Podem ler também AQUI (ou na coluna da direita: blogue “As Leituras do Pedro”), uma série de depoimentos/entrevistas que Pedro Cleto tem feito a pequenos editores e autores sobre o tema BD NACIONAL CRESCE À MARGEM DAS GRANDES EDITORAS. O último depoimento (até agora) foi o do editor do Kuentro.
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À espécie em vias de extinção dos que ainda compram livros de papel e ao número ainda mais reduzido dos que ainda gostam de banda desenhada Manuel Caldas tem o prazer de comunicar que já está impressa e acabada a sua última edição:
OS MENINOS KIN-DER, de Lyonel Feininger
a mítica obra (do início do século XX), com o colorido completamente restaurado, de Lyonel Feininger, célebre artista ligado ao Cubismo e à Bauhaus.
Trata-se de um álbum de 40 páginas a cores impressas em papel de 225 gramas e com o enorme tamanho (maior do que o A3) de 33 por 44 centímetros!
É portanto precisamente o tipo de excentricidade que actualmente nenhum editor no seu perfeito juízo comete o arrojo de fazer.
Ainda não está marcada a data para a sua distribuição pelas livrarias, onde custará 22 Euros, no entanto será enviado hoje mesmo (muito bem empacotado) a quem o pedir directamente ao editor. Sem custos de envio e com direito ainda a um poster de tiragem limitada reproduzindo uma das pranchas de Feininger no tamanho (62 cm de altura!) em que se publicou nos jornais de 1906.
Caso esteja interessado na edição e em contribuir para a sobrevivência de um editor que há muito deveria já ter-se rendido, faça prontamente o seu pedido:
Preço: € 22,00
Pagamento através de cheque, vale-postal, Paypal (usando este e-mail: mcaldas59@sapo.pt) ou transferência bancária (NIB 003506660003845690063; não esquecer comunicação por e-mail).
Além disso, pode aproveitar para encomendar algum dos outros livros do mesmo editor, os quais se mostram AQUI
SÍNTESE DA INTRODUÇÃO, POR RÚBEN VARILLAS
A banda desenhada, na sua evolução histórica, viu-se sujeita a um paradoxo digno de figurar nos anais da historiografia artística: chegou à pós-modernidade sem ter passado pela modernidade. No entanto, muito antes da pós-modernidade houve um período de ensaio, busca e experimentação, um momento em que estiveram prestes a abrir-se muitas portas (que afinal acabaram por ficar entreabertas): algo similar ao que noutros meios artísticos se reuniu sob a etiqueta de As Vanguardas. Na banda desenhada, nas mesmas datas em que a pintura, a escultura ou a literatura estavam em plena convulsão criativa, apareceu uma série de artistas dispostos a fazer arte com as vinhetas e a situá-las ao nível artístico desses outros veículos mais sérios, digamos assim.
Foram poucos e ousados. E Lyonel Feininger foi o menos reconhecido (e por consequência menos apreciado). O artista menos autor de banda desenhada, menos prolífico, menos ortodoxo desses primeiros tempos. As escassas pranchas que realizou constituem uma verdadeira aventura visual: nem chegou a um ano. Tempo suficiente, afinal de contas, para demonstrar que os bem sucedidos expressionismo e cubismo que começavam a inundar as telas da Europa também tinham lugar nas páginas dos jornais norte-americanos. Mas, apesar de não ter alcançado o triunfo que merecia pela sua faceta de autor de banda desenhada, Feininger obteve um aceitável reconhecimento como pintor daquelas mesmas correntes de vanguarda que atrás mencionamos.
Curiosamente, ao longo de toda a sua produção pictórica posterior, Feininger manteve muitas das constantes estilísticas que já tinha antecipado na banda desenhada. Nas suas pinturas expressionistas e numerosas xilogravuras encontramos arquitecturas oblíquas, edifícios angulosos e paisagens tão violentamente deformados como os que apareceriam nas páginas de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World.
Feiniger nunca deixou de estar em contacto com a Vanguarda, primeiro graças à sua já referida adscrição estética e artística ao movimento expressionista alemão (e às suas posteriores influências cubistas) e mais tarde com a sua entrada na Bauhaus, sendo o responsável pela oficina de impressão e o único membro da escola que esteve nela desde o início até ao encerramento.
A edição que têm nas mãos é uma homenagem a Feininger e à sua obra, ao seu virtuosismo gráfico, ao seu inteligente emprego da cor e à audácia infinita deste autor eternamente encolhido na sombra do reconhecimento. O trabalho levado a cabo no restauro das páginas de jornal de The Kin-der-Kids e Wee Willie Winkie's World (incluem-se duas pranchas representativas desta série no presente volume) faz-nos redescobrir a obra de Feininger e mostra-no-la com uma nitidez gráfica como nunca antes foi possível vê-la. Graças ao restauro e ao grande formato, ressurgem os mares e condensam-se as nuvens, elevam-se majestosos os edifícios nova-iorquinos nas margens do rio Hudson, recortam-se diáfanos os perfis angulosos das suas personagens sobre os barcos e demais engenhos motorizados que percorrem as páginas. Ressurge, afinal, o talento de um desenhador de histórias aos quadradinhos adiantado para a sua época, um dos que poderiam ter mudado definitivamente a história da banda desenhada.
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LOCAIS DE VENDA DO LIVRO ÚLIMOS NO LESTE DE ANGOLA
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*LOCAIS DE VENDA DO LIVRO*
*ÚLTIMOS NO LESTE DE ANGOLA *
*NA RETIRADA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS *
*Edição Chiado Editora (Colecção Ecos da História)*
Caríssim...
Há 7 anos
o kinder kids é um livro absolutamente fabuloso de um enorme pintor e arquitecto
ResponderEliminaro autor é um americano germanico filho de músicos e
o titulo é bizarro porque kinder é criancas em alemäo traduzido à letra seria ( as criancas cri-ancas))
parabens ao editor
já andava enjoada de falarem só do litle nemo quando este é para mim o mais belo livro dos primordios bdéfilos...
feininger
Boas. Eu quero adquirir este álbum. Como é que eu posso fazer isso? Qual é o e-mail de contacto do editor? Muito obrigado e cumprimentos.
ResponderEliminarO email do Manuel Caldas:
ResponderEliminarmcaldas59@sapo.pt
Muito obrigado pela gentil informação. Depois vi que a informação estava visível na página direccionada pelo seu hot-link.
ResponderEliminarSó por curiosidade qual é a tiragem deste livro?
ResponderEliminarLuis Cascais