sexta-feira, 31 de agosto de 2012

AMANHÃ E DOMINGO – NO HARD CLUB DO PORTO – PORTUSAKI 2


PORTUSAKI II
NO HARD CLUB DO PORTO
1 e 2 de Setembro de 2012!


Novidades desta edição:
- Concurso de Banda Desenhada
- Eliminatória Portuguesa para o EUROCOSPLAY
- Concurso: O Geek Mais Fraco
- Cerimónia de Entrega dos X Troféus Central Comics
- Concurso: Trailer Falso Original
- Karaoke
- Performances de Dança
-  My Playlist Hour...
- Concurso de Ilustração "Astroboy"
- E muito mais...
Portusaki no Hard Club 

O evento terá a sua segunda edição, após o sucesso da primeira realizada em fevereiro.

Portusaki é um evento de entretenimento que pretende celebrar animação, jogos, banda desenhada, música, cinema e televisão, com especial foco no universo da fantasia, terror e ficção científica.
Após o sucesso do primeiro evento realizado em fevereiro, o Portusaki está de volta ao Hard Club, no Porto, nos dias 1 e 2 de setembro de 2012.
O evento vai albergar, entre muitas outras atividades e concursos, a eliminatória portuguesa do Eurocosplay, sendo este um dos momentos mais esperados do Portusaki 2. Lugar ainda para oficinas, projeção de filmes, concurso de dança, arte, cultura pop, torneios de cartas, karaoke, jogos tradicionais e videojogos, e, sobretudo, boa disposição.
As entradas têm o preço de € 5 para um dia ou € 7 para os dois. Quem adquirir com antecedência terá direito a € 1 de desconto, segundo a organização. Podem consultar mais informações na página oficial.


Sábado, 1 de Setembro
11h00
- Abertura
- Freeplay Videojogos
- My Playlist Hour
11h30
- Projecção dos filmes (a)
- Oficina aberta de Origami
12h00
- Karaoke
13h00
- Projecção dos vídeos Lipdub
- My Playlist Hour
13h30
- Concurso Ramenmania
- Torneios de Videojogos (b)
14h00
- Karaoke
14h30
- Torneio Magic The Gathering
15h00
- Batalha Air Bands
- Torneio de Mikado
16h00
- Concurso Musical
17h00
- Karaoke
18h00
- Performance Guerra dos Tronos: Rise of the Dragons (com Nimorudel)
- EUROCOSPLAY
19h00
- Anúncio de Vencedores e entrega de Prémios
- My Playlist Hour
20h - Fecho


Domingo, 2 de Setembro
11h00
- Abertura
- Freeplay Videojogos
- My Playlist Hour
11h30
- Projecção dos filmes (a)
- Oficina aberta de Origami
12h00
- Karaoke
- Torneio League of Legends
13h00
- Projecção dos Trailers Falsos
- My Playlist Hour
13h30
- Torneios de Videojogos (b)
14h00
- Karaoke
- Iniciação ao RPG Marvel Heroic Roleplaying
14h30
- Torneio Yu-Gi-Oh
15h00
- Concurso "O Geek Mais Fraco"
16h30
- Performance DC Universe: Gotham City Sirens (com Catwoman, Poison Ivy e Harley Quinn*)
- Cerimónia de Entrega dos X Troféus Central Comics
17h00
- Sessão de autógrafos(c)
18h00
- Concurso de Dança
19h00
- Anúncio de Vencedores e entrega de Prémios
- My Playlist Hour
20h - Fecho


Durante todo o horário
- Zona Comercial
- Zona de Restauração
- Exposição da Banda Desenhada a Concurso
- Exposição de Ilustração "Astroboy"
- Mural de Arte
- Pinturas Faciais
- Exposição de SAMA

* Nimorudel, khalida e Cathy Duchess.
(a) Filmes a projecção:
- Papá Wrestling
- Blarghaaahrgarg
- Banana Motherfucker
- Videoclip Moonspell - Lycanthrope
- Making of do Videoclip Moonspell - Lycanthrope

(b) Videojogos
- Fifa 2012
- Marvel Vs. Capcom 3
- Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Storm 2
- Harry Potter: Quidditch World Cup
- Guitar Hero 6

(c) Autores Presentes
- Eduardo Filipe a.k.a Sama (autor, actor) – Brasil
- Fernando Relvas
- Pepdelrey
- Derradé
- Jorge Coelho
- Filipe Melo
- Fil
- Carla Rodrigues
- Pedro Oliveira


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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

BDpress #367: ENTREVISTA COM JORGE MAGALHÃES – CONDUZIDA POR JOSÉ CARLOS FRANCISCO NO TEX WILLER BLOG



ENTREVISTA COM JORGE MAGALHÃES
CONDUZIDA POR JOSÉ CARLOS FRANCISCO
NO TEX WILLER BLOG

Republicamos aqui hoje, uma entrevista de José Carlos Francisco com Jorge Magalhães, publicada no Tex Willer Blog em 9, Dezembro, 2007.


Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente? 

Nasci na nobre cidade do Porto, rua de Cedofeita, em 22 de Março de 1938. Tive vários empregos, nomeadamente na função pública, antes de enveredar pela Banda Desenhada, em 1974, quando comecei a coordenar o “Mundo de Aventuras” da Agência Portuguesa de Revistas, função que exerci durante 12 anos, passando depois a colaborar com outras editoras, como a Futura, a Distri, a Meribérica e a Asa. Em suma, mais de 30 anos dedicados profissionalmente à 9ª Arte, com muitos obstáculos pelo caminho mas sem nunca me arrepender da opção que tomei quando, após o 25 de Abril, decidi não voltar a Angola, onde era funcionário do Instituto do Café. Actualmente, estou reformado mas ainda escrevo de quando em quando e faço traduções, além de ler muita BD (risos…). 


Quando é que teve início esta paixão pela Banda Desenhada, em especial pelo Tex? 

A paixão pelas histórias aos quadradinhos nasceu, por assim dizer, logo que aprendi a soletrar. Nesse tempo, com cinco anos, já gostava de folhear o “Mosquito“, que me ajudou bastante a decifrar as primeiras letras. Fui sempre um leitor assíduo de revistas infanto-juvenis e, depois do “Mosquito” e do “Diabrete“, comecei a coleccionar o “Cavaleiro Andante” e o “Mundo de Aventuras“. Não houve praticamente revista de BD que não me tivesse passado pelas mãos.


Quando fui para Angola, em 1961, desfiz-me de muitas delas, mas ao regressar a Portugal, alguns anos depois, voltei a sentir a febre do coleccionador e o resultado foi a colecção enorme que hoje possuo e que me rouba muito espaço em casa.

O meu interesse pelo Tex surgiu mais tarde, como é evidente, pois as edições brasileiras só começaram a circular entre nós nos anos 70. Mas a série não me agarrou logo. Só quando descobri nas bancas os primeiros números com histórias desenhadas por Jesús Blasco, comecei a procurar a revista. Esse primeiro passo levou-me a comprar também o Tex Coleção, desde o 1º número (mas infelizmente com algumas faltas pelo meio), e a partir daí todas as séries de Tex editadas no Brasil.


Porquê o Tex e não outra personagem? 

Bem, no meu caso, a paixão pelo Tex não é exclusiva, pois (e cingindo-me só ao campo do ‘western’) coleccionei também a “Epopeia-Tri” — com a magnífica História do Oeste criada por Gino d’António, Renzo Calegari, Sergio Tarquinio e outros — e Ken Parker, um dos ‘westerns’ que mais admiro e que me agrada tanto como Tex, por ser uma série diferente, que trata os temas do Oeste numa dimensão simultaneamente realista, psicológica e poética.

Mas como sou desde miúdo um adorador fanático do ‘western’, as minhas referências na BD vão muito mais além e devorei montes de histórias com personagens das mais variadas origens, como Jerry Spring, Comanche, Mac Coy, Jonathan Cartland, Buddy Longway, Sunday, Matt Marriott, Matt Dillon, Wes Slade, Cisco Kid… sem esquecer naturalmente Blueberry.

Aproveito a oportunidade para relembrar alguns dos ‘westerns’ italianos que li no “Cavaleiro Andante“, como “Lobo Branco” e “Forte Laramie“, de Renato Polese, “Dakota Jim“, de Caprioli, “O Forte do Huron“, de Gino D’Antonio, e “Pocahontas, a Princesa Pele-Vermelha“, de Sergio Tarquinio, que me revelaram essa magnífica escola nascida nas páginas da célebre revista “Il Vittorioso” e com ligações também à editora Bonelli.

E por que não referir, já agora, as inolvidáveis criações da ‘prata da casa’ no “Mosquito” e no “Mundo de Aventuras“, como Falcão Negro, de E.T. Coelho, e Tomahawk Tom, de Vítor Péon, dois grandes e saudosos mestres da BD portuguesa, que tive a honra e o privilégio de conhecer pessoalmente.


O que Tex representa para si? 

De certa forma, um regresso ao passado, quando as histórias de ‘cowboys’ estavam na moda, uma viagem nostálgica por um tempo em que a BD ainda era uma forma de entretenimento sem pretensões intelectuais, tal como os ‘westerns’ de série B que nos atraíam ao cinema, muitos deles rotulados hoje de clássicos que moldaram o género.

Qual o total de revistas de Tex que tem na sua colecção? E qual a mais importante para si? 

Nunca cheguei a contabilizar os exemplares que possuo, mas já devem rondar as quatro centenas, pelo menos, contando com todas as colecções paralelas de Tex. Quando as revistas da Mythos chegaram às bancas, também comprei Zagor, Mister No, Martin Mystère, Dylan Dog, Mágico Vento, Júlia e outras, mas infelizmente a distribuição desses títulos tornou-se tão irregular, a partir de certa altura, que me fui desinteressando.

