ANGOULÊME 2015
OS TRÊS FINALISTAS
PARA O GRANDE PRÉMIO
E A HOMENAGEM AO CHARLIE HEBDO
Os três finalistas para o Grande Prémio Angoulême 2015 (escolhidos a partir da lista inicial de 26 nomes que divulgámos aqui no Kuentro), que será revelado no próximo Festival Internacional da Banda Desenhada de Angoulême, já são conhecidos:
Alan Moore,
Katsuhiro Otomo e
Hermann Huppen.
Sem surpresas, dois dos finalistas do ano passado, ultrapassados na votação final por Bill Waterson, estão de regresso ao voto final este ano. O argumentista britânico Alan Moore, autor maior e prolifico de
Watchmen,
V For Vendetta,
From Hell ou
A Liga dos Cavalheiros Extraordinários, por exemplo, será de novo plebiscitado pelos autores creditados no Festival. Assim como o autor japonês Katsuhiro Otomo, criador incontornável de
Akira e igualmente realizador de filmes de animação (a adaptação de
Akira,
Memórias,
Steamboy...).
Alan Moore
Katsuhiro Otomo
O outro finalista desta
short list, é Hermann Huppen. Nascido em 1938, este autor belga – que esteve em Portugal nos Salões de BD da Sobreda em 1994, 1996 e 2000, no Festival da Amadora de 2001 e no Festival de BD de Beja de 2010 – trabalhou com Greg desde 1966 na série
Bernard Prince e depois em
Comanche. De seguida lançou-se nas suas próprias séries em 1977, com
Jeremiah, que conta com 33 álbuns,
As Torres de Bois-Maury (14 volumes) e diversos
one shots, para as colecções
Signé, da Lombard e
Aire Libre, da Dupuis. Actualmente trabalha com o seu filho Yves Huppen que se tornou argumentista:
O Diabo dos Sete Mares,
Afrika,
The Girl of Ipanema,
Manattan Beach 1957,
Liens de Sang,
Caatinga,
Sarajevo-Tango, etc...
Hermann Huppen
O vencedor do Grand Prix será conhecido durante o Festival deste ano, que decorre de 29 de Janeiro a 1 de Fevereiro.
Depois do atentado contra o
Charlie Hebdo, numerosos autores expressaram o desejo de que o Grand Prix do Festival de Angoulême deste ano fosse atribuído ao jornal. Mas o Festival de preferiu criar um prémio para a
liberdade de expressão, em honra da memória dos desenhadores assassinados. Será um prémio a atribuir em todos os Festivais de Angoulême a partir deste ano, para que possa ter ressonância no futuro e não apenas agora. O Festival está em negociações com o
Charlie Hebdo para que seja autorizado a usar o nome do jornal como designativo do Prémio.
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