sábado, 3 de agosto de 2019

NOVELA GRÁFICA V (2019) - MONIKA

NOVELA GRÁFICA V (2019)
MONIKA
THILDE BARBONI (argumento) 
GUILLEM MARCH (desenho)

com o jornal PÚBLICO 
(1/8/2019) 

Monika, uma artista visual e performer, concorda em esconder Theo, um brilhante inventor prestes a construir um cobiçado androide. Com a ajuda do seu amigo hacker, Monika investiga o desaparecimento da sua irmã. Ela é então arrastada para o submundo dos “bailes mascarados”, onde conhece e seduz Christian Epson, um carismático político que foi o último homem a ver Erika, a irmã desaparecida, cujo envolvimento com um grupo terrorista vai colocar em perigo a vida de Monika.

Um thriller movimentado e sensual, escrito por Thilde Barboni e magnificamente ilustrado por Guillem March.

OS AUTORES 

Guillem March e Thilde Barboni

Thilde Barboni, psicóloga clínica de formação, é autora de numerosos contos e obras de ficção, incluindo quase uma dezena de romances publicados na Bélgica, França e Suíça, alguns dos quais traduzidos para alemão e coreano. Em Monika, Thilde tece um suspense erótico que proporciona a Guillem March uma oportunidade perfeita para mostrar um registo e uma paleta de cores extremadamente sensuais…

“Queria agradecer muito em particular a Sergio Honorez, que teve a intuição de confiar a realização gráfica de Monika a Guillem March. Obrigado. Sergio, pelo teu entusiasmo, por me ouvires, e pelos teus conselhos tão sábios.

Obrigado a ti, Guillem. O teu talento maravilhou-me.
Foi uma alegria trabalhar contigo!
E obrigado também à equipa da Dupuis: Louis-Antoine, Manon, Julie. Laurence, Franck ... Obrigado a todos os que, de perto ou de longe, contribuíram para fazer deste álbum o que ele é!”

Guillem March, nasceu em Maiorca, em 1979, construiu uma extensa carreira no mercado americano como ilustrador da DC Comics, onde se estreou com uma história que os leitores portugueses conhecem do volume Asilo do Joker, no capítulo sobre a Hera Venenosa (na colecção No Coração das Trevas DC, editado em 2017 pela Levoir e pelo Público). Antes de entrar no mercado americano, March já tinha trabalho publicado como autor completo em Espanha, com obras como a trilogia Sofia, Ana y Victoria, pré-publicada entre 2001 e 2004 no suplemento dominical do Jornal de Mallorca, e Laura, livro de 2006 que encerra esse ciclo feminino e que foi realizado entre a publicação do primeiro e do segundo volume de Monika.

“Quero agradecer infinitamente à Thilde, ao Sergio e ao Louis-Antoine pelo imenso apoio que me deram, e pela sua paciência. E acreditem, "imenso" não é uma palavra vã!
Desenhar é a minha paixão, e os sacrifícios que tenho de fazer não me importam a mim, mas por vezes, outras pessoas sofrem com o meu modo de vida de eremita.
Obrigado a elas por me tentarem trazer para a luz de tempos a tempos.
edico este álbum à minha família, aos meus amigos, e sobretudo, à Marga.”



MONIKA 

Excerto do texto de introdução de Rui Cartaxo: 

Um policial, um thriller político, um livro de ficção científica, Monika é, afinal, o quê? Monika é um pouco dos três. Situa-se algures num tempo futuro mais ou menos próximo e num qualquer espaço, possivelmente a Bélgica, o país da argumentista, a consagrada escritora Thilde Barboni. Os nomes das personagens são quase universais: Monika, Théo, Erika, Christian. Mas ao invés de Rose d'Ellsabethville, publicado uns anos antes pelo selo de novelas gráficas da mesma editora, a Dupuis, naquela que foi a estreia de Thilde em banda desenhada, com um thriller político assumido e voltado para o passado da sua terra natal, esta não é uma BD virada para o passado, mas sim para o futuro. Ao thriller político-policial anterior, junta-se agora uma forte sensualidade, com um toque de mistério e uma dose q.b. de antecipação científica. Os encontros fazem-se em armazéns, não há cafés, ruas, gente a passar, há um mundo mais frio e já algo cibernético.

Os ingredientes básicos do enredo são, no entanto, semelhantes à BD de estreia: a política, os malfeitores, os bons de um lado, e os maus do outro, o sexo, a culpa, a redenção. Barboni não esconde a sua simpatia pela esquerda, mas desta vez, matiza as personagens políticas da história, isto é, Christian Epsow, com contradições, devaneios, deslizes. Centra-se na vontade, bondade e tenacidade dos indivíduos, como Monika sacrificando-se para encontrar a irmã, Théo fazendo avançar a tecnologia para construir um ser, mais ou menos humano, que fará um mundo melhor, ou Christian, perseguindo o seu ideal de uma esquerda unida e inspirada pela ecologia.

E quando falamos de Monika, referimo-nos ao primeiro capítulo, Os Bailes de Máscaras, ou ao último, Vanilla Dogs? Ou ao capítulo "não publicado", ao intermezzo, à longa elipse que separa um primeiro capítulo prenhe de mistério, de sensualidade e libertinagem, de jogo com a tentação e a excitação carnal, de um segundo capítulo mais formal, que segue a linha mais tradicional de um jogo de polícias e ladrões, na sua versão mais recente da luta entre um sistema político em crise, a que opõe o populismo e a deriva terrorista, tão ao sabor do nosso air du temps?(...)

ALGUMAS PÁGINAS DA HISTÓRIA E DOS ANEXOS












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