segunda-feira, 31 de março de 2014

AMANHÃ (1 DE ABRIL E 2014) 358º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA

AMANHà
(1 DE ABRIL E 2014) 
358º ENCONTRO 
DA TERTÚLIA BD DE LISBOA
na casa do alentejo

Fausto Bruno Oliveira de Matos (Bruno Matos) 
nasceu em Benguela, Angola, a 29 de Agosto de 1975.


Veio para Portugal com apenas seis meses e antes de saber ler ou escrever já gostava de desenhar. As suas primeiras bandas-desenhadas foram criadas com cinco anos, com a preciosa colaboração da família que preenchia os balões com as frases dos personagens.

A paixão pelo desenho fê-lo participar em vários Salões Internacionais de Banda Desenhada na Amadora, de 1993 a 1998 e em 2000.

Ilustrou também duas obras do autor Alexandre Honrado 
(“Histórias que apanharam bicho” e “A gesta do Magriço”)

Licenciado em Relações Públicas e Publicidade com uma Pós-graduação em Produção de Televisão, trabalhou como redator da revista VER da Associação Nacional dos Óticos e na RTP onde exerceu funções de editor de vídeo, copy e produtor de conteúdos televisivos durante 14 anos.

Para além do desenho descobriu um enorme prazer na escrita, o que o levou a publicar a trilogia 5 Moklins pela Editorial Presença e o romance Illusya pela Saída de Emergência.

Atravessando uma nova fase de introspecção na vida, sentiu vontade de regressar ao mundo da banda-desenhada e ilustração que tinha sido um pouco abandonado com um personagem que criou aos quinze anos, o Lusitano!

Foi co-fundador do fanzine Luso Comix, juntamente com Nuno Duarte, onde o Lusitano surgiu pela primeira vez nos anos 90.

O primeiro super-herói 100% português tem atraído cada vez mais seguidores na Internet, onde as suas aventuras podem ser acompanhadas em www.lusitanobd.pt.




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sábado, 29 de março de 2014

O PRÉ 25 DE ABRIL – COMEMORAM-SE HOJE 40 ANOS SOBRE O “ENCONTRO DA CANÇÃO PORTUGUESA” (em recortes de imprensa)

Para ouvirem José Carlos Ary dos Santos, clicar em cima da imagem...

Não consigo identificar a menina da esquerda, depois, Manuel Freire, José Jorge Letria, Vitorino, Fausto, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes (?), a seguir uma menina que não identifico e as barbas de Luís Pedro Faro (?)...

UMA NOITE CANTADA QUE FEZ HISTÓRIA

Público, 26/03/2014 
José Jorge Letria 

Há quase 40 anos, uma canção fez com que uma noite entrasse na História.

Poucas vezes uma noite terá ficado na História, de forma tão inequívoca, graças a uma canção. A noite foi a de 29 de Março de 1974 e a canção foi Grândola, Vila Morena, de José Afonso.

Nessa data, menos de um mês antes do derrube da ditadura pelo Movimento das Forças Armadas e apenas 13 dias após a malograda tentativa de levantamento das Caldas da Rainha, a Casa da Imprensa organizou, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, o I Encontro da Canção Portuguesa, ocasião para a entrega dos Prémios de Imprensa referentes ao ano de 1973. Pela primeira vez iriam estar no mesmo palco, perante milhares de pessoas, os nomes mais representativos da canção que era uma forma activa de contestação do regime de Salazar/Caetano, da guerra colonial e de denúncia da máquina repressiva da ditadura e da privação dos direitos, liberdades e garantias fundamentais.

O espectáculo esteve para não se realizar até cerca das 22h desse dia 29 de Março, porque, além dos severos cortes da censura nos textos das canções, pairava sobre o evento a ameaça de proibição da Direcção-Geral dos Espectáculos, cujo responsável máximo, Caetano de Carvalho, tentou, até ao último momento, demover os cantores-autores do propósito de cantarem para as cerca de sete mil pessoas que enchiam por completo aquela emblemática sala lisboeta. Falo do que vivi intensamente como cantor e como elemento da equipa organizadora do espectáculo.

