KUENTRO – ASSOCIAÇAO DE AUTORES DE BD, CARTOON, ILUSTRACÃO...
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NOVEMBRO 03, 2004
ASSOCIAÇAO DE AUTORES DE BD, CARTOON, ILUSTRACÃO...
Está em marcha a tentativa de organizar uma Associação de Autores de BD, cartoonistas, ilustradores, etc... aqui fica um comunicado do Leonardo de Sá esclarecedor do assunto:
Ultrapassámos os doze membros, portanto deve querer isto dizer que temos quórum...
Para aqueles que não puderam estar no encontro de Domingo passado, que contou com uma meia centena de presentes, a ideia proposta pelo FIBDA é a da criação de uma Associação de Autores. Deverá haver proximamente actas da reunião, que espero sejam apresentadas aqui mais tarde, mas posso tentar resumir em traços largos o que sucedeu, desculpem-me se me esqueço momentaneamente de algum pormenor importante:
1. O Nelson Dona, do FIBDA, apresentou a ideia de reunir autores de vários géneros afins numa Associação. Se uma tal Associação puder ir para a frente, o CNBDI e a Câmara Municipal da Amadara poderão dar algum apoio, mas em qualquer dos casos o organismo terá que ser independente e só poderá subsistir pela vontade dos próprios Autores.
2. Várias pessoas evocaram passadas tentativas de criação de associações similares, em Portugal, sendo que nenhuma chegou verdadeiramente a levantar voo para além dos primeiros centímetros.
3. Algumas questões foram levantadas em relação à validade da existência de uma Associação transdisciplinar, para os criadores de banda desenhada, de ilustração, de cartoon, de caricatura e de desenho animado. Mesmo atendendo ao facto de serem muitas vezes os mesmos autores a passarem de um género para outro. O tópico ficou suspenso.
4. A discussão continuou pelo objectivos que poderiam ser os de uma tal Associação, tendo-se evocado alguns exemplos estrangeiros.
5. Independentemente das objecções e da falta de definições no início, a grande maioria dos presentes concordou que merece a pena fazer uma tentativa para criar uma tal Associação, sendo necessário determinar qual será o seu âmbito e quais serão os seus objectivos.
6. Foi feita a proposta de se formar uma comissão reduzida de cinco pessoas que estudarão mais finamente quais as questões que se levantam e de forma a apresentar propostas na próxima reunião, que ficou agendada para o próximo mês de Fevereiro.
7. Foi também feita a proposta de se formar desde já um fórum de discussão\online, de forma a manter os autores (e afins) em contacto e para que se possam trocar ideias sobre o futuro da Associação.
Este último ponto necessitava que alguém estabelecesse o fórum e, porque ninguém mais se ofereceu, parece que fiquei eu de o fazer. Ontem à tarde elaborei então os curtos textos para apresentar a lista de discussão. Julguei ser melhor esta ficar estabelecida na Yahoo!Groups do Brasil, pelo simples facto de estarem as explicações em português (mais ou menos), para aqueles que têm dificuldades com línguas estrangeiras. Escusado será dizer que não existe em Portugal nenhum motor de fóruns verdadeiramente funcional, como me parece ser o da Yahoo ou da Google Groups...
O Diniz Conefrey tinha sugerido como nome (unicamente) para o fórum o de Caixa de Pandora. Mas infelizmente, as bocetas e as Pandoras já estavam todas tomadas e portanto em cima da hora foi necessário escolher outra solução. Com a ajuda da Cristina Gouveia, do CNBDI, surgiu então ontem o nome que adoptámos para esta lista de discussão.
Passem a palavra a outros autores. A inscrição pode ser feita directamente na homepage da lista ou pelo envio de um e-mail em meu nome pessoal de forma a poder então enviar um convite através da YahooGroups. Julgo que este sistema é mais fácil do que a inscrição directa, porque a YahooGroups pode por vezes parecer um pouco complicada no momento da inscrição, sobretudo para os neófitos nestas andanças. Em todo o caso, seria bom que aqueles que têm e-mails pouco explícitos se apresentassem com o verdadeiro nome no momento da inscrição, de forma a evitar atrasos na aprovação dos novos membros. Como deve ser óbvio, uma lista online tem de ser minimamente moderada, de forma a evitar a entrada de spammers, por exemplo.
O CNBDI ficará como co-moderador quando conseguir concretizar a sua própria inscrição, o que ainda não é o caso no momento em que estou a escrever.
