quarta-feira, 30 de novembro de 2011

JOBAT NO LOULETANO – 9ª ARTE - MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA (XIX e XX) – SUA MAGESTADE EL-REY “O MOSQUITO” – SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA BD EDITADA EM PORTUGAL – TEXTOS DE A.J.FERREIRA

Após longa interrupção, devido ao Amadora BD e à mudança de fornecedor de Internet
retomamos a republicação das páginas d'O Louletano, por Jobat.
Aqui ficam as páginas publicadas em 3 e 10 de Agosto de 2004


9ª ARTE
MEMÓRIAS DA BANDA DESENHADA 
(XIX - XX)

Criterioso pesquisador e coleccionador, e simultaneamente reconhecido como um dos comentadores mais abalisados na área das histórias aos quadradinhos – HQ – A.J. Ferreira inicia hoje uma série de artigos que muito irá valorizar a coluna de texto desta página. Ao amigo de longa data, o reconhecimento do coordenador da secção 9a Arte. J.B.

Sua Magestade El-Rei
"O Mosquito" – 1
Subsídios para a história da BD editada em Portugal



A simples leitura da ficha técnica de O MOSQUITO logo nos mostra que estamos em presença de qualquer coisa muito fora do comum: naqueles l7 anos de vida e 1412 números publicados estão contidos alguns recordes no campo do jornal infantil em Portugal.

Claro que há muitos tipos de recordes, e os resultados das estatísticas estão à mercê da força da imaginação interpretativa. Pode, por exemplo, dizer-se que O AMIGO DA INFÂNCIA durou muito mais: 66 anos pelo menos. Mas era um mensário e a quantidade de números publicados terá sido metade do «enxame» de «Mosquitos», além de que a sua projecção no mundo infantil foi de tal modo discreta, que se poderá considerar próxima do zero. O PIM-PAM-PUM! excedeu-o de longe em anos de vida e em números publicados; mas não era um jornal independente, vivia na bolsa marsupial de O SÉCULO.

Recordista ou não, O MOSQUITO representava 28 volumes, segundo os procedimentos normais de encadernação, e ocupa um metro de prateleira. Chegou a ter uma difusão de 25 000 exemplares, e já no segundo ano de publicação exigia que a Litografia Castro trabalhasse em regime de dois turnos, com pessoal duplicado.

A tiragem do número do Natal de 1936, com 20 páginas, acumulada com o álbum de HQ «GUERRA NO PAIS DOS INSECTOS», causou atrasos que levaram meses a recuperar. Foi um sucesso, com S bem grande.

Surgiu em plena Idade de Ouro do Jornal infatil, bastando dizer que à data do seu aparecimento estavam em publicação o TIC-TAC, O SENHOR DOUTOR, O PAPAGAIO e o MICHEY. O MOSQUITO contribuiu com o último retoque para que essa Idade de Ouro atingisse o esplendor máximo.

Visto de fora, O MOSQUITO apresenta cinco fases, marcadas pela variação de formato. O que, no caso da primeira redução, em 1942, nos foi explicado (a nós, leitores) como uma consequência das dificuldades de obter papel em tempo de guerra. Mas as explicações editoriais subsequentes foram sendo cada vez menos convincentes.

Visto por dentro, nas linhas gerais da sua orientação, teve "O MOSQUITO" duas fases. A primeira obedece ao óptimo modelo concebido pelos fundadores, é fechada a colaboração portuguesa, mantendo razoável contacto com os leitores, e tem o grafismo de Cardoso Lopes. A segunda é uma fase de evolução (até à morte), é progressivamente aberta à colaboração portuguesa, perde o contacto com os leitores, e tem o grafismo de Eduardo Teixeira Coelho.
(Continua...)

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Sua Magestade El-Rei
"O Mosquito" – 2
Subsídios para a história da BD editada em Portugal

A primeira fase de "O Mosquito" durou seis anos e meio. Cardoso Lopes (cuidando do arranjo gráfico) e Raul Correia (escrevendo os textos), fazem praticamente tudo, sobre uma base de desenhos importados de fontes inglesas e espanholas.

