quarta-feira, 11 de agosto de 2010

BDpress #158: PEDRO CLETO NO JORNAL DE NOTÍCIAS + JOÃO MIGUEL LAMEIRAS NO DIÁRIO “AS BEIRAS” + MICHELLE RAMOS NO ZINE BRASIL

Quatro recortes: LUCKY LUKE REGRESSA AO CINEMA, por João Miguel Lameiras no Diários As Beiras, 31 de Julho de 2010. A “ORIGEM” PODE SER INSPIRADA EM BD DISNEY, por Pedro Cleto no Jornal de Notícias, 10 de Agosto de 2010. ANITA GARIBALDI EM QUADRINHOS, por Michelle Ramos, no Zine Brasil, 31 Julho 2010. A NOVA “LA BOUCHE DU MONDE”, por Michelle Ramos, no Zine Brasil, 31 de Julho 2010.

O blogue Zine Brasil, de Michelle Ramos, com actualizações quase diárias, já tem ligação directa aqui na nossa coluna da direita. Saibam o que se passa no mundo das HQs no Brasil.

Não sei se já repararam: estou tentar ligar “todo o mundo” a “todo o mundo” da Banda Desenhada escrita em português. Façam o favor de seguir as notícias de Angola, Brasil e Galiza (por enquanto é o que há).
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Jornal de Notícias, 10 de Agosto de 2010

A “ORIGEM” PODE SER INSPIRADA EM BD DISNEY

F. Cleto e Pina

O filme A Origem (Inception) , actualmente em exibição, realizado por Chris Nolan e com Leonardo DiCaprio no papel principal, poderá ser inspirado numa banda desenhada Disney protagonizada pelo Tio Patinhas.

A notícia, que circula na internet, aponta as coincidências entre os argumentos do filme e de “The Dream of a Lifetime”, uma BD com 26 páginas, originalmente publicada na Noruega, em 2002. O seu autor é Keno Don Rosa, um dos mais conceituados autores Disney, responsável por estabelecer uma cronologia detalhada da vida do Tio Patinhas, na multipremiada história “The Life and Times of Scrooge McDuck” (de 1992), que em Portugal foi publicada como “A Saga do Tio Patinhas”. Aliás, o episódio agora em causa, que pode ser lido gratuitamente no site da Disney é um capítulo extra da biografia do pato mais rico do mundo.

Nele, os Irmãos Metralha roubam uma máquina inventada pelo professor Pardal, para entrarem nos sonhos do Tio Patinhas e descobrirem o segredo para entrar na caixa-forte. Para os impedir, Donald utiliza o mesmo equipamento, numa perseguição atribulada pelas memórias do Tio Patinhas, em cenários em constante mudança, como o velho oeste, as planícies australianas ou o Titanic.

No filme, também escrito por Nolan, um bando de assaltantes invade os sonhos das suas vítimas para se apoderar dos seus segredos. O realizador norte-americano já contestou a notícia, afirmando que começou a desenvolver a ideia há cerca de dez anos, mas a verdade é que alguns sites já colocam em causa uma eventual nomeação do filme ao Óscar de Melhor Argumento Original.

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 Diários As Beiras, 31 de Julho de 2010

LUCKY LUKE REGRESSA AO CINEMA

João Miguel Lameiras

Dezoito anos depois do filme protagonizado por Terence Hill, Lucky Luke, o cowboy solitário criado na BD por Morris, regressa ao cinema num filme de James Huth, com Jean Dujardin no protagonista, em exibição nos cinemas portugueses.

Para além de três longas-metragens e de duas séries televisivas, todas em animação, Lucky Luke já foi alvo de três adaptações em imagem real, começando logo em 1991, com o filme dirigido e protagonizado por Terence Hill, actor italiano conhecido pelas suas colaborações com Bud Spencer e pela série “Trinitá”, um Western Spaguetti paródico, bem elucidativo da decadência do género.

Depois desse começo nada famoso, as coisas só podiam melhorar e foi o que aconteceu com o filme “Les Dalton”, de 2004, dirigido por Philippe Haim e centrado nos mais famosos inimigos de Lucky Luke, na ocasião interpretado pelo alemão Til Shweiger, actor que, anos mais tarde, entraria no filme “Inglorious Basterds”, de Quentin Tarantino. Apesar de ter ido directamente para DVD em Portugal, o filme era bastante divertido e, no geral, bastante mais conseguido do que o filme de James Huth, que motiva este texto.

