segunda-feira, 31 de outubro de 2016

PROGRAMA DO 389º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA – 1 DE NOVEMBRO 2016

PROGRAMA 
DO 389º ENCONTRO DA TERTÚLIA BD DE LISBOA
1 DE NOVEMBRO 2016 

HOMENAGEADO
NELSON DONA

CONVIDADO ESPECIAL
MIGUEL PERES





Nelson Dona nasceu em Lisboa em 1970. Estudou em Lisboa, na Escola António Arroio e na Faculdade de Arquitectura. É pós-graduado em Gestão Cultural e membro da Associação de Gestão Cultural Portuguesa.

É Director do AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada desde 1999, trabalhando na Câmara Municipal da Amadora desde 1987.

O AmadoraBD – Festival Internacional de Banda Desenhada é o maior acontecimento dedicado à banda desenhada em Portugal e que marca todos os anos o calendário nacional desta actividade, sendo também um dos maiores eventos na Europa dedicados à dita ”nona arte”.

Em Portugal, Nelson Dona trabalha também na produção e organização de exposições de Artes Visuais e Fotografia, no Festival de Poesia Visual, Encontros de Performance, na Bienal de Escultura de Ar Livre e na Bienal de Gravação. Foi consultor da Expo 98 – Exposição Universal de Lisboa para o musical “O Rapaz de Papel” durante o Festival dos 100 Dias.

Organizou ou foi curador de uma série de exposições e participações de diversos autores em eventos de banda desenhada em todo o mundo, como Angoulême, Audincourt e Paris (França), Bruxelas (Bélgica), Lodz (Polónia), Nápoles (Itália), Piracicaba e Recife (Brasil) e Hong Kong, Macau e Shangai (China). Como autor participou nos Meetings de Arte, de Córdova e Lagos.

Nelson Dona fez também parte de júris internacionais nos Festivais de Bolonha, Espinho, Lausana e Piracicaba.
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Miguel Peres, setubalense genuíno desde 1987 e alfacinha falsificado desde 2011.

Em criança lia “banha desenhada”, hoje tenta escrevê-la sem erros e muita imaginação. Nas estantes de casa, heróis como Astérix, Lucky Luke ou Tintin iam inspirando e criando o gosto pela banda desenhada. Hoje, nomes como Jeff Lemire, Grant Morrison ou Simon Spurrier são enormes influências no seu trabalho.

Em 2010, decidiu deixar-se levar pela paixão de escrever e inscreveu-se no workshop “Argumento para BD” de André Oliveira, argumentista que considera seu mentor e que o ensinou praticamente tudo o que sabe sobre esta arte.

Em 2011, juntou-se a André Oliveira e Fil como co-editor da antologia “Zona BD”, um projeto que aposta em jovens autores portugueses e brasileiros. A partir daí teve várias colaborações com desenhadores como Luís Figueiredo (Shutter na Zona Gráfica 3 e Desenhar Direito por Linhas Tortas na Zona Desenha), Miguel Mendonça (O que nos divide), Filipe Coelho (O Desejado vs. Cavalum, 2º Lugar no Portusaki).

Em 2012, lançou o seu primeiro álbum de BD Cinzas da Revolta, das Edições ASA, com desenhos de João Amaral. O livro levou-o a ser um dos nomeados para Melhor Argumentista do Ano na 1ª Edição dos Prémios Profissionais de BD em 2013 e a obra vai ser alvo de análise para o projeto europeu MEMOIRS – Children of Empires and European Postmemories em 2017.

Em 2016 criou a chancela editorial Bicho Carpinteiro com o argumentista português e amigo de longa data André Morgado, lançando o seu segundo álbum de BD Cemitério dos Sonhos com desenhos dos brasileiros Rodrigo Martins dos Santos, Marília Feldhues, Rômulo de Oliveira e Cinthia Fujii. Todo este tempo é dividido com o seu trabalho como criador de conteúdos e locutor da edpON Rádio, rádio corporativa da EDP, mas está sempre irrequieto a escrever novos projetos.