Na contribuição inglesa sobressaíam Walter Booth*, Reg Perrott, Roy Wilson, Colin Merritt e Percy Cocking; na espanhola, Cabrero, Arnal e Arturo Moreno.

Algumas contribuições de textos de Fidalgo dos Santos, Irene Cardoso Lopes, Manuel Henriques Guimarães, «Velho Akélá», «Andorinha Sisuda», Pedro Sagunto (?) e Roberto Ferreira, e a contribuição artística de Ruy Manso e de Manuel - são uma gota de água no oceano. Os desenhos do próprio Cardoso Lopes limitam-se à capa do n.° 1, aos cabeçalhos, e a oito proezas do Zé Pacóvio... o equivalente a meia dúzia de números do TIC - TAC ou de O BÉBÉ, seus jornais anteriores.

Após dois anos foi introduzida uma secção charadística de António Ezequiel Antunes. Ao fim de quatro anos, Raul Correia admite dois suplentes (Lúcio Cardador e Orlando Marques) tão completamente enquadrados na forma basilar, que nada alteram ao aspecto ou ao sabor da revista.

A meio do sétimo ano, com a «aquisição» de E.T. Coelho, O MOSQUITO entrou na dita segunda fase. A importação de ilustrações estrangeiras para contos e novelas, cessou; Coelho ilustrava todas as histórias de texto. A importação de BD começa também a ser reduzida, pois são publicados trabalhos de Vitor Péon, depois de Jaime Cortez, do próprio Coelho, de Servais Tiago, José Garcês, Monteiro Neves e José Ruy. A BD espanhola é enriquecida com trabalhos de Emílio Freixas, dos três irmãos blasco, Puigmiquel, Blanco, Mestres, Iribarren, Roca, etc. Vão também aparecendo banda-desenhistas americanos, como John Lehti, Harold Foster, Darrell McClure, Dirk Knerr, etc.

Cardoso Lopes contrai interesses diferentes do jornalismo infantil e a sua actuação n'O MOSQUITO torna-se tão pouco significativa, que a sua saída passou despercebida. Raul Correia vai também gozando algum repouso (merecidamente), confiando na caneta operosa de um colaborador, José Padinha.

Progressivamente, O MOSQUITO adquire e intensifica uma obcecação pela história pátria e pelos clássicos da língua portuguesa. Fala cada vez menos à imaginação infantil e vai-se tornando num prolongamento da escola.

E deixou de ser o jornal infantil mais barato, relativamente. O último número de O MOSQUITO dava, por 1$50, oito HQ, e tinha a colaboração artística portuguesa limitada a E.T. Coelho. Na mesma semana o CAVALEIRO ANDANTE dava, por 1$80, quinze HQ, e tinha a colaboração de F. Bento, J. Garcês e J. Felix. O vigoroso «insecto» de 1936 tinha perdido a vontade de viver.

Renunciamos, por impraticável, a detalhar o conteúdo d'O MOSQUITO. Nele foram publicadas umas 1512 curtas histórias aos quadradinhos, completas num número; 250 QH de continuação; 381 contos e novelas; e numerosas secções de assuntos diversos, como sejam 425 cartas do «Avozinho» (Raul Correia). »

* "Pelo Mundo Fora", do ilustrador Inglês Walter Booth
(Continua...)

