Público, 26 Fevereiro 2011
Carlos Pessoa
Da ficção científica à espionagem. do crime à fantasia heróica, da trama orientalista à incursão histórica. da aventura contemporânea à reflexão sobre o sagrado. a nova colecção de banda desenhada do PÚBLICO apresenta uma série de grandes aventuras. assinadas por um leque de autores de primeira grandeza. São 12 álbuns duplos, com uma selecção de histórias na sua esmagadora maioria inéditas.
Dia 2 de Março com o jornal Público:
Duas histórias inéditas de Valérian e Laureline no primeiro álbum de Os Incontornáveis da BD
VIAJANTES DO TEMPO E DO ESPAÇO
Os dois heróis passaram a ser meros comerciantes do espaço, procurando sob esse disfarce um meio de regressar à Terra. Conseguem-no, pondo termo às aventuras da dupla espácio-temporal mais viajada do cosmos
Valérian e Laureline
Pierre Christin e Jean-Claude Mézieres
Nas Imediações do Grande Nada
e O Abretempo
Quarta-feira. 2 de Março
Por+€7,40
"É preciso de tudo para fazer um universo", diz um provérbio shingouz cuja origem se perde na noite dos tempos. Os habitantes da Terra inclinar-se-iam a privilegiar o lado metafórico do dito e poucos suspeitariam de que o seu sentido é mais literal, englobando civilizações e culturas tão díspares como os nómadas alflololianos, a casta dos sírtios, os construtores simlanianos ou os parasitas de Zom.
Estes são alguns dos seres que Valérian e Laureline, os dois agentes espácio-temporais criados por Pierre Christin (argumento) e Jean-Claude Mézieres (desenho) em 1967, encontram no seu caminho. Porque há ainda os que apresentam formas, comportamentos e características totalmente alienígenas: os schamils oferecem o esquecimento aos que os procuram e os bourfluqs têm um faro prodigioso; o raríssimo transmutador grognon de Bluxte reproduz tudo o que assimila; o schniarfador constitui uma colérica criatura que cospe fogo e destruição; e o goumon é um insubstituível e dócil animal doméstico.
Tudo começou com o colapso da Terra no ano de 1986. Depois disso, os heróis viajaram pelo espaço para resolver problemas prementes nem sempre com o sucesso que os seus patrões desejariam... – e desceram à Terra em outras eras, naquilo que é uma deliciosa forma de cultivar o paradoxo. Durante essa estada terrestre, perdem o contacto com Galaxity e essa ruptura - no ano de 3152 do "futuro" evolutivo - transforma-os em órfãos do cosmos.
Em 2004, a série iniciou um novo cicIo com a primeira história deste álbum, Nas Imediações do Grande Nada. Os heróis são agora meros comerciantes do espaço, procurando sob esse disfarce o meio de regressar à Terra. Ao consegui-lo, os autores põem um ponto final nas aventuras da dupla espácio-temporal.
O que fica para sempre é uma das séries de ficção científica europeia mais conseguidas e consistentes de que há memória. No seu todo, a obra é um exemplo demonstrativo da universalidade incontornável de problemas, realidades e aspirações que poderíamos ser julgados a considerar como exclusivamente terrestres.
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Viva!
ResponderEliminarSou mocambicano viciado em BD e ilustracao.
Por ca, quase nao se produz BD por varias razoes, sem razao nenhuma. :)) e por essa razao, todos os artistas ficam com as suas criacoes engavetadas. Gostava IMENSO que me ajudassem a perceber como fazer para participar em festivais internacionais: Em portugal, em Angola e afins, para divulgar o meu trabalho e de outros por ca pois andamos meio perdidos. Um abraco lusofono
Mauro
Caríssimo LAGartista, o BDjornal anda à procura de autores moçambicanos para divulgar aqui em Portugal. Depois disso podem acontecer convites para participar em festivais de cá (ou até de Angola e Brasil). Escreva, por favor, para o email: bdjornal@gmail.com
ResponderEliminarOutro abraço lusófono