quarta-feira, 31 de julho de 2019

GIDEON FALS - VOLUME UM - O CELEIRO NEGRO

GIDEON FALS
VOLUME UM
O CELEIRO NEGRO 

Jeff Lemire (argumento), Andrea Sorrentino (desenho) e Dave Stewart (cor) 


Texto da contracapa: 

A história de um misterioso edifício, que talvez venha de outro mundo, e que apareceu e reapareceu ao longo da história, arrastando a morte e a loucura na sua passagem.

Norton Sinclair é um jovem perturbado, marginal e algo paranóico. Convencido de que o lixo urbano da sua cidade esconde as chaves de uma vasta conspiração, ele acumula, classifica e apresenta as suas conclusões alucinadas sobre um misterioso Celeiro Negro à Dra. Xu, a psiquiatra que o segue desde que saiu do hospital. E, noutro lugar da pequena cidade de Gideon Falls, o padre Fred vai conhecer a nova comunidade pela qual ficou responsável, depois do súbito desaparecimento do anterior padre. Mas, durante a primeira noite que passa no local, o sinistro Celeiro Negro vai assinalar uma série de eventos perturbadores ... e nenhum dos dois está preparado para aquilo que vai encontrar dentro desse Celeiro.

A nova série de terror de Jeff Lemire (Descender, Velho Logan, Black Hammer) e Andrea Sorrentino (Old Man Logan)! Mistério rural e terror urbano colidem nesta reflexão profunda sobre a obsessão, a doença mental e a fé.

Reúne os números # 1-6 da série Gideon Fals.


DEIXO AQUI O TEXTO DA EDIÇÃO BRASILEIRA DESTE LIVRO:

Sinopse

Gideon Falls acompanha a vida de um jovem recluso que é obcecado por catar no lixo “artefatos” de uma conspiração que parece existir apenas na sua cabeça.

A obra também apresenta a vida de um fracassado padre católico que chega a uma pequena cidade cheia de segredos obscuros.

As histórias de ambos vão se entrelaçar em torno de uma misteriosa lenda, trazendo a morte e a loucura em seu rastro.

Positivo/Negativo

Embora o celeiro seja um elemento coadjuvante na maioria dos trabalhos de Jeff Lemire, aqui ele é protagonista. O que era somente uma lenda, torna-se um delírio palpável e um mistério que assombra a vida de dois homens: o paranoico Norman, sempre em busca de objetos que possam comprovar suas teorias, e, em paralelo, um padre que é enviado para a pequena cidade de Gideon Falls.
O celeiro negro, com suas aparições e segredos, irá unir os dois personagens – que buscam entender a sequência de estranhos eventos que está assombrando suas vidas.

O roteiro tem mistério, agilidade, questionamentos pertinentes sobre a fé e a razão, personagens interessantes que revelam-se gradualmente e uma trama muito bem organizada e consistente.

O desenho de Sorrentino, quando trata da realidade, não agrada muito – principalmente pelos “ruídos” no preto e por seus personagens “congelados”. Porém, quando a trama entra nos sonhos, delírios e no terror do celeiro, tudo que se deseja é ficar admirando a sua técnica.

Há sequências frenéticas e psicadélicas, com representações atormentadoras. Além disso, as cores de Dave Stewart são igualmente incríveis nesses momentos, abusando do vermelho, que se torna quase um sinal de alerta ao longo da história.

Apesar das ressalvas em relação ao desenho do Italiano, a sua narrativa gráfica é fluida e, ao mesmo tempo, dosa bem a condução do suspense.

A dupla de criação, já famosa por Arqueiro Verde e Velho Logan, cria uma história envolvente, com momentos sombrios e psicologicamente perturbadores.
A edição é com capa dura, boa impressão e traz uma galeria de capas variantes.

Talita Grass









WOLVERINE ARMA X vol. 2: DEMENTE



WOLVERINE ARMA X 
vol. 2: DEMENTE 

Argumento de Jason Aaron e ilustrações de Yanick Paquette

Desde a sua juventude que Wolverine tem sido tudo menos normal, enquanto viaja pelo mundo e se apaixona, ou se envolve em conflitos e perde o seu amor, no meio da mais antiga das profissões: assassino implacável. Mas, mesmo depois de um século desta vida brutal, conseguiu reflectir sobre as suas memórias, e finalmente, entender verdadeiramente quem ele é... e aquilo que ele é.