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domingo, 30 de outubro de 2016

OS PREMIADOS DO 27º AMADORA BD 2016


27º AMADORA BD 2016
PRÉMIOS NACONAIS DE BANDA DESENHADA

Nuno Saraiva 
vence prémio de Melhor Álbum Português
com a colectânea
TUDO ISTO É FADO

Nuno Saraiva venceu na categoria de Melhor Álbum Português com a colectânea Tudo Isto é Fado, um conjunto de histórias curtas publicadas semanalmente no SOL, nas quais presta homenagem ao fado.


Tudo Isto é Fado, de Nuno Saraiva, foi eleito o Melhor Álbum Português pelo júri dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada, atribuídos este sábado no âmbito do 27º Festival de BD da Amadora. O álbum, um conjunto de histórias curtas de banda desenhadas que presta homenagem ao fado e aos seus intérpretes, foi editado em 2015 pela EGEAC e pelo Museu do Fado.


Ver o post de Geraldes Lino sobre Tudo Isto é Fado em http://divulgandobd.blogspot.pt/2014_12_01_archive.html

Nuno Saraiva nasceu em 1969 em Lisboa, onde vive e trabalha. Dono de uma extensa e premiada obra, começou a publicar banda desenhada na imprensa portuguesa em 1993, em jornais como o Expresso. Foi co-autor de Filosofia de Ponta, com argumentos de Júlio Pinto, publicada no jornal Independente, colabora regularmente com o Rosa Maria, o jornal da Mouraria, e com o semanário SOL, onde ilustrou a coleção de cromos Eusébio.

É professor de Banda Desenhada e Cartoon Político no Ar.Co. e, recentemente, ilustrou Aníbal Milhais - soldado Milhões, a história do herói português da Primeira Guerra Mundial contada por José Jorge Letria e publicada pela editora Pato Lógico.

No ano passado, o prémio foi atribuído a Zombie, uma novela gráfica de Marco Mendes que segue 24 horas na vida de uma das personagens. Mais do que uma história aos quadradinhos, trata-se de um retrato da sociedade atual.

Nas outras categorias:

Melhor Argumento para Álbum Português:


Mário Freitas, autor de Fósseis das Almas Belas (Kingpin Books)
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Melhor Desenho para Álbum Português:


João Sequeira, ilustrador de Tormenta (Polvo)
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Melhor Álbum em Língua Estrangeira:


Jorge Coelho, com Sleepy Hollow, uma banda desenhada pensada para os fãs da série homónima da Fox. O álbum foi publicado em 2015 pela BOOM!, editora com a qual o português colabora há já alguns anos.
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Melhor Álbum de Autor Estrangeiro: 


Miguelanxo Prado, autor de Presas Fáceis, publicado pela Levoir 
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Melhor Desenhador Estrangeiro de Livro de Ilustração:


O Meu Irmão Invisível (Orfeu Negro), de Ana Pez
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Melhor Álbum de Tiras Humorísticas:


Seu Nome Próprio… Maria! Seu Apelido, Lisboa! de Henrique Magalhães, editado pela Polvo.
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Melhor Desenhador Português de Livro de Ilustração: 


Joana Estrela, autora da Mana (Planeta Tangerina)
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Melhor Fanzine:


Shock, publicado pela El Pep
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Clássicos da 9ª Arte:


Revisão – Bandas Desenhadas dos Anos 70, uma coletânea publicada pela Chili com Carne
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V de Vingança, de Alan Moore e David Lloyd, editado pela Levoir.

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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

«O Mosquito» e «Chicos» - AS PUBLICAÇÕES INFANTO-JUVENIS QUE ABALARAM A PENÍNSULA IBÉRICA (5) – por José Ruy





AS PUBLICAÇÕES 
INFANTO-JUVENIS
QUE ABALARAM A PENÍNSULA IBÉRICA

«O Mosquito»
e
«Chicos»
(05)

Por José Ruy

UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DE E T COELHO PARA «CHICOS»
QUE NÃO FOI TERMINADA E FICOU INÉDITA

Em 1945, ETCoelho, além de ilustrar novelas para «O Mosquito» e «Chicos», tinha já publicado em Espanha as histórias em quadrinhos «El Elchicero de los Matabeles» e Un Jinete del Oeste» e tinha em preparação uma outra, «Os Guerreiros do Lago Verde». Curiosamente esta foi a sua primeira história em quadrinhos publicada n´«O Mosquito», que produziu um grande impacto nos leitores em Portugal, que desconheciam essa nova faceta da sua Arte.


