PRÉMIOS PROFISSIONAIS DE BD 2013
OK! HOUVE UM ERRO NO KUENTRO!!!
Em primeiro lugar, devo deixar aqui explícito que não tenho, nem nunca tive, nada contra o Mário de Freitas, nem pessoal nem profissionalmente, nem contra estes Prémios – antes pelo contrário.
E depois, bom... OK! Enganei-me – li mal a composição do júri – e precipitei-me um pouco nas apreciações. Aqui ficam as minhas desculpas ao Mário (embora o que escrevi não fosse contra ele), à organização dos ditos Prémios e, já agora, aos leitores deste blogue.
Portanto, de facto, não está nenhum editor na composição do júri.
Mas isto não implica que o que escrevi esteja totalmente errado!!!
Estão 10 autores no júri! E não devia haver nenhum autor num júri deste género – nem argumentistas, nem desenhadores.
Aqui fica, de novo a composição do dito júri:
André Lima Araújo (autor de BD)
Artur Correia (autor de BD)
Carlos Pedro (autor de BD)
Carlos Pessoa (jornalista)
David Soares (escritor e argumentista de BD)
Eurico de Barros (jornalista)
Fernando Dordio (argumentista de BD)
Filipe Homem Fonseca
João Miguel Lameiras (crítico e livreiro)
João Miguel Tavares (jornalista)
João Paiva Boleo (investigdor)
João Paulo Cotrim (investigador e argumentista)
João Ramalho Santos (crítico)
Jorge Coelho (autor de BD)
Júlio Moreira (responsável de galeria)
Manuel Espírito Santo (divulgador)
Nuno Neves (divulgador)
Nuno Saraiva (ilustrador e autor de BD)
Osvaldo Medina (ilustrador e artista de BD)
Paulo Monteiro (argumentista e director do festival de Beja)
Pedro Brito (ilustrador e autor de BD)
Pedro Cleto (jornalista e crítico)
Pedro Veiga Grilo (divulgador)
Santos Costa (autor de BD)
Sara Figueiredo Costa (crítico)
Um júri destes, para ser completamente imparcial e não levantar qualquer tipo de dúvidas, deveria ser composto única e exclusivamente por jornalistas, críticos, divulgadores, livreiros, investigadores...
À mulher de César, não basta simplesmente ser virtuosa. Deve também parecer que o é!
Para responder a alguns comentários deixados no post de ontem e no Facebook (que podem ler AQUI):
De facto não li os Regulamentos dos Prémios, pelo simples facto de que não me foram enviados, nem os encontrei em lado algum! Já agora a organização deveria ter enviado os regulamentos a todos os jornalistas e divulgadores e, pelo menos ao BDjornal/Kuentro, não chegou nada.
Também não entendo por que é que dois dos organizadores ficaram com “os cabelos tão em pé” com as escassas três ou quatro linhas que escrevi aqui ontem sobre os prémios, levantando uma questão que considerei premente. Enganei-me quanto à questão dos editores na composição do júri (do que me retracto acima), mas não quanto ao resto.
Deviam ter respondido de forma civilizada (e não boçal, como o fizeram), esclarecendo toda a gente sobre o que era preciso esclarecer. O modo como responderam fez-lhes perder um bocado o pé.
Depois, deixem-me esclarecer e para que fique escrito: não tenho qualquer interesse em fazer parte de organizações ou júris de premiações de BD (ou seja do que for), isto porque já dei para esse peditório, quando me lancei a corrigir os regulamentos dos Troféus Central Comics e fiquei vacinado contra tudo isso. Arrependi-me um bocado de o ter feito, porque a trabalheira que tive foi imensa e a coisa foi na prática e olimpicamente meio ignorada pela organização dos mesmos – aproveitando algumas coisas e descartando a maioria. Embora tenha ficado muito bem informado sobre os aspectos legais das coisas que envolvem, por vezes, estas premiações. E também, já agora, cheguei à conclusão de que, como editor, não devia meter-me nessas coisas. Quem quiser que o faça, mas com total transparência!
