sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

MORREU O AUTOR BELGA PHILIPPE DELABY DESENHADOR DE MURENA

MORREU O DESENHADOR DE MURENA
PHILIPPE DELABY
(21 Janeiro 1961 - 29 Janeiro 2014)


Fomos apanhados de surpresa, quando hoje recebemos a notícia (pelo blogue As Leituras do Pedro) de que o desenhador belga Philippe Delaby, de 53 anos, faleceu no dia 29 de Janeiro, vítima de um ataque cardíaco. A notícia foi divulgada ontem pela editora Dargaud, via Twitter.

Delaby ficou conhecido pelo seu trabalho na série Murena, sendo o autor do desenho dos álbuns escritos por Jean Dufaux, e pelos três volumes da série Complainte des landes perdues também escritos por Dufaux. Delaby é considerado um dos responsáveis pela renovação da banda desenhada de temática histórica em França.

Philippe Delaby nasceu em Tournai, Bélgica, a 21 de Janeiro de 1961 e estudou na Escola de Belas Artes de Tournai, onde aprendeu o desenho técnico e a pintura a óleo, com sequência em estudos sobre técnica de impressão e tipografia. A sua carreira na banda desenhada começou aos 18 anos, quando venceu um concurso para jovens que lhe abriu as páginas do Journal de Tintin, em 1987. Depois, ilustrou as histórias sobre argumentos de Yves Duval, Arthur au royaume de l’impossible e Richard Cœur de Lion - L’Épée et la croix, dois épicos que lhe valeram o Prémio Clio do Salão de História de Paris, em 1993. No mesmo ano, desenhou Bran - Légende née des tourbillons des vents du Nord , escrito por Jean-Luc Vernal, que conta a história de um jovem gaulês. Em 1994, com o escritor Luc Delisse, publicou na Lombard L’Étoile polaire, um thriller de fantasia medieval. Em 1997, incentivado pelo escritor Jean Dufaux, ressuscitou de forma magistral a Roma de Nero na série Murena – com nove álbuns –, publicado pela Dargaud e premiado em diversos festivais.

Em 1997, foi o vencedor do prêmio do festival de Banda Desenhada de Boulogne-sur-Mer e, em 2011, ganhou o Grand Prix Saint-Michel, pelo conjunto de sua obra, no Festival de BD de Bruxelas.

Recentemente, divulgou no seu blogue que tinha finalizado a capa do último volume da série Complainte des landes perdues.

A OBRA COMPLETA DE DELABY

Arthur au royaume de l’impossible (argumento de Yves Duval, Le Lombard, 1991)
Richard Cœur de Lion - L’Épée et la croix (argumento de Yves Duval, Le Lombard, 1991)
Bran - Légende née des tourbillons des vents du Nord (argumento de Jean-Luc Vernal, Le Lombard, 1993)
L’Étoile polaire (argumento de Luc Dellisse, Le Lombard)
Le Milieu du ciel (1994)
La Nuit comme un cheval arabe (1995)
Les Faux Jumeaux (1996)




Murena (argumento de Jean Dufaux, Dargaud)
1. La Pourpre et l’Or (1997)
2. De sable et de sang (1999)
3. La Meilleure des mères (2001)
4. Ceux qui vont mourir… (2002)
5. La Déesse noire (2006)
6. Le Sang des bêtes (2007)
7. Vie des feux (2009)
8. Revanche des cendres (2010)
9. Les Épines (2013)
As edições portuguesas de Murena pelas edições Asa





Philippe Delaby e Jean Dufaux

Les Meilleurs Récits de Philippe Delaby (argumento de Yves Duval, éd. Loup, 2003)
Higlanders (Le Sceptre, 2006)


Complainte des landes perdues (argumento de Jean Dufaux, Dargaud)
1. Moriganes (2004)
2. Le Guinea Lord (2008)
3. La Fée Sanctus (2012)
4. Sill-Valt (a ser publicado)



 A capa do último volume, que Delaby tinha anunciado no seu blogue...

Tentation (portfolio, Raspoutine, 2001)
Croquis (Espace BD, 2003)
Philippe Delaby, carnet d’auteur (Snorgleux, 2010)



PRÉMIOS

1997 : Prix du Festival BD de Boulogne-sur-Mer
2011 : Grand Prix Saint-Michel por toda a sua obra
2013 : Crayon d’Or (Gouden Potlood) no festival de la bande dessinée de Middelkerke pelos seus 25 anos de carreira

ALGUNS ORIGINAIS DE DELABY

“Murena” (Book 8, #1), 2010, 29 x 40 cm

Joseph II le Réformateur, argumento de Yves Duval, em Le Journal de Tintin nº 653 (1988)

Joseph II le Réformateur, argumento de Yves Duval, em Le Journal de Tintin nº 653 (1988) 

Arthur au royaume de l’impossible 

Esboço para capa alternativa de Complainte des Landes Perdues



___________________________________________________________

1 comentário:

  1. Artistas como este não morrem, nunca. Enquanto os seus admiradores viverem e lembrarem a sua obra.
    José Ruy

    ResponderEliminar

 
Locations of visitors to this page