É difícil escolher a revista de Tex com mais significado para mim, porque já me proporcionaram muitas horas de emocionante leitura, mas simbolicamente e por uma razão sentimental elejo a primeira que chamou a minha atenção, aquele nº 214 com o início da grande aventura “A Volta da Mão Vermelha“, desenhada pelos irmãos Blasco.


Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem? 

Até hoje, só livros e revistas. Já não tenho espaço para mais, mas continuo à procura dos números que me faltam, cada vez mais difíceis de encontrar, sobretudo em bom estado. Há alguns meses, na Feira do Livro de Cascais, tive a sorte de comprar, por um preço bastante razoável, um pequeno lote que incluía o nº 100! Também possuo algumas edições estrangeiras, especialmente monografias, porque há tanta coisa a aprender sobre Tex… e eu só sei que ainda sei muito pouco (risos…).

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?

Também não é fácil responder a esta pergunta, pois são muitas as histórias de Tex que me deixaram uma recordação indelével, como tantos ‘westerns’ do passado. Do saudoso Galep, cito a aventura “A Lança de Fogo“, publicada no nº 200, com uma montagem dinâmica de planos, pouco vulgar nas edições normais de Tex, por causa do formato mais pequeno. Não sei se em Itália ela foi publicada noutro formato, mas foi a primeira vez que pude admirar a arte de Galep liberta da regra tirânica das três tiras por página. Nesse episódio, ele constrói a página como uma unidade, usando os mais variados recursos estilísticos para embelezar a composição, como vinhetas circulares, imagens grandes e tiras que se entrecruzam, à maneira de uma ‘graphic novel‘.


Outra história que especialmente aprecio é “O Vale do Terror“, de Nizzi e Magnus, que pelo seu ineditismo gráfico e pelo recorte humano e psicológica das personagens ficou certamente na memória de muitos, embora o estilo de Magnus, na minha opinião, seja completamente anti-Tex e anti-‘western’, o que não diminui o seu impacto estético.

Outro grande nome da BD italiana que passou fugazmente por Tex, mas deixando uma marca inconfundível, foi Guido Buzzelli, com a aventura escrita por Nizzi “Tex, o Grande“, que tive a ventura de ler numa das primeiras Edições Gigantes da Globo, comemorativa dos 40 anos do Ranger.

À parte estes exemplos, e num contexto mais genérico, a aventura de Tex que mais me empolgou e que aguardei com mais impaciência, foi incontestavelmente “O Cavaleiro Solitário“, publicada pela Mythos no Tex Gigante nº 9. Ou não fosse eu um grande admirador do Joe Kubert!… A propósito: alguém me pode informar se esta aventura foi publicada integralmente nos Estados Unidos pela Dark Horse? É uma teima que tenho há já algum tempo com o José Carlos Francisco (risos…).


Mas em relação aos desenhadores de Tex, não há dúvida que, desde que descobri Civitelli, o seu estilo límpido e harmonioso, de uma elegância que, de certa forma, me faz lembrar a de Caprioli e Giardino (dois dos maiores mestres da BD italiana), se impôs ao de todos os outros. E isto sem desprimor para artistas de tão grande calibre como Ticci, Villa, Fusco, Repetto, Ortiz, Font, De la Fuente, Ambrosini e outros, que igualmente muito admiro.

No tocante aos argumentos, destaco o trabalho e as ideias renovadoras de Mauro Boselli, mas também aprecio bastante a obra de Claudio Nizzi, numa abordagem mais convencional do universo de Tex… sem esquecer, é claro, o seu fundador, o grande Giovanni Luigi Bonelli, que criou, dentro da série, personagens tão carismáticas como o próprio Tex, feito que mais nenhum argumentista conseguiu ainda igualar. É claro que Bonelli imaginou Tex numa época diferente, em que as histórias de ‘cowboys’ eram mais elementares, em que a acção e a forma importavam mais do que o fundo, mas os seus extraordinários dotes de novelista revestiram-no de uma aura especial, que captou rapidamente a adesão dos leitores. Tex, como muita gente sabe, foi mesmo um herói que, para surpresa do próprio autor, não tardou a ultrapassar todas as suas outras criações.

E o facto de G.L. Bonelli ter sido o primeiro, em histórias do Faroeste, a criar cenários transcendentes, explorando temas como a magia negra e o fantástico, contribuiu largamente para essa carreira de sucesso.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos? 

