sábado, 23 de abril de 2011

BDpress #256: DIÁRIO DE NOTÍCIAS LANÇA COLECÇÃO DE BD + JULGAMENTO DE TINTIN + INCUBADORA CRIATIVA NA MADEIRA + BEDETECA DE BEJA + SALÃO MOURA BD



Diário de Notícias, 23 Abril 2011

A PARTIR DE DIA 29 COM O DN

UM RETRATO AOS QUADRADINHOS 
DA MÚSICA POP NACIONAL

O DN distingue um período histórico da música popular portuguesa em quinze volumes de BD.

O DN vai a partir da próxima sexta-feira (dia 29) homenagear em banda-desenhada alguns dos maiores nomes da música popular portuguesa. Cada lançamento virá acompanhado de um CD com temas do artista da semana e de um ensaio sobre a sua história, de personalidades consagradas do panorama musical.

Os Xutos e Pontapés vão inaugurar esta colecção, com uma banda-desenhada escrita e ilustrada por Alex Gozblau. Juntamente com o livro, virá a edição remasterizada de 'Cerco' (1985), clássico do rock português que contém canções emblemáticas como 'Homem do Leme' ou 'Barcos Gregos'.

Para além da história de 30 páginas de Alex Gozblau, este volume contará com um texto da autoria de António Sérgio, Tozé Brito e Pedro Félix; e 'Adeus Vida Atinada', assinado por Pedro Teixeira.

Convém referir, já agora, que cada um dos quinze volumes desta colecção será escrito e ilustrado por um artista diferente, com um estilo e grafismo distinto para cada um dos músicos escolhidos.

O segundo volume, dedicado aos GNR, sai no dia 6 de Maio e conta com ilustrações de Nuno Saraiva e textos de Pedro Mexia e Pedro Cera.
_________________________________________________________


Jornal “i”, 19 Abril, 2011

POLÉMICA

"TINTIN NO TRIBUNAL" 
A 25ª AVENTURA DE HERGÉ

por Luís Leal Miranda

Um cidadão congolês levou ao tribunal "Tintin no Congo" por conteúdos racistas. Julgamento foi finalmente marcado para 30 de Setembro

Há coisas difíceis de explicar em Tintin, herói de Hergé e protagonista de uma das mais bem sucedidas séries de banda desenhada na Europa. Seja a exiguidade do guarda-roupa - que parece consistir apenas em camisolas azuis e camisas brancas -, ou o facto de este jornalista não ser visto a escrever uma linha que seja num total de 24 histórias. No entanto, não foi a polícia da moda nem a Alta Autoridade para a Comunicação Social a implicar com o jovem repórter. Foram os tribunais do seu país de origem depois de um processo levado a cabo pelo cidadão congolês Bienvenu Mbutu Mondondo. Acusação: racismo.

No livro "Tintin no Congo", publicado pela primeira vez em 1931, Hergé narra as aventuras do repórter na então colónia belga e como por acaso é tomado por feiticeiro. O resto do enredo mete gangsteres, tráfico de diamantes e outras patifarias que Tintin consegue deter, mas o maior crime estava nas entrelinhas.

Na sua verão original, "Tintin no Congo" era um panfleto de propaganda colonialista desenhado a preto e branco e com essa diferença de cores (ou raças) muito bem vincada. A parte em que Tintin dá uma aula aos nativos sobre "a vossa pátria, a Bélgica" foi substituída na versão final, a cores, e grande parte do conteúdo racista aparece aligeirado na edição de 64 páginas que está nas livrarias agora. No entanto, os estereótipos abundam e é esse retrato de um povo ignorante, preguiçoso e sem maneiras que levou a este e outros casos de justiça.

Em 2007, a Comissão Britânica para a Igualdade das Raças pediu que o livro fosse retirado das livrarias do Reino Unido por causa do seu conteúdo racista. Em França, vários grupos de direitos humanos defendem que cada livro deve conter um aviso na capa explicando aos leitores a série de estereótipos que podem vir a encontrar.

O caso movido pelo congolês Mondondo vai começar a ser julgado a 30 de Setembro e não exige o desaparecimento da história - para não usar a palavra censura. Quer, pelo menos, que o livro seja retirado das prateleiras dedicadas à literatura infantil tal como aconteceu na Grã-Bretanha, mas propõe outras duas soluções: um prefácio que explique os conteúdos e contexto histórico da obra ou uma cinta que avise os leitores para os conteúdos.

Hergé nunca se esforçou por esconder as suas opiniões sobre o colonialismo e era um anti-semita confesso que apoiou o regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial. Sobre "Tintin no Congo" defendeu tratar-se de uma obra que devia ser lida à luz do tempo em que foi escrito: "Desenhei os africanos de acordo com o espírito paternalista da época na Bélgica".

Nos seus livros, Hergé retratou também os portugueses através do personagem Oliveira da Figueira. Mais uma vez, o autor belga recorre aos lugares comuns: Figueira é um vendedor astuto de quinquilharia inútil, sempre disposto a ajudar Tintin e a convidá-lo para beber um vinho do Porto.
___________________________________________________

Casa das Mudas, Calheta, Madeira

Mundo Português, 19 Abril 2011

MADEIRA: INCUBADORA CRIATIVA QUER DESCOBRIR JOVENS ARTISTAS

A decorrer até 15 de Agosto, o concurso Incubadora Criativa visa dinamizar e promover o desenvolvimento das artes contemporâneas no Arquipélago da Madeira, ao mesmo tempo que estimula a continuidade dos artistas emergentes junto do panorama cultural madeirense, “tirando-os anonimato e levando-os até ao grande público”.

