GAZETA DA BD (24)
NA GAZETA DAS CALDAS
OS ARGUMENTISTAS NA BANDA DESENHADA PORTUGUESA (3)
ANDRÉ OLIVEIRA
Por Jorge Machado-Dias
Gazeta das Caldas, 2 de Maio de 2014
André Oliveira nasceu em 1982 em S. João do Estoril. É licenciado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, mas a sua carreira tem sido, em grande parte, dedicada à escrita e ao ensino (com um lugar especial para a banda desenhada). Foi Formador na Escola Digital (Grupo Rumos) de disciplinas ligadas ao Argumento e criatividade desde 2012, professor da disciplina de Argumento no Instituto Politécnico de Beja em 2011, Formador em cursos de Argumento para banda desenhada e Oficinas de BD na escola Escreverescrever em Lisboa desde 2008 e orienta workshops de Argumento para banda desenhada e Oficinas de BD em regime freelance, tendo efectuado cursos em vários pontos do país (Lisboa, Fundão, Odemira, Oeiras, Cascais).
Na Faculdade de Belas Artes foi presidente do núcleo académico de BD e ilustração da FBAUL e editor de banda desenhada do Fazedores de Letras, jornal da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras, entre 2006 e 2007. Foi depois Editor de BD da revista Freestyle em 2009, Vice-presidente da Associação Tentáculo, colectivo cultural sem fins lucrativos desde 2010, Co-editor da antologia de BD nacional Zona de 2007 a 2012 (publicação que ao longo dos anos editou e promoveu cerca de uma centena de autores), foi co-fundador dos Prémios Profissionais de Banda Desenhada, é membro do colectivo The Lisbon Studio (do qual fazem parte alguns dos melhores autores/ilustradores portugueses ligados à BD) desde 2012, foi ainda Comissário para a área de banda desenhada da Trienal Movimento Desenho de 2011 a 2012 e organizador do evento “BD ao Forte” integrado na Trienal Movimento Desenho, no Forte do Bom Sucesso em Belém, que contou a participação de dezenas de autores nacionais de BD (2012).
André Oliveira conta, para já, com dois títulos em Banda Desenhada, de que foi o criador dos argumentos: os álbuns de BD “Há Sempre um Eléctrico que espera por mim”, ilustrado por Maria João Careto, editado pela Bedeteca de Beja (2010) e “Hawk”, ilustrado por Osvaldo Medina e Inês Falcão Ferreira, pela Kingpin Books (2014).
Para poder editar projectos mais pessoais, criou em 2013, com a designer Sofia Mota, a chancela editorial Ave Rara (designação herdada de um blog onde publicou diversas entrevistas com autores e editores de BD), com a qual já deu início à publicação de uma série de mini-comis, “Living Will” (#1 em 2013 e #2 em 2014), ilustrada por Joana Afonso e criou também uma revista online “Feathers” (Penas), para editar histórias curtas auto-conclusivas, ou teasers para projetos maiores. No primeiro número da revista (http://issuu.com/averaracomics/docs/feathers_1) editou uma história ilustrada por Pepedelrey, “Last Supper” (Última Ceia), prequela para o álbum "Doomed Place" (Lugar Maldito), uma história de terror passada algures no interior português e que no final terá 80 páginas. Note-se que tanto “Living Will” como “Last Supper” foram publicadas em inglês. Trata-se de uma estratégia para tentar chegar a um público mais alargado que as poucas centenas de leitores potenciais no nosso país.
André Oliveira publicou ainda alguns livros de criação literária (não BD): “Senhora Nossa Mãe”, conto de terror com ilustrações de Ruth Ferreira, pela Papiro Editora (2009); “Chili Habanero Bang Bang”, livro de bolso escrito segundo o jogo surrealista de “cadavre exquis” com o copywriter Rui Simões, pela Associação Tentáculo (2011) e “Hora do Saguim – O Livro”, livro de textos humorísticos que agrega as melhores publicações no blog com o mesmo nome e material original, pela El Pep (2013).
Com argumentos seus, estão a ser desenhados “Tiras do Baralho!”, álbum de BD ilustrado por Pedro Carvalho, a ser editado pela editora El Pep; “Living Will #3” e “Gentleman”, mini-comic de BD ilustrado por Ricardo Reis, pela Ave Rara-
Entre outros projectos de banda desenhada em desenvolvimento: “Dust Bowl” com Pedro Brito; “Vil” com Heguinil Mendes e “Volta – O Segredo do Vale das Sombras” com André Caetano. Ao longo dos anos, teve também bandas desenhadas curtas publicadas em dezenas de publicações (Mundo Universitário, revista Underworld, Zona, Tertúlia BDzine, revista Peste, CAIS, Café Espacial, Rejectzine, Funzip, Celacanto, entre outros).
Digamos também que “Living Will” é realizado a duas cores, o preto e outra cor. Sendo que a outra cor no #1 foi o vermelho e no #2 o azul. O significado das diferentes cores será analisado quando falarmos aqui nesta história com mais pormenor.
IMAGENS QUE NÃO COUBERAM NO ESPAÇO IMPRESSO:
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