LISTAGEM DOS ENCONTROS DAS TERTÚLIAS
“ÀS QUINTAS FALAMOS DE BD” NO CNBDI
Aproveitando o início de mais um ciclo do Às Quintas Falamos de BD na quinta feira da próxima semana, dia 27, esboçamos hoje aqui um historial destes encontros.
Iniciadas em 24 de Fevereiro de 2011 (mas só noticiadas – não como “Tertúlias” – no Boletim D’informação #14, de Dezembro desse ano, como mostramos mais abaixo), estes encontros de bedéfilos reúnem alguns indefectíveis da BD, na última quinta-feira de cada mês, durante os quatro meses do ano em que se realizam, de Fevereiro a Maio. José Ruy já explicou, no seu texto Amigos do CNBDI nº 14, a génese destes Encontros, Serões, Tertúlias – tendo relatado nos textos seguintes o que foi acontecendo nos ditos... Hoje no seu texto nº 24, José Ruy aborda o 12º Encontro do Às Quintas... realizado em Maio de 2013.
Aqui fica então a listagem de todos os Encontros e as imagens dos respectivos convites para... memória futura (como agora se costuma dizer).
1 – 24 Fevereiro 2011 – LANÇAMENTO DO LIVRO “E TUDO FERNANDO BENTO SONHOU”
2 – 31 Março 2011 – LANÇAMENTO DE QUIM E MANECAS DE STUART DE CARVALHAIS
3 – 28 Abril 2011 – HUMOR EM ABRIL – COM SAM E O GUARDA RICARDO
4 – 26 Maio 2011 – NOVOS CAMINHOS PARA A BD
5 – 23 de Fevereiro 2012 – POR ESTA PEREGRINAÇÃO ACIMA – JOSÉ RUY e FAUSTO
6 – 29 de Março 2012 – CONSTRUÇÕES DE ARMAR – HOMENAGEM A ANTÓNIO VELEZ
7 – 26 Abril 2012 – ABRIL NA BD
8 – 31 Maio 2012 – IMAGENS DA GUERRA COLONIAL – EXIBIÇÃO DE “AS DUAS FACES DA GUERRA” DE DIANA ANDRINGA
9 – 28 de Fevereiro 2013 – ENCONTRO IMAGINÁRIO COM FERNÃO MENDES PINTO
10 – 21 de Março 2013 – FAZER CIÊNCIA COM AS FERRAMENTAS DA BD
11 – 19 Abril 2013 – O CANTO DE INTERVENÇÃO EM PORTUGAL E NO MUNDO
12 – 30 Maio de 2013 – LER BD É SABER MAIS
13 – 27 Fevereiro 2014 – HERÓIS DE PAPEL – TINTIN 85 ANOS
TEXTO DE APRESENTAÇÃO DO “ÀS QUINTAS FALAMOS DE BD” NO BOLETIM D’INFORMAÇÃO #14 DE... DEZEMBRO DE 2011
(Note-se que o às “Quintas Falamos de BD” começou a 24 de Fevereiro de 2011)
Às Quintas Falamos de BD
É o nome de uma iniciativa que pretende ser um espaço dedicado à apresentação e debate de temas relacionados com a caricatura, o cartoon, a banda desenhada, a ilustração e também o cinema de animação.
O objectivo central que esteve na origem da criação destes encontros foi que a selecção dos temas para apresentação e debate fosse suficientemente abrangente e atractiva de modo a reunir no CNBDI pessoas de outros campos do conhecimento cuja investigação e reflexão pudessem contribuir para a dinamização de outros projectos e o estabelecimento e reforço de parcerias de trabalho.
De Fevereiro a Maio, e sempre na última 5ª feira de cada mês às 21h00, há encontro marcado no CNBDI. Em 2011 foi para apresentar livros - E tudo Fernando Bento Sonhou, e Quim e Monecas 1915-1918 - para homenagear uma determinada obra ou artista - como aconteceu com Humor em Abril com SAM e o Guarda Ricardo - ou ainda para debater um tema em concreto - Novos caminhos para a BD.
Para 2012 teremos mais quatro edições para marcar na agenda nos dias 23 de Fevereiro, 29 de Março, 26 de Abril e 24 de Maio. A programação será divulgada logo que tenhamos todas as confirmações. Adiantam-se para já alguns dos temas em torno dos quais estamos a trabalhar, designadamente A Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, As construções de armar, a Caricatura, o 25 de Abril e a Guerra Colonial 50 anos depois.
