terça-feira, 26 de setembro de 2017

RICARDO CABRAL EM "LISBOA 2017"

LISBOA
de Ricardo Cabral
em Lisboa, Capital Ibero-Americana de Cultura 2017

Programa Jul/Set da Câmara Municipal de Lisboa





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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Gazeta da BD #82, na Gazeta das Caldas, 22Set2017 – FILIPE SEEMS, DE NUNO ARTUR SILVA E ANTÓNIO JORGE GONÇALVES


Gazeta da BD #82, na Gazeta das Caldas, 22Set2017 

HERÓIS DA BD PORTUGUESA – 11


FILIPE SEEMS
DE NUNO ARTUR SILVA 
E ANTÓNIO JORGE GONÇALVES

Incluo as histórias do investigador Filipe Seems, com argumentos de Nuno Artur Silva e desenhos de António Jorge Gonçalves, nesta série de “heróis da BD portuguesa”, numa escolha em que pretendo também mostrar a evolução da própria BD portuguesa, não só em termos formais, como de novas experiências gráficas narrativas.

Estas obras em que a figuração narrativa de António Jorge Gonçalves se distancia de tudo o que foi anteriormente publicado (penso eu) de uma forma avassaladora, tanto em termos de narrativa como de figuração, são verdadeiras obras primas. Se o primeiro álbum Ana, segue mais ou menos os cânones da BD franco belga clássica, no segundo, A História do Tesouro Perdido, as coisas começam a certa altura a sair dos cânones tradicionais, atingindo no terceiro álbum, A Tribo dos Sonhos Cruzados, um paradigma mais consentâneo com a novela gráfica, desconstruindo o cânone inicial. Daí que a considere (e não só eu) como uma trilogia histórica na BD portuguesa.

No álbum Ana, inicialmente publicado no antigo semanário Se7e, o investigador Filipe Seems e o seu gato Schröe recebem a visita de uma mulher, de nome Ana Lógica, que pretende encontrar uma irmã gémea, que ela não conhece nem sabe onde reside, mas que existe. Para já, António Jorge Gonçalves apoia-se numa concepção retrofuturista da cidade de Lisboa, juntando-lhe elementos improváveis, como as gôndolas venezianas a cruzarem um Terreiro do Paço inundado, elementos voadores “não identificados” nos céus, ou outros elementos completamente fora de época, incorporados na paisagística. Mostra mesmo a Costa de Caparica no modelo futurista idealizado pelo arquitecto Cassiano Branco em 1930. Tudo isto serve, penso eu, para descontextualizar temporalmente a história, num efeito que não deixa de ser espectacular.

Com a ajuda do seu amigo Eugénio, que está sempre a ralhar com os filhos (penso que adoptivos), no meio da conversa e utiliza por tudo e por nada a expressão “é curiosíssimo...” descobrem que, exactamente na mesma data de nascimento de Ana Lógica, nasceu outra mulher no Rio de Janeiro, com o nome de Ana Bela. Começam a colocar a hipótese de clínicas de clonagem genética, de uma empresa japonesa de estudos genéticos. Mais tarde encontram outra gémea, Ana Hera, nascida em Macau, exactamente na mesma data das outras duas... Claro que o final da história é para quem a quiser ler. Tudo isto é dividido em cinco capítulos que têm como “separadores capitulares” as magníficas aguarelas do autor.

Já em A História do Tesouro Perdido, não existem separadores de capítulos, mas de cenas. E para estes são usadas fotografias de cèu, ora solar, ora tempestuoso, nocturno, etc... Claro que estes separadores vão adquirindo uma contextualização: os apontamentos do desenhador (ou do autor do texto?) para realizar as cenas. Mas Filipe Seems aparece-nos no início a percorrer a zona antiga de Lisboa, com um texto na mão, à procura de qualquer coisa. Depois vai dar um mergulho numa praia e aparece-lhe uma garrafa a boiar com um enigma para resolver: “Encontramo-nos no Desejo...”

Mais tarde, com a colaboração do Eugénio “curiosíssimo”, encontram um modelo de caravela dentro de uma garrafa – ao que parece a “Flor do Mar” (não a “Frol de la mar”, que era um galeão e naufragou no Estreito de Malaca), naufragada perto da ilha do Pessegueiro – e após alguns mergulhos, encontram peças do eventual tesouro e chegam à conclusão de que não existe tesouro nenhum, até que Seems encontra uma referência de que o tesouro estará num deserto (ou não?)... só lendo o livro.