ETCoelho iniciou uma história para «Chicos» com o título de «ElDios de la Montaña», com argumento seu, como normalmente acontecia.


Mas esta história ficou na «gaveta», incompleta e desistiu de a continuar (não apurei o motivo na altura e agora é tarde) deixando prontas quatro páginas já a tinta-da-china, de um total de seis, as duas últimas só esboçadas e com o apontamento de cor. 

Observemos de novo este engenhoso processo, que evitava fotografar os originais: sobre o papel ao tamanho da publicação, era feito o desenho a lápis, e depois sobrepondo uma folha de papel vegetal, o traço era então aí coberto a tinta-da-china, como mostrei no artigo anterior. Todos os autores espanhois seguiam esta regra.


Na página 6, a história foi interrompida e ETCoelho não a completou nem chegou a ser publicada. Veja-se como ETCoelho se adaptou perfeitamente ao processo, e os desenhos feitos logo ao tamanho não fazem diferença dos que fazia ao dobro do formato, para serem reduzidos fotograficamente, e assim ficarem mais perfeitos.

Mas as dificuldades em Espanha não paravam e o fabrico do próprio papel vegetal de qualidade para receber a tinta-da-china, começou a escassear e não podia ser importado.

Então a Consuelo Gil sabendo que em Portugal não tínhamos restrição desse material, combinou com o Tiotónio que mandasse pelo correio quantidades dessas folhas juntamente com as provas das ilustrações do Coelho.

O pagamento dos direitos e deste material aos autores era feito por permuta.

Consuelo pagava em Pesetas os direitos a Blasco, Freixas, Moreno e aos outros, do que era publicado em Portugal, e o Tiotónio pagava em Escudos ao Coelho a colaboração que fazia para «Chicos». Desse modo não havia necessidade de cambaiar moeda e todos ficavam satisfeitos.

«CHICOS» NACIONALIZAVA TAMBÉM OS HERÓIS DAS SUAS HISTÓRIAS

O lema de «Chicos» era que os heróis publicados fossem nacionais, tal como os seus autores, exceção para a colaboração do nosso ETCoelho, que era o único estrangeiro.

Em 1937, em Espanha, havia uma história editada em livro de um original de Walt Disney.




Observem-se estas figuras de «Gusanito Peter» dos Estúdios Walt Disney e a história que conta uma «declaração de guerra das moscas aos outros insectos».


Comparemos a publicação de autoria de Cabrero Arnal que tanto êxito conseguiu na Península ibérica.

Há uma inegável proximidade entre estes desenhos de Disney e os de Arnal em «Guerra no País dos Insectos», não só na estilização das figuras, como no tema de grande atualidade nessa época.

A Editorial Molino de Barcelona, adquirira os direitos «em exclusivo» a Walt Disney para esta versão em castelhano.


Na história de Cabrero Arnal, os maus são as aranhas, que declaram guerra a todos os insetos. É um espelho do confronto armado entre as fações em território espanhol e não tenho dúvidas ter sido isso que motivou o êxito.

Mas a semelhança dos desenhos é flagrante. Repare-se na cena do herói que navega numa casca de noz.

Em Portugal As Edições «O Mosquito» editaram esta história completa em livro, independente de «O Mosquito» como viria a fazer com outras de origem espanhola e uma mesmo de autoria do Tiotónio, As Aventuras de Zé Pacóvio e Grilinho.


Foi o único álbum que o Tiotónio desenhou com as suas célebres personagens 
«Zé Pacóvio e Grilinho». 

Se em Espanha a técnica era desenhar sobre papel vegetal, o Tiotónio desenhava para «O Mosquito» sobre «Papel Cromo», um material transparente, como papel de seda gomado de um lado, com uma goma seca. Sobre essa face desenhava com tinta litográfica (a que era utilizada diretamente no zinco) e depois o original era estampado na chapa que ia a imprimir na máquina Offset, sem precisar também dea intervenção fotográfica. Mas esses originais eram desfeitos aquando da acidulação das chapas de zinco. Por isso não existem originais dos desenhos do Tiotónio.