Mas agora perdeu tudo isso, memórias e compreensão, e está preso numa cela acolchoada, num asilo para loucos como nenhum outro. Sem memória de quem é, ou de como ali chegou, Wolverine está a mercê do misterioso Dr. Rottwell e dos seus guardas sádicos. E, enquanto Wolverine luta para descobrir quem ele realmente é, e como foi parar a um sanatório cheio de assassinos psicopatas, torna-se claro que os objectivos do Dr. Rottwell são tudo menos altruístas. Conseguirá Wolverine voltar aos seus sentidos antes de sucumbir a uma das terríveis curas do doutor?

Se o primeiro volume de Arma X era como um filme de acção intenso, o segundo volume é um filme de terror ainda mais intenso!

Jason Aaron e Yanick Paquette

Jason Aaron é um dos mais aclamados escritores de comics actuais (Thor, Scalped, Southern Bastards), e Wolverine Arma X foi a primeira série em continuação que escreveu para a Marvel, e uma das que lhe granjeou maior sucesso. Jason Aaron pensou esta série "Arma X" como uma espécie de Marvel MAX, uma série de histórias talvez um pouco mais violentas do que o costume, e quase completamente separadas do universo Marvel e da sua cronologia regular (mesmo que ocasionalmente apareçam outra personagens). Uma série que é, portanto, ideal para leitores e fãs dos super-heróis da Marvel mais causais.

O Canadiano Yanick Paquette é um dos mais prestigiados ilustradores de comics actuais, com obras publicadas na maioria das grandes editoras americanas, e trabalhou em inúmeras séries de super-heróis, incluindo X-Men, Gambit, Liga da Justiça, Mulher Maravilha e muitas mais. Em Portugal, está editado um dos seus mais aclamados trabalhos, Mulher-Maravilha: Terra Um (com argumento de Grant Morrison), que lhe valeu um prémio Shuster (um prémio que distingue o trabalho de criadores Canadianos nos comics).


Reúne os números #6-10 da série Wolverine: Weapon X.
Formato comic deluxe (19 x 28), capa dura, 120 pgs. a cores.
PVP: 13€
ISBN: 978-83-65938-47-3









domingo, 28 de julho de 2019

TÁGIDE BD - Webcomic OSSADAS DO OFÍCIO


Webcomic 
OSSADAS DO OFÍCIO

A banda desenhada colectiva Ossadas do Ofício, realizada pelos autores do mais recente colectivo de BD do país, Tágide, é uma narrativa sequencial feita em sistema cadavre exquis, que o grupo tem partilhado no seu blogue.

Esta iniciativa, que visa ser mais um propósito para os frequentadores colaborarem entre si nos encontros, realizados quinzenalmente na sala multiuso na Quinta do Pátio d'Água (Montijo), ainda está no começo mas reúne as improvisações sequenciais de talentos como António Coelho, Daniel Maia, Jorge Rodrigues, Maria João Fanica, Mário André, Nuno Dias, Patrícia Costa, Rui Serra e Moura, Shania Santos e Susana Resende, e aguarda-se a participação por mais talentos, entre os quase trinta membros do colectivo.

A BD, que se quer insólita e experimental, pede 1/2 página A4 por autor, fundindo as intervenções gráficas em pranchas que são depois carregadas no blogue, em jeito de webcomic. Podem ler as páginas já carregadas (pg 1-3 e pg 4-5) em tagidebd.blogspot.com.

https://tagidebd.blogspot.com/2019/07/ossadas-do-oficio-i.html
https://tagidebd.blogspot.com/2019/07/ossadas-do-oficio-ii.html





Encontro da Tágide – 16 de Junho 2019

Na sexta-feira de 16 de Junho, aconteceu mais um encontro Tágide, o primeiro desde a apresentação do projecto no XV Festival Internacional de BD de Beja, o que resultou em casa cheia. Fora a presença dos frequentadores mais habituais e a visita por alguns menos regulares, o colectivo recebeu também estreantes no encontro vindos de diversos pontos da margem sul: Henrique e Duarte Gandum, criadores da série Congo, que nos apresentaram o 2º volume e materiais promocionais, filmados ao vivo e animados; Jorge “Rod” Rodrigues, desenhador de BDs e ilustrador humorístico, que colaborou em várias antologias (e.g. Zona, ModaFoca, Venham +5); João Raz, ilustrador e coordenador do canal Desenhos, Inks & Rabiscos e salão Barreiro IlustraBD; Pedro Cruz, autor de The Mighty Enlil, com um novo álbum de BD previsto para 2019, e ainda Sérgio Santos, autor e editor da revista antológica H-Alt.




sexta-feira, 26 de julho de 2019

NOVELA GRÁFICA 5 (2019) – O RASTO DE GARCÍA LORCA – com o jornal Público

NOVELA GRÁFICA 5 (2019)
com o jornal Público 
O RASTO DE GARCÍA LORCA 
Argumento de Carlos Hernàndez e El Torres 
Ilustrações de Carlos Hernàndez 