Aberto a todos os participantes nascidos ou residentes na Região Autónoma da Madeira, com idades até aos 35 anos, contempla as áreas de artes plásticas, banda desenhada, dança, design gráfico, fotografia, literatura, moda, música, teatro e vídeo.

A participação é gratuita e toda a informação sobre ao concurso está disponível no site oficial do evento em www.incubadoracriativa.com. Para além do reconhecimento obtido com a distinção de Artista Vencedor Incubadora Criativa 2011, os vencedores “recebem por área um prémio monetário no valor de mil euros, garantem a sua presença na Mostra Itinerante Incubadora Criativa e farão sempre que possível parte dos eventos Incubadora Showcase”, refere a organização.

O anúncio dos vencedores será feito a 8 de Setembro, e as obras estarão em exposição no Centro das Artes Casa das Mudas a partir de 23 de Setembro. A participação é gratuita.

A.G.P.
___________________________________________________________


Voz da Palnície, 18 Abril 2011

BEJA: BEDETECA 
COM PROGRAMAÇÃO SEMANAL

Na Bedeteca de Beja vai ser, hoje, inaugurada a exposição “Animais na Sombra”. Uma iniciativa que faz parte de um leque variado de actividades que está a decorrer naquele espaço.

A Bedeteca de Beja, que funciona na Casa da Cultura, está a promover um variado leque de actividades, desde o inicio do ano que existe o objectivo de ter uma programação semanal naquele espaço.

Uma programação com especial destaque para a banda desenhada e ilustração mas também com os “olhos postos” em áreas como o cinema, as exposições, as conversas, as oficinas e os clubes.

Paulo Monteiro, responsável da Bedeteca de Beja, afirmou que existe a preocupação de apresentar uma “programação” que possa abranger um leque diversificado de público.
Para esta segunda-feira o destaque vai para a inauguração da exposição “Animais na Sombra”, uma mostra de desenhos de Vilas.

Lá mais para o final do mês, a 28, realiza-se a “Noite de Terror” com a apresentação da revista Zona Negra, por Paulo Monteiro, e a exibição do filme”O Exorcista”, de William Friedkin, apresentado por Hélder Castilho.
______________________________________________________


Rádio Diana FM, 22 Abril 2011

MOURA: SALÃO DE BD HOMENAGEIA AUTORES VICTOR MESQUITA, TITO E CARLOS ROQUE

Os autores de "histórias aos quadradinhos" Victor Mesquita, Carlos Roque e Tito são homenageados no 16.º Salão Internacional de Banda Desenhada - Moura BD, que começa hoje na cidade de Moura, após três anos de interregno.

Até 08 de maio, os “apaixonados” por BD vão poder apreciar desenhos de vários autores da nona arte, através de 13 exposições, seis individuais e sete coletivas, espalhadas pela Praça Sacadura Cabral, Espaço Inovinter e Posto de Turismo de Moura.

Victor Mesquita, conhecido por Vicaro, “um dos mais importantes criadores de banda desenhada de Portugal” e o autor da saga “Eternus 9”, vai receber o prémio “Balanito de Honra” para autor português do Moura BD 2011.

O prémio “Balanito de Honra” para autor estrangeiro vai ser entregue ao espanhol Tiburcio de la Llave, mais conhecido por Tito e “um dos grandes nomes da banda desenhada europeia do momento”.
__________________________________________________________

Imagens da responsabilidade do Kuentro
__________________________________________________________

5 comentários:

  1. Acho que está na altura de meter também o Tintin em tribunal por causa do Oliveira da Figueira... contabandista, intruja, e vende mercadoria que não funciona!
    Xiça!

    ResponderEliminar
  2. Olha que não sei... Aqui à tempos conheci um tipo que esteve no meio de África, Congo, Quénia, etc... e dizia-me mais ou menos isto: Eh pá, é impressionante, um gajo anda por aquelas terras miseráveis, com toda a gente cheia de fome e moscas na cara, mas no meio do nada aprece uma lojeca maltrapilha, que vende de tudo e onde aqueles desgraçados compram tudo por tuta e meia e, surpresa das surpresas, os donos dessas são sempre... portugueses. Hà sempre um português que espera por si, para lhe vender qualquer coisa, mesmo no meio da selva!

    ResponderEliminar
  3. Machado-Dias: dizes tu que "Hergé retratou os portugueses através do Oliveira da Figueira", e comentas: "Mais uma vez o autor belga recorre ao lugar-comum".
    Mas em seguida dizes que há tempos conheceste um tipo que esteve em África, o qual constatou serem sempre portugueses os comerciantes que vendem de tudo em lojecas maltrapilhas.
    Afinal de contas, essa constatação do teu conhecido vem dar verosimilhança à personagem Oliveira da Figueira - um lugar comum, em certa medida, mas que (infelizmente) tem, ainda hoje, alguma correspondência com a realidade, tendo em conta aquilo que acabas de contar.
    Pelo menos aí, parece que Hergé não merece ser criticado/censurado.

    ResponderEliminar
  4. Rectifico: não foste tu que disseste, foi o jornalista Luís Leal Miranda que escreveu no jornal i.

    ResponderEliminar
  5. Ahhh! Tava a ver que não lias a coisa correctamente...

    ResponderEliminar

 
Locations of visitors to this page