No próximo artigo: 

A importância do texto nas histórias desenhadas, em «O Mosquito» e «Chicos»

José Ruy

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

PROGRAMA DO 27º AMADORA BD 2016

É inaugurado amanhã o 27º Amadora BD - aqui fica o programa

27º FESTIVAL INTERNACIONAL 
DE BANDA DESENHADA DA AMADORA

AMADORA BD 2016
21 DE OUTUBRO a 6 DE NOVEMBRO


 PROGRAMA
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Exposições
Fórum Luís de Camões

Núcleo Central de Exposições
Rua Luís Vaz de Camões (Brandoa) 2650-197 Amadora
T. Receção Festival: 214 948 642

21 out 21:00: inauguração / dom a qui 10:00–20:00 / sex e sab 10:00–23:00 / aberto nos feriados

Espaço, Tempo e Banda Desenhada
Exposição Central
Comissários: Eduardo Corte-Real e Susana Oliveira
Consultoria: José Neves
Cenografia: Henrique Ralheta, Paula Dona e Aprígio Morgado

Segundo li na imprensa, a obra de Hergé, Hugo Pratt e Moebius servirá este ano para ilustrar a Exposição Central do Amadora BD

O Tema da Exposição Central da edição de 2016 procura explorar o conceito de Espaço e Tempo na BD na sua relação com as outras artes; especialmente a arquitetura, onde existe um primado do Espaço, com desenhos, modelos e construções; e o Cinema, onde existe o primado do Tempo, com o tempo da filmagem e especialmente o tempo da projeção a determinar o tempo da narrativa.

Lucky Luke, 70 Anos
Comissário: Pedro Mota
Cenografia: Sofia Mota e Carlos Farinha
A Amadora BD, em associação com o Clube Português de Banda Desenhada, não podia deixar de se associar à celebração dos 70 anos de Lucky Luke, já que Morris foi o primeiro convidado internacional do AmadoraBD (logo na 1ª edição em 1990) e, consequentemente, teve uma importância decisiva na internacionalização e credibilização do evento. Regressou ao festival na edição de 1992, ano em que recebeu o Troféu Honra, a maior distinção da banda desenhada portuguesa. O aniversário é ainda assinalado pelo lançamento mundial de uma nova aventura de Lucky Luke, “A Terra Prometida” (ed. Asa/Leya), com autoria de Achdé e Jul.

Zombie, de Marco Mendes
Melhor Álbum Português (Ed. Turbina/Mundo Fantasma)
Autor em Destaque: Marco Mendes
Cenografa: Teresa Cardoso e João Nogueira


Exposição retrospetiva: processo criativo do álbum; contextualização da obra; diferentes processos criativos; outros trabalhos artísticos para além da BD; informação.
Marco Mendes, autor sedeado no Porto, tem trabalhado o registo autobiográfico de um modo ímpar. Zombie é a sua primeira narrativa de fôlego, uma história que acompanha episódios familiares do protagonista, entre presente e memórias, e uma certa vida urbana marcada pelas deambulações sem rumo, pela precariedade (também laboral, tema muito presente nesta obra), pela reflexão sobre a sociedade e a comunidade que vamos construindo ou vendo construir.

Democracia, de Alecos Papadatos e Abraham Kawa
(Ed. Bertrand)
Cenografia: David Rosado
Exposição sobre o álbum “Democracia” (ed. Bertrand), que conta uma história cativante, com base nas fontes históricas clássicas, sobre as origens da democracia – que tem muito a ensinar-nos sobre o seu futuro.
Alecos Papadatos e Annie DiDonna são os responsáveis pelo livro Logicomix, o bestseller mundial que contava a história de Bertrand Russell, iluminando, ao mesmo tempo, parte considerável da história da Matemática e da Filosofia. Agora, juntamente com Abraham Kawa, assinam esta longa narrativa sobre a criação do sistema democrático numa Atenas dominada pela corrupção, há 2500 anos. Herança da qual descendemos, a democracia é aqui contada com rigor, lembrando a urgência de não a deixar desaparecer.

