segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

REPORTAGEM – RETROSPETIVA FERNANDO RELVAS – HORIZONTE, AZUL-TRANQUILO – BEDETECA DA AMADORA 14 DE JANEIRO



REPORTAGEM
RETROSPETIVA FERNANDO RELVAS
HORIZONTE, AZUL-TRANQUILO
BEDETECA DA AMADORA
14 DE JANEIRO


__________________________________________

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O Mosquito» e «Chicos» - AS PUBLICAÇÕES INFANTO-JUVENIS QUE ABALARAM A PENÍNSULA IBÉRICA (parte 9 e última) – por José Ruy

AS PUBLICAÇÕES 
INFANTO-JUVENIS
QUE ABALARAM A PENÍNSULA IBÉRICA

«O Mosquito»
e
«Chicos»
(parte 9 e última)

José Ruy 

OS ALMANAQUES

Consuelo Gil lançou o primeiro Almanaque de «Chicos» em 1941. Pelo êxito alcançado saíram mais dez durante a década seguinte. Também, quatro anos mais tarde «O Mosquito» editou o seu Almanaque, muito apreciado entre nós. Sem se copiarem, as duas publicações iam paralelamente seguindo caminhos convergentes. 


Capa do «Almanaque Chicos» de 1943 pintada por Jesus Blasco.

 À esquerda, anúncio ao Almanaque n’«O Mosquito» onde podemos ver o desenho de ETCoelho só a preto e branco.

Na permuta de cedência de direitos entre as duas publicações, enquanto que o Cardoso Lopes enviava provas das ilustrações em papel cristal, que por ser transparente servia de fotólito para «Chicos», em Espanha como não conseguiam provas com a qualidade indispensável, Consuelo Gil mandava os próprios originais.

Como disse atrás, Blasco tinha direito à devolução dos seus originais depois de publicados em «Chicos». Mas devido a esta necessidade emprestava-os para serem reproduzidos n’«O Mosquito». E alguns ficavam esquecidos em Portugal.

Quando após a partida do Tiotónio para o Brasil, me apercebi que os originais do ETCoelho estavam a ser alienados e a desaparecerem, resolvi guardar tudo o que ainda restava, inclusivé os desenhos do Blasco da Anita Diminuta.

No envólucro do pacote onde estavam esses desenhos tinha a identificar o conteúdo um autógrafo da própria Consuelo Gil que também conservei.


Por isso em 1984 na «Feria del Comic» desse ano, em Barcelona aproveitei levar esses originais para entrega-los em mão ao Blasco, que ficou emocionado, recordando esses bons tempos e que pensava terem-se perdido.

Também em 1987 entreguei ao ETCoelho os originais (que ele antes dizia não se interessar) das capas e ilustrações das novelas que fizera para «O Mosquito», quando os doou à Autarquia da Amadora. Encontram-se hoje no bunker da Bedeteca da Amadora em excelentes condições de conservação.

Alguns dos perto de 5000 originais que ETCoelho doou à Amadora. 

As ilustrações que apresento fazem parte do acervo depositado na Bedeteca da Amadora, e foram todas também publicadas em «Chicos».

Muitas vezes «Chicos» alterou o seu formato para uma melhor economia do papel. Como o jornal sempre foi impresso em rotativa, Consuelo Gil mandava cortar as bobinas de modo a que com o exedente conseguisse imprimir outras publicações, igualmente de formatos muito variados.

N’«O Mosquito» essas alterações no tamanho eram conseguidas de outra maneira, pois o Tiotónio encomendara a máquina Offset à medida do jornal em folha aberta. Assim ele economizava dobrando a folha ao meio reduzindo o formato das páginas.

Não tinha alternativa.

FIEL ATÉ AO FIM

ETCoelho foi fiel colaborador de «O Mosquito» e de «Chicos» até ao final destas publicações que tanto ganharam com o seu talento.

Quando «O Mosquito» em Portugal suspendeu a sua publicação, a historia em quadrinhos que estava a desenhar, «São Cristóvão», um conto de Eça de Queirós, ficou interrompida. Até hoje.

  

Na fase final de «Chicos» ETCoelho desenhou histórias inéditas para essa prestigiada revista.



Uma aventura de Falcão Negro, um dos «heróis» de tanto êxito em «O Mosquito», foi desenhada de propósito para «Chicos», já a publicação portuguesa tinha terminado.



Também «Bodas Indias», uma deliciosa história que se manteve inédita em Portugal, como tantas outras, até que neste ano de 2016 o qualificado Editor Manuel Caldas recuperou os desenhos com excelente definição, pois os originais estão em parte incerta, e publicou-a conjuntamente com «A Lei da Selva» num notável álbum a não perder.


Não tenho dúvidas quanto ao abalo que «Chicos» produziu em Espanha, como também em Portugal, devido à parceria com «O Mosquito».

Comprova-o o facto de em 2002 o «Ministerio de Educación, Cultura y Déporte» ter editado um livro evocando «Chicos» e considerando ter sido a melhor publicação do género editada em Espanha no século XX. E destacam a colaboração genial de ETCoelho.