BDpress #505 - Recorte de imprensa sobre BD - no jornal Público



RECORDANDO GARCÍA LORCA

Novela gráfica
Novela Gráfica V – Vol. 4
O Rasto de Garcia Lorca
Argumento – Carlos Hernández e EI Torres
Desenhos – Carlos Hernández
Quinta-feira, 25 de Julho
Por+10,90€

Nome maior da poesia e do teatro espanhol e figura incontornável da cultura mundial, a quem a morte trágica deu uma dimensão mítica, Federico Garcia Lorca é o protagonista do quarto volume da colecção Novela Gráfica, que chega aos quiosques de todo o país no dia 25 de julho, mas que dois dias antes será objecto de uma apresentação e lançamento na Fundação José Saramago, com apresença de Pilar del Rio, uma das autoras do prefácio.

Se as biografias de escritores ou poetas são um tema bastante presente na novela gráfica espanhola contemporânea – basta pensar em Gente de Dublin, a biografia que Alfonso Zapico fez de James Joyce, publicada na colecção de 2018 – este O Rasto de García Lorca, para além de ser o primeiro, é diferente. Uma diferença que passa por traçar o retrato do poeta através da marca deixada por Garcia Lorca em todos os que com ele conviveram – desde figuras célebres como Buñuel e Dali, que não sai nada bem-visto, até personagens bem mais anónimas, como Eládio, o criado anão do Hotel em Havana, onde Lorca se hospedou – nos locais por onde passou: pessoas que partilharam a vida e a morte do poeta, em cidades como Granada, Madrid, Havana ou Nova Iorque.

O ilustrador Carlos Hernández, que tem aqui o seu primeiro trabalho de grande fôlego, aliou-se a El Torres, o premiado argumentista de O Fantasma de Gaudí, para traçar 12 momentos da vida de García Lorca. Doze peças de um puzzle que, uma vez juntas, apresentam ao leitor um retrato bastante nítido do fundador da Barraca.

Embora o nome dos dois autores apareça em pé de igualdade na capa, a verdade é que, como refere modestamente El Torres, foi Carlos "quem comandou o barco" enquanto ele, como vem na ficha técnica, se limítou a "limpar e dar brilho e esplendor" às suas ideias. Algo natural, pois Carlos Hernández é natural de Granada, como refere numa entrevista:

"Como granadino, Federico Garcia Lorca está no meu subconsciente e tem sido, desde que me lembro, o referente cultural da minha cidade, apesar das cinzas do passado e de um controverso silêncio de que a cidade ainda não se conseguiu de todo libertar. Lorca significa muito para qualquer um que tenha sensibilidade para sentir os seus passos naqueles recantos da cidade que ainda conservam o seu rasto."

Por isso, a história abre e fecha com as memórias de Alfonsito, um vizinho de Lorca, personagem inspirada no pai do próprio Carlos Hernández, que foi contemporâneo do poeta.

Dando mais uma vez a palavra a Carlos Hernández: "A premíssa inicial foi de não contar a sua vida como mais uma biografia, mas antes construir diferentes relatos biográficos com uma certa independência, de que Lorca é o protagonista elíptico, muitas vezes ausente e outras não, mas sempre reflectindo, através do olhar dos seus amigos ou conhecidos, esse magnetismo, vitalidade e carismática presença que encontramos nas descrições de todos aqueles que o conheceram em vida. Por isso, escolhemos os temas em função de diversas prioridades. Por exemplo, contar algo da sua viagem a Nova Iorque, a sua estadia em La Habana, falar de sua relação com Dali e Buñuel, a Residência de estudantes, relatar o seu dia-a-dia com a Barraca, e também mostrar a face sinistra de Granada, através do antigo soldado que se gabava de ter morto Lorca, uma história autêntica que as pessoas mais velhas da minha cidade ainda recordam."

Graficamente, Hernández, que fez um sólido trabalho de pesquisa, que dá grande veracidade à sua reconstituição de época, optou por um registo a sépia, que nos remete para as fotografias antigas, com resultados extremamente evocativos e poéticos.

Mas onde o seu trabalho brilha mais é em termos narrativos, em momentos como a (surreal, mas verídica) entrevista a Salvador Dalí, ou as memórias de Luís Buñuel, em 1928, em que as palavras dos dois são acompanhadas por imagens que remetem para o filme Un Chien Andalou, que Dalí e Buñuel realizaram.