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ULISSES (XVI e XVII)
Texto e desenhos de Jobat



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terça-feira, 29 de novembro de 2011

A ARTE DE “AS AVENTURAS DE TINTIN” (O FILME) EM NOVO LIVRO ASA + EXPOSIÇÃO “UNIVERSOS DO ENTROPIA”

Na sequência da estreia do filme de Spielberg e na proximidade do Natal, as Edições ASA editam este livro. Aqui fica o material do press release recebido:

A ARTE DE
AS AVENTURAS DE TINTIN



A ARTE DE AS AVENTURAS DE TINTIN, que conta com prefácios de Steven Spielberg e Peter Jackson é um livro em capa dura e sobrecapa, profusamente ilustrado, que acompanha o lançamento do novo filme da Paramount Pictures e da Columbia Pictures, o qual tem como ponto de partida os álbuns de Tintin, o célebre repórter criado por Hergé e cujas aventuras a ASA tem vindo a publicar desde 2010.

A animação, efeitos visuais e design deste filme em 3D foram desenvolvidos pela Weta (responsável por filmes de sucesso como “O Senhor dos Anéis” ou “Avatar”), tendo o livro sido criado pelos mesmos artistas que transpuseram a obra de Hergé para o grande ecrã. Desde as primeiras ilustrações conceptuais às cenas tais como as vimos no ecrã, passando pelo material que foi sendo entretanto desenvolvido, este livro oferece uma visão única do processo criativo que envolve a feitura de um filme deste género.



Colecção: Tintin – Fora de Colecção
Nº de págs: 200
Autor: Cris Guise
Edição: cartonada com sobrecapa
ISBN: 978-989-23-1677-2
Edição limitada a 1000 exemplares
PVP: 35,30 Euros

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EXPOSIÇÃO 
“UNIVERSOS DO ENTROPIA” CARCAVELOS



Patente desde 26 Novembro e até 10 de Dexembro, a Exposição colectiva de Artes e de Artistas, “Universos do Entropia” pode ser visitada no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Carcavelos.

Com novos trabalhos e com um número alargado de Autores convidados, esta Exposição itinerante das Artes da Banda Desenhada, Cartoon, Caricatura e Fotografia marca presença no belo espaço para Exposições do Salão Nobre da Junta de Freguesia de Carcavelos.

Esta será portanto uma nova oportunidade para se apreciarem os trabalhos criativos de cerca de 20 Artistas, bem representativos da qualidade e diversidade artística existente em Portugal.

Autores Convidados:

Adelina Menaia
Álvaro
Ana Maria Baptista
Ana Saúde
Bruno Balegas
Bruno Ma
Bruno Martins
Catarina Guerreiro
Filipe Duarte
Gastão Travado
João Amaral
João Figueiredo
João Raz
João Sá-Chaves
João Sequeira
Manuel Alves
Melanie Romão
Miguel Ferreira
Nuno Sarmento
Paula Nunes
Paulo Marques
Pedro Manaças
Ricardo Correia

Horário da Exposição:
2ª a 5ª feira, das 9h00-13h00 + 14h00-16h30 + 18h00-20h00.
6ª feira, das 9h00-13h00 + 14h00-16h30.
Sábado, das 15h00 às 22h00.
Domingo – Encerramento semanal.

Localização:
Salão Nobre da Junta de Freguesia de Carcavelos – Estrada da Torre, 1483 – Carcavelos

Para ler a reportagem da inauguração e respectivas fotos ver o BLOGUE ENTROPIA
Fica aqui um "aperitivo" sacado do referido blogue:

Inauguração da Exposição, com a presença - da esquerda para a direita - de João Figueiredo (Grupo Entropia), Zilda Costa Silva (Presidente da Junta de Freguesia de Carcavelos), Paulo Marques (Grupo Entropia).

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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

BDpress #300: OS CINQUENTA ANOS DO QUARTETO FANTÁSTICO – Pedro Cleto no Jornal de Notícias


Jornal de Notícias, 15 Novembro 2011

UMA FAMÍLIA CINQUENTONA

QUARTETO FANTÁSTICO 
SURGIU HÁ 50 ANOS 
E RENOVOU UNIVERSO MARVEL

F. Cleto e Pina

Há 50 anos, era editada nos EUA Fantastic Four #1, um comic-book que renovou por completo o género de super-heróis e lançou as bases do universo Marvel que hoje conhecemos.