Entre ontem e hoje, enviei mais de setenta convites por e-mail. Espero que a lista possa portanto aumentar nos próximos dias e que a troca de ideias e a discussão (amigável) possa começar. Os e-mails não têm qualquer moderação, porquanto me parece razoável esperar que não aconteçam acidentes de percurso que motivem intervenção.
A propósito, se houver alguém que queira (e saiba) assumir a moderação da lista, parece-me perfeitamente exequível que eu passe a membro "comum"...
Leonardo De Sá
http://br.groups.yahoo.com/group/CriadoresImagem/messages
Publicado por jmachadodias em novembro 3, 2004 09:14 PM (kuentro.weblog.com)
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Comunicação de Pedro Mota e resposta de José Ruy
Resposta de José Ruy:
Transcrição da resposta de José Ruy pelo próprio:
Uma Associação de autores de Banda desenhada,
Caricatura, Cartoon, Cinema de Animação e Ilustração
No âmbito do Festival de Banda Desenhada da Amadora em 2004, a organização pensou em reunir todos os autores das modalidades referidas acima, para a criação desta Associação. No dia 25 de Outubro tivemos um encontro no auditório da Câmara Municipal seguido de um jantar oferecido pelo Festival. Estiveram presentes 40 autores, e estou convicto que o jantar não influenciou as presenças. No entanto esse número não voltou a repetir-se nas reuniões seguintes.
De há muito, desde 1974, que colegas meus de profissão e eu próprio fizemos tentativas para a criação de uma Associação, e nesse ano reunimo-nos no estúdio de cinema de animação do Ricardo Neto e do Artur Correia com esse propósito. Tínhamos em mente conseguir uma defesa para o material nacional em relação ao do estrangeiro que inundava o nosso mercado. Mas o Vasco Granja que estava presente, desiludiu-nos, pois opinou que a partir da altura em que Portugal entrava em democracia, as fronteiras estariam totalmente abertas à entrada de material deste tipo, e que nos preparássemos para a chegada de Bande Desenhada de origem chinesa desconhecida por nós até aí. Afinal esse célebre material não tinha consistência, pois era dirigida unicamente à propaganda política, sem um argumento apelativo.
A nossa ideia de conseguir uma preservação dos artistas portugueses, gorava-se com esta «douta» opinião ou sentença. Mesmo assim, não desistimos e com o Carlos Alberto Santos, o José Baptista (Jobat), o Eugénio Silva, o Garcês, o Péon e eu, projetámos criar-se uma «agência» constituída por associados, e através da qual seriam feitas as publicações dos nossos originais. Nenhum de nós aceitaria encomendas diretas, e assim a «Agência» controlaria e defenderia os contratos com as editoras, procurando até exportar. Havia nessa altura um jornal que estava interessado numa colaboração que até podia ser feita por todos nós em conjunto, e combinámos elaborar um projeto que seria enviado já em nome dessa «Agência» em preparação.
Enquanto fazíamos a proposta, deparámo-nos com a história já a sair no tal jornal, feita pelo Péon, que sozinho e sem hesitações, tinha furado a «união» e apresentara-se isolado e como único autor. Depois, alguns começaram a questionar a entrega de uma percentagem à Agência, para despesas. O espírito individualista prevalecia.
Por isso esta proposta em 2004, tendo por detrás o aval do já prestigiado Festival BD da Amadora, trouxe-nos novas esperanças. A 15 de Novembro de 2004 o Dr. Pedro Mota enviou um esboço dos estatutos a cada um de nós, os autores interessados, para que elaborássemos as nossas opiniões pessoais.
Constava de 4 artigos principais cada um com vários pontos.
Para simplificar irei mostrando cada um deles e a seguir, a minha opinião, que fora solicitada pelo Dr. Pedro Mota. Não tenho elementos de outras propostas de colegas, por isso apresento apenas a minha:
Pedro Mota - 1) - Interesses do autor relativamente à obra (incluindo no conceito de obra prints, portfólios, edições limitadas e assinadas, marcadores de página, postais, posters, ex-libris, etc)
José Ruy – Julgo que o Pedro Mota se refere à utilização de pormenores das obras ou mesmo totalmente (caso de marcadores de livros, postais, posters, ex-libris e sob a forma de antologia) sem prévia autorização do autor.
O facto é que até hoje muitas destas utilizações são reconhecidas pelo autor como forma de promoção da obra. Mas precisa sempre da autorização por escrito do autor ou quem o represente. E aqui entramos já no capítulo do contrato e direitos, que penso o Pedro Mota colocará numa outra abordagem.
(continua...)
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