João Miguel Lameiras




  



quarta-feira, 24 de julho de 2019

NOVIDADES LIVROS POLVO - ENTRE CEGOS E INVISÍVEIS de André Diniz - CADAFALSO de Alcimar Frazão

NOVIDADES LIVROS POLVO 
ENTRE CEGOS E INVISÍVEIS
de André Diniz 
CADAFALSO
de Alcimar Frazão
ENTRE CEGOS E INVISÍVEIS, André Diniz 

O LIVRO

Brasil, 1971. Enquanto percorrem a longa estrada de regresso a casa após o enterro do Coronel Gilberto Couto, o pai que nunca os reconheceu oficialmente, Jonas e Leona tentam observar o fenómeno da super-lua, anunciado pela rádio. Com eles seguem a mulher de Jonas e um misterioso estrangeiro, a quem deram boleia e do qual não se entende uma palavra. No decorrer desta viagem, a verdade sobre cada um vai sendo aos poucos revelada e vem-se a constatar que, afinal, as coisas não são exactamente aquilo que aparentam ser…

O AUTOR

Prolífico argumentista e ilustrador brasileiro de Banda Desenhada, André Diniz publicou mais de 30 títulos por diversas editoras do seu país, tendo sido também editado em França, Reino Unido, Polónia e Portugal, onde vive actualmente.

Desde 2000 já foi galardoado por cerca de uma vintena de vezes com os principais prémios brasileiros de BD. Na Polvo tem editado alguns dos seus trabalhos mais emblemáticos, como “7 Vidas – Diário de vidas passadas”, “Morro da Favela”, “Duas Luas”, “Que Deus Te Abandone”, “Olimpo tropical” ou “Malditos amigos”.

FICHA TÉCNICA

Entre cegos e invisíveis
Argumento e desenhos: André Diniz
120 pág., preto e branco, capa brochada com badanas
23,5 x 17 cm, €11,90 (IVA inc.)
ISBN 978-989-8513-97-7
Colecção: Romance Gráfico Brasileiro, n.º 26
Polvo, Junho 2019




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CADAFALSO, Alcimar Frazão 

O LIVRO

Nascimento, universo religioso, juventude, mundo do trabalho e morte são os temas presentes no corpo desta obra, e para abordá-los Alcimar Frazão transporta-se no tempo e no espaço, bebendo referências das artes visuais, da literatura e da filosofia existencialista. Nessa viagem, ora se movimenta por uma Florença do século 16, numa busca violenta pela imagem da perfeição; ora destila cinismo sobre a guerra civil e a sua má sorte na Barcelona de 1937; ora perde o compasso da percepção do tempo na urbanidade de São Paulo, no início dos anos 2000. Uma Porto Alegre contemporânea é o cenário do último conto, o único em que o personagem ao qual Frazão empresta a sua forma cede o protagonismo a outro: um homem de meia idade com uma visão muito particular sobre sua própria grandeza diante da fragilidade humana. Em Cadafalso, os personagens tentam a todo o custo sobreviver.

O AUTOR

Alcimar Frazão é autor de banda desenhada, ilustrador e artista gráfico, formado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Integra o colectivo de artistas independentes “Bimbo Groovy”, que reune autores de Banda Desenhada de São Paulo e Porto Alegre. Ilustrou vários livros e foi professor de desenho e história em quadrinhos, de 2007 a 2013, na Quanta Academia de Artes,a principal escola dedicada ao ensino, reflexão e produção de quadrinhos e ilustração no Brasil. Hoje actua como professor adjunto da escola, em projectos especiais. Foi um dos curadores das exposições “Linhas de Histórias, panorama do livro ilustrado no Brasil” (2011) e “HQBR21 – O Quadrinho Brasileiro do Novo Século” (2013), o primeiro panorama crítico da nova geração de autores brasileiros. Em 2013 lançou o álbum “Me &Devil” (edição de autor), editado em Portugal pela Polvo (2015) com o título “O Diabo e eu”, em Espanha pela NovoVinilo (2016) e reeditado no Brasil em edição de luxo pela Mino (2016). O seu “Cadafalso” foi considerado em 2018, pela crítica especializada, como “um dos projectos criativos mais expressivos da produção brasileira”.

FICHA TÉCNICA

Cadafalso
Uma obra de Alcimar Frazão com as contribuições especiais de:
Lourenço Mutarelli, Magno Costa, Dalton Cara e João Azeitona
120 pág., preto e branco, capa brochada com badanas
23 x 16,5 cm, €11,90 (IVA inc.)
ISBN 978-989-8513-96-0
Colecção: Romance Gráfico Brasileiro, n.º 27
Polvo, Junho 2019






 
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