Astérix", "Corto Maltese" (ou "Lucky Luke"). Na verdade há hoje mais álbuns de "Blake & Mortimer" produzidos por meia dúzia de equipas diferentes do que os da autoria do criador Edgar Pierre Jacobs. As séries passam assim a ser uma espécie de "franchise", tentando manter a mesma receita sem estragar a marca. É pois um conceito diferente do mundo mutável dos super-heróis, no sentido em que, fora ajustes (o mais fácil de detetar é a atenção dada a não-caucasianos e mulheres enquanto personagens em "Blake e Mortimer" ), o objetivo é o mimetismo. Ou seja, criar obras que os autores originais poderiam ter feito, não fosse o caso de já terem falecido (exceto o nonagenário Uderzo), bastando ver o destaque dado aos seus nomes nas capas.

Essencialmente há duas abordagens: histórias independentes (que "aceitam" qualquer leitor, à partida), ou histórias muito ligadas a álbuns originais, e que pressupõem algum conhecimento prévio, de fã. Em edições recentes "A filha de Vercingétorix" cabe na primeira categoria em relação a "Astérix"; enquanto os acontecimentos de "O vale dos imortais" são posteriores aos de "O segredo do Espadão", um dos marcantes registos de "Blake e Mortimer" (e convém conhecê-lo); e "Dia de Tarowean" precede a primeira aventura de Corto Maltese assinada por Hugo Pratt, "A balada do Mar Salgado", embora não seja essencial tê-la lido.

É importante sublinhar a qualidade, todos os argumentistas participantes nestes projetos têm boa (por vezes excelente) obra original, todos os desenhadores cumprem a sua função mimética de forma mais ou menos competente (Pellejero e Conrad são mesmo brilhantes). Sobretudo, e este elogio é um pouco dúbio, todas as histórias se "lêem bem" dentro do universo em que foram concebidas, incluindo alguns "Blake e Mortimer" menos conseguidos, sendo verdade que a verbosidade e a planillcação "atafulhada" dos originais podia ter o mesmo efeito, apesar da sua elegância formal. Nesse sentido "O vale dos imortais" só desilude quem se deixe iludir.

Em ''Astérix" o humor funciona, apesar de Ferri não ser Goscinny (e porque alguns álbuns de Uderzo a solo eram dolorosamente maus), e o conceito de "A filha de Vercingétorix" é bem conseguido, no sentido em que, não só é inteligente a retratar conflitos de gerações, mas foca a relutância de uma jovem em assumir a herança do seu pai, herói da resistência gaulesa contra Roma. Uma posição não muito diferente da dos próprios Ferri e Conrad. Por último, e para além da qualidade de Pellejero, é justo referir que Diaz Canales tem melhorado nos argumentos de "Corto Maltese", mas continua a esforçar-se demais para ser "digno" de Hugo Pratt, sendo demasiado inteligente (sim, é um defeito) ao tentar ligar tudo e mais alguma coisa. Só que os pormenores obscuros e referências históricas estão longe de ter a fluidez narrativa de Pratt, e alguns elementos são francamente ridículos.

No fundo estas obras, que parecem cumprir a tradição do "continua..." nas antigas revistas de BD, levantam três tipos de interrogações, duas de resposta linear. Ofendem? Não. São necessárias? Também não. Atraem e inspiram novos leitores, ou apenas os já fidelizados? Esta última é a única questão a que vale a pena tentar dar resposta. JL

> Argumento de Juan Diaz Canales, desenhos de Rubén Pellejero 

CORTO MALTESE: DIA DE TAROWEAN 

Arte de Autor. 80 pp., 19,90 euros 



> Argumento de Jean-Yves Fern, desenhos de Didier Conrad 
ASTÉRIX: A FILHA DE VERCINGÉTORIX 

ASA. 48pp., 10,90euros 




> Argumento de Yves Sente, desenhos de Teun Berserik e Peter van Dongen 
BLAKE E MORTIMER: O VALE DOS IMORTAIS 1 e 2 

ASA. 56 pp., 15,90 euros






sexta-feira, 13 de março de 2020

WATCHMEN-DOOMSDAY CLOCK CRISE NO MULTIVERSO


WATCHMEN-DOOMSDAY CLOCK
CRISE NO MULTIVERSO 

Colecção
Watchmen/Doomsday Clock
Vol. 5 - Renascimento
Argumento – Geoff Johns, Tom King e Joshua Willlamson
Desenhos – Ethan Van Sciver, Garry Frank, Joe Prado, Jason Fabok Phil Jimenez, Ivan Reis e Howard Porter
Sábado, 14 de Março, Por +9,90€


BDpress #539 – Recorte do artigo de João Miguel Lameiras publicado no jornal Público de 07/03/2020

Texto de João Miguel Lameiras

Terminada a publicação da série Watchmen original, a colecção Watchmen/Doomsday Clock prossegue com o volume que une as duas séries, abrindo o caminho para a junção dos dois universos que vai ter lugar em Doomsday Clock.

Neste volume de transição entre Watchmen e Doomsday Clock, antevemos em Rebirth como o Dr. Manhattan pode ser o Deus ex machina do renascimento do Universo DC.

Uma hipótese que a descoberta na Batcavema do famoso crachá do Smiley manchado com o sangue do Comediante parece confirmar. Nas duas primeiras partes de The Button, Batman e o Flash têm de enfrentar os seus equivalentes de outras dimensões: o Flash reverso e Thomas Wayne, o pai de Bruce Wayne que noutra dimensão assumiu o manto e o capuz do Batman, depois de o seu filho, Bruce, ter sido morto por um assaltante.