“(...) Neste álbum mistura-se Casablanca e A Ilha do Tesouro de Stevenson, Corto Maltese e os Descobrimentos Portugueses, Al Berto (poeta, pintor, editor e animador cultural português) aparece, himself, como director de um museu, depois há um misterioso casal de atlantes. Mas os andróides/atlantes/replicants vêm do primeiro álbum. Numa citação explícita de “Blade Runner”, Harrison Ford fica mesmo cara a cara com Filipe Seems. E fiquemos por aqui quanto a esta história (...)”*

Quanto a A Tribo dos Sonhos Cruzados, os problemas de interpretação são mais complicados. Publicado 10 anos depois de Tesouro, A Tribo... é outra coisa. Atrevo-me a dizer que não há descrição fiável para este álbum, uma vez que se trata de uma história de introspecção. Do herói? Dos autores? Talvez de todos.

“(...) em vez de um tom luminoso e solar, há fantasmas por resolver. Tudo se passa no undergroung, nos subterrâneos dele próprio – Seems – e de Lisboa.

Filipe Seems deve, então, seguir a sua songline. Sair dos escombros. (Todo o cenário do último álbum, aliás, é pré e pós apocalíptico). Uma rede terrorista faz atentados. A sociedade sucumbe a uma overdose de imagens e sons.

António Jorge Gonçalves: “N’A Tribo, somos já outros a revisitar um lugar onde muito tinha acontecido”. Graficamente, é outro objecto. “Achei que era eu que estava a marcar demasiado a diferença, por incapacidade de voltar a uma linguagem de "juventude"; mas a certa altura percebi que o Nuno também não era o mesmo, e que já tínhamos mudado de século, e que já tinha acontecido o 11 de Setembro, e que... (...)”**

Assinalados com * e **: Pequenos excertos do texto de Anabela Mota Ribeiro – publicado no jornal Público em 2009, sobre estes livros.


Páginas nº 39 de Ana e pág. 36 (não numeradas neste álbum) de A Tribo dos Sonhos Cruzados

Páginas do semanário Se7e com o início das histórias de Filipe Seems, conseguidos na Biblioteca Nacional por Leonardo de Sá, para este artigo.


 

Páginas de A História do Tesouro Perdido

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sábado, 23 de setembro de 2017



COMUNICADO 
DO CLUBE TEX PORTUGAL 
SOBRE A REEDIÇÃO DA REVISTA #1 DO CLUBE 

Prezado(a) Sócio(a) do Clube Tex Portugal,

Devido a dezenas de pedidos de sócios do Clube Tex Portugal, em particular dos inúmeros novos associados dos últimos dois anos que quando se associaram ao Clube Português dedicado ao Ranger criado por G. L. Bonelli e Aurelio Galleppini em 1948, já não tinham à sua disposição a mítica Revista Número 1 do Clube, lançada em Novembro de 2014 e que se esgotou completamente ao fim de pouco tempo, a Direcção do Clube Tex Portugal decidiu fazer agora uma 2ª Edição da Revista #1 de modo a satisfazer todos os pedidos permitindo assim que todo e qualquer sócio possa ter na sua colecção a edição que deu início a um projecto único e hoje em dia muito valorizado.

A 2ª Edição da Revista nº 1, tem lançamento marcado para Outubro deste ano, ou seja, já no próximo mês e somente poderá ser adquirida por sócios do Clube, podendo cada sócio adquirir quantos exemplares desejar, ao preço de 10 euros por cópia. Atendendo ao facto desta ser uma Edição Especial e também ao facto de ter uma tiragem menor do que aquando das revistas da 1ª Edição, fazendo com que o valor a pagar à gráfica seja mais elevado, o Clube Tex Portugal NÃO ARCA COM AS DESPESAS DE ENVIO desta 2ª Edição da Revista Número 1, estando todavia disponível para entregar a(s) Revista(s) em mãos quando houver essa possibilidade de modo a evitar o pagamento dos portes.