Para mim, Tex é o autêntico ‘homem do Oeste’, cujo padrão não foi corrompido pelo tempo nem pelas transformações da cultura popular, que quase ditaram o fim do ‘western’, nos moldes em que o conhecemos. Felizmente que em Itália ainda existe um editor como Sergio Bonelli, que não se deixa manietar pela ditadura da crítica moderna – pouco receptiva, na sua maioria, a este género de histórias -, e um público fiel, que de geração em geração continua a apreciar a personagem e o seu modelo original, fenómeno que era quase impossível acontecer noutro sitio, pois fora de Itália as séries do Oeste, com excepção de Blueberry, têm definhado uma a uma. Nem mesmo Tintin, noutra vertente, escapou a essa morte súbita e hoje é uma espécie de ‘cadáver‘ de que uma multidão de biógrafos se aproveita, dissecando-o de todas as formas e feitios.

A cadeia de produção criada por Bonelli pai e mantida até hoje, com inegável ‘savoir faire’, permitiu que o Tex de Galep não envelhecesse nem morresse com os seus criadores, tornando-se uma personagem intemporal. Tex está vivo e de boa saúde e todos os críticos e estudiosos que multiplicam também as suas análises sobre ele, sabem que o futuro será tão aliciante como o passado. É um dos raros exemplos em que o método de criação americano foi aplicado com sucesso na Europa, mas continuando a permitir aos autores a expressão da sua individualidade artística (o que nem sempre acontece quando há dois ou mais desenhadores a fazer o mesmo trabalho, como na indústria dos ‘comic books’).

Quanto à característica de Tex que menos me agrada, talvez o seu exagerado conservadorismo nas relações com as mulheres, que na fase actual já devia ter sido ultrapassado. Quando Jordi Bernet desenhou “O Homem de Atlanta” (quem já se esqueceu da insinuante Lola Dixieland?), esperava-se que o seu exemplo pudesse abrir um pouco mais o véu da censura que ainda pesa sobre o Ranger, apesar da galeria feminina da série ser vasta e variada. Mas as expectativas não se confirmaram…


Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que ele é? 

Precisamente a fidelidade à matriz original, aos mitos do Velho Oeste que enformaram a sua criação, embora, nalguns aspectos, tenha evoluído com o tempo, sem perder as suas características primitivas. Tex representa para muitos leitores a personificação de valores éticos e morais como a coragem, a nobreza, a justiça e a lealdade, que definem – ainda que idealmente, na tradição romântica e folclórica do ‘western’ – os pioneiros da nova fronteira, os aventureiros que desbravaram o Oeste americano.

Mas os fãs de Tex, da velha e da nova guarda, apreciam também a estrutura clássica das narrativas e a escola realista implantada por mestres como Galleppini, Nicolò, Muzzi, Letteri e outros, cujos parâmetros, em linhas gerais, se têm mantido até hoje. A meu ver, o principal segredo da longevidade de Tex reside nesse conceito básico, que todos os continuadores de Giovanni Bonelli e Aurelio Galleppini — incluindo Guido Nolitta (Bonelli filho) — nunca esqueceram: embora evoluindo e modificando-se graficamente, a figura do Águia da Noite permanece, no âmago literário, igual a si própria.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger? 

Promissor, considerando o batalhão de novos desenhadores – alguns deles autênticas revelações – que já se preparam para substituir os veteranos. Mesmo que os sinais de esclerose pareçam, por vezes, imperceptíveis, os heróis de ficção têm a tendência de envelhecer como os autores que lhes dão vida. Com Tex está garantido que isso nunca acontecerá. E acredito que, apesar da relutância de Sergio Bonelli, a sua personalidade possa sofrer gradualmente alguns retoques, sobretudo na abertura a um relacionamento mais adulto com o belo sexo… O que não contraria a minha afirmação anterior, pois para que um herói com 60 anos de existência continue a manter a sua popularidade impõe-se que haja algumas transformações subtis, em sintonia com a mentalidade dos próprios leitores, que não é imune à evolução dos costumes e da sociedade. Nessa lógica, e por ilusório que pareça, o cenário mítico do Faroeste só ‘fisicamente‘ é um espaço imutável. Mas os mitos consolidam-se e reforçam-se com o seu crescimento interior, como o próprio Tex… 

Prezado pard Jorge Magalhães, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.


 
Os quatro títulos da Colecão J.M. (de Jorge Magalhães) editados pelo Salão Moura BD

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

JOBAT NO LOULETANO – 9ª ARTE – MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA (LXVI e LXVII) – ROUSSADO PINTO – 30 ANOS DEPOIS... (2 e 3)




9ª ARTE
MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA
(LXVI - LXVII)

O Louletano, 12 a 18 de Julho de 2005 

ROUSSADO PINTO – 30 ANOS DEPOIS (2) 

Por José Batista 

Foi através de Carlos Alberto que pessoalmente conheci Roussado Pinto (RP) na sede da Portugal Press (PP), na Rua Coelho da Rocha, a Campo de Ourique. Ele já conhecia de há muito as minhas ilustrações. Não que na Agência Portuguesa de Revistas (APR) elas saíssem assinadas. Mário de Aguiar, a exemplo dos editores ingleses, era avesso a que os ilustradores nelas apusessem os nomes, embora lhes exigisse a exclusividade da produção realizada.

