domingo, 27 de dezembro de 2015

GAZETA DA BD #52 – NA GAZETA DAS CALDAS – 2ª COMIC CON PORTUGAL 2015 – NA EXPONOR DE MATOSINHOS


Gazeta da BD #52
Gazeta das Caldas, 25 de Dezembro de 2015-12-27
Jorge Machado-Dias

2ª COMIC CON PORTUGAL 2015
NA EXPONOR DE MATOSINHOS
Um Conceito Americano de Festival de BD aplicado a Portugal


Enquanto os europeus criaram os Festivais de Banda Desenhada, os americanos criaram as Convenções de Comics (Comic Conventions, ou abreviadamente Comic Con). São conceitos com bastantes diferenças, embora tendam a unir, cada vez mais, algumas das dissemelhanças, sobretudo na Europa, quase sempre em busca das novidades em que os americanos são pródigos.

As Convenções de Comics juntam num festival não só as criações dos comics (bandas desenhadas) impressos, como os seus resultados fílmicos em que os americanos são igualmente profícuos. Mas também todos os produtos daí derivados, como jogos de computador, séries televisivas, merchandising, brinquedos, concursos e torneios de jogos, divulgação e lançamento de novos filmes e séries de televisão, etc... Daí que se designem como Convenções de Cultura Pop (Cultura Popular) e abarquem tudo o que diz respeito a esse tipo de publicações, filmes ou séries de TV, sendo que a característica mais conhecida, denominada Cosplay (Costume Play, ou jogo de vestimentas), uma invenção americana dos anos de 1930, depois fortemente implementada no Japão e que leva os fãs a vestirem-se de acordo com os seus heróis preferidos.

Assim, em 2014 realizou-se o primeiro Comic Con Portugal, na Exponor, em Matosinhos. Reuniu cerca de trinta mil visitantes, ultrapassando largamente este número em 2015, para cinquenta e três mil, durante os três dias que durou o evento – 3, 4 e 5 de Dezembro. Começa a afirmar-se assim como o maior “festival” de Banda Desenhada em Portugal, ultrapassando o Festival da Amadora, com os seus já crónicos trinta mil visitantes, mas que não se sabe nunca se foram esses números ou não. Isto embora os conceitos destes eventos sejam bastante diferentes. A Comic Con Portugal reúne, não só os habituais editores e livreiros de BD portugueses, como consegue a presença na Exponor de actores estrangeiros de filmes e séries de TV baseados nos comics americanos, autores de comics (portugueses sobretudo) e outros protagonistas desta “indústria”. Anda não visitei a Comic Con Portugal mas, ao que parece, não existem quaisquer exposições de originais de BD neste tipo de eventos, ao contrário dos Festivais tradicionais europeus, que são basicamente oraganizados em torno das exposições de originais.

“Ter conseguido chegar a estes números de visitantes vai permitir que nos próximos anos (o Comic Con Portugal está garantido pelo menos até 2018) possamos ter impacto internacional e trazer mais convidados e vedetas estrangeiras”, subinhou Paulo Rocha Cardoso, director da Comic Con Portugal.

Houve filas enormes e muita ansiedade para ver Natalie Dormer, para fazer-lhe uma pergunta, pedir-lhe um autógrafo e um selfie pronto-a-usar no Facebook. A actriz de Game of Thrones e The Hunger Games foi o centro das atenções do segundo dia (sábado) da Comic Con Portugal deste ano. O mesmo aconteceu, mas em menores dimensões, com outras celebridades, como Morena Baccarin (actriz brasileira radicada nos EUA e a nova contratação da série Gotham), ainda na sexta-feira; Seth Gilliam (The Walking Dead), no sábado; Paul Blackthorne (Arrow) e o elenco principal da série Da Vinci’s Demons, no domingo.

São portanto a presença de celebridades fílmicas, as maiores atracções neste tipo de “festivais” e não os autores, como nos Festivais europeus, embora estejam sempre presentes. Sublinhemos que o maior e mais popular evento deste género é o Comic Con de San Diego, na costa oeste dos EUA e que reune anualmente cerca de cento e cinquenta mil visitantes. Refira-se, já agora, que o Festival de BD de Angoulême, em França, congrega cerca de trezentos mil visitantes por ano nos quatro dias em que decorre.

Durante o fim-de-semana não faltaram portanto curiosos na Exponor (portugueses, mas também espanhóis, franceses e ingleses), como se de um enorme parque de diversões se tratasse. Uns eram caricaturados por ilustradores especialistas neste tipo de desenho, outros cantavam karaoke, caçavam autógrafos, jogavam videojogos ou viam peças originais de filmes do cinema fantástico em exposição, como as lâminas de Freddy Krueger de Pesadelo em Elm Street; enquanto outros arrastavam zombies por uma corda, imitando a personagem Michonne de The Walking Dead. Como escrevi acima, os cosplayers são uma parte importante destes eventos – um dos visitantes fez mesmo a sua própria armadura de Iron Man em casa, durante sete meses.

Mas existem também prémios para a banda desenhada, os Galardões Anuais do Comic Con Portugal, que foram atribuídos este ano do seguinte modo:

Galardão Anual Comic Con Portugal 
“Volta – O Segredo do Vale das Sombras”, de André Oliveira e André Caetano (Polvo)

e

Excelência na Ilustração de BD 
André Caetano, em “Volta – O Segredo do Vale das Sombras” (Polvo) 


Excelência na Escrita de BD 
​David Soares, em “Sepultura dos Pais” (Kingpin Books) 


Excelência na Criação de Curtas de BD 
"Omega", de Nuno Duarte e Ricardo Venâncio, da antologia “Crumbs” (Kingpin Books) 


Excelência na BD em Português de Autores Estrangeiros 
A Arte de Voar, de Altarriba e Kim (Levoir)

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Natalie Dormer - no Comic Con 2015 e em Game of Thrones (Guerra dos Tronos na versão portuguesa)

Morena Baccarin (actriz brasileira radicada nos EUA e a nova contratação da série Gotham)









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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

REPORTAGEM DO 378º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA – ANO XXX – 1 DE DEZEMBRO DE 2015


REPORTAGEM 
DO 378º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA 
ANO XXX
1 DE DEZEMBRO DE 2015

 
 
 

Comic Jam de 1 de Dezembro de 2015


Autores participantes:
1 - Ana Oliveira
2 - Joana Duarte
3 - Luís Vilhena
4 - Nuno Duarte
5 - Miguel Montenegro
6 - Álvaro

FOTOS
(de Álvaro)



















 





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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

UM BOM NATALIS INVICTI SOLIS PARA TODOS


UM BOM NATALIS INVICTI SOLIS 
PARA TODOS!!!

Vale sempre a pena escrever o que já aqui escrevemos tantas vezes: originalmente destinada a celebrar o nascimento anual do Deus Sol dos romanos, no solstício de inverno (natalis invicti Solis), a festividade de 25 de Dezembro foi reconfigurada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano e então passou a comemorar o nascimento do hebreu Yeshua, o Cristo (ou Khristós, o “ungido”).

E deixamos, mais uma vez algumas páginas de “No Presépio…” de José Pinto Carneiro e Álvaro, porque não encontramos melhor para assinalar a data…







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