Assim sendo, para além do valor da(s) Revista(s) cada sócio terá que arcar com as despesas postais, acrescentando ao valor da revista os valores que seguem e que são para Portugal, Europa (Espanha, Itália, Holanda, etc.) e Resto do Mundo (Brasil, Angola, Moçambique, Índia, etc.):

Portugal: 1 ou 2 revistas 1,75€
Europa: 1 revista 2,80€ – 2 revistas. 4.30€
Resto do Mundo: 1 revista 4.80€ – 2 revistas 7.50€

De modo a salvaguardar o valor das revistas originais da 1ª edição, esta 2ª edição da Revista número 1 terá a menção na capa de que se trata de uma 2ª Edição, assim como trará igualmente na capa o mês de Outubro de 2017 e não Novembro de 2014, conforme se pode já constatar na capa (ainda provisória) que mostramos na abertura deste texto. Serão as duas únicas alterações, mantendo-se religiosamente igual toda a restante revista de 32 páginas.

PARA SABER MAIS OU SE QUISER RESERVAR ALGUM EXEMPLAR (NÃO DEMORE MUITO) ACESSE O BLOGUE DO TEX EM http://texwillerblog.com/wordpress/?p=74108 E FAÇA A SUA RESERVA O QUANTO ANTES (A MIM - José Carlos Francisco - OU NO BLOGUE, NA FORMA DE COMENTÁRIO) E JÁ AGORA, SE QUISER, DEIXE A SUA OPINIÃO...



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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

BDpress #481 – CAMINHAR – João Ramalho Santos – no JL Jornal de Letras, Artes e Ideias

BDpress #481

CAMINHAR

João Ramalho Santos

 JL Jornal de Letras, Artes e Ideias, 13 Setembro 2017

O interesse mais generalizado pela banda desenhada japonesa ("mangá") no ocidente relacionou-se, numa primeira instância, com material que servia de base a desenhos animados. De tal modo que muitos olhavam inicialmente para o "mangá" (com as suas particularidades narrativas e gráficas, ritmos alucinantes e desenho esquemático tipificado, sobretudo nas figuras humanas) como algo menor. Porque não há nada mais atreito a estigmatizar do que estigmatizados. Não foi só um autor a mudar essa percepção, mas não há dúvida que a carreira de Jiro Taniguchi (1947-2017), talvez o mais "ocidental" dos "mangaka", contribuiu para isso, como atenta, entre muitos outros reconhecimentos, ter sido nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras em França em 2011.

Em Portugal, e para além de outros livros, basta sinalizar que o recente lançamento de O homem que passeia pela Devir é já a segunda versão desta obra, desta feita editada no sentido de leitura original (do "fim" para o "princípio" do livro, e da direita para a esquerda na página), embora a diferença a esse nível seja mínima; se é que existe, a não ser que se leia em japonês (por algum motivo se fala em "tradução"). Seja como for, esta é uma obra importante que quem não conhece deve conhecer, e os "poemas gráficos" de Taniguchi são mesmo muito recomendáveis para leitores atentos que dizem não.gostar de BD.

Em O homem que passeia há dois tipos de relatos curtos (nunca são bem "histórias"), a maioria poder-se-ia designar como "domésticos", os últimos três centrados em mulheres (agora) ausentes. Em qualquer caso com um protagonista anónimo que (re)descobre recantos familiares ou subúrbios desconhecidos caminhando, encontrando paisagens, locais e gente anónima, fazendo recados concretos, ou vagueando ao acaso. Nestas histórias contemplativas de espírito quase "zen" onde se parece passar muito pouco (e com muito poucas palavras) há dois elementos que chamam a atenção.

Primeiro, o detalhe no desenho primoroso a preto e branco (na antítese dos clichés sobre "mangá"), criando um universo que o argumento, a uma primeira vista, não parece pedir, mas que por isso mesmo se torna tão vivo e profundo.

Segundo, o facto de um leitor não conseguir deixar de projetar naqueles momentos algo de si mesmo, quanto mais não seja para preencher a história: do protagonista que caminha; tentar entender (ou inventar) o que, literal e figurativamente, o move. Se há momentos em que há vontade de entrar sem hesitações no universo, e nos rendermos à serenidade meditativa que emana das páginas, outras há em que a vontade é ficar de fora, imaginar os segredos ou frustrações que o protagonista também deve carregar consigo, e que sublinha caminhando.