Assim sendo, só alguém com pleno conhecimento no campo da edição, e também do estilo artístico dos ilustradores, saberia reco­nhecer a autoria de qualquer desenho publicado.

Inicialmente a minha colaboração para o "Jornal do Cuto" (JC) cingiu-se, apenas, às ilustrações de "Cantinho de um Velho", da autoria de Raul Correia (RC), o "Avozinho" de "O Mosquito", que bem conhecia através da sua colaboração com a APR, como tradutor. Era autor que muito admirava, que mais não fosse pela gentileza, sensibilidade e competência pro­fissional demonstradas, sem esque­cer a sua magnífi­ca prosa nesse bissemanário, de grata memória.

Também Roussado Pinto – há muito esque­cida a mordaz nota que RC publicara n' "O Mosqui­to" aquando do lançamento do "Pluto" – admi­rava o estilo lite­rário – e não só – inconfundível de RC de quase três décadas antes. Grande parte do material inglês utilizado na PP, era por ele traduzido, inclusive toda a série dos livros de "Tarzan", editados pela "Portugal Press".

Sempre que ia entregar as ilustrações para os seus textos, as trocas de impres­sões com Roussado Pinto prolongavam-se por tempo ilimitado, versando o cam­po complexo da BD, seus ilustradores e técnicas, que ele tão bem conhecia de toda uma vida. Contam-se pelos dedos, aque­les – poucos conheci – que tudo arrisca­ram por amor à BD, servindo-a, como Roussado Pinto sempre o fez, e não apenas dela se servindo. A sua primeira aventura no campo da edição ocorreu ti­nha ele apenas 19 anos, lançando "O Pluto", o que atesta bem o fascínio que os jornais infantis ilustrados sempre so­bre ele exerceram. A pequena fortuna – para a época – que enterrou nesse jornal, foi-lhe dada por seu pai, não logicamente com essa finalidade, mas sim para iniciar um negócio que lhe garantisse autonomia económica. Segundo me narrou, – certa tarde já como chefe da redacção do JC –, aquele não gostou mesmo nada do destino que o filho deu ao dinheiro disponibilizado. Todavia, a escolha da sua vida, que jamais abandonaria enquanto viveu, esta­va definitivamente tomada. Perdeu vezes sem conta muito dinheiro como editor; lançou inúmeras revistas cuja vida foi efé­mera, mas sempre se recompôs com o mesmo ímpeto inicial, como se outra coisa não quisesse, soubesse ou pudesse fazer que não isso. E, curioso: foi com as edições que o coração não escolheu que ganhou para alimentar o sonho que muitas vezes redundou nas inúmeras noites de insónia que sempre o afligiram: as suas queridas edições de banda desenhada!

Nesse final de 73, quando a minha colaboração com Roussado se tornou mais intensa, a PP já editava, para além do "Jornal do Cuto", outras edições em BD, tais como: "Colecção Titã", Colec­ção Modernos da Banda Desenhada" e "Canguru", entre outras que de momen­to não recordo. 

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O Louletano, 19 de Julho a 9 de Agosto de 2005 

ROUSSADO PINTO – 30 ANOS DEPOIS (3) 

Por José Batista 

Embora começasse a colaborar no "Jornal do Cuto" (JdC) a partir do 1° número, publicado em 7 de Junho de 1971, só em meados de 73 – após sair da Agência Portuguesa de Revistas (APR) – estive disponível para participar na área da BD, na Portugal Press (PP) – como chefe de redac­ção. O nº 99 do JdC, de Outubro de 73, pu­blica uma nota refe­rindo o facto, na ter­ceira página.

O términos da mi­nha estada de 18 anos na APR, ficou a dever-se a uma pequena his­tória de Camões, por mim ilustrada, publica­da no n.°49 desse jornal e assinada, tal como todos os desenhos até então aí publicados, por Jobat.

Com um estilo de desenho já perfeita­mente definido, não foi difícil a Mário de Agui­ar descodificar o acrónico que utilizei, tão identificável como a pintura de M. Gustavo, nome que Carlos Alberto escolheu para assinar os seus Quadros da História de Portugal, publicados nesse semaná­rio. Este, o motivo pelo qual passei a grafar Jo­bat, e não José Batista, daí em diante, como assi­natura dos meus dese­nhos.

Curiosamente, foi Roussado Pinto (RP). quem – quando colaborei mais assiduamente na PP – me informou que o mes­mo tinha feito José Or­lando Marques, colabo­rador de "O Mosquito", ao utilizar o acrónimo "Jomar" nas novelas que publicara no extinto "Pluto", muitos anos antes.