Na realidade, são diversas as opiniões acerca da data exacta de lançamento, por isso vale a data de Novembro impressa na capa da revista, que custava apenas 10 cêntimos de dólar e mostrava quatro super-heróis desconhecidos a combater um monstro que emergia do solo.

A inovação não advinha do conceito – os super-heróis já existiam há mais de duas décadas – nem da sua associação - o primeiro super-grupo, a Justice League of America, na época já fazia sucesso há quase um ano. O que tornava diferente o quarteto composto por Reed Richards, o senhor Fantástico, Sue Storm, a Mulher Invisível, Johnny Storm, o Tocha Humana e Bem Grimm, o Coisa, eram o modo como funcionavam como uma verdadeira família, partilhando o mesmo tecto e também os problemas do dia-a-dia (comuns aos seus leitores mortais): contas para pagar, necessidade de emprego, problemas de relacionamento ou a obrigação de assumirem as consequências dos seus actos. Reed, um génio inventivo, e a ponderada Sue surgiam como os sustentáculos do grupo, fazendo face às partidas constantes que Johnny, um adolescente tardio interessado em carros potentes e bonitas namoradas, pregava ao Coisa, permanentemente deslocado e conflituoso devido ao seu aspecto.

Ou seja, na prática, havia uma humanização dos super-heróis cuja popularidade estava na época em decréscimo acentuado, substituídos pelas histórias aos quadradinhos de suspense e de terror. No entanto, seguindo estas premissas, rapidamente voltariam ao topo da popularidade, surgindo nos meses seguintes o Homem-Aranha, Hulk, Demolidor ou X-Men.

Os criadores do Quarteto Fantástico foram Stan Lee, então há mais de 20 anos a trabalhar na futura Marvel Comics, e Jack Kirby, justamente considerado o “rei dos comics”, que desenhou mais de 2500 páginas das suas aventuras.

O número inaugural do Quarteto Fantástico, narrava a origem dos seus poderes, surgidos após o foguete em que se deslocavam ser bombardeado por raios cósmicos no espaço – numa colagem à corrida espacial que então opunha EUA e URSS - com consequências diversas para cada um dos seus componentes, que no entanto decidiram utilizá-los para ajudar a humanidade. Como complemento, no número de estreia havia o confronto com o Toupeira, a primeira de muitas ameaças que a “super-família” enfrentaria, com destaque para seres monstruosos e extra-terrestres, com o Doutor Destino, Galactus e os Skrulls à cabeça. A partir do terceiro número, o quarteto passou a ter uniformes, um quartel-general e o invulgar “fantasticarro”.

Com o passar do tempo, ao seu lado haveriam de surgir outros super-heróis como o Homem-Aranha, Surfista Prateado ou Namor, tendo alguns deles - She-Hulk, Luke Cage, o Homem-Formiga ou, recentemente, o Homem-Aranha - ocupado mesmo um lugar no Quarteto, por abandonos temporários, desaparecimentos misteriosos ou falecimentos (provisórios) provocados pela máquina de marketing da Marvel.

O sucesso de papel levou-os à televisão, em desenhos animados, logo em 1967, tendo sido diversos os regressos a este suporte ao longo das décadas. No entanto, só em 1993 é que ficou pronta a longa-metragem interpretada por actores de carne e osso, uma produção atribulada, candidata a pior filme de super-heróis de sempre, cuja exibição a Marvel proibiu. Por isso, a estreia do Quarteto Fantástico no grande ecrã – mesmo assim abaixo dos seus pergaminhos em BD - só teria lugar em 2005, num filme homónimo dirigido por Tim Story e protagonizado por Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans e Michael Chiklis, que regressariam dois anos depois em “Quarteto Fantástico e Surfista Prateado”.

