quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

ÀS QUINTAS FALAMOS DO CNBDI NO KUENTRO (34) – HOJE À NOITE – OS 85 ANOS DE TINTIN EM “ÀS QUINTAS FALAMOS DE BD” E ÚLTIMO TEXTO DE JOSÉ RUY DA SÉRIE AMIGOS DO CNBDI (25)


HOJE À NOITE NO CNBDI
OS 85 ANOS DE TINTIN 
EM “ÀS QUINTAS FALAMOS DE BD” 
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AMIGOS DO CNBDI (25)
Por José Ruy

Nessa tertúlia no CNBDI em Maio de 2013 cujo tema foi «Ler BD é Saber Mais», os depoimentos das ilustres figuras públicas convidadas foram, quanto a mim, importantes e dignificaram a Arte das Histórias em Quadrinhos.

Se «Ler BD é Saber Mais», falar de BD de maneira honesta e com conhecimento de causa é dignificar esta Arte e dá sentido a quem se dedica a realizá-la.

Considero que o CNBDI é a Casa da Banda Desenhada, sem distinção de línguas ou de estilos ou do escalão etário dos seus autores. A este Centro muito devemos, todos os autores, e vou dar um exemplo do que afirmo: Na parte final dessa sessão, já com o público a intervir, no auge da conversa descontraída, como sempre acabam estes debates, nasceu a ideia de se fazer uma edição em mirandês (pela pena do Dr. Amadeu José Ferreira) do meu recente livro sobre João de Deus, pois o meu editor estava presente e logo ali tudo se decidiu. Seria pelo ambiente criado, pela predisposição das pessoas presentes?

O facto é que autores, editores e aficionados das Histórias em Quadrinhos reconhecem ser ali o local adequado para se trocarem impressões e explanar novas ideias e projetos.

Mas parece haver quem não pense assim. O Centro nacional de Banda Desenhada e Imagem, que honra a Amadora e funciona como uma verdadeira embaixada desta Arte noutros locais e países, onde é considerado pelo seu prestígio através do Festival que promove, «parece» ser o parente pobre a quem dão umas migalhas para entreter a necessidade.

Há boatos (e desejo que não passem disso) de quererem integrar o espólio do CNBDI na Biblioteca Municipal, sem condições para o receber nem manter, pois não é essa a sua especificidade pondo assim em risco o ambicioso projeto do Centro, alicerçado durante tantos anos e com tanto trabalho investido. Será que iremos assistir à destruição desta obra por mão desqualificada de alguém (que desconheço de quem se trata) que ignora e despreza o verdadeiro valor ali reunido?

É grande o reconhecimento da importância deste Centro por parte de muitas pessoas que constantemente o contactam para doar coleções de revistas sobre BD e obras originais, que instituições em outras Autarquias muito gostariam de possuir. Por isso é preciso que os órgãos do poder apoiem e deem condições adequadas para que seja possível à equipa do CNBDI levar a bom termo o objetivo do seu projeto, de trabalhar esse importante acervo com as escolas e junto do grande público, sempre interessado. Porque esse espólio não pode ficar embalsamado dentro de armários num qualquer armazém.

Deste espaço concedido pelo «Kuentro», prolongamento digital do «BDJornal», dirijo um apelo pessoal e muito particular ao Dr. Luís Vargas, amigo de já longa data, que considero ser o garante da continuidade e defesa do CNBDI criado por si em boa hora, para que impeça que os «boatos» que correm por aí à rédea solta se concretizem.

A verdade é que TODOS seremos responsáveis se nada fizermos para apoiar a estoica direção do CNBDI, que voluntária e graciosamente mantém estas tertúlias na última quinta-feira de cada mês, de fevereiro a maio, todos os anos, das 21 horas até de madrugada.

E é uma madrugada promissora que espero venha a seguir às sombrias noites sugeridas pelos tais boatos.

Aqui deixo o meu apoio incondicional, com a mesma força que sempre dei desde a criação do CNBDI às pessoas competentes e de boa vontade.

José Ruy
Setembro 2013

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