Profissional experi­mente na área específica de jornais de BD, o fracasso de RP, como editor, ficou prioritariamen­te a dever-se ao facto das principais editoras – caso da Agência Portuguesa de Revistas e Diário de Notícias (Diabrete, Cavalei­ro Andante, Zorro, etc.) – possuírem um invejável potencial eco­nómico como suporte; depois, no caso concreto da Agência, o próprio RP ter adquirido – como che­fe de redacção do " Mundo de Aventuras" (MdA) e de outras publicações dessa editora – boa parte dos personagens que a partir daí alimenta­vam o êxito das revistas que a APR semanalmen­te editava. Poder-se-á afirmar que o espaço edi­torial estava praticamen­te saturado com as várias edições em BD, semanalmente publi­cadas, e bem assim como os leitores com poder de compra fidelizados a personagens que os cativavam de há muito. Seria extremamente difícil quebrar o quase monopólio edito­rial existente na altura.

O relativo êxito do "Jornal do Cuto" ficou a dever-se, em minha opinião, a uma camada etária remanescente, saudosista do extinto "O Mosquito", condimentado com alguns personagens cuja publicação RP iniciara no MdA, – heróis da King Features Sindycatc, tais como Rip Kirby, Mandrake, Fantasma, Cisco Kid e ou­tros –, pois que algum do público do ex "O Mosquito", com a sua extinção, optou pelo Mun­do de Aventuras como natural substituto.

Só que toda a bela tem um senão! – a reposição de algumas séries, quase todas elas extraídas do velhinho bissemanário e também do MdA, vulgar­mente compactadas – duas páginas ou mais numa só! – anulava a qualidade original das histórias, especialmente as de ET Coelho e Vítor Peon, muitas delas sofrivelmente impressas.

Se por um lado o "Jornal do Cuto" matava as saudades dos mais "velhos", saturava a apetência dos mais novos, mais exigentes que os leitores de BD dos anos 40/50. O desequilíbrio e a má quali­dade de algumas reimpressões transformavam esse jornal num quase museu arqueológico dos anos quarenta. E um facto que relançou muito material desconhecido das gerações mais novas, o qual jazia no limbo poeirento de saudosas edições, inacessíveis aos leitores dos anos 70.




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PERRO NEGRO em SANGUE BRETÃO
Benoit Despas (arg), José Pires (des)



 PERRO NEGRO em TIPHAINE
Benoit Despas (arg), José Pires (des)


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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

BDpress #366: SUPERMAN E WONDER WOMAN NA ENTERTAINMENT WEEKLY



Depois de um curto período de férias do Kuentro, período esse em que, num mesmo dia (a 21 de Agosto) se celebraram – por quase toda a internet – os 150 anos sobre o nascimento de Emilio Salgari e em que faleceu Sergio Toppi, regressamos com um pequeno e refrescante fait divers, noticiado pelo jornal Público de hoje, sobre uma notícia da revista Entertainment Weekly
Sobre Salgari e Toppi haverá aqui matéria, eventualmente ainda esta semana.

Público, Seg 27 Ago 2012 

SUPER-HOMEM ESTÁ APAIXONADO 

O Super-Homem tem novo amor: é a colega Mulher Maravilha. O casal foi visto a beijar-se na nova capa da DC Comics, desenhada por Jim Lee. Lee inspirou-se no quadro de Gustav Klimt, O Beijo, e na famosa fotografia de Alfred Eisenstaedt, V-J Day in Times Square, revelou a revista Entertainment Weekly (EW). A edição vai para as bancas no dia 29, e segundo o escritor Geoff Johns há um acontecimento - talvez trágico - que vai afectar todos os membros da Justice League, adianta a EW. Segundo a equipa criativa os dois são perfeitos um para o outro. "Normalmente escolhem esconder as suas verdadeiras identidades e esconder o seu segredo e a faceta de benfeitores dos seus amantes para os proteger. Finalmente juntos, o Super-Homem e a Mulher Maravilha podem ser eles próprios. Ah, e são incrivelmente bonitos", escreve a EW. Mas nem tudo vai ser um mar de rosas: Johns garante que eles vão enfrentar desafios únicos.


 O Beijo, de Gustav Klimt

 V-J Day in Times Squarede Alfred Eisenstaedt

Mas, atenção Superman, ela é um bocadinho volúvel, heim?

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E VOLTAMOS A CHAMAR A ATENÇÃO PARA A PROMOÇÃO DE VERÃO
ATÉ FINAL DE SETEMBRO
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

JOE KUBERT (1926-2012) – UMA BIOGRAFIA




JOE KUBERT
(1926-2012)
UMA BIOGRAFIA

Joseph Kubert nasceu a 18 de Setembro de 1926, no shtetl Yzeran (Jezierzany) – chamavam-se "shtetl" às povoações ou bairros de cidades com uma população predominantemente judaica, principalmente na Europa oriental, como na Polónia, Rússia ou Bielorrússia, antes da Segunda Guerra Mundial – no sudoeste da Polónia (actualmente na Ucrânia), filho de Etta Kubert (Reisenberg em solteira) e de Jacob Kubert. A família, de que também fazia parte a filha Ida, de dois anos e meio, emigrou para Brooklyn, Nova Iorque, quando Joseph tinha dois meses.