Tex e a BD, de Pasquale Frisenda
(Polvo Editora)
Cenografia: Rui Mecha


Notável desenhador da Sergio Bonelli Editore (Itália), Pasquale Frisenda (Milão, 1970) debuta em “Ken Parker”, seguindo-se-lhe “Magico Vento”. Em 2009, com argumento de Mauro Boselli, realiza aquela que é considerada a sua obra-prima até à data, “Patagónia”, uma aventura do ranger Tex, ao qual retornará, em 2013, com “O segredo do juiz Bean”.
Numa toada fantástica, “Sangue e Gelo”, de 2016, é o seu mais recente trabalho. “Patagónia” e “O segredo do juiz Bean” encontram-se publicados em Portugal pela Polvo.

Concursos Nacionais de BD e Cartoon
Concurso Municipal de BD e Ilustração


Exposição dos trabalhos do Concurso Municipal de Banda Desenhada e Ilustração, aberto aos alunos das escolas da Amadora do 1º e 2º ciclo do ensino básico, assim como dos Concursos Nacionais de Banda Desenhada e Cartoon, ambos promovidos pela Câmara Municipal da Amadora e, este ano, em parceria com a Infraestruturas de Portugal. No âmbito desta parceria, o tema escolhido para estes concursos foram as comemorações dos 50 anos da Ponte 25 de Abril.

Ano Editorial Português
Comissários: Luis Salvado e Sandy Gageiro
Cenografia: Ana Taipas e Susana Vicente
Há poucos anos, ninguém seria capaz de prever tal desenvolvimento: apesar da crise que tem afetado todas as áreas da vida portuguesa, a edição de BD em Portugal nunca viveu um período de tão intensa atividade. Mais de 200 livros foram publicados entre agosto de 2015 e julho de 2016, a que se soma ainda a edição de muitas dezenas de revistas e fanzines. 
Tal como já sucedeu na última edição, o Amadora BD apresenta as principais tendências do último ano editorial, e lança ainda um olhar sobre o que os autores portugueses andam a fazer no mercado internacional. Sempre com o objeto principal na primeira linha da exposição: os livros, para o visitante ler e desfrutar.

Crumbs, Coletivo de Autores
Premiado 2015: Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira (Kingpin Books)
Cenografia: Susana Lanceiro e Joana Bartolomeu


Exposição retrospetiva: processo criativo do álbum; contextualização da obra; diferentes processos criativos; outros trabalhos artísticos para além da BD; informação sobre o autor. 
Num formato pouco habitual, este pequeno livro de bolso reúne histórias curtas de dezanove autores, entre a novíssima geração e autores que já publicaram em livro. Integralmente em inglês, Crumbs foi pensado como montra portátil da BD portuguesa em feiras internacionais e o resultado é uma panorâmica que atesta a riqueza de registos, a pluralidade de traços e vozes, a intensidade de uma criação que não se confina a escolas ou movimentos uniformes.

Papá em África, de Anton Kannemeyer
Premiado 2015: Melhor Álbum de Autor Estrangeiro (Ed. MMMNNNRRRG)
Cenografia: Rui Horta Pereira


Exposição retrospetiva: processo criativo do álbum; contextualização da obra; diferentes processos criativos; outros trabalhos artísticos para além da BD; informação sobre o autor. 
As histórias de Tintin e as suas leituras possíveis são uma das obsessões artísticas de Kannemeyer, sul-africano que ainda conheceu o apartheid (e, sendo branco, conheceu-o do lado de quem dominava). Aqui se reúnem histórias curtas publicadas na revista Bitterkomix, todas empurrando a leitura para uma reflexão – dura, mas essencial – sobre o modo como nos relacionamos com os outros e o papel que o poder assume nessas relações.

Daqui Ningém Passa, de Bernardo Carvalho
Premiado 2015: Melhor Ilustração de Livro Infantil – Autor Português (Ed. Planeta Tangerina)
Cenografia: Ana Taipas e Susana Vicente

Exposição retrospetiva: processo criativo do álbum; contextualização da obra; diferentes processos criativos; outros trabalhos artísticos para além da BD; informação sobre o autor. 
A Planeta Tangerina tem-se afirmado como editora, mas igualmente como polo criador de livros onde a imagem tem papel essencial. Os seus editores são igualmente autores de quase todos os livros que publicam e Bernardo Carvalho, ilustrador, já assinou uma lista considerável de títulos a solo. Daqui Ninguém Passa é um álbum cuja narrativa cresce à medida do avanço das páginas, um verdadeiro livro interativo sem necessidade de ecrã.