Por decisão expressa de todos os cantores presentes, o espectáculo fez-se e fez História, designadamente por ter terminado com uma interpretação colectiva de Grândola, Vila Morena, uma das poucas canções que, surpreendentemente, não tinham sido retalhadas pela censura, apesar de ser, logo na primeira quadra, um elogio e uma celebração da democracia e da liberdade. Zeca Afonso teria preferido cantar no fecho Venham mais cinco ou O que faz falta, por serem empolgantes canções de refrão. Grândola, Vila Morena foi a alternativa natural e histórica. Criada em 1964, há 50 anos, foi estreada em Santiago de Compostela em 1972. No final do espectáculo, com o Coliseu dos Recreios literalmente cercado pelas forças repressivas, milhares de pessoas saíram para as ruas da Baixa lisboeta pacífica e comovidamente, por terem tido a percepção clara de que aquele espectáculo e aquele remate musical prenunciavam a queda da ditadura, que a movimentação dos militares do MFA, já com o seu programa político aprovado, a 5 de Março em Cascais, por cerca de duas centenas de oficiais, talhava para o triunfo, que seria, inevitavelmente, o abrir de portas para o fim da guerra em África e para a efectiva democratização de Portugal, após 48 anos de ditadura.

Essa noite entrou na História, porque foi no final do espectáculo do Coliseu que os oficiais presentes escolheram a segunda senha do movimento libertador. Ficou também na História do Portugal contemporâneo por ter confirmado a importância da canção mais politizada e interventiva e dos seus autores e intérpretes no processo de consciencialização de largas camadas da população, cansadas de guerra, de repressão e de total falta de liberdade.

Em 28 de Março próximo, um espectáculo comemorativo marcado para o Coliseu, numa iniciativa da Associação José Afonso, com o apoio, entre outros, da Casa da Imprensa, recordará o que foi e o que significou essa noite, antecipando o 25 de Abril e a força transformadora que o fez triunfar.

Logo a seguir começará o mês de Abril, tempo de reencontro com a memória e com a História, tempo de partilha e de mobilização para os combates que a defesa da democracia, da cidadania e da soberania nacional reclamam. A recordação das canções que ajudaram a fazer História, como antes a fizeram A Marselhesa, A Internacional ou O povo unido jamais será vencido, deverá ser a verdadeira banda sonora de uma dinâmica comemorativa capaz de renovar energias e vontades, em nome de tudo aquilo a que Portugal e os portugueses não podem, nem devem renunciar.

Há quase 40 anos, uma canção fez com que uma noite entrasse na História. A força e o alcance dessa canção não se esgotaram. Ela já mostrou que pode continuar a fazer História, porque, não esquecendo o passado, é sempre do futuro que continua a falar, por ser intemporal e universal e o que nos diz.

 Carlos Paredes

Não identifico o homem da viola (à esquerda) seria Vitorino, José Jorge Letria, Fausto, Manuel Freire, José Afonso e Adriano Correira de Oliveira

José Barata Moura, Vitorino, José Jorge Letria, Manuel Freire, Fausto, José Afonso e Adriano Correia de Oliveira

Manuel Freire

José Carlos Ary dos Santos

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40 ANOS DEPOIS, ENCONTRO DA CANÇÃO 
VOLTA AO COLISEU DE LISBOA

Será reeditado o espectáculo que a 29 de Março de 1974 transformou "Grândola, Vila Morena" numa das senhas do 25 de Abril, avança a edição de hoje do jornal "Expresso".

A Associação José Afonso e a Casa da Imprensa preparam-se para reeditar o I Encontro da Canção Portuguesa que a 29 de março de 1974 juntou nomes como José Ary dos Santos, Fernando Tordo, Manuel Freire, Fausto, Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira. O espetáculo terá lugar a 28 de março deste ano, no Coliseu de Lisboa.

A notícia é dada pela edição de hoje do "Expresso", que assegura que a edição comemorativa dos 40 anos do evento será pautada por várias ausências. "Alguns como José Barata Moura e Carlos Alberto Moniz nem chegaram a ser convidados. Outros, como Fausto, Fernando Tordo ou Vitorino estavam indisponíveis", refere o semanário. Também José Mário Branco e Luís Cília, que não estiveram presentes no Encontro de 1974 por se encontrarem fora do país, não deverão atuar este ano. A Associação José Afonso assegura, contudo, que todos os participantes de 1974 serão convidados a comparecer.

No novo espetáculo, misturam-se gerações. Nomes como Filipa Pais, Amélia Muge, João Afonso e Ester Merino vão juntar-se aos "veteranos" Manuel Freire, Janita Salomé e Sérgio Godinho, entre outros.

Em 1974, mais de cinco mil pessoas assistiram ao I Encontro da Canção Portuguesa, sob forte vigilância da polícia. "Grândola, Vila Morena", canção de José Afonso (incluída em Cantigas do Maio , de 1971, e interpretada pela primeira vez ao vivo em Santiago de Compostela, na Galiza) foi então entoada espontaneamente pela audiência e, posteriormente, escolhida por militares como uma das senhas de arranque da Revolução dos Cravos.

