Este “aterrou” do título é, obviamente, em sentido figurado, uma vez que o aeroporto de Beja (depois de prometida a reconversão da base aérea militar em 2005, salvo erro) ainda não funciona, apesar de, segundo parece, já estar pronto. E como também não existem sequer vestígios da auto-estrada Sines-Beja (também prometida na mesma altura para servir o mesmo futuro aeroporto…) a tribo bedéfila tem que se servir, ano após ano, de outros meios de transporte e dirigir-se à capital alentejana com, pelo menos, uma boa dose de espírito de cruzada.
Mas vale sempre a pena. Porque, para além das cada vez mais numerosas exposições, pela crescente presença de autores convidados (nacionais e estrangeiros), pelos – também cada vez mais em cada ano que passa – lançamentos de novidades editoriais preparados para saírem no FIBDB, é também o convívio, o “pôr a conversa bedéfila em dia”, o alinhavar de novos projectos, etc… que torna sempre muito apetecível esta peregrinação anual a Beja. E depois, Beja é uma cidade pequena e, durante o fim-de-semana da inauguração, dando ensejo a que os diversos bandos de bedéfilos à solta pela cidade, se vão encontrando a cada esquina (perante os olhares algo desconfiados dos habitantes, mas já não tanto como nos primeiros anos), trocando conversas e opiniões, a caminho dos diversos núcleos do festival, ou simplesmente, a visitarem turisticamente, alguns em companhia de autores estrangeiros, o núcleo histórico da cidade.
Essa relativa pequenez (e mesmo a concentricidade urbana, derivada e conservada, do casco tipicamente medieval) de Beja, permite que o Festival, mesmo dispersando-se por cinco núcleos localizados no centro histórico (e outros dois um pouco mais excêntricos), seja de fácil acesso, aliando a visita a esses núcleos à descoberta da História da cidade. Isto apesar de muitos críticos (entre os quais me incluo) discordarem, em absoluto, da dispersão dos Festivais de BD por vários núcleos. Porque, a tal dispersão é implícita uma estratificação, por níveis de importância, das exposições – quando, à partida, todas devem ter a mesma importância. Mas se essa dispersão prejudica eventos realizados em localidades maiores, que tiveram um crescimento rápido e completamente desordenado, em Beja isso não acontece tanto – e mesmo assim, não me parece que toda a gente que esteve no núcleo central tenha ido a todos os outros núcleos –, uma vez que o percurso entre os sete núcleos do Festival deste ano, se fazia relativamente bem a pé.
O ponto alto deste VI FIBDB foi, como em qualquer outro festival de BD, o dos autógrafos. Daí a importância da presença de autores e dos respectivos livros vendidos no mercado do livro. Desde Hermann (que nem sequer teve exposição) e Fabio Civitelli, para citar os estrangeiros mais sonantes, a Dame Darcy, Miguel Rocha, Niko Henrichon, Rufus Dayglo, JCoelho, João Fazenda, Filipe Abranches, Diniz Conefrey, Rui Lacas, etc…
Para já, ficam aqui as publicações do VI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja 2010, e algumas fotos...
Mas primeiro, o destaque que o Alentejo Popular de 28 de Maio deu ao VI FIBDB:
Pranchas do nº 6 da Colecção Toupeira: HÁ SEMPRE UM ELECTRICO QUE ESPERA POR MIM, de André Oliveira (arg.) e Maria João Careto (des.)
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AS FOTOS (PARTE 1):
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LOCAIS DE VENDA DO LIVRO ÚLIMOS NO LESTE DE ANGOLA
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*LOCAIS DE VENDA DO LIVRO*
*ÚLTIMOS NO LESTE DE ANGOLA *
*NA RETIRADA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS *
*Edição Chiado Editora (Colecção Ecos da História)*
Caríssim...
Há 7 anos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaríssimo, a loira giraça é a Dame Darcy. Mas estejam descansados que as próximas fotos já terão nomes...
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