segunda-feira, 3 de setembro de 2012

AMANHÃ NA LIVRARIA LeYa NA BUCHHOLZ – 2ª EXPOSIÇÃO DO COLECTIVO THE LISBON STUDIO



Virilidade - ilustração de Jorge Coelho para As Quedas de Viniagara de RuI Zink

2ª EXPOSIÇÃO DO COLECTIVO THE LISBON STUDIO 

INAUGURA AMANHÃ, ÀS 18H30 NA LIVRARIA BUCHOLZZ 

Como tem acontecido já várias vezes ultimamente, amanhã, hora e meia antes do início do 338º Encontro da Tertúlia BD de Lisboa, os interessados podem deslocar-se à livrari Buchholz e visitar a Exposição do The Lisbon Studio, que é inaugurada às 18h30.

Deixamos o Convite e algum material sacado do blogue do The Lisbon Studio, que pode ser visto AQUI. Também podem ler a entrevista com Pepedelrey, publicada no BDjornal #25 (Maio de 2010).



Vale a pena ir à 2ª exposição do colectivo The Lisbon Studio, na livraria Buchholz, ao pé da Avenida da Liberdade.

Exposição de BD, ilustração, animação, vídeo, concept art...
Terça-feira, 4 de Setembro de 2012 - 18:30
Rua Duque de Palmela 4 (Espaço Leya na Buchholz)
Participação de Ana Branco, Ana Freitas, André Oliveira, Joana Afonso, Jorge Coelho, Michaela Copíková, Nuno Duarte, Nuno Saraiva, Pedro Brito, Pedro Ribeiro Ferreira, Pepedelrey, Ricardo Cabral.

The Lisbon Studio 


Foto do blogue The Lisbon Studio - Pepedelrey fotografa Jorge Coelho

Somos um colectivo de autores de bd, profissionais da animação, ilustradores, argumentistas e realizadores que partilham um atelier em Lisboa.

AUTORES RESIDENTES 

• Ana Branco 
• Ana Freitas 
• Ana O. 
• Joana Afonso 
• Jorge Coelho 
• Marta Antão 
• Nuno Duarte 
• Nuno Duarte (Mocifão) 
• Pedro Brito 
• Pedro Potier 
• Pepe Del Rey 
• Ricardo Cabral 
• Ricardo Venâncio 
• Sara Barbas 

MIGRADORES 

• Carlos Fernandes 
• Guilherme Cartaxo 
• Joana Toste 
• João Lemos 
• João Paulo António 
• João Tavares 
• João Tércio 
• Miguel Montenegro 
• Nuno Plati 
• Patrícia Furtado 
• Ricardo Blanco 
• Ricardo Tércio 
• Rui Gamito 
• Rui Lacas 
• Sérgio Duque


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Ilustração de Ricardo Cabral

ENTREVISTA COM PEPEDELREY
 REALIZADA POR VOLTA DE 17 DE MAIO DE 2010 E PUBLICADA NO BDjornal #25 (Maio 2010)

PORTANTO A LISTAGEM DE NOMES REFERIDOS NESTA ENTREVISTA SERÀ JÁ DIFERENTE - VER MAIS ACIMA, A LISTA ACTUAL. 

Penso que a ideia de um estúdio de banda desenhada e ilustração em Portugal sempre grassou pelas mentes de muita gente ao longo dos anos. Existiram alguns, sem que o público se apercebesse muito disso, porque a maioria não teve a produção editorial que o Estúdio d’Alfama viria a ter. Repare-se que não estamos a falar de um colectivo de autores que trabalham todos para as mesmas produções, à maneira americana (ou de outros países), mas sim de gente que se reúne em determinado lugar para trabalhar nos seus projectos pessoais. Como há outros autores presentes, o intercâmbio de ideias, apreciações e experiências técnicas leva, inevitavelmente, a experimentações várias que o autor de BD, ou o ilustrador, isoladamente, se calhar não atingiriam. Porque esta é uma actividade, como todos calculam, de uma solidão por vezes angustiante. A presença de outras pessoas no mesmo espaço físico permitirá ultrapassar angústias e bloqueios e quiçá, levar a soluções muito mais difíceis de atingir isoladamente.