Considero que as premiações dão um certo destaque, especialmente aos vencedores, se a coisa for bem divulgada, mas é um destaque muito efémero e quase irrelevante no geral. Mas, atenção, não sou contra.
Para terminar, este blogue, que foi apodado por organizadores destes prémios (ver Facebook no link acima) de se limitar “apenas a fazer copy & past dos textos de alguns jornalistas, e não tem voz própria nem opinião...”, que só se mete em “palhaçadas” e tem “dor de corno”, que pertence aos “velhos do restelo e ... bafientos deste país”, etc, etc... fica-se mesmo por aqui... até ver.
E, last but not least, agradecemos as dezenas de emails (dos que não se quiseram expor nos comentários), de concordâncias, mas também de esclarecimentos.
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Machado-Dias
ResponderEliminarVolto aqui para novamente esclarecer o meu ponto de vista sobre a inclusão, no júri, de autores de Bd, ainda por cima autores que, como eu, tinham obras a prémio. Ora, acho que deixei claro que o regulamento não prevê a votação desses jurados nas suas obras, mesmo que indirectamente ligados a elas.
Quanto a serem excluídos os autores deste género de iniciativa, para mim tudo bem. Quem organiza, dispõe, predispôe e regulamenta. Só sei que não fui beneficiado - antes, pelo contrário, poderia até ser prejudicado, uma vez que foi menos um voto na minha obra (o meu).
Respeito as tuas opiniões (espero que não te importes que te trate com esta familiaridade), sabes disso pela forma como eu escrevo e debato. No entanto, sei que há momentos em que não estamos em concordância, porque cada um de nós pensa com a sua cabeça e a sua consciência.
É lógico que vês a BD e estás dentro da BD com outra perspectiva que o talhante da tua rua não tem, mesmo que seja leitor; provavelmente, tu ou eu, em relação a ele, se fossemos a atender uma cliente que nos pedisse o acém, cortaríamos a alcatra. Logo, a tua apreciação deve ser tida em conta, mas não é sagrada, o que quer dizer que é sufragada por aqueles que estão dentro da matéria, sejam jornalistas, divulgadores, críticos ou autores.
Fui até ao Facebook através do link aqui disponibilizado. Não tenho conta naquela "coisa" e, por isso, limitei-me a ler o que lá encontrei. Ressaltou-me, de importante, este teu comentário:
"Se a Dargaud instituisse, organizasse e fizesse parte do júri de um Prémio de BD e um dos seus livros o vencesse, era motivo da risota geral no mundo bedéfilo francófono. Só em Portugal é que não se percebe do que se está a falar. Metam isto nas cabeças ocas: nenhum editor ou autor de BD pode pertencer à organização ou júri de qualquer premiação de BD!!! Porque é parte interessada - sempre, mesmo que se diga não interessado. Vejam se entendem, OK?"
Para te dar um exemplo - e um exemplo grande - falo-te dos Prémios LeYa, aqueles que na escrita dão ao premiado uma taluda de 100 mil pacotes. São organizados pelo grupo editorial e os seus autores concorrem. Este ano, por exemplo, ganhou um autor da "casa".
Irá contrapôr (por isso antecipo): mas esses prémios não se sabe quem concorre e são obras originais, cujas são apreciadas com "vendas nos olhos". Certo. Mas saberás que o júri inicial é composto por editores do grupo, que lêem e escolhem as obras que vão ser submetidas - em número máximo de 10 - ao júri que se encontra divulgado. A LeYa faz parte do júri, através dos seus editores; os editores dos PPBD, não.
Pela tua ordem de ideias, um cozinheiro não seria júri num concurso de cozinha estando a concurso o restaurante onde trabalha (um ou outro ficariam de fora); nenhum juiz poderia julgar outro juiz em qualquer tribunal, etc.