O mesmo, estou à vontade em afirma-lo, se passou em Portugal com «O Mosquito». Nesse século XX onde se deram tão grandes acontecimentos, para o bem e para o mal, este jornal abalou o parque editorial infantil, não só pela qualidade do seu conteúdo como pelo tempo que se manteve em publicação e a grande tiragem que alcançou, não mais igualada neste tipo de publicações.

Este abalo ficou também a dever-se à colaboração vinda de «Chicos», a revista irmã, com quem se manteve sempre de mão dada.

Por isso tem havido várias tentativas para ressuscitar o seu fascinante título, e tem justificado o tanto que se tem dito, escrito e editado sobre ele.

José Ruy
Setembro 2016

_________________________________________________________

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

REPORTAGEM DO 391º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA (3Janeiro2017)


REPORTAGEM 
DO 391º ENCONTRO 
DA TERTÚLIA BD DE LISBOA 
(3Janeiro2017) 

CONVIDADO ESPECIAL 
SÉRGIO MARQUES



Nasceu em Paris (França) em 1988 e reside em Portugal desde 2002. Licenciado em Design de Comunicação e Mestre em Ilustração, Sérgio Marques tem desenvolvido trabalho no campo da ilustração editorial para diversos jornais e revistas nacionais, tendo igualmente trabalho publicado em França e Espanha. Foi premiado em 2013 com a selecção da sua ilustração “JORGE AMADO” (in Diário de Notícias) para a edição do World Press Cartoon, do mesmo ano. Em 2015 o álbum “CRUMBS” no qual colaborou ilustrando uma narrativa de Mário Freitas, foi premiado como “Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira” pelo Festival de Banda Desenhada AMADORA BD. Em 2016 o álbum de Banda Desenhada “Fósseis das Almas Belas” que ilustrou, uma vez mais escrito por Mário Freitas, foi vencedor do Prémio “Melhor Argumento” atribuído pelo mesmo Festival de Banda Desenhada AMADORA BD. Actualmente está de novo envolvido e dividido entre projectos de carácter editorial e projectos pessoais (banda desenhada).

Hotel Hell

Imaginem que morreram e em vez de chegar aos portões dourados, visitam em vez disso, o Hotel Hell, onde cada hóspede prova o seu pior pesadelo vezes sem conta para toda a Eternidade no seu quarto!
Este é uma comédia dramática sobre Lúcifer, que chefia o Hotel e que recebe as visitas inesperadas de Jesus para inspeccionar o Hotel e do seu filho Damian que vive com a sua ex mulher.
Várias peripécias ocorrem, mas o Fim dos Dias está a chegar quando o Hotel estiver lotado e adivinhem?
...é época Alta ;)
Escrito de maneira soberba por André Mateus, esta é uma viagem incrível!

André Mateus
Argumentista

Nasceu em Lisboa, a 26 de Fevereiro de 1990, e cresceu a ler bandas desenhadas dos anos 90, a ver filmes dos anos 80 e a ouvir música dos anos 70, acabando por tropeçar na direcção dum curso de Ciências da Cultura na Faculdade de Letras, e depois num de Escrita para Cinema, TV e New Media na Restart.

Como escritor, publicou alguns contos em colectâneas e antologias, e como guionista foi o autor da curta-metragem “Ciao Bambino” e trabalhou no talk show “É a Vida, Alvim” do Canal Q.

No mundo da BD, contribuiu para a webzine “H-alt”
e as antologias “FutureQuake”, “100% Biodegradable” e “Dark House”. Foi um dos vencedores do segundo concurso “Breaking Into Comics” da editora Darby Pop Publishing, tendo uma história curta no primeiro número da Women of Darby Pop Anthology. Acaba de lançar a sua primeira mini-série em banda desenhada, “Hotel Hell”, juntamente com o ilustrador Pedro Mendes.

https://www.behance.net/andre3m
http://andre3m.tumblr.com/

Pedro Mendes
Desenhador de BD

Oriundo de Lisboa, Pedro Mendes soube desde tenra idade que queria desenhar como profissão, ao invés de outros amigos que sonhavam ser astronautas. Desde essa altura, ao ver um livro de banda desenhada pela primeira vez, sentiu que era amor à primeira vista.

Depois de um longo mas agradável desvio de percurso nos Fuzileiros, voltou em força à ilustração, colaborando para a webzine H-alt nos números 2, 3, e 4, e para o segundo número da antologia The Grime, onde conheceu o argumentista escocês James McCulloch, que o recrutou para desenhar os três capítulos da sua mini-série, “Little Girl Black”.

Pelo meio, desenhou ainda “Good Samaritans #2” e obteve o 2º prémio no 26º Concurso Nacional de Banda Desenhada, organizado pelo festival Amadora BD em 2015, bem como o 3º prémio no Concurso de Banda Desenhada de Odemira, no início de 2016. Lança agora, em conjunto com o argumentista Andre Mateus, o primeiro número da mini-série “Hotel Hell”.

pedro.creation@gmail.com
https://www.facebook.com/PedroMendesArt

__________________________________________________________

Comic Jam

Participantes:
1 - Sérgio Marques 
2 - Fábio Veras 
3 - Filipe Duarte 
4 - Andreia Rechena 
5 - Sandro Ferreira 
6 - Sérgio Santos

__________________________________________________________

FOTOS





 
 




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________________________

FOTOS
(Àlvaro)






























__________________________________________________________

 
Locations of visitors to this page