Dada a emergência recente do The Lisbon Studio, que estará no VI Festival de BD de Beja com exposição colectiva e onde fará a apresentação pública do projecto, com o lançamento do primeiro número de uma revista, resolvemos trocar algumas perguntas e respostas via email, com o Pepedelrey:

Há muitos anos – não me recordo quantos – que te ouço falar do “estúdio”, onde, segundo creio, já trabalhava um núcleo de que faziam parte, além de ti, o Jorge Coelho, o Gamito e o Lacas (estou certo?). E, somando dois mais dois, pode dizer-se que foi daí que nasceu o Lisbon Studio? Como começaram as coisas e depois, como evoluíram?

O Estúdio D’Alfama era constituído pelo Jorge Coelho, o Rui Lacas, o Rui Gamito e o Sérgio Duque. Existiam outros estúdios espalhados por Lisboa e com os contactos de amizade e trabalho, começámos todos a falar nas vantagens de nos juntarmos num só espaço. Foi assim que nasceu o The Lisbon Studio. Com o passar do tempo juntaram-se outras pessoas de áreas diferentes. Neste momento, o The Lisbon Studio é composto por ilustradores, autores de BD, realizadores, animadores, concept artist, argumentista, fotógrafos, arquitectos, Web design e designers gráficos, produtores de animação. Enfim, um conjunto multidisciplinar em que o convívio e os projectos comuns dominam todo o ambiente. O The Lisbon Studio é como uma pequena família estranha, com gostos e interesses muito idênticos ou partilhados.

Creio também que tudo isto tem a vertente editorial, com a MMMNNNRRRG e a El PEP. Estou certo? Se sim, vão manter estas chancelas, ou começar uma nova (eventualmente The Lisbon Studio)?

Não. A MMMNNNRRRG não tem nada a ver com o The Lisbon Studio. A El Pep, porque na verdade sou só eu, está ligada ao estúdio só por esse motivo. Existem colaborações em diferentes níveis entre alguns dos elementos do The Lisbon Studio e a El Pep. Está a ser criada a identidade The Lisbon Studio, mas para já ainda estamos a dar os primeiros passos. Claro que isso não anula nem separa qualquer ligação profissional com outras editoras. Afinal, alguns de nós estão a colaborar para as casas Marvel, Image, Soleil, etc.

Vendo (pela indicação que dá o blogue do J.Coelho - AQUI) toda esta gente: Ana Freitas, João Lemos, João Paulo, Miguel Montenegro, Nuno Duarte, Nuno Plati, Patrícia Furtado, Pedro Potier, Pepedelrey, Ricardo Blanco & Carlos, Ricardo Cabral, Ricardo Tércio, Ricardo Venâncio, Rui Gamito, Rui Lacas, Sara Barbas, Sérgio Duque, a fazer parte do Lisbon Studio, pergunto: como chegaram até este “volume” de gentes? Claro que são nomes relacionáveis, não só em termos de geração, como de objectivos: trabalhar para os comics. Alguns já o fazem. Qual é o objectivo do Studio, produzir para o mercadozito português, ou voar mais alto?