Jacob Kubert estabeleceu-se como açougueiro kosher (termo que significa “próprio” – neste caso, próprio para consumo pelos judeus, de acordo com a lei judaica e aprovação pelo rabi) e Joseph começou muito cedo a desenhar, no papel com que o pai embrulhava a carne que vendia.

Na introdução à sua novela gráfica  Yossef: April 19, 1943, Kubert escreveu: “ tive o meu primeiro trabalho pago como desenhador para comic books, quando tinha onze ou doze anos, era pago a cinco dólares a página. Em 1938 isto era um monte de dinheiro”. Outra fonte, citando o próprio Kubert, afirma que em 1938, foi um colega de escola, parente de Louis Silberkleit – um dos directores do MLJ Studios (os futuros Archie Comics) – que insistiu para que Kubert visitasse os estúdios, tendo este ficado logo, aos 12 anos, como aprendiz/assistente de Bob Montana.

Joseph Kubert frequentou a Manhattan’s High School of Music and Art. Durante esse tempo, ele e o colega Norman Mauer (um futuro colaborador) faltavam de vez em quando à escola para visitarem editores, começando Kubert depois, a aperfeiçoar a sua técnica no estúdio Chesler, que fornecia pacotes de trabalhos de principiantes às editoras.

O primeiro trabalho profissional conhecido de Kubert foi o desenho (lápis e tinta-da-china) da história em seis páginas intitulada Black-Out, com a personagem Volton, na Catman Comics #8, da Holyoke Publishing’s (Março de 1942). Continuou a trabalhar para os três números seguintes da revista e realizou, de seguida, um trabalho semelhante para a revista Blue Beetle, da Fox Comics. Logo depois irá abrir o leque das suas capacidades técnicas, dando a cor às reimpressões de The Spirit, de Will Eisner, para a rúbrica Quality Comics do suplemento do jornal Sunday.



O primeiro trabalho de Kubert para a DC Comics foi Seven Soldiers of Victory, história publicada na Leading Comics #8 (1943), pela All-American Comics, predecessora da DC. Na década seguinte, o trabalho de Kubert só aparece nas revistas da Fiction House, Avon e Harvey Comics, mas o autor foi também trabalhando para a All-American e depois para a DC Comics. A longa associação de Kubert com a personagem Hawkman, começou com a história The Painter and the $100,000, publicada na Flash Comics #62 (Fevereiro de 1945).

Seven Soldiers of Victory

Nos anos 1950, tornou-se editor-administrador da St. John Publications, em que ele, o seu antigo colega Norman Mauer e o irmão deste, Leonard Mauer produziram os primeiros comics em 3-D, iniciando a revista Three Dimension Comics #1 (Setembro de 1953, reimpressa em Outubro do mesmo ano em formato maior), utilizando a personagem Mighty Mouse – uma popular paródia ao Superman criada por Paul Terry em 1942 como personagem de desenhos animados.


Ainda em 1953, com o seu antigo colega e agora escritor Norman Mauer, Kubert cria a personagem Tor (não confundir com Thor, criado por Stan Lee e Jack Kirby para a Marvel em 1962), um homem pré-histórico, que aparece pela primeira vez em 1.000.000 Years Ago (Setembro de 1953). Esta personagem chegou a ser também desenhada em 3-D e utilizada como “estrela convidada” na 3-D Comics #2 e 3 (Outubro/Novembro de 1953). Tor aparecerá em séries da Eclipse Comics, Marvel Cmics’Epic – e na DC Comics pelo menos durante os anos 1990. Mas Joe Kubert tentou durante os anos 50, publicar Tor como tira diária em jornais, em vão. Contribuiu também com uma série de histórias de ficção-científica para a Srtange Worlds e outros títulos da Avon Periodicals.





Para a Eclipse Comics desenhou algumas histórias para Two-Fisted Tales, de Harvey Kurtzman, em parceria com Wally Wood, Jack Davis e John Severin.


Começando com Our Army at War #32 (Março de 1955), Joe Kubert tornou-se freelancer para a DC Comics, mas trabalhando também para a Lev Gleason Publications e a Atlas Comics (uma associada da Marvel Comics). Mas a partir do final desse ano desenhou em exclusivo para a DC, trabalhando na personagem do aventureiro medieval Viking Prince, no super-herói Hawkman (que se tornaria numa das suas “imagens de marca” como autor) e também na revista de histórias de guerra GI Combat, realizando Sgt. Rock e The Haunted Tank – outras duas imagens de marca como autor.