Esta última leitura surge mais nas últimas histórias, porquanto mais concretas ao nível de um argumento convencional. Se bem que só a última, o. relato do sabor a perda que ficou de uma relação adúltera, entretanto terminada, se aproxima de uma forma mais convencional; contando também com um desenho mais contrastante e menos detalhado, de certo modo a vincar a diferença também do ponto de vista gráfico. Nas restantes voltamos a passear por quotidianos presentes ou perdidos, reais ou (ligeiramente) imaginados, tendo como ponto comum uma presença feminina que serve como pretexto para divagações mentais e temáticas, como um espelho dos percursos aleatórios de protagonistas que parecem buscar experiências novas ou memórias adulteradas, perdidas há muito tempo atrás.

As historias de Jiro Taniguchi não são propriamente "simples". Quer dizer, são se o leitor assim quiser, e dependendo do que nelas quiser projetar. Sobretudo, convidam a andar, relembram que o caminho pode ser bastante mais interessante que o destino.

Espera-se que este caminho editorial da Devir, a prometer novas obras de referência em termos de BD japonesa, seja igualmente bem-sucedido. JL

O Homem que Passeia, inaugura a Tsuru, nova colecção da Devir


Jiro Taniguchi (1947-2017)

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sábado, 9 de setembro de 2017

Gazeta da BD #81 – 8 Set. 2017 – A MINHA CASA NÃO TEM DENTRO – de António Jorge Gonçalves – MEMÓRIAS DA “QUASE MORTE” DO AUTOR

Gazeta da BD #81 – 8 Set. 2017
Jorge Machado-Dias
(já agora, penso que a Gazeta das Caldas está a ficar muito mal impressa...)


A MINHA CASA NÃO TEM DENTRO
de António Jorge Gonçalves

Memórias da “quase morte” do Autor


Tenho pena de nunca ter trabalhado com António Jorge Gonçalves, que é um autor/ilustardor que admiro bastante. Aliás conhecemo-nos muito pouco, uma vez que as vicissitudes da vida, raramente nos premitiram encontros pessoais, senão mesmo os muito esporádicos, em festivais de BD da Amadora e pouco mais. Daí que tenha recebido, com alguma estupefacção, o livro A Minha Casa Não tem Dentro, editado pela Abysmo, de João Paulo Cotrim, com um autógrafo do próprio autor e que me sensibilizou e agradou muito. Mas só quando o comecei a ler, percebi que este era o resultado imagético de uma complicada intervenção cirurgica de AJG, de que felizmente recuperou.

Como o próprio autor refere na pequena introdução ao livro: “No dia 22 de Fevereiro de 2016 – por causa de uma veia que rebentou no meu estômago – morri e regressei à vida, num acontecimento que atravessou espaço e tempo separando e unindo em simultâneo. Descrevê-lo com desenhos fez parte dessa viagem.”

Claro que o trabalho de AJG é sempre visto com “alguma desconfiança” pelos puristas da BD. Isto porque, como justamente refere João Ramalho Santos, em artigo publicado no Jornal de Letras sobre este livro, “classificar o trabalho de António Jorge Gonçalves como ‘inclassificável’ é uma opção possível, mas fácil”.

Ora neste livro, a classificação que pode surgir de imediato nas cabeças dos tais puristas (ou mesmo nos mais comuns leitores de BD), é de facto o “inclassificável”. Logo porque AJG recorre a um tipo de discurso gráfico puro, em que as palavras se encontram em páginas separadas das ilustrações. E, mais “grave” ainda, aquelas palavras parecem não ter nada a ver com as ilustrações. “Isto alguma vez é banda desenhada?” Perguntaram-me já duas ou três pessoas a quem emprestei o livro e que estão habituadas a ler os “balões”, arrumados em cada vinheta, por cima das respectivas ilustrações.


As últimas seis páginas de A Minha Casa Não Tem Dentro:


Para nos situarmos na questão da “leitura” deste livro, posso dizer que, como seria normal, vi as imagens e li as legendas, sequencialmente do princípio ao fim, depois vi todas as imagens e de seguida li todas as legendas e por fim, inverti a ordem: li todas as legendas e de seguida “li” todas as imagens demoradamente. Nestas leituras o livro fez todo o sentido. É só uma questão de leitura e o livro ganha um fascínio, que uma leitura apressada não contribui para o seu entendimento. Quase posso afirmar que este, é um livro “que se mastiga” e depois, quando se “digere”, é o fascínio absoluto, pela dôr, dúvida e finalmente o regresso à vida, que a última página regista magistralmente. Isto tudo na minha opinião, claro.

