LES PASSAGERS DU VENT #8
LE SANG DES CERISES
DE FRANÇOIS BOURGEON
Teve pré-publicação de 24 páginas na revista Case Mate
Um muito pequeno excerto da longa entrevista com o autor:
A sombra da Comuna de 1871 paira sobre esta história a partir de 1885...
François Bourgeon: Mas eu não queria dar uma lição de história.
Não sigo linearmente o caminho de Zabo (a bisneta de Isa). Nós deixámo-la em 1865, no final da Guerra Civil Americana. Ela vive com Quentin, bretão de origem, que sonha voltar a França. Zabo não quer continuar nas plantações que herdara na Loisiana.
O casal vai para a Europa e depois de uma estadia em Londres, chega a Paris em 1866. Estamos nos últimos anos do segundo império, a guerra franco-prussiana de 1870 não está longe. Quentin vai perder a vida entretanto...
Por que não contar tudo isso?
François Bourgeon: Primeiro porque Zabo, se torna Clara, e é sob este nome que vamos chamá-la agora, é mais silencioso. Eu vou explicar tudo, mas por flashbacks. Pouco a pouco. Às vezes repetindo-me porque este século XIX é complexo e não é óbvio colocá-lo em cena. Em 1870, estamos na sua terceira revolução! A de 1830 trouxe para o poder o duque de Orleans. A de 1848 leva à 2ª Républica. Depois ao II Império (de Napoleão III, (que fora Presidente da 2ª República), à guerra de 1870 contra a Prússia de Bismark e à Comuna de Paris contra a 3ª República, presidida por Thiers.
As personagens vão contar tudo isso, mas não academicamente, não de uma maneira pesada. Em vez disso, através de memórias precisas, dizendo coisas do género: “Nessa altura, as pessoas comiam
ratos, cavalos, gatos...” Eu prossigo em pequenos toques, na esperança de despertar a curiosidade de um certo número de leitores, que procurarão depois ir um pouco mais longe.
François Bourgeon: Mas eu não queria dar uma lição de história.
Não sigo linearmente o caminho de Zabo (a bisneta de Isa). Nós deixámo-la em 1865, no final da Guerra Civil Americana. Ela vive com Quentin, bretão de origem, que sonha voltar a França. Zabo não quer continuar nas plantações que herdara na Loisiana.
O casal vai para a Europa e depois de uma estadia em Londres, chega a Paris em 1866. Estamos nos últimos anos do segundo império, a guerra franco-prussiana de 1870 não está longe. Quentin vai perder a vida entretanto...
Por que não contar tudo isso?
François Bourgeon: Primeiro porque Zabo, se torna Clara, e é sob este nome que vamos chamá-la agora, é mais silencioso. Eu vou explicar tudo, mas por flashbacks. Pouco a pouco. Às vezes repetindo-me porque este século XIX é complexo e não é óbvio colocá-lo em cena. Em 1870, estamos na sua terceira revolução! A de 1830 trouxe para o poder o duque de Orleans. A de 1848 leva à 2ª Républica. Depois ao II Império (de Napoleão III, (que fora Presidente da 2ª República), à guerra de 1870 contra a Prússia de Bismark e à Comuna de Paris contra a 3ª República, presidida por Thiers.
As personagens vão contar tudo isso, mas não academicamente, não de uma maneira pesada. Em vez disso, através de memórias precisas, dizendo coisas do género: “Nessa altura, as pessoas comiam
ratos, cavalos, gatos...” Eu prossigo em pequenos toques, na esperança de despertar a curiosidade de um certo número de leitores, que procurarão depois ir um pouco mais longe.
Sem comentários:
Enviar um comentário