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DO 26º AMADORA BD 2015
PARTE 1
Excerto do texto a ser publicado na Gazeta da BD #51, na Gazeta das Caldas:
A edição do 26º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora de 2015 apresentou aquele que penso ter sido o pior cartaz de sempre do Festival. Mostrou cerca de 25 exposições, repartidas entre o Fórum Luís de Camões na Brandoa – 14 exposições – e por diversos núcleos na cidade da Amadora e “Grande Lisboa”. O Festival contou com as habituais enchentes de público no núcleo central do Fórum, se calhar por não terem mais sítio nenhum onde ir. Dos outros núcleos sei pouco – só visitei as exposições da Bedeteca e da Galeria Municipal Artur Bual, que estavam sem gente alguma. Na primeira visita que fiz ao Fórum Luís de Camões, no primeiro fim-de-semana do Festival, a exposição central, dedicada “à criança na banda desenhada” só estava montada apenas numa sala (1/4 da extensão do que vi no fim-de-semana seguinte), com legendas trocadas e outras coisas incompatíveis para um Festival desta natureza. Contudo as desilusões (que já não serão muitas para mim, que visito este Festival desde 1994) devem-se muitas vezes ao facto de serem apresentadas cópias (por vezes fotocópias, ou reproduções fotográficas de originais) daquilo que deveriam ser os originais, em algumas das exposições. A exposição de Quim & Manecas (1915-1918), de Stuart de Carvalhais, na Bedeteca da Amadora, foi de bradar aos céus. Tendo a obra sido reeditada (reimpressa) em 2010, e não sendo possível porventura encontrar os originais, deveria ter-se apresentado uma exposição, no mínimo com páginas impressas (não em fotocópias) do álbum da Tinta da China, ou de colectâneas de impressões originais que devem existir na Biblioteca Nacional ou em alfarrabistas e não fotocópias como as que se mostraram. Relembre-se que Quim & Manecas foi também republicado no suplemento humorístico do jornal O Século até 1953. Quanto à exposição de Putain de Guerre, de Jacques Tardi, ainda se compreendam (embora mal) as reproduções fotográficas mostradas, porque, segundo me parece, estando o autor vivo, não seria talvez difícil que cedesse os originais. Destaco, contudo a exposição sobre o trabalho de Pedro Massano, em A Batalha – 14 de Agosto de 1385, com os originais fabulosos em formato gigante: cada conjunto de duas páginas foi desenhado em pranchas A1 (54,9 cm x 84,1cm) ao baixo - um espectáculo visual.
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