Bom, na verdade essa lista está incompleta e não actualizada. Por este estúdio já passaram alguns grandes nomes da BD, ilustração e cinema de animação. O João Lemos, Nuno Plati, Ricardo Blanco, Carlos Fernandes, Rui Gamito e Miguel Montenegro, já não fazem parte deste estúdio. Por motivos pessoais ou profissionais, abraçaram outros projectos. Os objectivos do The Lisbon studio? Bem, não existem muitos objectivos lineares para o estúdio. Não para já! Muitos de nós encontramo-nos a trabalhar para o mercado nacional e para o estrangeiro. Como deve ser fácil entender, não posso explicar o que cada um de nós está a fazer. São regras do mercado que temos de respeitar. Garanto, isso sim, que estão pessoas a trabalhar para algumas grandes casas norte americanas, outras para casas editoriais francesas. Outras pessoas com ligação à produção de cinema de animação estão a trabalhar para produtoras britânicas. O único objectivo do The Lisbon Studio, actualmente, é juntar as dinâmicas de todos e em conjunto apoiarmo-nos e ajudarmo-nos. Influenciando cada um de nós. Aprendermos com cada um de nós novas e diferentes visões sobre o que produzimos e criamos. A identidade The Lisbon Studio é a médio prazo, um dos pequenos grandes passos. Actualmente o estúdio é composto por: Jorge Coelho, Ricardo Venâncio, Pepedelrey, Rui Lacas, Frederico Sá, João Tércio, Pedro Potier, Patrícia Furtado, Nuno Duarte, Ricardo Tércio, Ana Freitas, Ana Oliveira, Joana Toste, Sérgio Duque, Sara Barbas, Tiago Tavares, Ricardo Cabral e a Joana Afonso.


Segundo percebi, as coisas serão dadas a conhecer ao público em Beja, com a exposição colectiva e o lançamento do primeiro número da revista. Queres escrever alguma coisa sobre os conteúdos, tanto da exposição, como da revista?

Bem, este ano em Beja, apesar da má e ordinária atitude dos políticos do município para com a Cultura em Portugal, com a desculpa apalhaçada da crise, vamos estar com uma exposição colectiva do estúdio, que pode ser vista na Galeria do Escudeiro. Graças ao bom gosto e incrível dedicação do Paulo Monteiro e da Susa. A exposição tem um tema base, Lisboa. Não serão, naturalmente, todas as peças exibidas subordinadas ao tema, porque nem todas as linguagens existentes no The Lisbon Studio podem abordar esse tema. Teremos BD, ilustração, fotografia, animação 2D e 3D, design gráfico, etc. Estarão também expostos trabalhos de antigos membros do estúdio, porque apesar da sua saída física ainda fazem parte desta família estranha. Na exposição destaco as ilustrações que o Ricardo Cabral desenhou e que representam bem como são o dia e a noite neste estúdio. No dia de inauguração do festival e da exposição, iremos lançar oficialmente o #1 da The Lisbon Studio Mag. Este primeiro número é dedicado a Lisboa e serve como pequeno complemento gráfico da exposição. É uma edição do The Lisbon Studio em colaboração com a El Pep. Vamos editar de 6 em 6 meses um número diferente. Sem tema obrigatório ou talvez não. Depende. Neste número estarão publicados trabalhos de Rui Lacas, Patrícia Furtado, Ricardo Venâncio, Pepedelrey, Ana Freitas, Joana Toste, Sara Barbas, João Tércio, Pedro Potier, Nuno Duarte e Ricardo Cabral. Toda a sua produção foi feita no The Lisbon Studio, sendo a parte gráfica da responsabilidade do Tiago Tavares.

Já agora o Seitan Seitan Scum faz parte do projecto The Lisbon Studio? Quem são os autores?

Nada disso. O livro Seitan Seitan Scum é da responsabilidade editorial da Chili Com Carne e da El Pep. No livro estão publicados trabalhos do Jorge Coelho, João Tércio, Ricardo Cabral e Pepedelrey, membros do The Lisbon Studio. O livro é uma colectiva de autores portugueses e brasileiros, resultado dos encontros luso-brasileiros Bructumia 2008 organizado pela Chili Com Carne. Foi um livro difícil de editar devido à má fé de pessoas que estiveram envolvidas no inicio. Os autores que colaboram no livro são, para além dos que já mencionei, Filipe Abranches, João Maio Pinto, André Lemos, Biu, Gabriel Goês, Mesquita, LTG, Mike Diana, Daniel Lopes, Pedro Zamith, Roberta Ramos, Mulher Bala, José Feitor, Fábio Zimbres, Marte, Stevz, Chico Félix, Guido Imbroisi, Alex Vieira, Silas e Bruno Borges.

 Em cima e em baixo: Exposição do colectivo The Lisbon Studio 
no VI Festival Internacional de BD de Beja (2010)



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