TEX
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OS PREDADORES DO DESERTO
DE CLAUDIO NIZZI e BRUNO BRINDISI
LANÇAMENTO DA POLVO - HOJE NA ANADIA
"VI MOSTRA DO CLUBE TEX PORTUGAL"
"VI MOSTRA DO CLUBE TEX PORTUGAL"
O LIVRO
Não é propriamente uma mensagem de amor e paz, aquela que é transmitida pelos homens às ordens do Pregador. Disfarçados de soldados, cometem assaltos sangrentos, sem mostrar qualquer indício de piedade pelos infelizes que se cruzam no seu caminho. Mas tais actos não se irão prolongar por muito tempo, pois o comandante do Fort Defiance encarregou Tex e Carson de partirem na peugada do bando. O início do fim, para o grupo do Pregador, chegou com o inesperado sequestro do filho de Tex!
DA INTRODUÇÃO
(de Pedro Cleto)
Publicado inicialmente em Junho de 2002, em Itália, “Os Predadores do Deserto” é um álbum diferente de Tex.”São todos diferentes”, dirão alguns, mas este destaca-se pela sua construção narrativa.
Escrito por Claudio Nizzi, segue de perto e de forma assumida a estrutura narrativa de “A Balada do Mar Salgado”, a mítica aventura de 1967 que assinala a estreia de Corto Maltese, o alter-ego de Hugo Pratt, numa obra que é claramente uma homenagem a este autor.
Nizzi aproveitou para dividir o protagonismo deste relato pelos quatro pards habituais, sozinhos e/ou em grupo reduzido, enquanto Brindisi recriou com bastante credibilidade as vastidões do deserto e, com bastante distinção, ultrapassou aquele que é recorrentemente um dos maiores obstáculos para quem se inicia em Tex: o desenho dos cavalos.
Desta forma os autores oferecem aos leitores um western consistente, na linha das grandes produções cinematográficas e das míticas séries de Banda Desenhada que fizeram deste um género de eleição.
OS AUTORES
Claudio Nizzi (1938, Setif – Argélia) é provavelmente o mais prolífico argumentista do “fumetto” italiano. Em 50 anos de carreira, foi um dos estandartes das revistas para jovens como “Il Vittorioso” e “Il Giornalino”, em cujas páginas teve oportunidade de criar séries e personagens como “Safari”, “Larry Yuma”, “Capitan Erik”, “Coonnello Caster Bum”, “Nico e Pepo”, “Tenente Marlo” e “Rosco & Sonny”. Começa a colaborar com a Sergio Bonelli Editore em 1981, escrevendo duas aventuras para “Mister No”, antes de passar para “Tex” (anonimamente nos primeiros anos) e, mais tarde, criar “Nick Raider” e “Leo Pulp”. A sua estreia em “Tex” acontece em 1983 com a aventura “La valanga d’acqua”, desenhada por Enio Nicolò, na realidade a segunda história escrita por Nizzi, uma vez que a primeira, “Il ritorno del carnicero”, só foi publicada posteriormente. Nas suas histórias, Tex é absolutamente a figura central, o protagonista indiscutível, tudo gira em seu redor, assumindo-se como a base de toda a narração. Escreveu ininterruptamente até 2008 e, depois de mais de 150 histórias com o “ranger”, Nizzi deixa a série e dedica-se à escrita de romances, até regressar surpreendentemente em 2017, com a aventura “Dal tramonto all’alba”, desenhada por Roberto Zaghi. A sua carreira conta com prémios como o “Yellow Kid” em 1995, ou o “Inca Winter” em 1997.
Bruno Brindisi (Salerno, 1964) cresceu no seio de uma família de artistas. Autodidacta, com apenas 19 anos fundou a chamada “Scuola Salernitana” com Roberto De Angelis e Luigi Siniscalchi, publicando a revista amadora “Trumoon”. A sua carreira profissional começa em 1986, desenhando histórias eróticas para a Blue Press e para a Ediperiodici e, mais tarde, para as Edizioni Cioé e Edizioni ACME. Em 1990, aos 25 anos, entra na Sergio Bonelli Editore, debutando em alguns episódios de “Nick Raider”, até entrar na equipa de “Dylan Dog”. Em 2002 começa a trabalhar em “Tex”, desenhando “I predatori del deserto”, sob argumento de Claudio Nizzi. Termina “Muddy Creek”, na série mensal, uma aventura que Vincenzo Monti deixara incompleta devido ao seu falecimento, e inaugura o Color Tex com a história “E vienne il giorno”. Em 2012 desenha “Il segreto di Diabolik”, por ocasião dos 50 anos desta série. Ainda na Bonelli desenha “La rivolta dei Sepoy”, um episódio de Le Storie escrito por Giuseppe De Nardo, e o primeiro número de “Brad Barron”, mini-série de Tito Faraci. Ao mesmo tempo, trabalha para o mercado francófono com a Humanoides Associés na série “Novikov”. Em 2015, foi galardoado com o prémio “Romics d’Oro”, mas antes, entre 1993 e 2012, já tinha vencido inúmeros prémios pelo seu trabalho, entre os quais o “Comicon” 2003.
FICHA TÉCNICA
Os predadores do deserto
Argumento: Claudio Nizzi
Desenho: Bruno Brindisi
Tradução: José Carlos Francisco
Texto introdutório: Pedro Cleto
Legendagem: Hugo Jesus
232 pág., p/b, brochado com badanas
24,5 x 18,5 cm, €16,99 (IVA inc.)
Colecção “Tex – Romance Gráfico”, nº 6
ISBN 978-989-8513-98-4
Polvo, Abril 2019
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