O Tempo do Gigante 
de Carmen Chica e Manuel Marsol
Premiado 2015: Melhor Ilustração de Livro Infantil – Autor Estrangeiro (Ed. Orfeu Negro) 
Cenografia: Catarina Pé-Curto


Exposição retrospetiva: processo criativo do álbum; contextualização da obra; diferentes processos criativos; outros trabalhos artísticos para além da BD; informação sobre o autor. 
O ilustrador espanhol Manuel Marsol tem obra vasta e premiada e uma particular queda para trabalhar a partir de (ou em simultâneo com) textos grandiosos, alguns integrando o cânone da literatura universal, como Moby Dick. Com texto de Carmen Chica, e com as imagens de Marsol ocupando a totalidade das páginas de grande formato, este é um álbum sobre o tempo e o modo como nos relacionamos com ele, tantas vezes distraídos pela ilusão do futuro.

Erzsébet, de Nunsky
Premiado 2015: Melhor Desenho para Album Português (Ed. Chili com Carne)


Exposição sobre o processo criativo do álbum e informação sobre o autor. Erzsébet marca o regresso de Nunsky, autor português cuja biografia se conhece mal, alimentando a lenda urbana sobre a sua existência criadora. Nos anos 90, as suas histórias deixaram marca na edição portuguesa, sobretudo naquela a que chamamos independente, mas há muito que não se publicava uma obra sua. Com este livro, uma história baseada na condessa Ecsedi Báthori Erzsébet – nobre húngara do século XVII – Nunsky marcou o ano editorial da BD portuguesa.

Volta – o Segredo do Vale das Sombras 
de André Oliveira e André Caetano
Premiado 2015: Melhor Argumento para Album Português (Polvo Editora)


Exposição sobre o processo criativo do álbum e informação sobre o autor. André Oliveira tem escrito argumentos para dezenas de desenhadores, afirmando-se como um prolífico autor numa área, a do argumento, tantas vezes pouco habitada. Envolvido em diversos projetos editoriais, tem sido um dinamizador incansável da cena portuguesa de banda desenhada, quase sempre em parceria. 
Com desenho de André Caetano, Volta explora a memória e a redenção num ambiente atravessado pelo mistério, pelo contraste entre rural e urbano e pelo suspense.

Loki – Agent of Asgard #6 
de Al Ewing e Jorge Coelho
Premiado 2015: Melhor Album Estrangeiro de Autor Português (Ed. Marvel)
Exposição sobre o processo criativo do álbum e informação sobre o autor


Jorge Coelho é um dos desenhadores portugueses que tem vindo a trabalhar com sucesso reconhecido para a gigante indústria norte-americana de comics. Com este episódio de Loki – Agent of Asgard, o desenhador tirou partido da representação de um vilão para acentuar alguns dos traços que caracterizam o seu trabalho, insistindo nos negros expressivos e nas imagens sombrias, sempre confirmando o motivo pelo qual continua a vingar num mercado tão complexo.

Bedeteca

Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos — Galeria Piso 2 
Av. Conde Castro Guimarães nº6 (Venteira) 2720-119 Amadora
T: 214 369 054

ter a sex 10:00–18:00 / sab 10:00–12:30 e 13:30–18:00 / aberto no feriado

MELHOR ÁLBUM PORTUGUÊS
“As Aventuras de Fernando Pessoa”, de Miguel Moreira e Catarina Verdier, ed. Parceria AM Pereira
“Kong The King”, de Osvaldo Medina, ed. Kingpin Books
“O Poema Morre”, de David Soares e Sónia Oliveira, de. Kingpin Books
“Tudo Isto É Fado!”, de Nuno Saraiva, ed. EGEAC e Museu do Fado
“Os Vampiros”, de Filipe Melo e Juan Cavia, ed. Tinta da China 

MELHOR ARGUMENTO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
André Oliveira em “Vil – A Tragédia de Diogo Alves”, ed. Kingpin Books
David Soares em “O Poema Morre”, ed. Kingpin Books
Filipe Melo em “Os Vampiros”, ed. Tinta da China
Francisco Sousa Lobo em “O Cuidado dos Pássaros”, ed. Chili Com Carne
Mário Freitas em “Fósseis das Almas Belas”, ed. Kingpin Books
Osvaldo Medina em “Kong The King”, ed. Kingpin Books

