sexta-feira, 25 de maio de 2012

ANTEVISÃO DA EXPOSIÇÃO JULIO SHIMAMOTO – O SAMURAI DOS QUADRINHOS (2) – NO VIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DE BEJA 2012

Imagem de O Ogro - filme em apresentação no Festival de Beja

KEN no MICHI
Trilha da Espada

BDjornaleco #3

O número 1 do BDjornal foi lançado precisamente no primeiro Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, em 2005 – portanto não há volta a dar-lhe, estamos umbilicalmente ligados ao festival de Beja.

No entanto, por motivos vários, este ano o BDjornal – o #29, neste caso e que deveria sair agora no 8º Festival de Beja –, está irremediavelmente atrasado (devido sobretudo à extensão da matéria de homenagem a Jean Giraud – Moebius) e não poderá, pela primeira vez, ser lançado em Beja.

Contudo, dadas as circunstâncias da malfadada “crise” económico-financeira em curso neste país – que levou a que o 8º FIBDB tivesse que ser realizado a partir de um orçamento na base dos quase zero euros –, mas para o qual a organização conseguiu arregimentar diversas bases de apoio de fãs da banda desenhada para o concretizar, foi possível organizar uma exposição nesta edição do Festival, dedicada a Julio Shimamoto, justamente mencionado como o “samurai dos quadrinhos”.

Ora o mestre Shima (como também é conhecido no Brasil), nasceu em 1939, em Borborema (localidadezinha do estado de São Paulo), tem portanto 73 vetustos anos. No entanto, depois de um percurso que o tornou parte integrante da história da banda desenhada brasileira, continua a trabalhar, animado por uma espécie de 4ª juventude, que o leva a experimentar técnicas cada vez mais arrojadas em matéria de desenho. A última das quais é precisamente a “raspagem de fuligem” – ou seja, cobre azulejos com o chamado negro de fumo e depois, a golpes de estilete, raspa a fuligem até ter o desenho pretendido. Trabalha portanto em negativo. Por outro lado, quando realiza desenhos a cores (muitas vezes utilizando tintas de pintar paredes, como o latex) aproveita como suporte materiais que recicla, como páginas de jornais ou de revistas. Daí que o seu estúdio seja conhecido como “a oficina”.

Especializado desde longa data na temática do terror, Shima voltou-se, em determinada altura, para temas da sua ancestral terra – talvez levado a isso pela cada vez mais visibilidade da mangá – abordando desde há uns anos as histórias de samurais.

O BDjornal #28, cujas miniaturas se podem ver aqui ao lado, tem como matéria principal, um texto (delicioso) autobiográfico de mestre Shimamoto, complementado com dez pranchas da história Musashi – baseada na legendária vida de Miyamoto Musashi, (1584-1645), conhecido como o mais famoso samurai de todos os Musashi Sensei e que lutou em mais de 60 duelos sem ser derrotado –, publicada no Brasil em formato álbum, em 2003.

A Pedranocharco Publicações, em parceria com a WMS Editora, do Rio de Janeiro, está a preparar um álbum de Julio Shimamoto, com a história de Musashi – KEN-no-MICHI (Trilha da Espada), a ser lançado em Outubro deste ano, como homenagem a um dos grandes mestres da banda desenhada de língua portuguesa.

E deixamos aqui algumas imagens de KEN no MICHI (Trilha da Espada)








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E vemo-nos amanhã em Beja!!!

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