quarta-feira, 31 de outubro de 2018

OS SEGREDOS DE LOULÉ – Argumento de João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos, desenhos de André Caetano


OS SEGREDOS DE LOULÉ
Com argumento 
de João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos, 
desenhos de André Caetano
Editado pela G.Foy 


A G. Floy colaborou recentemente na produção e impressão de um livro de banda desenhada de autores portugueses para a Câmara Municipal de Loulé, uma história de Loulé em BD. Ao contrário de outros projectos institucionais deste tipo, os autores enveredaram por um relato amplo e original, num registo de ficção-científica, que recua ao mais distante passado, e percorre a história desta cidade (e deste concelho) algarvio até ao futuro!

Escrita por João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos (com trabalhos de BD já publicados em colaboração com Luís Louro ou José Carlos Fernandes), este álbum conta com as ilustrações de André Caetano (o autor de Volta), e parece-nos que será um dos grandes lançamentos de BD de autores portugueses deste ano.

Em anexo encontrarão a nota de lançamento (que inclui um link para baixarem as imagens - capa e pgs. do interior). O livro será também apresentado oficialmente no dia 10 de Novembro (Sábado), pelas 16h30, no Festival da Amadora BD, com a presença dos autores, e também do Presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo (o lançamento será seguido de uma sessão de autógrafos).

É com grande orgulho que a G. Floy dá esta notícia em primeira mão, lá vos esperamos, no Festival da Amadora!











terça-feira, 30 de outubro de 2018

29º AMADORA BD – FOTOS DE ÁLVARO – NOS AUTÓGRAFOS


29º AMADORA BD 
FOTOS DE ÁLVARO 

NOS AUTÓGRAFOS 

Henrique Gandum 

Henrique Gandum 

Henrique Gandum

Congo, Um Mundo Esquecido, de Henrique Gandum

Ines e Tiago 

Luis Louro 

Luis Louro 

Miguel Montenegro 

Miguel Montenegro 

Spacca

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

MARIA E SALAZAR UMA BD SOBRE A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA PARA FRANÇA


MARIA E SALAZAR 
UMA BD SOBRE 
A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA PARA FRANÇA


Texto publicado no jornal Público em Outubro 2017

O autor francês Robin Walter desenvolveu a banda desenhada Maria e Salazar a partir do contacto com Maria, que trabalhou como empregada doméstica na casa dos seus pais durante 30 anos. Foi como "uma segunda mamã".

Trabalhou durante 30 anos na casa da sua família. Foi como uma mãe para ele. Maria, de seu nome, emigrante portuguesa chegada a Paris em 1972, acabou por ser a inspiração da banda desenhada que o autor francês Robin Walter lança agora.

Folhear 
Maria e Salazar é também conhecer a história de milhares de emigrantes portugueses em França. "Baseei-me no percurso de Maria, que é uma amiga da família e foi durante 30 anos a empregada doméstica dos meus pais e que eu e os meus irmãos consideramos como uma segunda mamã. Quando quis falar sobre este tema, pedi-lhe a ela e ao seu marido para me contarem as suas histórias", disse à Lusa Robin Walter, de 38 anos.

Um livro biográfico e autobiográfico

Robin Walter optou por uma narração biográfica e autobiográfica, retomando as suas conversas com Maria e o seu marido, Manuel, os testemunhos de amigos lusodescendentes, o visionamento dos documentários do cineasta da emigração José Vieira, as idas à biblioteca e ao Museu da História da Imigração, em Paris, tendo procurado ser fiel ao tom dos relatos que ouvia e evitando fazer "uma banda desenhada sombria": "Nos testemunhos de Maria e do seu marido, ainda que falassem das dificuldades em Portugal, das privações de liberdade durante a ditadura de Salazar, não senti grande rancor ou revolta. Havia uma suavidade no seu relato, uma nostalgia porque Portugal continuava a ser o Portugal da sua juventude — mesmo conscientes do que era esse Portugal politicamente — mas havia essa suavidade, talvez fosse a famosa saudade. Ao nível do tom, tentei transmitir essa ideia".

"De forma geral", considera o autor, "quando comecei a trabalhar vi que a história da emigração portuguesa em França é pouco tratada em tudo o que é media popular e até no cinema". Há o Cage Dorée [A Gaiola Dourada], e pouco mais. "Acho que é devido ao facto de os portugueses terem uma grande vontade de se integrarem e de serem muito discretos", considera. Robin Walter aponta, ainda, que "os franceses não se interessaram ou interessaram-se pouco" pelos portugueses e pela história recente de Portugal relativamente a outros países.

A partir das vidas de Maria e Manuel, o autor acaba por resumir o percurso de tantos milhares de portugueses que foram para França: a viagem clandestina "a salto", a passagem da carrinha dos bancos portugueses no bairro de lata de Champigny-sur-Marne, a incompreensão do Maio de 68 para muitos portugueses, a política do Estado Novo relativamente à emigração, o sonho de regressar a Portugal e "o fim da ilusão": "Com o tempo, o país que deixámos torna-se no país onde não voltamos". "Os testemunhos dos meus amigos têm vários pontos em comum. Os pais ou os avós chegaram a França nos anos 1960. Sempre por razões económicas, para escapar à miséria. Para alguns deles, o medo dos combates em Angola ou em Moçambique também foi uma razão para fugir ao longo serviço militar de três anos", lê-se no livro.

Maria e Salazar, publicado a 11 de Outubro, está a ser apresentado em várias livrarias francesas, sendo apresentado esta sexta-feira na livraria BD NET Bastille, e vai estar presente em festivais franceses de banda desenhada, nomeadamente o 
Festival Quai des Bulles de Saint-Malo, de 27 a 29 de Outubro, e o Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, de 25 a 28 de Janeiro de 2018. 

Robin Walter é o autor de 
KZ DORA (2010 e 2012), dois livros sobre a deportação de resistentes para os campos de concentração nazis, baseados na história do seu avô Pierre Walter. O desenhador também fez uma banda desenhada sobre o futebol intitulada Prolongations.











 
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