MORREU JOSÉ ORTIZ
JOSÉ ORTIZ MOYA (1932-2013)
Por José Carlos Francisco
(em Tex Willer Blog)
José Ortiz Moya, histórico desenhador (que dizia ser catalão e não espanhol), nascido em Cartagena (no antigo Reino de Múrcia) a 1 de Setembro de 1932, faleceu com 81 anos nesta última segunda-feira, 23 de Dezembro de 2013, em Valência.
O desenhador José Ortiz, um dos grandes nomes da banda desenhada ibérica e vencedor recentemente do “Premio Haxtur al autor que amamos“, prémio integrado no XXXVII Salon Internacional del Comic del Principado de Asturias e que mostra bem a consideração e estima que o decano desenhador tinha por parte dos seus admiradores, faleceu em Valência aos 81 anos de idade devido a um problema cardíaco. Ortiz, criador de personagens icónicos como Hombre, Burton, Cyb e também desenhador de Tex Willer, cujas edições continuam a ser publicadas em diversos idiomas através da Sergio Bonelli Editore, sentiu-se indisposto na semana passada e foi internado no Hospital Universitário e Politécnico La Fe de Valência, onde veio a falecer nesta última segunda-feira.
A propósito do falecimento de José Ortiz, Gianfranco Manfredi já confidenciou: “Acabei de tomar conhecimento somente agora desta triste notícia. “Não sou espanhol, sou catalão”, estas foram as palavras que me disse José Ortiz, quando o conheci, ao apresentar-se. Mágico Vento começou com ele. O seu traço forte parecia-me perfeito para o número 1. Desenhava com uma velocidade vertiginosa. Terminava um álbum em três meses. Sem ele não seríamos capazes de ser pontuais nos quiosques. Devo-lhe muito. Um grande.“
Resumir a carreira de um autor como José Ortiz em poucas linhas é uma tarefa praticamente impossível; de facto para se poder estudar como merece uma trajectória como a sua, requeria-se um livro, mas vamos tentar.
José Ortiz Moya nasceu em Cartagena em 1932. Irmão do também desenhador Leopoldo Ortiz, começou muito cedo a descobrir a sua vocação e ganhou um concurso de desenho realizado para a revista de banda desenhada Chicos em 1951. Nesse mesmo ano começou a trabalhar com a editora Maga, casa para a qual realizaria o grosso da sua produção durante a década de 50: séries como El Espia, Dan Barry el Terremoto ou Pantera Negra. Em 1958 realizou para as Ediciones Toray, Sigur El Vikingo, série que se converteu no maior êxito do início da sua carreira. O início dos anos sessenta marcou também o final da época dourada do tebeo (como os castelhanos chamam às revistas de banda desenhada) popular, o que motivaria que toda uma série de autores voltasse a sua produção para o exterior através de agências. Assim, Ortiz começaria a produzir material através da Bardon Art, principalmente para o mercado britânico.
A propósito do falecimento de José Ortiz, Gianfranco Manfredi já confidenciou: “Acabei de tomar conhecimento somente agora desta triste notícia. “Não sou espanhol, sou catalão”, estas foram as palavras que me disse José Ortiz, quando o conheci, ao apresentar-se. Mágico Vento começou com ele. O seu traço forte parecia-me perfeito para o número 1. Desenhava com uma velocidade vertiginosa. Terminava um álbum em três meses. Sem ele não seríamos capazes de ser pontuais nos quiosques. Devo-lhe muito. Um grande.“
Resumir a carreira de um autor como José Ortiz em poucas linhas é uma tarefa praticamente impossível; de facto para se poder estudar como merece uma trajectória como a sua, requeria-se um livro, mas vamos tentar.
José Ortiz Moya nasceu em Cartagena em 1932. Irmão do também desenhador Leopoldo Ortiz, começou muito cedo a descobrir a sua vocação e ganhou um concurso de desenho realizado para a revista de banda desenhada Chicos em 1951. Nesse mesmo ano começou a trabalhar com a editora Maga, casa para a qual realizaria o grosso da sua produção durante a década de 50: séries como El Espia, Dan Barry el Terremoto ou Pantera Negra. Em 1958 realizou para as Ediciones Toray, Sigur El Vikingo, série que se converteu no maior êxito do início da sua carreira. O início dos anos sessenta marcou também o final da época dourada do tebeo (como os castelhanos chamam às revistas de banda desenhada) popular, o que motivaria que toda uma série de autores voltasse a sua produção para o exterior através de agências. Assim, Ortiz começaria a produzir material através da Bardon Art, principalmente para o mercado britânico.
A assinatura Segura-Ortiz passou a partir de então a ser habitual nas revistas de banda desenhada de vários países durante os anos oitenta e na primeira metade dos anos noventa. Em 1983 embarcaram num projecto editorial próprio que publicou as revistas Metropol, Mocambo e K.O.Comics; Ives foi a série que criaram para a revista Metropol, uma história do género “noir”. No ano seguinte criaram essa obra-mestra denominada Las mil caras de Jack el Destripador, praticamente ao mesmo tempo rebaptizavam Ives como Morgan, uma “nova” série de 23 episódios, todos eles realizados a preto e branco.
Segura (1947-2012) e Ortiz (1932-2013)
O êxito internacional dos trabalhos da dupla Segura-Ortiz, unido à crise do mercado “espanhol”, fez com que a partir de 1990 produzissem o seu trabalho directamente para a indústria italiana. Desse modo criaram Ozono para a revista L’Eternauta, uma série do género “noir” com um alto conteúdo de denúncia ecológica, e But O’Brien, livro de cabeceira sobre um ex-boxeador metido a guarda-costas, publicado na revista italiana Torpedo. Chegamos então a 1993, ano em que se iniciou a relação de Ortiz com a Sergio Bonelli Editore. Como o próprio Sergio reconheceu, a ideia de convidar José Ortiz para realizar um dos seus Tex Gigantes já estava congeminando desde há vários anos, até que finalmente o conseguiu convencer. A partir desse momento José começou a trabalhar quase em exclusivo para a Sergio Bonelli Editore, realizando uma história em quatro partes, de Ken Parker e vários episódios de Mágico Vento, além de todo o seu trabalho em Tex, não esquecendo a história do detective do pesadelo realizada em 2012 para o Dylan Dog Color Fest nº 8...
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