Pronto. É esta a minha opinião. Como não faço de conta de entrar noutro júri sobre esta mesma matéria, estou-me nas tintas; melhor, estou com as tintas que merecem os trabalhos que tenho em mãos e por aí me vou.
machado, nunca discutas com estupidos, eles ganham te por experiencia.
ResponderEliminarMachado, todos os anónimos são estúpidos e cobardes. Este não foge à regra.
ResponderEliminarMachado Dias,
ResponderEliminarDe facto não há paciência para estas intrigas e maldizências que caracterizam o Portugal(inho)e que minam (também e não só)o mundo da BD.
Quando nada é feito, ninguém faz, mas todos se queixam. Quando algo é feito, está tudo mal feito e todos se queixam.
A tua reacção, tal como a de muitos outros, era algo de que já estava(mos) à espera. Quanto à composição do juri: somos 5 organixadores e os jurados escolhidos foram 25 - cada organizador escolheu 5 nomes... entre jornalistas, autores, críticos, investigadores... para que o juri fosse o mais isento possível.
...E se tivesses estado (tivessem estado) na Torre do Tombo, na sessão de entrega dos prémios, sabias que a dada altura, como o Geraldes Lino era a pessoa que na sala mais sabia de BD (e não fazia parte do juri)convidá-mo-lo a vaticinar os prémios de cada categoria: só não acertou no melhor álbum que, segundo ele, iria para o álbum do Relvas.
Para mim o assunto encerra aqui: se puder continuo a fazer parte da organização e sinto-me bastante orgulhosa por termos conseguido para a BD Nacional o que mais nenhum prémio ou organização conseguiu: a presença e divulgação da BD portuguesa em todas as feiras Internacionais, através da parceria que estabelecemos com a DGLAB (há quem duvide da sua isenção?)
Fiquem bem.
Maria José Pereira
Bem-hajam, Santos Costa e Maria José.
ResponderEliminarCaríssimo Santos Costa, não respondi a este teu comentário no Kuentro porque, nessa altura já estava farto da cretina discussão no facebook sobre o assunto. Não houve qualquer "desdém" da minha parte em não ter respondio – costumo responder sempre aos comentários, quando acho que devo. As minhas desculpas. No entanto respondi ontem no blogue do Geraldes Lino às mesmas questões que aqui colocas:
ResponderEliminarO problema que eu exprimi, não tem a ver com o que se passa nos prémios da Leya, que servem para descobrir obras para o grupo editar e que ninguém ainda editou – será natural que os jurados sejam os editores – mas não creio que se encontrem autores no juri.
Quanto aos cozinheiros, normalmente nos concursos de culinária (e conheço alguns, já agora), o júri é composto por críticos de gastronomia, professores de culinária, etc...
Quanto a um concurso que quer premiar obras publicadas de BD, parece-me mal que estejam no júri "partes eventualmente interessadas", mesmo que nos regulamentos estejam impedidos de votar nas suas obras. Fica sempre para o exterior, um sibilino ponto de interrogação. Portanto, para evitar esta situação é melhor prevenir e colocar no júri apenas os jornalistas, os críticos, os investigadores e até os leitores – aliás como nos prémios do festival de Angoulême, que são um bom exemplo e poderiam servir de bitola. Mas também parece que há por aí alguém que não gosta que se fale de Angoulême...
De resto devo deixar bem explícito, mais uma vez, que apoio estes Prémios desde a primeira hora. Os meus reparos servem para tentar que eles sejam melhores e mais transparentes.
Já agora, Maria José, não há aqui qualquer intriga ou meledicência – não sei onde foste buscar esta visão das coisas – se calhar não leste bem as três ou quatro linhas que escrevi e que despoletaram toda esta confusão. Não quero sempre a repetir o que já disse centenas de vezes, sobre a incapacidade dos portugueses distinguirem entre critica e mal-dizer... às vezes já não há pachorra para as tresleituras daquilo que se escreve.