Hoje, meio século depois da sua estreia, se Reed e Sue já foram pais por duas vezes (Franklin nasceu em 1968 e Valeria em 1999) e se já passaram pelas mãos de inúmeros autores, parece que o tempo não passou por eles e que tudo continua essencialmente na mesma, continuando no topo das preferências dos leitores que, com eles, se continuam a identificar.

(Caixa)

Moléculas instáveis

Se alguma vez se perguntou como estica a roupa do sr. Fantástico, por que é que Sue Storm não precisa de se despir antes de se tornar invisível ou porque não arde a roupa de Johnny quando se trsnforma no Tocha Humana, fique sabendo que não é o primeiro a fazê-lo.

Logo após a estreia do Quarteto Fantástico, um leitor escreveu a Stan Lee colocando aquelas questões. Socorrendo-se do génio inventivo de Reed Richards, o escritor introduziu em “Fantastic Four” #6 o conceito de “moléculas instáveis” que formariam um tecido capaz de se adaptar aos super-poderes de quem o usasse.

Dessa forma, Lee respondeu ao leitor e resolveu um outro problema: a fonte de receitas do Quarteto, que patenteou a invenção passando a fornecer o tecido aos seus colegas super-heróis da Marvel!


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Imagens da responsabilidade do Kuentro

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O Kuentro aconselha a leitura de Vitamina BD - O que se passa?, de Bongop no seu blog Leituras de BD
E também no mesmo blogue a referência à exposição UNIVERSOS DO ENTROPIA, uma exposição que decorre até 10 de Dezembro no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Carcavelos

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NOTA: Não foi nos possível fazer qualquer postagem no Kuentro durante a última semana devido a falhas sistemáticas do nosso anterior fornecedor de internet e consequente mudança para outro mais fiável (esperemos).

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sábado, 19 de novembro de 2011

FANZINE BDLP (BANDA DESENHADA DE LÍNGUA PORTUGUESA) LANÇADO NO AMADORA BD’2011

FANZINE BDLP #1 
- BANDA DESENHADA PORTUGUESA - 
LANÇADO NO AMADORA BD'2011


Foi lançado durante o Amadora BD deste ano um fanzine – o BDLP (Banda Desenhada de Língua Portuguesa) que pretende reunir, com periodicidade anual, autores de todos os países de língua portuguesa. O projecto nasceu durante o Luanda Cartoon de 2010 e foi concretizado este ano em co-produção do Grupo Extractus, de Portugal e o Olindomar Estúdios de Luanda. João Mascarenhas (português, nascido em Luanda e autor do célebre “Menino Triste”) e Lindomar de Sousa (angolano, um dos autores de “Cabetula” e um dos proprietários do Olindomar Estúdio) fizeram a apresentação informal.

De referir que o BDLP #1 esgotou no último fim-de-semana do Amadora BD’2011 e já vai na 2ª edição. O fanzine, cujo preço é € 5,00, pode ser pedido ao João Mascarenhas pelo amail: extractus@netcabo.pt



NOTA DE ABERTURA

A Banda Desenhada é uma das artes que acompanha o ser humano desde a mais tenra idade. Essa presença mantém-se durante toda a juventude e, naqueles que são privilegiados, durante toda uma vida. A paixão pela Banda Desenhada é algo que cruza continentes e oceanos. É exactamente essa paixão que reúne doze autores de três países lusófonos neste primeiro número do fanzine BDLP (Banda Desenhada de Língua Portuguesa). A ideia para a criação do BDLP nasceu em 2010, durante o Festival Luanda Cartoon, e a intenção é fazer um fanzine anual que englobe autores dos países lusófonos. Neste #1 colaboram Bocolo Daniel, Hermenegildo Pimentel, Júlio Pinto, Nelo Tumbula e Tiago Abrantes de Angola; Marcelo d'Salete do Brasil; Álvaro, GEvan, Joana Afonso, João Mascarenhas, José Dias e Rita Vilela de Portugal, sendo José Dias leitor da Universidade de Varsóvia (Instituto de Estudos Ibéricos e Iberoamericanos) e do Instituto Camões naquela cidade.