Excerto da reportagem do diário "A Capital", na edição de 30 de março de 1974:

"Cinco mil pessoas, de pé, deram os braços e em toda a sala do Coliseu se cantou, em coro com José Afonso, 'Grândola, Terra [sic] Morena'. (...) A multidão que já ouvira, na primeira parte do espectáculo, o quarteto de Marcos Resende, o conjunto espanhol Viño Tinto, o duo Carlos Alberto Moniz-Maria do Amparo (...) Manuel José Soares, Carlos Paredes e o poeta José Carlos Ary dos Santos teve uma segunda parte em cheio. (...) Na segunda parte, subiram para o palco ao mesmo tempo, e depois da apresentação feita por Joaquim Furtado, Manuel Freire, José Barata Moura, José Jorge Letria, o quarteto Introito, Fernando Tordo, Adriando Correia de Oliveira e José Afonso. Cada um, por sua vez, chegou ao microfone e interpretou as suas canções.

O público começou então a participar no espectáculo. De tal modo que, quando José Jorge Letria se preparava para cantar a sua segunda canção, foi ele que teve de acompanhar o espectacular coral de cinco mil pessoas que lhe impuseram a canção. As palavras que Letria disse antes de começar a cantar, quando referiu a necessidade de todos cantarem juntos, foram proféticas. De tal modo que, quando José Afonso se aproximou dos microfones e disse que só ia cantar uma canção, 'Grândola, Terra [sic] Morena', os seus companheiros de espectáculo aproximaram-se, deram os braços e, de imediato, a sala toda se levantou, imitou-os e entoou com eles o canto alentejano, acompanhado a voz com o ritmado do corpo balançado. Filas e filas da plateia, das bancadas, dos camarotes, das galerias, eram massas de gente, de braços dados como que a participar de um fantástico cerimonial. Depois, José Afonso ainda cantou 'Milho Verde' e voltou a repetir-se 'Grândola', repetindo-se o mesmo espectáculo impressionante, com a sala às escuras com as luzes de gala do Coliseu acesas."

Revista "Cinéfilo" nº 27, de 6 de Abril de 1974

Grândola Vila Morena a 5.000 vozes

Vejam lá bem no que se estão a meter...

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sexta-feira, 28 de março de 2014

AMANHÃ DIA 29 – NA FNAC (Norte Shopping) – REEDITAR OS CLÁSSICOS DA BD – COM PEDRO CLETO E MANUEL CALDAS


REEDITAR OS CLÁSSICOS DA BD
COM PEDRO CLETO E MANUEL CALDAS
NA FNAC (Norte Shopping)
AMANHÃ DIA 29 

Amanhã, sábado, dia 29 de Março, a FNAC promove na sua loja do Norte Shopping, em Matosinhos, uma conversa entre Pedro Cleto, crítico e divulgador de banda desenhada, e Manuel Caldas, responsável pelo restauro e a reedição cuidada de clássicos dos quadradinhos como o Príncipe Valente, Lance, Cisco Kid, Krazy Kat ou Tarzan.




De forma informal, será possível espreitar as questões em torno da edição actual de obras que marcaram a História da banda desenhada e perceber como é possível partir de páginas antigas de jornais para obter o traço definido ou o colorido original perfeitamente restaurado que Manuel Caldas tem posto à disposição dos leitores da Libri Impressi.
O Príncipe Valente, de que Caldas é um dos maiores especialistas mundiais, e Tarzan, de que está a terminar o primeiro volume com as tiras diárias de Russ Manning, passarão também pela FNAC.
Apareçam para recordar ou descobrir grandes obras dos quadradinhos.

Manuel Caldas

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quinta-feira, 27 de março de 2014

ÀS QUINTAS FALAMOS DO CNBDI NO KUENTRO (37) – EXPOSIÇÕES (16) – OESTERHELD – O HOMEM COMO UNIDADE DE MEDIDA + BOLETIM D’INFORMAÇÃO #10


Boletim D’informação – BD'/10



EXPOSIÇÕES – 15
24 de Outubro de 2009 a 26 de Fevereiro de 2010

HÉCTOR GERMÁN OESTERHELD
O Homem como Unidade de Media

Editor, jornalista, escritor, argumentista, nascido em Buenos Aires em 23 de Julho de 1919 e desaparecido às mãos da ditadura militar em 1977, presumivelmente assassinado em 1978. Era filho de Fernando Oesterheld, de origem alemã e de Elvira Ana Puyol, de origem catalã.

ALGUMAS PÁGINAS DO CATÁLOGO




AS FOTOS
(de Dâmaso Afonso)












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