Mas é preciso fazer aqui um pequeno périplo pela carreira do autor, para se perceber quem é ele e o que fez até agora. Nasceu em 1964 em Lisboa, é autor de banda desenhada, cartoonista, performer visual, ilustrador, cenógrafo e professor. Em 1978, António Jorge Gonçalves editava o fanzine Graphic, em 1981 criou para o semanário Se7e, a rúbrica Disco na Pranhceta, onde ao que parece ilustrava músicas de discos. Depois colaborou no Correio da Manhã, na Capital, etc... As suas primeiras influências foram, segundo confessa, de Moebius, Loustal e principalmente Didièr Comes. Em 1985 publicou Balas Perdidas... no suplemento Tablóide, do antigo Diário Popular, na rúbrica Divulgação BD, de Geraldes Lino.


Em 1993 estreou-se em álbum, editado pela Asa, com Filipe Seems – Ana, com argumento de Nuno Artur Silva. Desta série sobre o investigador Filipe Seems, seriam publicados mais dois álbuns que serão tema de próxima Gazeta da BD, na série Heróis da BD Portuguesa #11.

É certo que essas obras iniciais como As aventuras de Filipe Seems tinham uma matriz de BD franco-belga filiada na retoma contemporânea da "linha clara", que se foi desvanecendo (em termos de história e estilo) especialmente no último volume da trilogia e depois nas colaborações com Rui Zink (A arte suprema, Rei), e em trabalhos a solo, como O Sr. Abílio, etc...

Contudo, quanto a mim, o melhor exemplo do trabalho de AJG é, sem sombra de dúvidas, Subway Life (Vida Subterrânea), onde ele retrata 43 pessoas sentadas em carruagens do metropolitano, em 10 cidades de cinco continentes. Esta obra teve exposições, espalhadas um pouco por todo o país e foi editada em álbum pela Assírio e Alvim em 2010.


Claro que tudo isto é muito pouco para descrever a já extensa carreira do autor.
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OBRAS PUBLICADAS DE ANTÓNIO JORGE GONÇALVES 

BANDA DESENHADA

EUROVISIONI-VIAGGIO A FUMETTI TRA LE CITTA D’EUROPA (colectivo). Mondatori. 1989
FILIPE SEEMS - ANA (argumento de Nuno Artur Silva) Ed. Asa. 1993.
LISBOA ÀS CORES. Câmara Municipal de Lisboa - Pelouro da Cultura. 1993.
À PROCURA DO FIM (argumento de Nuno Artur Silva). Encomenda de Lisboa Capital da Cultura 94. 1994.
FILIPE SEEMS - A HISTÓRIA DO TESOURO PERDIDO (argumento de Nuno Artur Silva) Ed. Asa. 1994.
PLANO ESTRATÉGICO DE LISBOA (argumento de Nuno Artur Silva). Publicado pela CM de Lisboa - Departamento do Plano Estratégico. 1995.
A ARTE SUPREMA (argumento de Rui Zink) Ed. Asa. 1997.
O SENHOR ABÍLIO. Ed. Asa. 1999.
FILIPE SEEMS - A TRIBO DOS SONHOS CRUZADOS (argumento de Nuno Artur Silva) Ed. Asa. 2003.
REI (argumento de Rui Zink) Ed. Asa. 2007.
VIH, O BICHO DA SIDA (com Rui Zink) Almedina/Abraço. 2008
SUBWAY LIFE. Assírio & Alvim. 2010
O GRUPO DO LEÃO (com Rui Zink). Museu do Chiado de Arte Contemporânea. 2010.
HERÓIS DO MAR (livro+cd). EMI/Diário de Notícias|Jornal de Notícias. 2011.
BARRIGA DA BALEIA, Pato Lógico, 2013
UMA ESCURIDÃO BONITA (com Ondjaki), Caminho 2014.
EU QUERO A MINHA CABEÇA, Pato Lógico, 2015.
A MINHA CASA NÃO TEM DENTRO, Abysmo, 2017
O CONVIDADOR DE PIRILAMPOS, Ondjaki e António Jorge Gonçalves, Leya-Caminho, 2017.

