CROWE SALVA BLUEBERRY
E McCLURE
FAZ A SUA PRIMEIRA APARIÇÃO
O 4º ÁLBUM DA COLECÇÃO BLUEBERRY
Texto de Carlos Pessoa
Blueberry voluntaria-se para se encontrar com o chefe apache Cochise e encetar negociações de paz. Mas tem primeiro de encontrar Crowe. Jim McClure, um batedor que conhece a região melhor do que os próprios índios, aceita servir-lhe de guia até ao acampamento do chefe Charriba. À sua chegada, ambos são tomados por perigosos espiões e capturados. Prestes a serem torturados e executados, são salvos pela chegada de Crowe, que assume a sua defesa junto do chefe. Mais tarde, Crowe informa Blueberry que o chefe Cochise e os seus homens se encontram no México, onde o governador lhes fornece armas e munições para continuarem a guerra ... É este, resumidamente, o tema de O Cavaleiro Perdido (texto de Jean-Michel Charlier e desenho de Jean Giraud), quarto álbum da colecção Blueberry, que será distribuído com o Público amanhã, dia 19/12/2019.
Prossegue em bom ritmo a história desenvolvida nos álbuns anteriores da colecção, cujo desenlace parece não ter fim à vista, mas que nem por isso se apresenta menos envolvente. Tudo isso, graças ao talento de Charlier, que injecta na narrativa um ritmo intenso, recheado de peripécias e volte-faces inesperados.
Prossegue em bom ritmo a história desenvolvida nos álbuns anteriores da colecção, cujo desenlace parece não ter fim à vista, mas que nem por isso se apresenta menos envolvente. Tudo isso, graças ao talento de Charlier, que injecta na narrativa um ritmo intenso, recheado de peripécias e volte-faces inesperados.
Outras personagens complexas são de destacar na trama da série. Quanah, o guerreiro índio animado por um ódio profundo aos brancos, e Crowe, o oficial mestiço do Exército americano, estão entre elas. Enquanto o primeiro é incansável no desígnio de destruir à herói, o segundo ganha a simpatia dos leitores ao salvar a vida a Blueberry em mais do que uma ocasião. A quadrilha de rebeldes sulistas, que se recusam a aceitar o resultado da guerra civil, é outra personagem (colectiva, no caso) com peso na história, e da qual voltaremos ater notícias numa fase mais adiantada da série.
Do ponto de vista gráfico, é visível o aprofundamento do estilo de Giraud, cada vez mais apostado na afirmação de uma veia pessoal inteiramente original, com o traço a ganhar elegância e leveza a cada novo álbum. Embora Jijé ainda colabore nesta história com a realização de algumas pranchas, a verdade é que os dois grafismos estão de tal modo sintonizados que é praticamente impossível identificar os respectivos autores. Quando chegamos ao fim deste álbum (tudo em aberto e desenlace final adiado para o quinto álbum), é inquestionável que o leitor está perante um exemplo da grande aventura, do suspense, das sequências narrativas memoráveis e dos acontecimentos apaixonantes. Não é ainda a perfeição, mas já não está muito longe dela.
Carlos Pessoa
O Cavaleiro Perdido
Colecção Blueberry
Quinta-feira, 19 de Dezembro
Por+7,90€
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