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AMIGOS DO CNBDI (24)
Por José Ruy
Na sessão realizada em maio de 2013, de «Às Quintas Falamos de BD» o tema desenvolveu-se sobre as figuras relevantes da nossa sociedade, que lêem, apreciam e sem qualquer inibição partilham esse gosto publicamente. Teve por título «Ler BD é Saber Mais».
Não é vulgar isso acontecer, principalmente quando assistimos ao comportamento de uma franja dos nossos intelectuais que considera as Histórias em Quadrinhos «estupidificantes».
O Dr. Guilherme de Oliveira Martins que interveio numa gravação em vídeo, e a mesa constituída, da esquerda para a direita, por Ruben de Carvalho, o Dr. João Paiva Boleo, moderador, e o Dr. Amadeu José Ferreira
Por isso temos de dar mais valor à coragem dos convidados para esta sessão, que só pelo seu gesto mostram ser «grandes» de espírito e de uma enorme humildade.
Acederam ao convite o Dr. Guilherme de Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas, o Dr. Amadeu José Ferreira, Vice-Presidente da Comissão Diretiva do Mercado de Valores Mobiliários e o grande defensor e divulgador da língua mirandesa e o jornalista e Vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Ruben de Carvalho.
Anteriormente tivera a honra da apresentação das edições de Os Lusíadas em Quadrinhos traduzidos para mirandês, e da História da Língua Mirandesa, feita generosamente pelo Dr. Guilherme de Oliveira Martins, na Fundação Mário Soares, tendo como tradutor, o Dr. Amadeu José Ferreira a quem fiquei a dever a visita guiada ao planalto mirandês, durante dias, explicando pormenorizadamente toda a história dessa nossa segunda língua nacional, caldeada por muitas culturas através dos séculos.
Para moderar os interlocutores foi convidado o Dr. João Paiva Boléo. Aconteceu que o Dr. Guilherme de Oliveira Martins na altura da sessão teve de se deslocar a Bruxelas, por motivos profissionais, mas simpaticamente anuiu a fazer uma gravação em vídeo explanando como nascera o seu interesse pelas Histórias em Quadrinhos, o que o motiva presentemente a dedicar algum do seu tempo a manter-se informado das novidades dessa Arte, principalmente nacionais e a importância que lhe reconhece.
Esse depoimento foi projetado em primeiro lugar, após a abertura da sessão pela anfitriã, que sempre vai dando a conhecer aos assistentes que chegam pela primeira vez (há a assinalar alguns) a razão de ser do Centro e as suas atividades. O Vereador Ruben de Carvalho explicou o seu interesse pela narrativa gráfica, as suas preferências, juntando algumas notas curiosas.
Quanto ao Dr. Amadeu José Ferreira, nascido em Sendim, portanto mirandês de gema, tornou-se mais conhecido no meio das Histórias em Quadrinhos, após ter traduzido dois livros do «Asterix», para as Edições ASA. Tive a honra de o conhecer num Festival de BD da Amadora, quando a ASA reeditou toda a minha coleção do «Porto Bomvento», esgotadíssima havia anos. Encontrava-me a dar autógrafos, quando um Senhor delicadamente se abeirou com um dos tomos pedindo uma dedicatória. Conversando, o que gosto sempre de fazer com quem me solicita um autógrafo, tive conhecimento de que se tratava do tradutor do Asterix para mirandês. Entregou-me um cartão, disponibilizando-se para possíveis traduções nessa língua. Dei nota deste acontecimento ao meu amigo editor Dr. Baptista Lopes, da Âncora, que ficou interessado na hipótese de vir a editar algum livro na nossa segunda língua. Entrou em contacto com o Dr. Amadeu e combinámos um encontro num agradável café perto do local onde trabalha. Nesse encontro tivemos uma entusiástica e verdadeira «lição» sobre a origem da língua mirandesa, e informou-nos de que estava a acabar a tradução de Os Lusíadas de Camões, trabalho que o ocupava havia alguns anos. Logo surgiu a ideia de incluir na nova edição desta obra em BD, uma versão em mirandês. Fiquei também entusiasmado para realizar em Quadrinhos a própria história da língua. Pouco tempo depois voltámo-nos a reunir numa tasquinha na Amadora, onde apresentei já os traços gerais da história, e a partir daí o projeto avançou a largas passadas.
Mas voltando à sessão de «Ler BD é Saber Mais»…
(continua)
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