Cartaz de Henrique Cayatte Design para a CNCCR, a partir de desenho de Stuart de Carvalhais
"A Primeira República na Génese da Banda Desenhada e no Olhar do Século XXI”
Inaugura na próxima quarta-feira
2 de Junho, 19h00, Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem
A reconstituição do mais antigo filme de animação português, bem como alguns dos desenhos e publicações nacionais de banda desenhada originais mais antigos, vão ser apresentados na exposição “A Primeira República na Génese da Banda Desenhada e no olhar do Século XXI”, que inaugura na próxima quarta-feira, dia 2 de Junho (véspera de Feriado), às 19h00, no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem.
Esta exposição é promovida em parceria entre a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República e a Câmara Municipal da Amadora e estará patente até dia 5 de Outubro de 2010 no Centro Nacional de BD e Imagem, na Av. do Brasil, 52-A (ao Bairro do Bosque) - Falagueira - Amadora.
É constituída por cinco núcleos:
“A 1ª República e a Amadora”,
“A Caricatura Modernista e a Primeira República”,
“A Génese da Moderna BD Portuguesa”
“A Primeira República na BD Contemporânea”
“O Primeiro Filme de Animação Português”
Reúne peças das colecções de instituições como a Biblioteca Nacional de Portugal, o Museu da Presidência da República, o Museu Nacional de Cerâmica, a Biblioteca Pública do Porto, a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, a Câmara Municipal da Amadora, entre outras, e de diversas colecções particulares.
Muitas dessas peças – desenhos originais de artistas e publicações das décadas de 1910 e 1920, assim como pranchas de BD de autores contemporâneos – são expostas em Portugal pela primeira vez e, dado o seu estado frágil de conservação, não poderão, nos próximos anos, “ver a luz” fora dos arquivos.
A exposição apresenta ainda a reconstituição do mais antigo filme de animação português, “O Pesadelo de António Maria”, realizada recentemente por Paulo Cambraia, com base nos 159 desenhos originais de 1923, da autoria do realizador da pelicula original Joaquim Guerreiro, que desapareceu.
NOTA DO KUENTRO: Já agora vide BDjornal #23 - O AUTOR DO 1º DESENHAO ANIMADO PORTUGUÊS: JOAQUIM GUERREIRO E A SUA VERDADEIRA BIOGRAFIA, de Leonardo De Sá.______________________________________________________________________
Jornal de Notícias de 23 de Maio de 2010A BD E A REPÚBLICA - Quadradinhos nacionais retratam a revolução de 1910F. Cleto e PinaSe os autores portugueses de BD foram muitas vezes empurrados para o nicho dos relatos históricos – quer por força das limitações que a censura impôs, quer por ser uma área onde a concorrência estrangeira não se fazia sentir – raras são as abordagens feitas na época contemporânea. Por isso, períodos com grande potencial para relatos ficcionais de base histórica, como o 25 de Abril ou a resistência ao fascismo, são quase inexistentes nos quadradinhos. O mesmo se passa também com o período conturbado que levou à proclamação da República, em 1910. E para a qual a BD e, principalmente a caricatura e o cartoon, também contribuíram, através das críticas desenhadas por Celso Hermínio, Leal da Câmara ou Francisco Valença.
Alguns álbuns, no entanto, narram os acontecimentos que antecederam o 5 de Outubro de há um século atrás, numa perspectiva histórica, como é o caso da “História de Portugal em B.D. – 4. A revolução da Liberdade” (Edições ASA, 1989), de Carmo Reis e José Garcês, que lhe dedica algumas pranchas num estilo realista e rigoroso.
O mesmo fazem Oliveira Marques e Filipe Abranches na sua “História de Lisboa (II) 1580-1974” (Assírio & Alvim e C.M. Lisboa, 2000), num estilo mais moderno e arrojado, em que a legibilidade das imagens predomina sobre o texto, reduzido ao mínimo para enquadrar os acontecimentos, mais mostrados na sua crueza do que relatados.
Mas, sem dúvida, a obra mais significativa é “Mataram o Rei!... Viva a República” (reedição da Âncora Editora em 2008), que abarca o período de 1880 a 1910. Assinado pelo veterano José Ruy, com mais de 60 anos dedicados à BD, assenta na habitual pesquisa documental, rigorosa e exigente, traduzida depois na representação de edifícios, veículos e indumentárias e numa pormenorizada descrição dos factos. IO que acaba por secundarizar um pouco a base do enredo, que parte de três jovens – João, republicano, Madalena, a sua irmã, e Manuel, monárquico, - para a descrição dos eventos, onde participarão de forma activa, o primeiro por convicção e o último por despeito, motivado pela relação ilícita de Madalena, sua namorada, com o rei D. Carlos.
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Jornal de Notícias, 31 de Maio de 2010BD COMEMORA 100 ANOS DA REPÚBLICA Pedro Cleto Os presidentes da C.M. da Amadora, Joaquim Raposo, e da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, vão assinar hoje, pelas 10 horas, nos Recreios da Amadora, um Protocolo de Colaboração com vista à realização da programação de BD no âmbito daquelas comemorações.
Na altura serão divulgados os eventos previstas, entre as quais se destaca a exposição "A primeira república na génese da BD e no olhar do século XXI", a inaugurar no Centro Nacional de BD e da Imagem a 2 de Junho, composta por cinco núcleos: "A 1ª República e a Amadora", "A Caricatura Modernista e a 1ª República", "O primeiro filme de animação português", "A Génese da Moderna BD Portuguesa" e "A 1ª República na BD portuguesa contemporânea".
O Amadora BD '11, a decorrer entre 22 de Outubro e 7 de Novembro, terá o mesmo mote e acolherá a mostra "É de Noite que Faço as Perguntas", baseada no álbum homónimo escrito por David Soares e desenhado por Richard Câmara, André Coelho, Daniel Silvestre, João Maio Pinto e Jorge Coelho, a lançar durante o certame, tal como uma reedição das "Aventuras de Quim e Manecas", de Stuart Carvalhais, publicadas entre 1915 e 1918, no "Século Cómico".
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