ÀS QUINTAS FALAMOS DO CNBDI (28)
Decorreu no passado dia 14, o 78º aniversário d’O Mosquito – O Semanário da Rapaziada, cujo nº1 saiu para a rua a 14 de Janeiro de 1936. Daí que, nada melhor para o assinalar, nesta conjuntura do Às Quintas Falamos do CNBDI no Kuentro, que a reprodução do Boletim D’informação #6 e recordar (devido à sua temática) o que foi a exposição Em Traços Miúdos, patente entre 19 de Janeiro e 19 de Maio de 2006 na Galeria do Centro.
Comemorando este aniversário terá lugar no próximo sábado, na Livraria Barata, uma palestra por José Ruy, ilustrada por pwerpoint, sobre a história daquela mítica revista, entre as 17 e as 18h30.
Boletim D'Informação #6
EXPOSIÇÃO
EM TRAÇOS MIÚDOS
Contracapa e Capa do Catálogo
FOTOS
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AMIGOS DO CNBDI (21)
Por José Ruy
Em Maio de 2012 o tema de «Às Quintas Falamos de BD» no CNBDI foi A Guerra Colonial. Projetou-se um filme de Diana Andringa feito depois que a guerra civil nas antigas colónias portuguesas havia terminado.
Esteve presente e participou no debate, José Eduardo Gaspar Arruda, presidente da Associação Nacional dos Deficientes das Forças Armadas, e também o músico e cantor Manuel Freire, grande entusiasta da Banda Desenhada, que gostou tanto da sessão de abril, que resolveu voltar em maio passou a estar presente nas seguintes a partir dessa altura.
O Vereador da Cultura, Dr. António Moreira assistiu à sessão e é pena que outros vereadores e figuras de destaque da Autarquia não tenham um tempinho para aparecerem e participarem nestes encontros. Em contrapartida, em eventos, por exemplo na Biblioteca Municipal, tenho encontrado a assistir os responsáveis pelo CNBDI e pelo Festival BD da Amadora. Se houver uma ligação e participação saudável entre os setores, (parece-me) que os munícipes, todos nós, só teremos a ganhar, com a partilha de conhecimentos de uns e de outros, de modo a melhorar os resultados de cada organização.
Na altura, e mesmo muito depois desta sessão, que decorreu muito bem e cheia de interesse, algumas pessoas que por acaso não atenderam ao convite, puseram em dúvida, o que tinha a ver a «Guerra Colonial» com a Banda desenhada.
Se a essas pessoas o tema as deixou espantadas pela negativa, em mim, o seu «espanto» teve um efeito de perplexidade. É que se esqueceram (pois não podiam desconhecer) de que se fizeram muitas Bandas Desenhadas em Portugal sobre a guerra nas colónias portuguesas. Por esse motivo foram convidados e estiveram presentes muitos autores de BD que trataram este tema, exemplo de Baptista Mendes e Zé Oliveira, que narraram alguns episódios por eles vividos, o que levou a que a conversa se estendesse noite fora. Portanto, até neste tema a Banda Desenhada está presente. E discordo de amigos meus, quando dizem que o título, por não ser aliciante, não os motivou a deslocarem-se até ao Centro. Sabemos todos que a surpresa é à partida um incentivo para estarmos presentes e usufruir dela. Pelo menos para averiguar o que é que «desta vez vai sair dali». E o facto é que tem sempre saído qualquer coisa de diferente. Mas cada um tem as suas preferências e ainda bem que é assim.
Criticam também o facto de haver pouca informação destas atividades na internet. E têm razão. Mas o CNBDI não é autónomo para o fazer, e se há Autarquias que têm um sistema de divulgação ativo e bem montado, na Amadora um sítio na Net como deve ser é ainda um projeto para resolver. Eu recebo informaticamente, todas as semanas as «novidades» culturais que acontecem na Amadora, mas numa página, com as letrinhas pequeninas que as companhias de seguros costumam usar nos textos que não convém serem lidos. Mesmo assim saltando por cima das atividades do CNBDI. Porquê? Não sei responder, embora já tenha apresentado a questão, não ao CNBDI mas mais alto. E o perigo de quando falamos para cima, muito para cima, o vento leva as palavras e não somos ouvidos.
Portanto o que não vem de cima tem de se conseguir por baixo. É o que acontece no Centro Nacional (o único com estas condições no país) de Banda Desenhada e Imagem.
Na sessão da «Guerra Colonial» saíram da assistência histórias inéditas para muitos, de colaborações em revistas da época, com ilustrações, pequenas Bandas Desenhadas e Cartoons. Foi mais um convívio amplo e aliciante, para quem esteve presente, claro.
Como fora estipulado na programação, esta sessão de maio foi a última do ano de 2012, pois a partir daí é altura das pessoas se deslocarem para férias e de o CNBDI começar em força a trabalhar para o Festival Internacional de Banda Desenhada. Mas a iniciativa não pára, pois nesse momento tinham já agendados os eventos para 2013.
No mês seguinte, em maio…
(continua)
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