Foi criado um blogue para servir de contacto mais imediato com os leitores do fanzine, e cujo endereço é http://bdlp.blogs.sapo.pt, já que é sabido existirem cerca de 34 milhões de internautas da língua portuguesa em todo o Mundo.

Nos próximos números do BDLP pretende-se ter as colaborações de autores de mais países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O Português é uma das seis línguas mais faladas no Mundo. Isso poderá fazer com que as Bandas Desenhadas em Português sejam também elas umas das seis mais lidas do planeta.

extractus@netcabo.pt

2011

Álvaro, João Mascarenhas, Lindomar de Sousa, Machai Ferreira e Tiago Mena Abrantes 
no Amadora BD'2011

Algumas páginas deste BDLP #1:

Joana Afonso

Marcelo D'Salete

 Júlio Pinto (Angola) - com argumento de Rita Vilela (Portugal)

 Álvaro

Bocolo Daniel & Hermenegildo Pimentel (Angola) com argumento de Rita Vilela (Portugal)

 Nelo Tumbula (Angola)

 João Mascarenhas 

GEvan

Contracapa e capa do BDLP #1

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

LANÇAMENTOS ASA - NOVEMBRO DE 2011

E AÍ ESTÃO OS LANÇAMENTOS DA ASA PARA ESTE MÊS
UM POUCO ATRASADOS, MAS NÃO HÁ PROBLEMA


OS SOLTEIRÕES
Colecção: Humor
Nº de págs.: 48
Autores: Nelson Martins e Valéry Der- Sarkissian
Edição: brochada
Secretária num tribunal administrativo, Débora está só. Desesperadamente só. Assim como a Marisa, o Alex, o Filipe e muitos outros à sua volta.
Mas encontrar a alma gémea no século XXI é uma tarefa hercúlea. O grande amor tem de se merecer, sobretudo quando não damos por ele.
Tudo sobre os Solteirões é um álbum delicioso que vai ensinar a todos os celibatários, tenham a idade que tiverem, a pôr, com um sorriso, a corda à volta do pescoço.

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A ARTE DE UNDER SIEGE
Colecção: Autores Portugueses
Nº de págs: 64
Autores: Filipe Andrade e Filipe Pina
Edição: cartonada
Compilado neste livro está o melhor da arte produzida para Under Siege. Variados esboços, ilustrações, imagens 3D e esquemas mostram algum do trabalho que está por detrás da execução final de cada um dos muitos personagens, armas, acessórios e cenários.
Está também incluída a Banda Desenhada que fora distribuída apenas digitalmente e que serve de introdução ao universo de Under Siege.

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DRAGON BALL 14 – UMA NOVA AVENTURA
Colecção: Mangá
Nº de págs: 192
Autor: Akira Toriyama
Edição: brochada com capa brilho

DRAGON BALL 15 – RIVAIS PODEROSOS
Colecção: Mangá
Nº de págs: 192
Autor: Akira Toriyama
Edição: brochada com capa brilho

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ASTÉRIX – TUDO SOBRE TULLIUS VENENUS
Colecção: Astérix Fora de Colecção
Nº de págs: 48
Autores: Uderzo e Goscinny
Edição: cartonada com verniz localizado

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TINTIN E OS PÍCAROS
Colecção: Tintin
Nº de págs: 64
Autor: Hergé
Edição: cartonada
O Capitão Haddock, o professor Girassol e o Tintin recebem uma informação inacreditável: a célebre cantora Bianca Castafiore, em digressão pela América do Sul, foi presa em San Teodoro, acusada de participar num complô contra o regime do general Tapioca! Maior é a surpresa dos nossos amigos ao saberem que também eles são acusados de participar na trama. O capitão e o professor Girassol decidem ir a San Teodoro esclarecer o assunto. Mas Tintin, pressentindo uma armadilha do tenebroso Tapioca, recusa-se a viajar com eles. Será que Tintin vai deixar os dois amigos enfrentarem o general sem a sua ajuda?

