quarta-feira, 17 de agosto de 2011

BDpress #283: O FILME “LONE RANGER” (O MASCARILHA), PÁRA DEVIDO À CRISE – “GREEN LANTERN” (LANTERNA VERDE) JÁ ESTREOU


Correio da Manhã online, 15 Agosto 2011

A ADAPTAÇÃO AO GRANDE ECRÃ DAS AVENTURAS DO MASCARILHA

CRISE PÁRA FILME COM JOHNNY DEPP

Por: Ana Maria Ribeiro

O filme já tinha realizador, argumentista e parte do elenco definidos. Até já havia data de estreia marcada – 21 de Dezembro de 2012 – mesmo a tempo das enchentes de Natal nas salas de cinema norte-americanas. Mas um número fez parar tudo: 200 milhões de dólares. Ou seja, cerca de 140 milhões de euros.

E 140 milhões é muito dinheiro para a Walt Disney, mesmo se, no cartaz, se anuncia o nome de Johnny Depp, uma das estrelas mais rentáveis de Hollywood e que rendeu, à mesma produtora, mais de um bilião de dólares com a última aventura de ‘Os Piratas das Caraíbas’ (2011) e a nova versão de ‘Alice no País das Maravilhas’ (2010).

O projecto, a adaptação ao grande ecrã das aventuras do Mascarilha e do seu ajudante Tonto, reunia outros nomes da equipa de ‘Piratas das Caraíbas’ – como o realizador Gore Verbinski e o produtor Jerry Bruckheimer – mas ainda assim os responsáveis da produtora acharam que o risco era grande. Sobretudo tendo em conta recentes decepções de bilheteira, como ‘Cowboys e Aliens’.

“Vamos ponderar calmamente sobre o que este filme custa e se conseguirmos fazer baixar o orçamento até atingir uma verba confortável, então avançaremos”, diz Bob Iger, um dos responsáveis da empresa.

Para já, sabe-se que o Mascarilha seria interpretado por Armie Hammer (actor de ‘A Rede Social’), enquanto a Johnny Depp caberia o papel do seu corajoso ajudante Tonto, que, nas aventuras de Banda Desenhada, era um índio.

Armie Hammer 

Johnny Depp

Montagem fotográfica com Clayton Moore (o popular actor da série de TV conhecida em Portugal como "O Mascarilha") e Johnny Depp na pele de Tonto...

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C7inema, 6 Agosto 2011

«GREEN LANTERN» (LANTERNA VERDE)

por Filipe Dias

Nos últimos anos, a Marvel tem sido capaz de transportar a maior parte dos seus heróis para o grande ecrã com grande sucesso. Casos de Homem de Ferro, X-Men, Wolverine ou o recente Capitão América revelam que a Marvel tem uma mina de ouro que, bem trabalhada, consegue levar o público ao cinema. Já a DC Comics... Nem por isso. Constantemente a apostar em Batman ou no Super Homem (Terá mais um remake a sair no ano que vem!), ficaram para trás nesta corrida.

Por isso, e também pelo sucesso da saga «The Dark Knight» levada a cabo por Christopher Nolan, muito se esperava de “Lanterna Verde”, uma criação dos autores Bill Finger e Martin Nodell.

Ryan Reynolds (Smokin Aces, Buried, The Change-Up) é Hal Jordan, um arrogante mas competente piloto de caças que um dia recebe um anel capaz de transformar ideias em objectos e construções reais, através de pura vontade. É assim que Hal se torna num dos membros de uma força de paz intergaláctica chamada de Lanterna Verde. O seu dever é proteger as galáxias de todas as ameaças, incluindo a de Parallax, uma força amarela que sobrevive através do medo dos outros.

Juntamente com Reynolds, contracena a jovem Blake Lively (The Town) como Carol Ferris, uma antiga paixão que trabalha consigo. A actriz é um dos pontos positivos do filme, com a caracterização de uma personagem capaz de sobreviver num mundo de homens ao mesmo tempo que ilumina o ecrã com a sua beleza natural. O elenco ainda conta com Tim Robbins, Peter Sarsgaard, Angela Basset e Mark Strong, com o último a desempenhar o papel do anti-herói e rival de Reynolds, o alienígena Sinestro. Já na banda desenhada, Sinestro é caracterizado como um rival directo de Hal Jordan, igualmente arrogante mas inteligente e possuidor de uma força de vontade acima da média. Strong consegue captar esses aspectos e transmiti-los perfeitamente na sua personagem, quase que a tornando mais interessante que a personagem principal, mostrando que o actor tem um potencial interessante para este género de filmes.

“Lanterna Verde” tem o problema de ser conotado como “mais” um filme de super-heróis, sem criar uma fagulha de inspiração

Com um argumento razoável, “Lanterna Verde” tem o problema de ser conotado como “mais” um filme de super-heróis, sem criar uma fagulha de inspiração ao contrário da saga «The Dark Knight» ou «X-Men». Seria possível debater que as personagens são distintas pois Batman ou Wolverine são personagens bem mais negras. Contudo, a saga dos Lanterna Verde é talvez uma das mais interessantes e negras dos últimos anos no mundo da banda desenhada, portanto é difícil de acreditar que os produtores e argumentistas não estivessem a par da constante revolução que persiste no mundo de Hal Jordan. O filme transmite apenas a luta do bem contra um mal antigo que ameaça o mundo, ao mesmo tempo que a personagem principal se debate com os seus próprios receios e se adapta aos novos poderes. Esta aposta torna-se vaga ao fim de algum tempo, que juntamente com falas prolongadas e um argumento “seco”, dá a sensação de que falta algo a “Lanterna Verde”: a luta da Vontade contra o Medo. O filme explora estes dois poderes, sem lhes dar o protagonismo necessário para levar o filme às costas. Quando pensamos que segue por esse caminho, volta ao óbvio.

Independentemente de um argumento fraco, o filme tem aspectos positivos como os bons efeitos especiais (a caracterização do planeta Oa) com destaque para a batalha final. As personagens conseguem ser interessantes ao ponto de acharmos piada sendo que Ryan Reynolds dá um aceitável Hal Jordan, talvez com um pouco de humor a mais.

Este é apenas mais um filme de Verão que deverá ganhar uns quantos prémios nos MTV Movie Awards. E pronto.

O Melhor: Os efeitos especiais estão à altura tendo em conta a qualidade da banda desenhada.
O Pior: É apenas mais um filme com tipos que fazem coisas espantosas. Esperava-se algo mais.

Ryan Reynolds 


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Imagens da responsabilidade do Kuentro
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