Jean Dujardin, actor que curiosamente também entrou no filme de Haim, e que representou igualmente outro ícone da cultura popular francesa, o espião OSS 117, nem vai mal como Lucky Luke e Silvie Testud e Michael Youn, os actores que fazem de Calamity Jane e Billy the Kid, vão mesmo muito bem, o grande problema é o argumento e a forma como mistura demasiadas coisas num prato indigesto. A história, que tem como (vago) ponto de partida o álbum “Daisy Town” (já adaptado ao cinema de animação), mistura elementos e personagens (como Pat Poker e Jesse James) de vários outros álbuns, ao mesmo tempo que procura arranjar uma explicação psicanalítica para o comportamento de Lucky Luke (que na verdade, se chama John, o Lucky é uma alcunha, devido à sua grande sorte) e para o facto de ele nunca ter morto ninguém, nem nunca se ter casado. Ou seja, procura dar uma dimensão realista a um herói propositadamente unidimensional, o que até é uma opção louvável, mas que se articula mal com as piscadelas de olho à BD (que inclui ainda uma discreta alusão ao álbum de Tintin, "O Caranguejo das Tenazes de Ouro, como podem ver abaixo) e com o registo de um personagem como Billy the Kid. Essa discrepância também se reflecte na imagem do filme, servido por uma excelente fotografia, mas onde a estética e os planos do “Western Spaguetti” coexistem com cenários que parecem saídos do cinema expressionista alemão dos anos 20 e 30 do século XX…

A ideia que dá é que James Huth quis meter diversos filmes dentro deste filme, com um resultado que, apesar do sucesso do filme em França, com mais de 1 milhão de espectadores, acabará por não agradar inteiramente nem aos cinéfilos, e muito menos aos fãs da BD de Morris.

“Lucky Luke”, de James Huth, com Jean Dujardin, Melvil Poupaud e Silvie Testud, 103 minutos, em exibição em Coimbra nos cinemas Zon Lusomundo Dolce Vita.


As imagens acima, são da responsabilidade do Kuentro. Daqui para baixo, são as que constam no respectivo blogue.
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ANITA GARIBALDI EM QUADRINHOS

Zine Brasil, 31 Julho 2010

Por Michelle Ramos

Mais uma biografia em quadrinhos sai do forno, dessa vez, para narrar as aventuras de uma personagem importante na história da Revolução Farroupilha, a Anita Garibaldi, a publicação é um lançamento independente do cartunista Custodio.

O Álbum “Anita Garibaldi, o Nascimento de uma Heroína” possui 68 paginas e retrata o início da Revolução Farroupilha, o papel de Bento Gonçalves e a famosa travessia dos barcos de Garibaldi em carroções pelo Vale do Capivari, a obra custa R$ 25,00, e pode ser adquirida diretamente com o autor pelo e-mail anita@custodio.net .


 A NOVA LA BOUCHE DU MONDE.

Zine Brasil, 31 Julho 2010

Por Michelle Ramos, sobre o press release.

Já esta à venda o mais novo número da La Bouche du Monde (A Boca no Mundo) , uma Revista que existe sobretudo como um coletivo de quadrinhistas vindo de todos os horizontes, comandados pelo editor Eduardo Pinto Barbier, o mais brasileiros dos franceses ou mais francês dos brasileiros, que reagrupa uma pálete dos autores que vêem na “La Bouche du Monde” um meio para mostrar a sua arte.

Definir La Bouche du Monde é tão complicado quanto definir sua periocidade ou suas aparições, uma vez é na França no festival de la BD de Colomiers, uma vez é na Argentina ao no Festival Internacional de la Historieta de Moron ou então no Brasil com o grupo do 4° mundo, e porque não o Festival Internacional de La Bd em Argel, na Argélia? Uma coisa é certa, a La Bouche du Monde estará lá, aonde não se espera. Mais que uma revista é o sonho de uma criança que cresceu ao mesmo tempo que sua obra, que evoluiu junto com a sua criação, de um simples fanzine a uma publicação que em 2009 que fez parte da seleção oficial de um dos mais importantes encontros de hq do mundo, o Festival Internacional de Angoulême.

Mais de 40 autores já passaram nas páginas da La Bouche du Monde que sejam desconhecidos ou star nos seus países, todos eles tem a mesma paixão, a historia em quadrinhos e os seus vários estilos ao sumário, deste número uma homenagem aos quadrinhistas brasileiros desaparecidos, Oscar Kern e Gedeone Malagola dois ícones dos quadrinhos brasileiros, e com a entrevista de Antonio Cedraz, este brasileiro que a mais de 10 anos vem publicando as aventuras da turma do Xaxado, grupo de crianças representativa de um Brasil rural, e de fortes influências do nordeste brasileiro.

Com 13 autores vindo de 5 países que são:

França: Anne-Marie, Syl, Tessadier, Froissard, Plas;
Brasil: Paulo Will, Alberto Pessoa, Pinto Barbier, JJ Marreiro, Laudo;
Canadá, Quebeque,: Phlillpgrrd, Louis Remillard;
Cuba: Lauzãn;
Portugal: Teresa Pestana.

A Bouche du Monde esta disponível para a venda no Brasil no site:

http://www.bodegadoleo.com/ e em breve em outros pontos de venda. Para conferir uma prévia da edição, visite o blog da revista clicando AQUI.


La Bouche du Monde #11.


Junho de 2010. Formato A4, 44 páginas, R$: 7,50 (€ 5,00 – portes incluídos para a UE).

Para mais informação:
http://labouchedumonde.blogspot.com/
bocaprod@hotmail.com

A publicação também possui ORKUT e FACEBOOK, não deixe de visitar


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1 comentário:

  1. continuo sem saber porque não há ninguém a pegar nos livros do don rosa e editá-los num formato condigno... alguém duvida que venderia muito mais a acompanhar um diário que os que a asa vai lançando?...

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