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TINTIN E A ALPH-ART
Colecção: Tintin
Nº de págs: 64
Autor: Hergé
Edição: cartonada
Tintin e a Alph-Art é o último trabalho do criador de Tintin. Trata-se de um álbum com uma «quase» aventura, uma série de pranchas onde se vê o desenho e o texto do que, com tempo, haveria de ser mais um álbum para os fãs de Tintin. Aqui encontram-se muitos personagens já conhecidos de outras histórias, implicados desta feita numa intriga que envolve o mundo da arte moderna. Apesar de incompleta, não faltam a esta aventura os ingredientes habituais de humor, os trocadilhos, as críticas inteligentes, as alusões a factos verdadeiros e os mal-entendidos, que geram sempre, por parte do leitor, reacções de surpresa e de gargalhada.

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AS ÁGUIAS DE ROMA – LIVRO 3
Colecção: As Águias de Roma
Nº de págs: 64
Autores: Marini
Edição: cartonada
Marco e Armínio cresceram juntos.
Juntos experimentaram a autoridade e a disciplina de ferro de uma educação romana. Fizeram-se homens e soldados, tornaram-se irmãos. Mas o amor quebrou as suas juras e os seus caminhos divergiram. Agora, corre um rumor: Armínio, regressado à Germânia, às terras do seu povo, estaria a preparar uma rebelião contra Roma. Enviado como espião pelo imperador, saberá Marco ler no coração do seu amigo?

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KID LUCKY – O APRENDIZ DE COWBOY
Colecção: Kid Lucky
Nº de págs: 48
Autor: Achdé
Com uma camisa amarela, um lenço encarnado ao pescoço, uma mecha rebelde de cabelo e uma palha na boca, é Kid Lucky, ou seja, o nome Lucky Luke quando era pequeno. Na escola de Nothing Gulch, é mais rápido a fugir aos trabalhos do que a sua própria sombra! Este aprendiz de cowboy de palmo e meio está sempre pronto a descobrir as tradições do Oeste, os ensinamentos dos pioneiros, mas acima de tudo a divertir-se com os seus amiguinhos! É o nascimento da lenda do maior cowboy do Oeste (ainda em miniatura)!

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

BDpress #299: SEDE DA REVISTA “CHARLIE HEBDO” DESTRUÍDA POR TER PUBLICADO CARICATURA DE MAOMÉ NA CAPA – Pedro Cleto no JN


Jornal de Notícias, 3 de Novembro de 2011

SEDE DA REVISTA CHARLIE HEBDO INCENDIADA

ATENTADO É RETALIAÇÃO A UM NÚMERO DA PUBLICAÇÃO SATÍRICA COM MAOMÉ NA CAPA

F. Cleto e Pina

As instalações da revista satírica francesa Charlie Hebdo foram destruídas anteontem de madrugada por um incêndio causado por um cocktail Molotov, previsivelmente lançado por fundamentalistas islâmicos.

O atentado, que surge na sequência das ameaças que a publicação recebeu nos últimos dias, não foi reivindicado e terá sido a resposta ao número 1011 da revista, subintitulado “Charia Hebdo”, ontem posto à venda em França, que trazia na capa o profeta Maomé, “convidado” para o dirigir a propósito da vitória do partido islamista Ennahda nas recentes eleições tunisinas. Na caricatura, o profeta ameaça dar “100 chicotadas a quem não morrer de riso” e no miolo, a par das rubricas habituais, há diversos desenhos e artigos que têm os fanáticos religiosos como alvo.

Na sequência do atentado, os dois andares do edifício ocupados pela publicação ficaram completamente destruídos, bem como todo o equipamento informático. Ao mesmo tempo, o site da revista era vítima de pirataria informática, sendo substituído por uma mensagem integrista islâmica.