A coexistência de diferentes versões dos mesmos heróis, provenientes de outras dimensões ou de universos paralelos, é algo que a DC tem explorado desde os anos 1960, logo depois de heróis clássicos como o Flash e Lanterna Verde, criados nos anos 1940, mas entretanto desaparecidos devido ao fim das revistas que os publicavam, regressarem em novas versões, mais adequadas aos leitores do seu tempo. Assim, ao longo das décadas, diversos heróis foram sendo·actualizados e transformados, de uma forma contraditória com a sua origem, o que levou a editora a criar dimensões paralelas, como a Terra 2, ou a Terra 3, em que as versões originais desses heróis continuavam a existir. A ideia foi pela primeira vez posta em prática em 1961, na história Flash of Two Worlds, de Gardner Fox, em que Barry Alen, a versão actual do Flash, encontra Jay Garrick, o Flash original, dos anos 1940, na Terra 2, seguindo-se diversos encontros entre os heróis das duas Terras, alargados posteriormente à Terra 3, onde os heróis que conhecemos eram os vilões.

A coexistência dessas diferentes terras levou à criação do conceito de multiverso, e ao aparecimento de sagas como a Crise nas Terras Infinitas, em que as diversas dimensões paralelas são destruídas pelo Anti-Monitor, publicada pelo Público e pela Levoir na colecção de 2016 e a histórias como Liga da justiça: Terra 2, história escrita por Grant Morrison, que abriu essa mesma colecção, em que a Liga da justiça enfrenta os seus equivalentes maléficos da Terra 2. Mas a DC decide reiniciar novamente o universo de super-heróis em 2011, dando origem ao selo Novos 52, que os leitores portugueses descobriram na colecção dedicada à DC de 2016. Mais uma vez, o Flash volta a estar no fulcro da acção. Barry Allen tinha regressado em Final Crisis e envolveu-se, pouco depois, numa outra saga, Flashpoint, em que descobre um universo em que Bruce Wayne morreu e o Batman é Thomas Wayne.

Os leitores portugueses puderam ter um vislumbre desse universo em Flashpoint: Noite de Vingança, história de Brian Azzarello e Eduardo Risso que o Público e a Levoir publicaram no livro Batman Noir, no final da qual a versão do Multiverso DC que existia desde 2005 desaparece. Nesta actualização, o Multiverso continuava a existir, mas os heróis da terra principal tinham começado a sua carreira apenas cinco anos antes. A Sociedade da justiça e a Legião dos Super-Heróis deixaram de fazer parte da História.

É neste momento que nos encontramos no início deste volume – que segue os acontecimentos de A Guerra de Darkseid, saga que fechou a colecção dedicada à Liga da Justiça.

Os dados estão lançados para que Geoff Johns dê uma nova arrumação aos universos DC em Doomsday Clock, saga cuja publicação se inicia na próxima semana.




quarta-feira, 11 de março de 2020

BLAKE E MORTIMER: O ÚLTIMO FARAÓ DE FRANÇOIS SCHUITEN, JACO VAN DORMAEL, THOMAS GUNZIG e LAURENT DURIEUX



BLAKE E MORTIMER: 
O ÚLTIMO FARAÓ
DE FRANÇOIS SCHUITEN, JACO VAN DORMAEL, THOMAS GUNZIG e LAURENT DURIEUX 

Sairá em França apenas a 29 de Maio, mas está já a gerar muita curiosidade este novo álbum da série “Blake e Mortimer” – que em Portugal será editado pela Asa.

Criada por Edgar P. Jacobs, é uma série de grande sucesso mundial e Portugal não é excepção. O 26º volume terá como título português mais do que provável “Blake e Mortimer: O Último Faraó”, conta com uma imagem nova e fresca e com quatro novos autores. São eles: François Schuiten , um dos grandes ilustradores belgas, Jaco Van Dormael (realizador de filmes premiados com Óscares e em Cannes: Totó o herói, O Oitavo Dia, Sr. Ninguém), Thomas Gunzig (autor e colunista) e Laurent Durieux (autor de cartazes notabilizado por Spielberg e Coppola). Esta equipa promete um álbum fiel, mas ao mesmo tempo muito pessoal, que levam as suas influencias ao coração das aventuras de Blake e Mortimer.


A memória da Grande Pirâmide assombra Mortimer novamente. Os seus pesadelos começam no dia em que ele estuda a estranha radiação que escapa do Tribunal de Bruxelas: um campo magnético poderoso causa uma aurora boreal, falhas em circuitos electrónicos e pesadelos terríveis a quem estiver exposto a ela. A cidade é imediatamente evacuada pelo exército e cercada por um alto muro.

Mortimer viveu um retiro sombrio em Londres e, desde então, Blake subiu nas fileiras do exército, onde ocupa posições importantes. Com o tempo, os dois amigos de sempre quase não se vêem. Até ao dia em que Blake se encontra com Mortimer. Na zona proibida, apesar do confinamento do prédio de uma gaiola de Faraday, a radiação subitamente foi retomada, ameaçando apagar o conteúdo de todos os computadores do planeta, incluindo os bancos de dados e os da bolsa de valores.

Para superar a radiação, o exército criou um plano que compromete o futuro do mundo. Para Blake e Mortimer, apesar de suas velhas discussões, e apesar da idade, irão entrar em mais uma aventura, em direcção a uma Bruxelas abandonada para tentar salvar o mundo. O que eles encontram lá está relacionado com a sua aventura passada, aquilo que os levou na sua juventude, aos mistérios da Grande Pirâmide.

In Central Comics: https://www.centralcomics.com/novo-blake-e-mortimer-o-ultimo-farao/







Durieux, Gunzig, Schuiten e Van Dormael



 
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