CARTOON

CARTOONS DO ANO 2007 (com António, Cid, e Maia) Assírio & Alvim. 2008.
CARTOONS DO ANO 2008 (com António, Cid, Cristina e Maia) Assírio & Alvim. 2009.
NOM DE DIEUX! (colectivo) Pal a Pan. 2010
CARTOONS DO ANO 2009 (com António, Carrilho, Cid, Cristina e Maia) Assírio & Alvim. 2010.
CARTOONS DO ANO 2010 (com António, Carrilho, Cid, Cristina e Maia) Assírio & Alvim. 2011.
CARTOONS DO ANO 2011 (com António, Carrilho, Cid, Cristina, Monteiro, Maia e Viana) Documenta. 2012.
BEM DITA CRISE! Documenta. 2012
CARTOONS DO ANO 2013 (com António, Carrilho, Cid, Cristina, Monteiro e Maia) Documenta. 2014.
CARTOONS DO ANO 2014 (com António, Carrilho, Cid, Cristina, Monteiro e Maia) Documenta. 2015.
CARTOONS DO ANO 2015 (com António, Carrilho, Cid, Cristina, Monteiro, Maia e Rodrigo) Documenta. 2016.

E ainda uma extensa obra em Realização Plástica para Teatro e Desenho Digital em tempo real.

Só para rematar, António Jorge Gonçalves disse uma vez, numa entrevista, que 
“na ilustração gosto do exercício de me imaginar com 4 ou 70 anos”.

António Jorge Gonçalves no Metro - A magnífica fotografia de Enric Vives-Rubio (Público, 2014)

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sábado, 2 de setembro de 2017

REPORTAGEM DO 399º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA – 5 SET 2017

REPORTAGEM DO 
399º ENCONTRO 
DA TERTÚLIA BD DE LISBOA
5 SET 2017

CONVIDADO ESPECIAL
FÁBIO VERAS

Geraldes Lino by Fábio Veras



Fábio Veras

Nasceu a 1997, em Lisboa. Desenha desde que se lembra. No ensino primário, costumava rabiscar os seus personagens preferidos com os seus colegas. O seu particular gosto no desenho verifica-se quando os seus amigos da escola deixam de desenhar com tanta frequência, enquanto este se mantém um desenhista assíduo.

Levara, muitas vezes, raspanetes dos professores por desenhar nos cadernos e nas mesas.

Foi a partir do 6º ano de escolaridade que a banda desenhada seria o seu propósito na vida, apesar de antes já se ter familiarizado com as revistas tanto da Marvel e DC, como das revistas franco-belgas, Asterix, Tintin, Lucky Luke e Marsopilami, da revista Spirou, são algumas delas.

As suas influências são aos montes mas alguns artistas terão tido mais presença no seu percurso até agora, como Dave Mckean, Mike Mignola, Jeffrey Jones, Victor Ambrus, Artem Krepkij, Dino Battaglia, Sergio Toppi, Nicolas Nemiri, Moebius, e muitos outros.

Até o ano de 2015, não muito se teria passado se não, o percurso normal de um estudante obcecado pelos seus sonhos, até que finalmente começa a frequentar a licenciatura no curso de Desenho na faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Nesse mesmo ano, prossegue com alguns dos seus projetos até então bem guardados na gaveta, entre eles, uma BD em plataforma online.

Entre os restantes trabalhos, conta-se a participação no concurso nacional de banda desenhada do AmadoraBD, no qual foi o 1º colocado; a participação com uma BD de prancha única para a CoopAzine no âmbito da mostra Internacional de fanzines de Paio Pires; a contribuição com uma história inédita de 4 pranchas, intitulada “Eu mato Super-Heróis” no blogue de divulgação e crítica “DivulgandoBD” e mais recentemente a elaboração de uma BD para a edição nº5 da revista H-alt assim como a capa da edição especial deste ano.

Os projectos para o futuro já são muitos. Por agora ainda não serão divulgados mas prometem-se várias novidades nos próximos anos.

Contactos e webpages:
https://www.instagram.com/fabioveraz/
fabio97veras@gmail.com
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COMIC JAM 

Autores participantes no comic jam:
1 - Fábio Veras
2 - Ana Saúde
3 - André Carvalho
4 - Laura Sofia Lampreia
5 - Vicky Kurmayeva
6 - Filipe Duarte

FOTOS
(de Álvaro)
























  




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