Apesar disso, a sobrevivência da revista não deverá estar em causa, uma vez que os seus arquivos em papel e digitais estavam noutro local. Entretanto, diversos jornais franceses ofereceram as suas instalações para alojarem provisoriamente a redacção da “Charlie Hebdo” tendo o presidente da câmara de Paris feito uma proposta no mesmo sentido.

Charb, o desenhador que dirige a revista, embora visivelmente afectado pelo sucedido, afirmou com algum humor: “Nós combatemos os integristas com desenhos, textos e papel… e o papel arde bem.” Na mesma linha, Luz, autor do desenho de Maomé, ironizou: “A primeira vez que um islamista se serve de um cocktail, é para enfiá-lo pela nossa garganta abaixo”.

O primeiro efeito do atentado foi uma corrida aos quiosques, tendo a “Charia Hebdo” esgotado em poucos minutos em muitos pontos de venda.

Surgida em 1970, como consequência da proibição pelo governo francês da “Hara-Kiri Hebdo”, nascida dois anos antes, como fruto dos ventos de mudança introduzidos pelas manifestações de Maio de 1968, a revista “Charlie Hebdo” adoptou desde sempre uma linha satírica, contundente e incómoda, sem poupar temas ou personalidades.

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Ver também em As Leituras do Pedro

Imagens da responsabilidade do Kuentro

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

WORKSHOP DE BANDA DESENHADA POR HUGO TEIXEIRA NO CENTRO DE ARTES DAS CALDAS DA RAINHA NO PRÓXIMO DIA 19

Comunicação do Centro de Artes das Caldas da Rainha recebido para divulgação


Workshop de Banda Desenhada | Centro de Artes | Caldas da Rainha
No mês de Novembro o Centro de Artes promove um ciclo de Workshops, no âmbito da Ilustração e Banda Desenhada, com o intuito de transmitir um conjunto de instrumentos essenciais para a iniciação desta área, valorizando novas experiências e incentivando a expressão plástica, através de diferentes técnicas.
Neste Workshop os participantes ficarão a conhecer as diversas etapas do processo criativo de elaboração de uma banda desenhada: conceptualização de um argumento de BD; esboço inicial da narrativa (storytelling), explorando personagens e cenários, variações de planos e balões; finalização da prancha e coloração, através de diferentes técnicas e métodos.
Material: o formando deverá trazer um bloco A3, lápis, canetas, aguarela, lápis de cor, etc…

WORKSHOP DE BANDA DESENHADA
19 de Novembro 2011 (Sábado)
Formador: Hugo Teixeira
Horário: 10:00h-13:00h e das 15:00h-18:00h
Destinatários: público em geral a partir dos 16 anos.
Inscrição validada mediante pagamento: 15€
Inscrições e informações:
Centro de Artes de Caldas da Rainha
Rua Dr. Ilídio Amado | 2500-217 Caldas da Rainha
262 840 540 – (Rita Sáez) centro.artes@cm-caldas-rainha.pt
Visite a nossa página no Facebook:

A inscrição do Workshop de Banda Desenhada só se encontra efectivada mediante pagamento, será necessário o nome completo, contacto telefónico, email, ter mais de 16 anos e contactar o Centro de Artes por email ou por telefone para saber se há vagas. A inscrição deverá ser paga no Centro de Artes (Atelier-Museu António Duarte no seguinte Horário: Segunda a Sexta 9h00-12h30 e 14h00-17h30 | Sábados e Domingos 9h00-13h00 e 15h00-18h00). Na impossibilidade de efectuar o pagamento, no Centro de Artes, poderá contactar o Formador Hugo Teixeira, através do email: hugo.rtx@gmail.com e tm: 917618530, para efectuar pagamento por transferência bancária, mas deverá inscrever-se previamente no Centro de Artes. Após a realização do Workshop, será passado um certificado de participação.

 Centro de Artes das Caldas da Rainha



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