Entre 1965 e 67 colaborou com o escritor Robin Moore na história Tales of the Green Beret, publicada em tiras no Chicago Tribune. De 1967 a 1976, Kubert foi director de publicações da DC Comics e durante este período desenhou histórias baseadas na obra de Edgar Rice Burroughs, como Tarzan e Korak. Também supervisionou a produção das revistas Sgt. Rock, Ragman e Weird Worlds. Durante esse trabalho de supervisão, continuou a desenhar alguns livros, especialmente Tarzan, entre 1972 e 1975. Realizou as capas para Rima the Jungle Girl entre 1972 e 1975 e criou Ragman, com o escritor Robert Kanigher para a primeira revista da personagem, em Agosto/Setembro de 1976.




Neal Adams, Moebius, e Joe Kubert em Nova Iorque, durante a gravação para o programa de televisão francês TicTac em 1972



Em 1976, Kubert mudou-se para Dover, New Jersey, onde ele e sua mulher Muriel fundaram a Joe Kubert School of Cartoon and Graphic Art, mais conhecida como Joe Kubert School, levando para a frequentarem, os seus cinco filhos, David, o mais velho, Danny, Lisa, Adam e Andy (Andrew) – sendo que estes dois últimos se viriam a tornar desenhadores profissionais de comics. Adam Kubert realizou trabalhos para a Marvel Comics, Dark Horse Comics e a DC Comics, entre outros. Andrew Kubert trabalhou para as mesmas editoras (mais a Image Comics), sendo actualmente professor na escola fundada pelo pai.


Joe Kubert escreveu e desenhou, no início dos anos 1980, The Adventures of Yaakov and Yosef, baseado em referências bíblicas ( embora não fossem histórias bíblicas), para a Tzivos Hashem, a organização Lubavitch para crianças e para o magazine Moshiach Times.

Voltou a escrever e a desenhar em 1991, para a revista Abraham Stone, a novela gráfica Country Mouse, City Rat para a Malibu Comics, que seria comprada pela Marvel em meados dos anos 1990. Voltaria a pegar nas personagens para mais duas histórias: Radix Malorum e The Revolution, publicadas pela Epic Comics em 1995. Em 1993, também para a Epic Comics, realizara os quatro números de uma minissérie de Tor.

Em 1996 realizaria a novela gráfica Fax from Sarajevo, inicialmente publicada com 207 páginas e mais tarde reeditada com 224. Este livro de “não-ficção” foi originado por uma série de faxes do agente de comics Ervin Rustemagic, durante o cerco sérvio de Sarajevo, na Guerra da Bósnia, que durou de 5 de Abril de 1992 a 29 de Fevereiro de 1996. Rustemagic e a sua família, cuja casa em Dobrinja, localidade suburbana de Sarajevo, havia sido destruída, viveram dois anos e meio num edifício em ruínas, comunicando com o mundo exterior por fax, quando podiam. Amigo e cliente de Kubert, este era um dos destinatários dos seus faxes. Como “colaborador de longa distância” e perante o dramatismo da situação, Joe Kubert coligiu todos os faxes recebidos de Rustemagic e, findo o cerco, com o editor Bob Cooper, transformou-os numa dramática e sombria novela gráfica.




Em 2001 é publicado em Itália pela Sergio Bonelli Editore o Tex Especial #15: Tex, The Lonesome Rider (Tex, Il Cavaliere Solitario), que Kubert vinha desenhando desde 1996, escrito por Claudio Nizzi.



Em 2003 e 2005, Kubert realiza as novelas gráficas Yossef: April 19, 1943 e Jew Gangster para iBooks. Ainda em 2003 retorna a Sgt. Rock, desenhando Sgt. Rock: Between Hell and a Hard Place, uma minissérie de seis números, escrita por Brian Azarello e escreveu e desenhou em 2006, Sgt. Rock, The Prophecy, também uma minissérie de seis números.

Em 2008, Kubert voltou ao seu Tor, com uma série limitada de seis números, publicada pela DC Comics, intitulada Tor: A prehistoric Odyssey. Em 2009 contribuiu para uma nova história de Sgt. Rock, para a Wednesday Comics, da DC – a história fora escrita pelo seu filho Adam Kubert. Em 2011 realizou a capa para a Amazing 3-D Comics, do editor Craig Yoe.


Joe Kubert faleceu em 12 de Agosto de 2012, de cancro hematológico - um mieloma múltiplo, a pouco mais de um mês de perfazer os 86 anos.




Joe Kubert no seu estúdio com os filhos Adam e Andy

ALGUNS ORIGINAIS DE JOE KUBERT

O "Batman" de Andy Kubert e o "Hawkman" de Joe Kubert

 Nota (21/Ago/12): Por lapso coloquei aqui esta capa, que é de Joe Jusko e Andy Kubert - como muito bem chama a atenção o André Azevedo, no comentário que fez. O desenho que estava previsto, coloco-o agora aqui em baixo:






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