Mais um regresso, aqui no Kuentro: o Às
Quintas Falamos do CNBDI no Kuentro. E que melhor regresso poderia ser, senão
evocando a Exposição Comemorativa dos 70 anos de Actividade de José Ruy,
integrada na programação do AmadoraBD 2014 e que esteve patente no CNBDI?
JOSÉ RUY – A ARTE E O OFÍCIO DA BD
EXPOSIÇÃO COMEMORATIVA DOS 70 ANOS
DE
ACTIVIDADE DE JOSÉ RUY
José Ruy (1930), é um dos autores portugueses
com mais abra publicada na área da banda desenhada e da ilustração. Começou em
O Papagaio, em 1944 e, desde então, poucos foram os jornais, revistas e
fanzines em que não colaborou. Tem mais de meia centena de álbuns publicados,
alguns em outras línguas. Os livros que ilustrou contam-se na ordem das largas dezenas e foram mais de duas mil as
capas que produziu no período em que dirigiu a sala de desenho das Publicações
Europa-América.
Com um percurso de vida bastante singular,
José Ruy não é apenos um autor, desenhador e argumentista de banda desenhada. A
sua formação no curso de desenhador litógrafo na então Escola de Artes
Decorativas António Arroio, dar-lhe-ia ferramentas e competências na área das
artes gráficos, que lhe proporcionariam um conhecimento suplementar no
processo de reprodução mecânica da sua arte. Um saber fazer que se revelaria
fundamental nas diversas etapas do seu trabalho e, mais recentemente, no
tratamento digital das suas pranchas e ilustrações.
A exposição A Arte e o Ofício da BD, comemorotiva
dos 70 anos de atividade profissional de José Ruy, é uma abordogem
breve e sucinta da sua grande obra, uma obra artística é certo, mas onde a
banda desenhada é também sentida e entendida como um ofício na dupla aceção do
palavra, o de mester, exercido com mestria, mas também a de sacerdócio, a BD
militantemente trabalhada, promovida e divulgada.
A obra de José Ruy resulta assim da
combinação e do cruzamento de saberes vários apresentados nesta mostra em quatro
dimensões essenciais, a saber: enquanto autor, nas vertentes de desenhador e
argumentista, como gráfico, profundo conhecedor de todos os processos desde o
litográfico ao digital, também como editor onde se salienta o experiência de O
Mosquito e, certamente, não em último lugar, o incansável divulgador,
animador de tertúlias, debates, sessões em escolas, centros culturais, museus e
bibliotecas, em todo o país e também no estrangeiro.
Reportagem fotográfica realizada por Dâmaso Afonso no CNBDI, em
25/10/2014:
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