MELHOR DESENHO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
Carlos Pedro em “Salomão”, ed. Kingpin Books
João Sequeira em “Tormenta”, ed. Polvo
Luis Louro em “Jim Del Monaco – O Cemitério dos Elefantes”, Edições Asa
Osvaldo Medina em “Kong The King”, ed. Kingpin Books
Sónia Oliveira em “O Poema Morre”, ed. Kingpin Books
Xico Santos em “Vil – A Tragédia de Diogo Alves”, ed. Kingpin Books

MELHOR ÁLBUM DE AUTOR PORTUGUÊS 
EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 
André Lima Araújo em “Inhuman”, ed. Marvel
Filipe Andrade em “Rocket Raccon”, ed. Marvel
Jorge Coelho em “Sleepy Hollow”, ed. Boom!
Miguel Mendonça em “The Little Mermaid”, ed. Zenescope
Miguel Mendonça em “Side Kicked”, ed. Magnetic Press

MELHOR ÁLBUM DE AUTOR ESTRANGEIRO
“Eu, Assassino “, de Antonio Altarriba e Keko, ed. Geomais/ Arte de Autor
“Fatale”, de Ed Brubaker e Sean Phillips, ed. G.Floy
“Presas Fáceis”, de Miguelanxo Prado, ed. Levoir
“O Pugilista”, de Reinhard Kleist, ed. Polvo
“Talco De Vidro”, de Marcello Quintanilha, ed. Polvo

MELHOR ÁLBUM DE TIRAS HUMORÍSTICAS
“Não Gritem Baby 33”, de Rick Kirkman, e Jerry Scott, ed. Bizâncio
“Psicopatos Vol.II”, de Miguel Montenegro, ed. Arcádia
“Seu Nome Próprio, Maria” Seu Apelido, Lisboa!”, de Henrique Magalhães, ed. Polvo

MELHOR DESENHADOR PORTUGUÊS 
DE LIVRO DE ILUSTRAÇÃO
Joana Estrela em “Mana”, ed. Planeta Tangerina
José Cardoso em “Barafunda”, ed. Caminho
Madalena Matoso em “O Dicionário do Menino Andersen”, ed. Planeta Tangerina
Marco Taylor em “Abílio”, edição de autor
Susana Monteiro em “Beja, a minha cidade”, ed. Pato Lógico
Teresa Cortez em “Balbúrdia”, ed. Pato Lógico

MELHOR DESENHADOR ESTRANGEIRO 
DE LIVRO DE ILUSTRAÇÃO
Ana Pez em “O Meu Irmão Invisível”, ed. Orfeu Negro
Beatrix Potter em “Contos Completos”, Pin Edições
Christoph Niemann em “O Rei Batata”, ed. Verbo
Cristina Sitla Rubio em “Estranhas Criaturas”, ed. Orfeu Negro
Kirsten Sims em “Baltasar, O Grande, ed. Orfeu Negro
Marcus Oakley em “Edimburgo, a minha cidade”, ed. Pato Lógico

PRÉMIO CLÁSSICOS DA 9ª ARTE
“Os Doze de Inglaterra”, de Eduardo Teixeira Coelho, ed. Gradiva
“A História de Um Rato Mau”, de Bryan Talbot, ed. Levoir
“Kate” (série Jonathan), de Cosey, Edições Asa
“O Quarto Mundo”, de Jack Kirby e AA.VV, ed. Levoir
“Revisão – Bandas Desenhadas dos Anos 70”, coletânea de autores, ed. Chili Com Carne
“V de Vingança”, de Alan Moore e David Lloyd, ed. Levoir
“Watchmen”, de Alan Moore, ed. Levoir

MELHOR FANZINE
“Cinzas” 
“O Dia em que… / Comic Jam” da Tertúlia de BD de Lisboa
“H-Alt” da Comic Heart
“Feira Do Livro” de Alexandre Esgaio
“Quireward” 
“Shock” da El Pep
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Para aceder ao site do Amadora BD 
- onde se encontra todo o Programa do Festival e outras informações - 
basta clicar na imagem abaixo:


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